Com estagnação e inflação, Bolsonaro segue rota de Dilma pré-impeachment

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está fazendo o Brasil reviver o insólito cenário de forte aceleração da inflação com queda da atividade econômica.

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A combinação, conhecida como “estagflação” -quando estagnação econômica, ou recessão, convive com preços em alta- foi a principal marca dos meses que precederam o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, a partir de maio de 2016.

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Sob Bolsonaro, apesar de a economia ter encolhido 4,1% no ano passado e caminhar para uma possível estagnação neste primeiro semestre, a inflação deverá atingir 7% em meados do ano.

Raramente isso acontece, pois atividade deprimida tende a segurar os preços -a não ser que outros motivos, estruturais ou políticos, detonem o fenômeno.

O principal fator para o cenário de economia fraca hoje é a pandemia da Covid-19, que impede uma retomada mais livre e que tem causado distorções no mercado.

Mas, segundo especialistas, a postura errática do presidente em relação ao equilíbrio das contas públicas, além de suas intervenções, como no episódio Petrobras, tem pressionado o valor do dólar para além do que os fundamentos econômicos justificariam, alimentando exageradamente a inflação.

Nos últimos 12 meses, o dólar subiu quase 30% frente o real, uma das moedas que mais se desvalorizaram no mundo, tornando mais caros os produtos importados ou denominados na moeda americana.

Neste início de 2021, os valores em reais (impactados pelo dólar) de commodities internacionais agrícolas, metálicas e dos combustíveis tiveram alta conjunta inédita -pressionando preços em várias cadeias produtivas, de alimentos e bens duráveis à da construção civil.

O aumento de preços de alguns desses itens, que compõem a taxa oficial de inflação (o IPCA) já é superior ao verificado nos últimos meses do governo Dilma. Em 2015, último ano completo sob o comando da petista, a economia encolheu -3,5%; e os preços subiram 10,6%.

Hoje, um dos poucos setores em que a aceleração da inflação ainda está abaixo do período pré impeachment é o de serviços, impactado pelo isolamento social. Mesmo assim, há pressões consideráveis nesse item.

Outros preços, como de passagens de ônibus, não reajustados no ano eleitoral de 2020 (prefeitos), e dos planos de saúde, congelados no ano passado (mas que devem subir duas vezes neste ano) devem jogar mais lenha na inflação.

Para André Braz, analista do Índice de Preços ao Consumidor da FGV/Ibre, há neste momento uma tendência de maior “espalhamento” da inflação, com os preços no atacado (por conta das commodities) contaminando a economia.

Segundo ele, enquanto a inflação em 2020 ficou muito concentrada nos alimentos, a medida em que a atividade ganhar mais de tração, apesar da Covid, a tendência é que as empresas repassem outros custos a seus preços, sobretudo os trazidos pela alta do dólar.

“Embalagens que usam alumínio, construções que empregam fios de cobre e geladeiras que consomem aço, tudo isso pode sofrer repasses”, exemplifica.

Nesse cenário, e sem investimentos, Braz considera muito difícil o Brasil voltar a crescer, criando um quadro de estagnação com inflação (estagflação) que “pode piorar”, na sua opinião.

Se a economia continuar crescendo pouco -tendência que persiste desde 2014, inclusive com PIBs negativos em 2015, 2016 e 2020-, as empresas que não puderem repassar custos também tendem a cortar a produção e a demitir, deprimindo ainda mais a atividade.

Para Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, apesar de a inflação no setor de serviços ainda estar sob controle, ela está acelerando.

Segundo ele, com a vacinação ganhando força em todo o mundo e a economia global em recuperação, é possível que haja um ciclo duradouro de preços em alta das commodities, cotadas em dólar.

Com a moeda americana cara no Brasil, esses produtos -essenciais para a cadeia produtiva- continuariam pressionando a inflação.

É nesse contexto que a postura do presidente seria prejudicial. “Bolsonaro parece estar cada vez copiando a ex-presidente Dilma na economia, o que é muito ruim para as expectativas”, diz Vale, destacando a intervenção na Petrobras e os sinais trocados a respeito das contas públicas.

Para Livio Ribeiro, pesquisador da FGV/Ibre, a pandemia causou uma espécie de “torção” na inflação, deprimindo os preços dos serviços, à medida que as pessoas ficaram mais em casa, e aumentando os de alimentos e produtos domésticos, como de eletroeletrônicos.

“Conforme houver uma normalização, ocorrerá também uma ‘destorção’, com os preços dos serviços acelerando”, afirma. “A pergunta de um milhão é o quanto do aumento dos outros itens é temporário ou se tornará permanente.”

O principal problema, a excessiva valorização do dólar, no entanto, pode persistir, pressionando a inflação pela via do aumento dos preços em reais das commodities metálicas, agrícolas e dos combustíveis -sobretudo se elas continuarem se valorizando na esteira de uma recuperação mais firme no exterior.

Pelos cálculos de Ribeiro, “o fogo amigo” provocado por uma espécie de “pântano institucional” no governo Bolsonaro é hoje a principal causa da disparada do dólar -e explicaria a maior parte da desvalorização do real nas últimas semanas.

Nessa linha, outros dados mostram que e o “custo Bolsonaro” levou o chamado “risco Brasil” a deslocar-se negativamente do conjunto das demais economias emergentes, com o mercado cobrando prêmios de risco crescentes para se proteger de eventuais perdas em investimentos no país.

Para Fernando Honorato, economista-chefe do Bradesco, esse quadro pode ganhar dimensões dramáticas caso o Brasil abandone o chamado teto de gastos (que limita o aumento da despesa pública à inflação dos 12 meses anteriores) ou insira volumes consideráveis de desembolsos “extra teto” no combate à Covid-19.

Isso não apenas aumentaria o “risco Brasil” como pressionaria ainda mais o dólar, com impactos crescentes na inflação.

Exemplo eloquente do tema, na quarta (3), só a declaração do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de compromisso em manter o teto de gastos inverteu tendência de forte valorização do dólar e estancou queda de mais de 3% que se desenhava no pregão da Bovespa.

Se esse compromisso com o teto for mantido, Honorato avalia que a pressão sobre a inflação tende a se dissipar no segundo semestre, quando repasses da alta abrupta dos preços das commodities forem absorvidos.

A maioria dos economistas acredita, porém, que o Banco Central pode ver-se obrigado a subir a taxa básica de juros (a Selic, hoje em 2% ao ano) antes e com mais força do que o previsto no final de 2020. Tudo por conta das atuais pressões inflacionárias, do dólar e do “custo Bolsonaro”.

Isso teria impacto negativo não só sobre o crescimento, pois financiamentos ficariam mais caros, mas sobre a correção do valor da dívida pública, hoje a maior em relação ao PIB (quase 90%) entre os emergentes -o que traria mais insegurança, menos investimentos e menor crescimento.

“Infelizmente, a inflação no Brasil não é questão resolvida. A inação do Banco Central pode levar todas as expectativas para cima de forma muito perigosa”, diz Vale, da MB Associados.

Fonte: RÁDIO CULTURA FM 101,7

Pesquisa encontra proteína que identifica qual célula do cérebro é mais vulnerável ao Alzheimer

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Uma descoberta feita a partir da análise de amostra de tecidos cerebrais do Biobanco de Encéfalos Humanos da FMUSP, identificou que nas células do cérebro, há uma proteína que pode indicar maior vulnerabilidade à doença de Alzheimer.

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A pesquisa foi realizada pela Faculdade de Medicina da USP(FMUSP) e a Universidade da Califórnia e poderá contribuir para o desenvolvimento de remédios que ajudem a proteger as células do cérebro da doença.

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De acordo com Lea Grinberg, coautora do trabalho, em doenças como o Alzheimer as células do cérebro morrem aos poucos e uma vulnerabilidade seletiva faz com que alguns neurônios sejam mais atingidos do que outros. Deste modo, descobrindo o que torna estes neurônios mais propícios a doença, medicamentos podem ser criados para protegê-los.

A pesquisa apontou que a região do cérebro chamada de córtex entorrinal é a primeira área a desenvolver a lesão causada pela doença, enquanto a região chamada córtex frontal superior costuma desenvolver as lesões apenas décadas depois.

Para a análise da proteína, foram feitos dois testes. ‘No single cell, se dissocia o tecido em núcleos celulares, se põe cada núcleo em uma gota de óleo com um código de barra, e se analisa o RNA de 10.000 células. Ao invés de um valor só, se mede o valor individual de cada célula’ disse Lea Grinberg. Já no segundo teste de imuno-histoquímica multiplex ‘como os resultados de expressão de RNA são complexos, escolhemos os melhores candidatos moleculares e identificamos as proteínas correspondentes em tecido cerebral de pessoas que morreram com níveis progressivos de Alzheimer” completou.

Além disso, ainda segundo Grinberg, os pesquisadores conseguiram confirmar um candidato molecular, a proteína RORB e identificar que os ‘neurônios que expressam RORB são os mais vulneráveis para Alzheimer’. Com essa descoberta é possível que os pesquisadores desenvolvam a medicação.

Exame detecta Alzheimer até 30 anos antes da doença se desenvolver

Pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) desenvolveram um exame que permite diagnosticar o Alzheimer por meio da saliva do paciente, 30 anos antes dos primeiros sintomas da doença surgirem.

Gustavo Alves, farmacêutico e professor do ICTQ (Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico) desenvolveu o exame através de sua pesquisa de doutorado. Ele explicou a equipe de jornalismo do ICTQ como foi o processo:

‘O teste é feito a partir da saliva, que é um elemento de fácil obtenção, sendo indolor. Por meio do teste, descobrimos duas proteínas, a tau e a beta amiloide, que estão relacionadas com ao surgimento da doença nos pacientes’ disse.

Ainda de acordo com ele, o exame poderá ser um aliado da indústria farmacêutica no surgimento de novos fármacos e que, embora hoje a doença não tenha cura, nos próximos anos podem surgir novidades devido à grande quantidade de drogas que estão sendo estudadas.

Fonte: ICTQ

Farmacêutica trata endometriose com medicina tradicional chinesa

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Dados do Ministério da Saúde mostram que cerca de 8 milhões de brasileiras sofrem de endometriose. No mês da mulher e de conscientização desta doença, o Conselho Regional de Farmácia de Alagoas conversou com a farmacêutica Paula Cavalcante, que é membro do Grupo de Trabalho de Práticas Integrativas e Complementares (PIC’s) do CRF/AL, que trata a patologia baseada na medicina tradicional chinesa.

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Segundo a farmacêutica, a endometriose atinge entre 10 e 15% das mulheres em idade fértil e tem como principais sintomas fortes cólicas menstruais, dores na relação sexual e ovulação, além da dificuldade em engravidar. ‘As dores podem ser tão intensas, que as mulheres ficam incapacitadas de realizar suas atividades diárias e alguns casos, ela pode ser assintomática, ou seja, sem dores, porém a infertilidade está presente’, pontuou.

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Paula explica que na visão da medicina chinesa, a endometriose ocorre por alguns desequilíbrios (deficiências, estagnações) em meridianos específicos como fígado, rim e em alguns casos o baço-pâncreas. ‘O que acontece é que esta mulher agrega tantos papéis na sua vida, que acaba se fragilizando, ou seja, se desvitalizando’, disse.

Na medicina tradicional chinesa, a mulher é vista de forma integral, ou seja, ela possui um potencial YIN, que aquele que nutre, que é intuitivo e fértil e o potencial Yang que é aquele trabalha, faz e acontece e quando esse desequilíbrio ocorre, recursos diversos são usados no tratamento. ‘O tratamento é por meio de dieta, fitoterapia e também com a liberação de memórias traumáticas e psicossomáticas para sustentar essa mulher e promover um processo mais saudável para ela’, assegurou.

A farmacêutica revela que as técnicas de tratamento têm como objetivo desbloquear esses meridianos para que a energia e o sangue fluam e diminuam os quadros de dores. ‘É por meio do equilíbrio da mente que conseguimos melhorar a receptividade do endométrio, ajudando na realização do sonho de gestar’, comentou.

Fonte: Painel Notícias

MPF-GO recomenda cloroquina e vermífugo para tratamento inicial da Covid-19

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Na semana em que Goiás volta a bater recorde de mortes diárias por covid-19, o Ministério Público Federal no estado (MPF-GO) divulgou nota técnica recomendando ‘tratamento inicial’ por meio de medicamentos ineficazes contra a doença ou sem eficácia cientificamente comprovada, como hidroxicloroquina, ivermectina e nitazoxanida.

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Um estudo de 117 páginas foi produzido a pedido do procurador da República Ailton Benedito e é assinado pelos infectologistas Ricardo Ariel Zimerman e Francisco Eduardo Cardoso Alves; pela biomédica Rute Alves Pereira e Costa; e pelo psicólogo Bruno Campello de Souza.

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De acordo com o MPF-GO, Benedito tem chamado a atenção para a necessidade de revisar e atualizar sistematicamente as ‘medidas farmacológicas e não farmacológicas no tratamento da doença’ para que se adaptem à evolução da pandemia.

O procurador já tinha sido citado em reportagem publicada em julho do ano passado pelo Congresso em Foco sobre membros do Ministério Público em diversos estados que recomendavam oficialmente o chamado ‘tratamento precoce’.

A nota técnica também foi encaminhada aos demais poderes do estado e às prefeituras goianas. No ofício enviado aos municípios, o procurador da República afirma que, após um ano de pandemia, ‘nem o mundo nem o Brasil nem o Estado de Goiás estão nas mesmas condições de ignorância de um ano atrás; ao contrário, nesse período, estudos clínicos foram realizados, cujos resultados vieram à luz, ao ponto de ser possível desenvolverem-se diversas vacinas para imunização do vírus, algumas das quais já em uso no Brasil, conforme exposto em nota técnica’.

De fato, em um ano de pandemia, centenas de estudos e pesquisas avançaram no entendimento de como o novo coronavírus age e como tratá-lo. Até vacinas foram desenvolvidas. Porém, até o momento, não há análises científicas avançadas o suficiente para que as principais autoridades de Saúde do Brasil e do mundo recomendem os medicamentos citados na nota técnica.

Nesse cenário, o estudo divulgado pelo MPF-GO se baseia em estudos ainda iniciais (preprints) e que ainda não foram submetidos, por exemplo, à revisão por outros acadêmicos ou publicados em periódicos.

No documento, os profissionais não usam a expressão ‘tratamento precoce’, e sim ‘tratamento inicial’, classificado como aquele iniciado até o quinto dia de sintomas de covid-19.

‘Na ausência de toxicidade significativa dos fármacos sugeridos nesta Nota Técnica, desde que respeitados os limites razoáveis de dose terapêutica não tóxica, seria imprudente exigir graus de

recomendação máximos que fossem oriundos exclusivamente de periódicos científicos ‘revisados por pares’, o que poderia resultar em perda de oportunidade de salvar vidas e evitar o colapso do sistema de saúde’, dizem os autores na nota técnica.

No caso da hidroxicloroquina, a nota faz a seguinte ponderação:

‘Ensaios clínicos em humanos de hidroxicloroquina ainda têm dificuldade em estabelecer em definitivo sua utilidade como tratamento para COVID-19, porém já existem diversos estudos mostrando evidência de benefício em diversos graus, o que não significa comprovação de eficácia, porém está muito longe de significar ausência de evidência científica. O atual grau de evidência científica da hidroxicloroquina já é igual ao da maioria dos procedimentos médicos consignados em guidelines de sociedades médicas’.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem entendimento diferente e, nesta semana, publicou na revista científica ‘The BMJ’ diretriz segundo a qual a hidroxicloroquina não deve ser usada como tratamento preventivo contra a covid-19. De acordo com o portal G1, a diretriz se baseia em diversos estudos científicos realizados com um total de seis mil pacientes e indica que o medicamento não provocou melhora no quadro dos pacientes.

No Brasil, em janeiro, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e a Associação Médica Brasileira (AMB) divulgaram nota conjunta reforçando que ‘as melhores evidências científicas demonstram que nenhuma medicação tem eficácia na prevenção ou no ‘tratamento precoce’ para a COVID-19 até o presente momento’.

‘Atualmente, as principais sociedades médicas e organismos internacionais de saúde pública não recomendam o tratamento preventivo ou precoce com medicamentos, incluindo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entidade reguladora vinculada ao Ministério da Saúde do Brasil’, afirma o comunicado.

As organizações alertam que a ‘desinformação dos negacionistas que são contra as vacinas e contra as medidas preventivas cientificamente comprovadas só pioram a devastadora situação da pandemia em nosso país’.

Autores escolhidos a dedo

Desde o início da pandemia o presidente Jair Bolsonaro e aliados defendem publicamente tratamentos ineficazes contra a covid-19 e questionam medidas de combate à disseminação do vírus, como o isolamento social e uso de máscaras.

Como amplamente divulgado pelos veículos de comunicação, o próprio governo federal criou um aplicativo que prescrevia o chamado ‘tratamento precoce’ indiscriminadamente, até mesmo para sintomas de ressaca. Após uma chuva de críticas, a ferramenta foi tirada do ar.

Assim como o fazem na nota técnica, os autores têm defendido há meses nas redes sociais os medicamentos ineficazes contra a covid-19 e criticado medidas como o isolamento social.

De acordo com reportagem publicada em 29 de janeiro pelo blog Estadão Verifica, do jornal Estadão, vídeo no qual o infectologista Ricardo Zimerman defende uma série de remédios como tratamento da covid-19 viralizou e foi inclusive compartilhado pelo empresário bolsonarista Luciano Hang. Artigo assinado pelo infectologista em março do ano passado na Folha de S.Paulo argumentava contra a adoção de medidas ‘drásticas’ de isolamento social. O texto foi recomendado pelo ex-ministro Osmar Terra, líder de desinformação sobre a pandemia no Twitter.

O segundo infectologista a assinar a nota técnica, Francisco Eduardo Cardoso, mantém um canal no Youtube chamado ‘Dois e dois são quatro’ no qual questiona uma série de medidas adotadas no combate à pandemia, principalmente o isolamento social.

Em um dos vídeos, postado há oito meses, o infectologista se propõe a analisar cinco ‘falácias e enganos’ cometidos ao longo da crise sanitária. Ao longo do vídeo, Cardoso questiona instituições como OMS e a universidade britânica Imperial College, de Londres.

Na avaliação do infectologista, o novo coronavírus é altamente contagioso. Assim, a menor quantidade de pessoas na rua já é suficiente para o vírus se propagar, não sendo necessário manter todos em casa. Ele defende, por exemplo, que apenas os mais vulneráveis fiquem isolados, e a chamada imunidade de rebanho.

‘A economia é vida. Se você prejudica a economia você está matando pessoas [?] Eu desafio qualquer pessoa que seja a pegar os dados oficiais e mostrar, por exemplo, que o isolamento social tenha salvo alguém ou que essa pandemia já não tenha passado pelo seu pico’, afirma no vídeo. A última postagem no canal foi há sete meses.

Nesta semana, o país enfrenta seu pior momento na pandemia. Com os sistemas municipais, estaduais e federal de saúde à beira ou já em colapso, na última segunda-feira (1º) secretários de saúde defenderam um toque de recolher nacional. Estados já têm endurecido as medidas de restrição, com a determinação de lockdown diante da alta ocupação das UTIs e da lentidão da vacinação.

Em toda a pandemia, o Brasil perdeu mais de 259 mil vidas para a covid-19, sendo 1.910 só nas últimas 24 horas. No Goiás, as mortes somam 8.714, sendo 169 nas últimas 24 horas.

Fonte: Orla Notícias

Copom interrompe sequência de queda e mantém Selic em 2% ao ano

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Após uma longa trajetória de redução, o Banco Central (BC) decidiu manter a taxa básica de juros da economia no atual patamar de 2% ao ano. A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) foi unânime, em reunião encerrada nesta quarta-feira (16). A manutenção do índice era esperada pelos analistas financeiros, que apostam na Selic neste patamar até o final do ano.

Em nota, o Copom informou que a inflação deve se elevar no curto prazo, principalmente por causa do movimento de alta temporária nos preços dos alimentos e a normalização parcial do preço de alguns serviços, no contexto de retomada maior da atividade econômica. “O Comitê entende que essa decisão [manutenção da taxa Selic] reflete seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante, que inclui o ano-calendário de 2021 e, em grau menor, o de 2022″, diz um trecho do comunicado oficial.

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Sobre futuros ajustes nos juros básicos, o Comitê ressaltou que novas mudanças, caso ocorram, serão graduais e dependerão da situação das contas públicas. “O Copom entende que a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado, mas reconhece que, devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno. Consequentemente, eventuais ajustes futuros no atual grau de estímulo ocorreriam com gradualismo adicional e dependerão da percepção sobre a trajetória fiscal, assim como de novas informações que alterem a atual avaliação do Copom sobre a inflação prospectiva”, destacou o comunicado.

A Selic se mantém no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986. De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015. Em outubro de 2016, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de 2018, só voltando a ser reduzida em julho de 2019.

Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Nos 12 meses terminados em agosto, o indicador fechou em 2,44%. O índice vem sofrendo uma aceleração desde julho, mas ainda continua abaixo do nível mínimo da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Para 2020, o CMN fixou meta de inflação de 4%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não poderá superar 5,5% neste ano nem ficar abaixo de 2,5%. A meta para 2021 foi fixada em 3,75%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima.

No Relatório de Inflação, divulgado no fim de junho pelo Banco Central, a autoridade monetária estimava que o IPCA fecharia o ano em 2,4% no cenário base. Esse cenário considera as estimativas de mercado.

A projeção, no entanto, ficou defasada diante da pandemia de covid-19. De acordo com o Boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 1,94%.

Crédito mais barato

A taxa Selic estimula a economia porque juros menores barateiam o crédito e incentivam a produção e o consumo em um cenário de baixa atividade econômica. No último Relatório de Inflação, o Banco Central projetava encolhimento de 6,4% para a economia neste ano. Essa foi a primeira projeção oficial do BC, revisada após o agravamento da crise provocada pelo novo coronavírus.

O mercado projeta contração um pouco menor. Segundo a última edição do Boletim Focus os analistas econômicos preveem contração de 5,66% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) em 2020.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir. As reuniões do Copom ocorrem a cada 45 dias. Até o fim de 2020, estão previstos mais dois encontros do colegiado para definir o valor da taxa Selic.

Fonte: Negócios.net

Mercado financeiro prevê recuo da economia em 5,95% este ano

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A previsão do mercado financeiro para a queda da economia brasileira este ano foi ajustada de 6,10% para 5,95%. A estimativa de recuo do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – está no boletim Focus, publicação divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Para o próximo ano, a expectativa é de crescimento de 3,50%, a mesma previsão há oito semanas consecutivas. Em 2022 e 2023, o mercado financeiro continua a projetar expansão de 2,50% do PIB.

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Inflação

As instituições financeiras consultadas pelo BC mantiveram a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 1,72%, neste ano.

Para 2021, a estimativa de inflação permanece em 3%, há cinco semanas consecutivas. A previsão para 2022 e 2023 também não teve alteração: 3,50% e 3,25%, respectivamente.

A projeção para 2020 está abaixo do piso da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%.

Para 2021, a meta é 3,75%, para 2022, 3,50%, e para 2023, 3,25%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, em cada ano.

Selic

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 2,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic encerre 2020 em 2% ao ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a taxa básica chegue a 3% ao ano. Para o fim de 2022, a previsão é 5% ao ano e para o final de 2023, 6% ao ano.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Entretanto, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Dólar

A previsão para a cotação do dólar permanece em R$ 5,20, ao final deste ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 5.

Fonte:  

Eurofarma reforça seu compromisso com a sustentabilidade investindo em fontes limpas

A Eurofarma, multinacional farmacêutica brasileira com presença em 20 países da América Latina, reforça seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e celebra o recorde de produção de energia fotovoltaica em seu complexo industrial em Itapevi, SP, gerando 156.940 kWh, o suficiente para abastecer cerca de 900 casas. Com um investimento de R$ 9,9 milhões, a empresa tem instalado 7.294 painéis solares em operação, com potência de 2,2 GW.

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A conquista das metas de eficiência energética só foi possível por meio da redução do consumo e da utilização cada vez mais ampla de fontes renováveis de energia que são menos poluentes para o meio ambiente. Os painéis solares estão instalados nos telhados do Centro de Distribuição, Bloco 7, Portaria, Espaço Criança e os postes de iluminação das ruas do Complexo Eurofarma Itapevi.

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Outro projeto importante em andamento na empresa é a troca de toda a sua frota administrativa por carros híbridos. Com a entrega de 28 veículos neste ano, a intenção é chegar a 150 até 2023. A empresa investiu, no ano passado, um montante de R$ 13.6 milhões em ações e projetos sustentáveis.

Menos papel

Em 2019, por meio de um esforço coordenado pela indústria farmacêutica, com o apoio da Sindusfarma, formou-se um grupo de trabalho que acelerou o processo para a digitalização dos dossiês de novas concessões de produtos junto à Anvisa. Cada dossiê de registro de novo medicamento possui de 7 mil a 20 mil páginas, reunindo documentos, registros e protocolos essenciais para a concessão.

Com o envio por meio digital tornando-se realidade, a companhia realizou treinamentos com as equipes responsáveis para garantir a padronização nas especificações das normas da Anvisa. Além do processo ter ficado mais simples e rápido, a Eurofarma economizou cerca de 80 mil folhas em um ano.

Fonte: Negócios.net

Poupança tem maior retirada líquida em fevereiro em cinco anos

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Pelo segundo mês seguido, a aplicação financeira mais tradicional dos brasileiros registrou retirada líquida de recursos. Em fevereiro, os investidores retiraram R$ 5,83 bilhões a mais do que depositaram na caderneta de poupança, informou nesta quinta-feira (4) o Banco Central (BC).

A retirada líquida é a maior registrada para meses de fevereiro desde 2016, quando os investidores tinham sacado R$ 6,64 bilhões a mais do que tinham depositado. Em fevereiro do ano passado, os brasileiros tinham retirado R$ 3,57 bilhões da caderneta.

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Tradicionalmente, o primeiro bimestre do ano é marcado por retiradas expressivas de recursos da caderneta de poupança. O pagamento de impostos e despesas como material escolar e parcelamentos das compras de Natal impactam as contas dos brasileiros no início de cada ano.

Neste ano, o fim do auxílio emergencial intensificou a retirada. Ao longo de oito meses, a Caixa Econômica Federal depositou o benefício em contas poupança digitais, que acumulavam rendimentos se não movimentados. Com o fim do programa, beneficiários que eventualmente conseguiram acumular recursos nas contas poupança passaram a sacar o dinheiro.

No ano passado, a poupança tinha captado R$ 166,31 bilhões em recursos, o maior valor anual da série histórica. Além do depósito do auxílio emergencial nas contas poupança digitais, a instabilidade no mercado de títulos públicos nas fases mais agudas da pandemia de covid-19 atraiu o interesse na poupança, mesmo com a aplicação rendendo menos que a inflação.

Rendimento

Com rendimento de 70% da Taxa Selic (juros básicos da economia), a poupança rendeu apenas 1,82% nos 12 meses terminados em fevereiro, segundo o Banco Central. No mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado prévia da inflação, atingiu 4,57%. O IPCA cheio de fevereiro será divulgado no próximo dia 11 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A perda de rendimento da poupança está atrelada a dois fatores. O primeiro foram as recentes reduções da taxa Selic (juros básicos da economia) para o menor nível da história. Atualmente a taxa está em 2% ao ano. O segundo foi a alta nos preços dos alimentos e do dólar, que impacta a inflação desde o segundo semestre do ano passado.

Para este ano, o boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, prevê inflação oficial de 3,87% pelo IPCA. Com a atual fórmula, a poupança renderá 1,4% este ano, caso a Selic de 2% ao ano fique em vigor durante todo o ano. O rendimento pode ser um pouco maior caso o Banco Central aumente a taxa Selic nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).

Fonte: Jornal de Itapetininga

Juiz autoriza sindicato de motoristas de aplicativo a importar vacina

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O Sindicato dos Motoristas Autônomos de Transportes Privado Individual por Aplicativos no Distrito Federal foi autorizado a contratar uma empresa, credenciada na Anvisa, para importar vacinas contra a covid-19.

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A entidade argumentou que seus associados convivem com grande exposição à contaminação pelo novo coronavírus e, mediante a lentidão do governo federal em dar prosseguimento ao plano nacional de imunização, defendeu que a compra do insumo através de ação da iniciativa privada seria a solução para garantir a saúde e manutenção do trabalho dos motoristas de aplicativo. O juiz federal substituto Rolando Valcir Spanholo, da 21ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal, acatou a solicitação, mas determinou algumas condições que devem ser cumpridas.

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O magistrado reconheceu a validade da argumentação do sindicato e declarou que ‘qualquer lentidão, inércia ou omissão nessa nova etapa que está prestes a ser aberta poderá trazer danos irreparáveis aos brasileiros (tanto no aspecto da preservação da saúde/vida, quanto sob o olhar econômico)’. Ele ponderou que é notório o esforço da Anvisa para a aprovação da importação e do uso de vacinas, já avaliadas por seus pares em outros países, e afirmou que não é o caso de suspender a análise da agência. O juiz, porém, pontuou que pode ser produtivo a alteração da ordem do processo: autorizar primeiro a compra dos imunizantes e, depois, certificar a sua segurança. “Com isso, de um lado, preserva-se minimamente a competência da ANVISA para atestar a segurança sanitária dos produtos e, de outro, garante-se a agilidade no processo de compra e transporte internacional das vacinas também pela iniciativa da sociedade privada”, comentou.

O magistrado explicou que a participação da sociedade civil e da iniciativa privada na campanha de vacinação não configura ilícito e considerou que a ação pode auxiliar na imunização de toda a população. “Merece registro o fato de que a MP 1.026/21 e as demais normas de regência não excluem a participação da sociedade civil de participar das medidas de combate à pandemia”, observou. “É preciso abrir espaço para a colaboração da sociedade civil em todo esse complexo processo. (?) Até porque, atenta contra a lógica cartesiana dos fatos sustentar que a flexibilização parcial do formalismo sanitário na importação desses fármacos poderia colocar em risco demasiado a vida da população brasileira. O risco de não acelerarmos o processo de imunização parece ser infinitamente maior, mais drástico e de efeitos duradouros negativo”, completou.

Para que o sindicato realize a importação dos imunizantes, porém, algumas condições devem ser respeitadas. O juiz estabeleceu que, conforme regulamentação da Anvisa, a compra das vacinas estrangeiras é preciso que haja a mediação de uma empresa especializada em importação de fármacos, credenciadas junto à agência reguladora. Além disso, os insumos, uma vez sob a posse da entidade de classe, não poderão ser comercializados a terceiros. Somente os associados, e seus familiares diretos, poderão receber as doses adquiridas.

Fonte: Folha Vitória

Com alta do dólar e das commodities, projeções para o IGP-M disparam

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O IGP-M subiu 23% em 2020, e o mercado tem elevado rapidamente as projeções para 2021. Segundo a LCA Consultores, desde janeiro, as estimativas para esse indicador saltaram de 4,5% para 8,9%.

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Os IGPs medem os preços no atacado e sofrem grande influência do dólar e dos preços das commodities, que estão em alta nos mercados internacionais.

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Segundo a LCA, a pressão de custos no atacado está se intensificando, e mesmo com a ociosidade da economia tem crescido o risco de repasses para o IPCA, o índice que mede a inflação ao consumidor ultimate.

Isso coloca pressão sobre o Banco Central que deve começar a taxa básica de juros nas próximas reuniões do Copom. O mercado tem aumentado também as estimativas para a Selic no ultimate do ano. O Itaú, por exemplo, revisou de 4% para 5% a sua projeção.

Os IGPs em alta também são um problema porque são usados para o reajuste de muitos contratos, como os de aluguéis.

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