Nitazoxanida não tem eficácia contra a covid

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A nitazoxanida é um medicamento antiparasitário e de ação antiviral que, desde 2020, passou a ser vendido somente com retenção de receita

A nitazoxanida é um medicamento antiparasitário e de ação antiviral que, desde 2020, passou a ser vendido somente com retenção de receita. Uma pesquisa do Instituto Nacional do Diabetes e das Doenças Digestivas e Renais dos Estados Unidos apontou que o fármaco também pode ser indicado para casos de hepatite tipo B, C e influenza.

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O Annita é a marca de referência da nitazoxanida, que deve ter orientação médica sobre dosagem e tempo de tratamento para que o tipo de parasita presente no corpo do paciente seja eliminado. Caroline Ehlke Gonzaga, gastroenterologista e professora da Faculdade de Medicina da PUC-PR, destacou ao portal UOL a importância do monitoramento do paciente. Segundo ela, cada indivíduo metaboliza o remédio de forma distinta e esse fator deve ser considerado.

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Além da ação antiviral, a nitazoxanida também costuma ser recomendada para combater vermes e protozoários. Algumas das contraindicações listadas na bula são diabetes, doença do fígado e doenças de rim. Vale ressaltar que não há estudos que comprovem a eficácia cientifica do uso do medicamento contra a Covid-19.

Nitazoxanida e outros medicamentos no combate a Covid-19

Em junho de 2020, no primeiro pico da pandemia causada pelo novo coronavírus no Brasil, circulou um texto atribuído a profissionais da saúde reforçando o uso do “tratamento precoce”, um kit de medicamentos que podem trazer efeitos colaterais se aplicados sem indicação.

Pouco menos de um ano depois e com uma nova alta de casos e mortes, tratamentos sem comprovação, entre os quais a cloroquina, nitazoxanida e ivermectina, mantêm sua popularidade.

Corrente no mundo desde o dia 31 de dezembro de 2019, ao menos, a infecção por Sars-Cov-2 segue sem um tratamento medicamentoso de eficácia comprovada.

Nitazoxanida tem efeito colateral?

Os efeitos colaterais mais comuns do nitazoxanida envolvem o trato gastrointestinal:

  • Cólica
  • Mal estar abdominal
  • Náuseas (que podem ser acompanhadas por dor de cabeça)
  • Perda de apetite
  • Vômitos

Efeitos menos comuns mas também registrados são a mudança de cor da urina e do esperma, que ficam com tom amarelo esverdeado, devido a componentes do medicamento.

Fonte: Panorama Farmacêutico

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Brasileiros são barrados no exterior em mais de 100 países

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A fama brasileira de descontrole do coronavírus se acentua e assusta boa parte do mundo, na pior semana desde o início da pandemia da Covid-19. No noticiário internacional, a CNN foi uma das redes de tv a apresentar o Brasil como fonte de ‘ameaça global’ por causa do colapso hospitalar e de expansão acelerada do vírus. Dias antes, o noticiário europeu (BBC) classificou o Brasil como uma espécie de ‘laboratório’ onde se pode observar o que acontece quando o vírus ‘se propaga sem controle’- numa menção ao surgimento da nova cepa, denominada tecnicamente de P1, comprovadamente mais virulenta.

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As restrições à circulação de brasileiros entre os países também se agravaram desde o surgimento da variante do coronavírus, que foi primeiro identificada em Manaus. Os Estados Unidos, que barraram a entrada de brasileiros em maio do ano passado, renovaram a restrição sob a gestão de Joe Biden, e já identificaram a presença da P1 em mais de 20 estados. A descoberta recente de um caso em Nova York levou o nome do Brasil novamente às manchete, notas e declarações oficiais.

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Atualmente, visitantes brasileiros ou com histórico de passagem pelo Brasil são barrados em pelo menos 100 países. Mas o agravamento da crise interna de saúde levou países vizinhos a redobrarem cuidados. O Chile, considerado país modelo no continente de ações de controle da pandemia, já vacinou 20% da população. A Argentina adota, com sucesso, a vacina russa Sputinik V, que sequer tem aprovação pela Anvisa, no Brasil.

Fonte: Rondonotícias

Ministério da Saúde cancelou compra de medicamentos para ‘kit intubação’ em agosto, diz CNS

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Em agosto de 2020, o Ministério da Saúde cancelou uma compra de medicamentos para o chamado ‘kit intubação’, segundo apontou o CNS (Conselho Nacional de Saúde) em um ofício datado do dia 20 daquele mês.

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O documento diz que o Ministério havia se comprometido a garantir a aquisição dos medicamentos para mais 30 dias, mas cancelou a compra, decisão que não foi explicada.

‘Considerando que em 12 de agosto de 2020 a operação Uruguai II (operação destinada à compra), executada pelo Ministério da Saúde para aquisição de medicamentos do kit intubação foi cancelada, sem que seus motivos fossem esclarecidos’.

Brasil tem 2.438 mortes e 79.069 novos casos de covid-19

Estado do Amazonas registra 1.025 novos casos de Covid-19 e 32 mortes pela doença, neste sábado

Foto: Reprodução

No oficio de 20 de agosto, o CNS alertou para o cenário de desabastecimento de medicamentos do ‘kit intubação’.

‘Considerando que o desabastecimento desses medicamentos coloca em risco toda a estrutura planejada para o atendimento de saúde durante a pandemia do novo coronavírus, pois mesmo com leitos disponíveis, sem esses medicamentos não é possível realizar o procedimento, podendo levar todo o sistema de saúde ao colapso’, diz trecho do documento.

Na última quarta-feira (17.mar.2021), o Ministério informou que fez uma requisição administrativa de 665,5 mil medicamentos para intubação para um período de 15 dias.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), órgão vinculado ao Ministério da Saúde, disse que busca novos fornecedores e que vai flexibilizar os critérios para a aquisição dos kits para agilizar o processo e evitar a escassez de medicamentos.

Na última sexta-feira (19.mar.2021), a Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados) divulgou uma ‘carta aberta’ na qual explica que o setor privado também enfrenta risco de desbastecimento.

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‘Entendemos a preocupação do governo em garantir os insumos necessários para a atenção aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), mas a situação do setor privado também é bastante preocupante e, certamente, atingirá o seu ápice nos próximos días’, afirmou a Anahp.

Fonte: Portal do Antonio Zacarias

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Butantan já entregou 24,6 milhões de doses da coronavac ao Ministério da Saúde

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Na semana que passou, foi batido um novo recorde no número de vacinas coronavac contra a Covid-19 enviadas pelo Instituto Butantan ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde: 7,3 milhões de doses em uma semana. O total é a soma do carregamento de 2 milhões de doses liberado na manhã da sexta, mais as 2 milhões de doses entregues na quarta (17) e as 3,3 milhões encaminhadas na segunda (15). Assim, o número total de doses já chega a 24,6 milhões.

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‘A vacina do Butantan é a vacina que sustenta o Programa Nacional de Imunizações. Estamos em ritmo acelerado. Vamos cumprir os nossos compromissos com o Ministério da Saúde e, na medida do possível, estamos adiantando esse compromisso. Em março prevíamos inicialmente a entrega de 18 milhões de doses, mas vamos entregar 22,7 milhões’, explicou o diretor-presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, na sexta-feira, após o envio da última remessa.

Até o final de março, segundo Covas, ainda serão entregues mais 11,5 milhões de doses, que já estão produzidas e aguardam liberação da área de Controle de Qualidade do Butantan.

Coronavac começou a ser entregue em 17 de janeiro

Desde 17/01, quando foi enviado o primeiro carregamento de vacinas ao Ministério da Saúde, o instituto já enviou ao PNI 24,6 milhões de doses. Até 30/04, o Butantan promete entregar todas as 46 milhões de doses do primeiro contrato firmado com o ministério. Após essa data, será iniciada a produção das 54 milhões de doses que fazem parte do segundo contrato.

‘O compromisso do Butantan de entregar 100 milhões de doses está garantido até agosto. Mas nós precisamos integralizar um número maior de vacinas’, salientou. ‘Qualquer vacina que esteja disponível para aquisição, aprovada pela Anvisa, deve ser incorporada o mais rapidamente possível ao nosso Programa Nacional de Imunizações. Não faz muito sentido nós termos uma única vacina diante de tanta carência e de tanta necessidade.’

Fonte: Paraná Portal

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Com aumento de incertezas, pessimismo com a economia brasileira já atinge estimativas para 2022

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Depois do tombo de 4,1% no PIB (Produto Interno Bruto) no ano passado, a expectativa era que a economia mostrasse uma recuperação significava este ano e no próximo. Mas o pessimismo está se alastrando, e não se restringe a este ano: nas últimas semanas, parte dos bancos e das consultorias começou a revisar para baixo a projeção para o desempenho para 2022.

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No relatório Focus, do Banco Central, os analistas consultados projetam que a atividade econômica deve crescer 2,5% no ano que vem. Mas já há economistas que avaliam que o PIB deve ter dificuldade para superar o patamar de 2% no próximo ano.

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A dificuldade prevista para 2022 se soma a um cenário de bastante cautela já presente neste ano diante do descontrole da pandemia de coronavírus. Com a disparada de mortes provocadas pela Covid-19 e o lento ritmo de vacinação, os economistas avaliam que o PIB deve crescer pouco mais de 3% em 2021, sem recuperar as perdas de 2020.

São vários os fatores que têm contribuído para uma visão mais pessimista para o Brasil no médio prazo. Nessa lista estão a piora fiscal enfrentada pelo país, o aumento da taxa de juros, a incerteza com a eleição presidencial do próximo ano e o comportamento da economia global.

Por ora, os efeitos diretos da pandemia de coronavírus, como a abertura e fechamento de atividades consideradas não essenciais, não são vistos como uma grande ameaça para 2022. A expectativa é que a economia comece um processo de reabertura mais consistente a partir do segundo semestre de 2021. Mas, se o Brasil falhar no ritmo de vacinação, o cenário para o próximo ano pode ser ainda mais difícil.

Piora fiscal

A situação das contas públicas tem preocupado analistas desde 2014, quando o endividamento do país passou a crescer.

No ano passado, com todas as medidas adotadas para mitigar o avanço da pandemia de coronavírus, a dívida bruta do Brasil chegou a 89,3% do PIB – o patamar é considerado elevado para uma economia emergente como brasileira.

Com o descontrole da pandemia e a lenta vacinação, a dívida bruta deve crescer ainda mais em 2021 diante da necessidade do governo de socorrer famílias e empresas afetadas pela crise sanitária. Embora haja espaço no orçamento, a equipe econômica decidiu, por exemplo, bancar a nova rodada do Auxílio Emergencial com crédito extraordinário, ou seja, com mais endividamento. Neste ano, o benefício deve custar R$ 44 bilhões.

A expectativa de piora das contas públicas e a falta de clareza com o futuro das finanças do país preocupam e afastam os investidores. Como consequência, a percepção de risco sobre a economia brasileira cresce, desencadeando uma desvalorização do real e um aumento da inflação.

‘O principal ponto é o problema fiscal do Brasil’, diz o economista Luka Barbosa. ‘O País tem uma dívida pública muito elevada para um país emergente. Esse problema eleva o prêmio de risco da economia brasileira, faz a taxa de câmbio depreciar, aumenta a inflação e torna necessária a subida de juros.’

Alta dos juros

Na quarta-feira (17), o Banco Central deu início ao ciclo de alta da taxa básica de juros. O Copom (Comitê de Política Monetária) surpreendeu boa parte dos analistas e aumentou a Selic em 0,75 ponto percentual, para 2,75% ao ano – a aposta majoritária era de uma subida de 0,50 ponto.

Juros mais alto encarem a tomada de crédito, afetando o consumo das famílias e os investimentos das empresas. Mesmo com uma atividade enfraquecida, o Banco Central tem sido pressionado pela inflação. Em fevereiro, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acumulou alta de 5,2% em 12 meses e ficou próximo do teto da meta do governo, que é de 5,25%.

Fonte:  

A ivermectina não é tratamento para a covid-19

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Medicamento usado para tratar infestações de parasitas como piolho e sarna, a ivermectina não tem eficácia comprovada contra a covid-19. As principais autoridades mundiais de saúde continuam ressaltando que não existe tratamento comprovadamente eficaz contra o novo coronavírus, assim como a atualização mais recente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre o assunto que também aponta que ‘não existem estudos conclusivos que comprovem o uso desse medicamento para o tratamento da covid-19, bem como não existem estudos que refutem esse uso’.

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Além disso, entidades médicas brasileiras repudiaram o suposto ‘tratamento precoce’ do governo federal contra o coronavírus, que envolve a ivermectina e outros remédios sem eficácia comprovada, como a cloroquina.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) não recomendam o uso de ivermectina para propósitos diferentes daqueles para os quais seu uso está autorizado. A FDA, órgão de vigilância sanitária dos Estados Unidos, esclarece ainda que a ivermectina não foi aprovada para prevenção e tratamento da covid-19 nos Estados Unidos e que as pessoas ‘não devem tomar qualquer remédio contra a doença a não ser que tenha sido prescrito por um médico e adquirido por fonte legítima’.

1) Como usar ivermectina?

Medicamentos que contenham ivermectina são sujeitos à prescrição médica, ou seja, não podem ser dispensados nas farmácias sem a apresentação do receituário médico, o que comprova que o paciente foi devidamente avaliado a respeito de sua condição clínica por profissional habilitado. A forma de uso do medicamento indicada nas orientações de bula do medicamento de referência Revectina®, consiste em administração em dose única, oral, dependendo do agente etiológico. Dessa forma, a dose irá depender da avaliação clínica de cada paciente, considerando o parasita diagnosticado.

2) Para que serve?

Medicamentos contendo ivermectina são registrados pela Anvisa na classe terapêutica de antiparasitários. As patologias para as quais o remédio possui indicação terapêutica comprovada cientificamente por estudos clínicos são:

– Estrongiloidíase intestinal: infecção causada por parasita nematoide Strongyloides stercoralis.

– Oncocercose: infecção causada por parasita nematoide Onchocerca volvulus. A ivermectina não possui atividade contra parasitas Onchocerca volvulus adultos. Os parasitas adultos residem em nódulos subcutâneos, frequentemente não palpáveis. A retirada cirúrgica desses nódulos (nodulotomia) pode ser considerada no tratamento de pacientes com oncocercose, já que esse procedimento elimina os parasitas adultos que produzem microfilárias.

– Filariose: infecção causada por parasita Wuchereria bancrofti.

– Ascaridíase: infecção causada por parasita Ascaris lumbricoides.

– Escabiose: infestação da pele causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei.

– Pediculose: dermatose causada pelo Pediculus humanus capitis.

3) Quais as reações adversas e efeitos colaterais?

A ivermectina é contraindicada para uso por pacientes com hipersensibilidade ao medicamento ou aos demais componentes da formulação. ‘Há contraindicação para uso por pacientes com meningite ou outras afecções do sistema nervoso central que possam afetar a barreira hematoencefálica, devido aos seus efeitos nos receptores GABA-érgicos do cérebro. Medicamentos contendo ivermectina são contraindicados para uso por crianças com menos de 15 kg ou menores de 5 anos’, orienta Marcos Machado, presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP).

Conforme informações constantes do registro do medicamento de referência podem ocorrer raramente as seguintes reações: diarreia e náusea, astenia, dor abdominal, anorexia, constipação e vômitos. Relacionadas ao sistema nervoso central podem ocorrer: tontura, sonolência, vertigem e tremor. As reações epidérmicas incluem: prurido, erupções e urticária.

Fonte: O Sul

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Pandemia: Hospitais particulares só têm medicamentos para mais quatro dias

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Propofol e cisatracurio, dois medicamentos usados na sedação de pacientes que precisam ser entubados e cujos estoques nos hospitais particulares só deve durar mais quatro dias. Essa é a principal informação que consta em uma carta aberta da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), divulgada neste sábado (20).

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No texto, a entidade afirma entender a ‘preocupação do governo em garantir os insumos necessários para a atenção aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS)’, mas destaque ‘a situação do setor privado também é bastante preocupante e, certamente, atingirá o seu ápice nos próximos dias’.

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‘Caso essas instituições fiquem sem as medicações necessárias para os procedimentos exigidos em pacientes acometidos pela covid-19, a alta demanda dos hospitais privados sobrecarregará ainda mais o setor público’, diz outro trecho da carta.

A falta de medicamentos fez a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar na última sexta-feira (19) a importação direta de diversos produtos não regularizados no Brasil.

A medida tem caráter excepcional e temporário e vale somente para produtos identificados como prioritários para o tratamento da covid-19, em especial aqueles utilizados na sedação e anestesia.

A norma estabelece que os medicamentos a serem importados devem ser pré-qualificados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ou, pelo menos, possuir regularização válida em país membro do Conselho Internacional para Harmonização de Requisitos Técnicos de Produtos Farmacêuticos de Uso Humano (ICH).

Também na sexta-feira a Anvisa autorizou que cilindros de gases industriais sejam utilizados para receber oxigênio medicinal. A exceção visa aumentar a capacidade de produção deste insumo, em razão do agravamento da pandemia.

De acordo com a Anvisa, as empresas deverão atender a alguns critérios de qualidade, como utilização de válvulas testadas e aprovadas e limpeza adequada dos cilindros industriais para eliminar contaminação cruzada.

A agência autorizou ainda que locais para envasamento de gases industriais também sejam usados para envasar os cilindros de oxigênio. Tudo isso sem necessidade de licenciamento sanitário, basta que a empresa tenha a Autorização de Funcionamento (AFE).

Fonte: O Livre

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Farmacêutico alerta sobre os perigos da automedicação na Pandemia

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Após o surgimento do primeiro caso da Covid-19 no Brasil, a corrida por medicamentos supostamente eficazes para tratar ou prevenir o novo coronavírus foi expressiva nas farmácias. Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), o varejo farmacêutico faturou em decorrência da pandemia R$ 58,2 bilhões em 2020, um crescimento de 8,8% na receita das principais redes de farmácias do país em relação ao ano de 2019.

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) calcula que 18% das mortes por envenenamento no Brasil podem ser atribuídas à automedicação. Diante dos índices, os riscos à saúde com a prática da automedicação geram preocupação entre os profissionais da saúde.

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Lucas Santos, 29, farmacêutico e pós-graduando em análises clínicas, alertou sobre o perigo do uso irracional de medicamentos sem recomendação médica ou orientação farmacêutica. ‘Todo medicamento deve ser utilizado na dose e posologia correta. Quando o indivíduo toma a decisão da automedicação ele está colocando a sua saúde em risco. Cada organismos responde de maneira diferente a um determinado medicamento, assim efeitos colaterais e/ou adversos podem ocorrer de maneira grave, ou atenuada, ou não ocorrer, e isso vai variar de um indivíduo para o outro’, afirmou.

Por fim, o farmacêutico lembrou que todos os medicamentos utilizados para lidar com a crise sanitária foram prescritos para casos pontuais em unidades de saúde e que não devem ser usados por conta própria. ‘Os medicamentos que supostamente foram eficazes para tratamento da Covid-19 foram utilizados em casos isolados e específicos, geralmente, em pacientes em estado grave a nível hospitalar. Não há, até então, nada comprovado para prevenção e combate da doença utilizando esses medicamentos de forma totalmente irregular’, finalizou.

Fonte:NES nordesteusou

Brasil é o 73º no ranking mundial de vacinação contra a covid-19

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O Brasil tem uma missão desafiadora pela frente se quiser vacinar metade da sua população até julho contra a covid-19, como afirmou o ministro da Saúde Eduardo Pazuello nesta semana.

Com uma população de 212,56 milhões de habitantes e pouco mais de 13 milhões doses aplicadas até as 19h desta sexta-feira (19), o país era o 73º colocado no ranking proporcional de imunização (a cada 100 habitantes).

Em valores absolutos, o país está entre os que mais vacinam no mundo – quinto colocado até ontem à noite, atrás dos Estados Unidos e Reino Unido -, mas a análise dos sites de monitoramento mundial mais respeitados indicam que o Brasil ainda está longe de ter sua população inteiramente protegida da pandemia.

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Os números são do site Our World in Data, organizado por pesquisadores da Universidade de Oxford, do Reino Unido.

Segundo os cálculos dos cientistas da instituição britânica, apenas 6,12% do maior país da América do Sul recebeu ao menos uma injeção de imunizante. E a velocidade média, em um intervalo de sete dias, era, nesta sexta-feira, de 0,15 dose aplicada para cada grupo de 100 pessoas.

Para se ter uma ideia, o pequeno território de Gibraltar, com pouco mais de 33 mil habitantes, líder no ranking proporcional, tem 148,35 doses aplicadas para cada grupo 100 pessoas. Isso porque, a depender do imunizante, são necessárias mais de uma dose, caso por exemplo das administradas no Brasil. A velocidade média de vacinação em sete dias por lá, nesta sexta, era de 2,16 injeções por dia.

Ao se levar em consideração apenas a segunda dose, que no caso do Brasil é mandatório em função das características das vacinas disponíveis, o panorama é ainda pior. De acordo com outro site de monitoramento mundial, o da Bloomberg, apenas 1,9% da população foi completamente imunizada até as 19h desta sexta. Israel, por exemplo, tem quase metade (49,7%) de seus habitantes totalmente protegidos contra a pandemia do novo coronavírus.

Ritmo lento

A vacinação no Brasil começou em 17 de janeiro, logo após a Anvisa autorizar de forma emergencial a aplicação da CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, e a CoviShield, da Oxford/AstraZeneca/Fiocruz.

A pouca quantidade de doses, decisões políticas equivocadas e a corrida mundial por imunizantes em meio a uma pandemia nunca antes vista na história da humanidade explicam a lentidão no ritmo de vacinação, afirmam especialistas.

Na quarta-feira (17), durante cerimônia de entrega das primeiras doses de vacinas contra a covid-19 produzidas pela Fiocruz, o ministro Eduardo Pazuello, de saída do cargo, afirmou que o Brasil vai controlar a pandemia com a vacinação em massa e novos hábitos da população.

‘O coronavírus veio para ficar e nós vamos controlar a pandemia com a vacinação e com novos hábitos. [?] Vamos controlar essa pandemia ainda no segundo semestre. Essa é a nossa missão e, para isso, precisamos das vacinas’, afirmou ele ao mencionar a contratação de imunizantes de sete laboratórios diferentes.

Efeitos na economia

Com queda acentuada da atividade econômica em 2020 e o recrudescimento da doença no país, o ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou nesta sexta-feira (19) que vacinar o máximo possível da população nos próximos seis meses é o grande objetivo do governo.

‘Nos próximos seis meses, temos que vacinar o máximo possível da população brasileira, e este é o nosso grande objetivo’, afirmou o ministro.

A fala do homem-forte da Economia de Jair Bolsonaro foi divulgada no mesmo dia em que Ministério da Saúde anunciou ter concluído e assinado os contratos para a aquisição de 138 milhões de doses: 100 milhões da vacina da Pfizer, a primeira no país a receber o registro definitivo concedido pela Anvisa, e 38 milhões do imunizante da Johnson.

Segundo a pasta, a negociação com a Pfizer prevê 100 milhões de doses: 13,5 milhões a serem entregues entre abril e junho e outros 86,5 milhões de julho a setembro.

O contrato com a Janssen, conforme o ministério, prevê 38 milhões de doses: 16,9 milhões previstas para serem entregues de julho a setembro e 21,1 milhões, de outubro a dezembro.

Casos

Do início da pandemia o Brasil até a noite de ontem, o país contabiliza 11,8 milhões de casos e 290,3 mil óbitos. De quinta para sexta-feira, foram registradas 90,5 mil novas contaminações e 2.815 novos óbitos. Os números são divulgados pelo Ministério da Saúde com base em informações das secretarias estaduais de Saúde.

Fonte: Ipiaú Online

Escândalo: governo cancelou compras do ‘kit intubação’ que agora falta aos hospitais

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Segundo relatório do Conselho Nacional de Saúde, não houve explicação do governo para o cancelamento da importação dos insumos extremamente necessários para pacientes com Covid-19

O governo Bolsonaro cancelou, em agosto de 2020, a compra de medicamentos que formam o chamado ‘kit intubação’. A informação consta em um relatório do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Treze dos vinte e três itens solicitados foram cancelados por decisão do Ministério da Saúde.

OPERAÇÃO URUGUAI FOI CANCELADA

Em julho de 2020, o Ministério da Saúde havia comprado de empresas uruguaias 54.867 medicamentos usados na intubação de pacientes de Covid-19 em UTIs. Com o apoio das Forças Armadas, os insumos foram distribuídos às secretarias de Saúde do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que estavam com os estoques de medicamentos baixos. A iniciativa foi chamada de ‘Operação Uruguai’. Nesta altura a indústria brasileira já não estava conseguindo atender ao aumento da demanda.

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Em agosto do mesmo ano, porém, o governo federal cancelou a chamada ‘Operação Uruguai II’, que tinha como objetivo importar do país vizinho mais insumos médicos necessários para o tratamento e intubação de pacientes vítimas da Covid-19. Segundo representantes do Conselho Nacional de Saúde, não houve explicação do governo para o cancelamento da importação dos insumos necessários.

HOSPITAIS ALERTARAM PARA FALTA DO PRODUTO

Agora, diante do agravamento da pandemia do coronavírus, hospitais do país inteiro estão alertando para a falta iminente dessas medicações que são vitais para o tratamento de pessoas com graves problemas respiratórios, como são os pacientes com Covid-19, assim como para a realização de qualquer tipo de anestesia. A situação é dramática. Pacientes morrerão sem ar por falta da medicação que permite sua colocação em ventilação mecânica.

Para a pesquisadora Claudia Garcia Serpa Osorio-de-Castro, da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, a atual escassez é ‘indesculpável’, uma vez que, em agosto do ano passado, no pico da primeira onda da pandemia, o grande uso de tais medicamentos já sinalizava a importância em adquiri-los com antecedência. ‘Houve uma demora do poder público em agir e uma desmobilização depois da primeira onda, inclusive dos hospitais de campanha, mesmo quando já se previa uma segunda onda. Existe uma inércia muito preocupante’, diz ela.

O ex-governador Ciro Gomes (PDT) denunciou o descalabro na administração federal da pandemia. Ele falou sobre o cancelamento da compra das medicações para intubação em agosto do ano passado. ‘Para os ‘ricos’ entenderem: Bolsonaro e Pazuello suspenderam as compras dos medicamentos para intubação e agora requisitaram o que resta desses insumos dos hospitais privados, que irão ficar sem medicamentos depois de amanhã!’, disse Ciro, através de seu twitter.

Conselho Federal de Farmácia confirmou em nota, na quinta-feira (18/3), que ‘informações de farmacêuticos que atuam em hospitais e outros serviços de saúde de diversos pontos do país, bem como manifestação pública dos secretários estaduais e municipais da saúde e da própria indústria farmacêutica, evidenciam o desabastecimento de bloqueadores neuromusculares, sedativos e outros medicamentos utilizados em terapia intensiva, como o midazolan, essenciais a uma intubação humanizada e segura’.

CONFISCO: GOVERNO DESPE UM SANTO PARA COBRIR OUTRO

A ‘providência’ tomada pelo governo Bolsonaro diante da crise tem o DNA do ministro afastado Eduardo Pazuello, que ainda não deixou o cargo por causa dos ‘problemas administrativos’ do novo titular da pasta.

Conhecido pela logística primorosa – que provocou a morte de 30 pessoas em Manaus por falta de oxigênio – ele determinou o confisco pelo governo de todos os kits produzidos no país. Ao invés de corrigir a decisão errada tomada em agosto e acelerar as compras e até a importação dos produtos, ele decide pelo confisco. Ou seja, quer despir um santo para cobrir outro.

A associação que representa os hospitais privados do Brasil reagiu à desastrada medida afirmando que a iniciativa do Ministério da Saúde de requisitar medicamentos da indústria usados para intubar pacientes e destiná-los ao SUS pode fazer com que eles acabem em até 48 horas em algumas instituições privadas. ‘Precisamos que o governo dialogue o quanto antes com o setor privado. Nossos estoques estão muito baixos e não estão sendo repostos pela indústria por conta das requisições administrativas que o ministério está fazendo nas fábricas’, afirma o diretor-executivo da Associação Nacional de Hospitais Privado (Anahp), Marco Aurélio Ferreira.

A recomendação feita pelo CNS e encaminhada à Anvisa, ao Ministério da Saúde, ao Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência, à Superintendência-Geral do Cade, ao Procon, Ministério Público, Defensoria Pública e entidades civis de defesa do consumidor, em seus respectivos Estados visava fazer com que o governo comprasse o mais rapidamente os produtos, inclusive com importação. O Tribunal de Contas da União (TCU) e os Conselhos Estaduais e Municipais de Saúde também foram informados.

SECRETÁRIOS COBRAM MEDIDAS URGENTES

Em entrevista ao Jornal Nacional, Carlos Lula, Secretário de Saúde do Maranhão e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), explicou que a produção brasileira de medicamentos não deve atender a demanda crescente nos hospitais do país, que pode se estender por todo o mês de março até as duas primeiras semanas de abril. ‘Vai faltar kit intubação no país, vai faltar monitor, vai faltar bomba de infusão e o Ministério da Saúde tem que tentar prover isso’, disse Carlos Lula.

‘O Ministério da Saúde terá que regular o uso e importar (medicamentos para intubação) o mais rápido possível, para eles não faltarem em um momento crítico’, afirmou Wilames Freire, presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais da Saúde (Conasems). ‘Não temos desabastecimento ainda, mas sim uma baixa no estoque, por conta do aumento de leitos e de pacientes intubados ter aumentado o consumo de kits intubação’, afirmou ele.

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Em entrevista à CNN, Jonas Donizette, presidente da Frente Nacional dos Prefeitos, afirmou que, desde o ano passado, alerta o Ministério da Saúde sobre a possível falta de medicamentos para a intubação de pacientes graves do novo coronavírus.

‘Em julho e agosto já teve esse problema. Então fizemos o comunicado, no ano passado, quando teve o caso. Agora, com a situação de Manaus, nós reforçamos o pedido por uma coordenação nacional. E agora, mais recentemente, há cerca de 10 dias, mandamos um documento mais dramático, falando que se não houver uma medida do governo vamos ter perdas de vidas.’, explicou.

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