O Brasil larga atrasado na corrida da vacinação

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Desde o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a grande esperança que permeia a mente do cidadão global é a vacina. A vacinação em massa da população proporcionará o controle efetivo da pandemia.

O desenvolvimento da vacina em tempo recorde é produto do empenho e esforço conjunto de vários grupos de pesquisadores e instituições especializadas. A vacina reforça a relevância da ciência e tecnologia para superarmos a mais grave crise sanitária dos últimos cem anos.

O ano de 2020 finalizou com mais de 6,5 milhões de doses administradas em cinquenta países. O Brasil não consta na lista das nações que iniciaram a vacinação. O Ministério da Saúde sinalizou que no melhor cenário as primeiras doses serão administradas até o dia 20 de janeiro de 2021. No pior cenário a vacinação começará depois de 10 de fevereiro.

Insta salientar que nesse primeiro momento a vacinação estará focada em grupos compostos por profissionais de saúde e pessoas na terceira idade. Na sequência, outros grupos deverão ser gradativamente priorizados. Além disso, a maioria das vacinas contra a Covid-19 necessitam de duas doses. É uma corrida contra o tempo para que o Brasil alcance uma massa de imunizados na população que favoreça o controle efetivo da pandemia. Isso demandará um tempo considerável, não acontecerá de forma imediata em poucos meses.

O governo federal deveria ter se antecipado e estruturado um robusto plano de vacinação, detalhando e resolvendo possíveis gargalos burocráticos, de insumos e logística, para colocar o país em uma posição de destaque. A adoção de múltiplas plataformas de vacina é uma estratégia que está sendo seguida por países desenvolvidos. A situação é crítica e não permite ao governo federal abrir mão de opções que estão sendo aprovadas pelas agências de saúde de países que estão dando exemplo na corrida da vacinação.

O processo de análise pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não está se mostrando compatível com a emergência e gravidade da situação. O Brasil inicia 2021 com mais de 7,7 milhões de infectados e cerca de 195 mil mortes pela Covid-19.

A letargia brasileira na vacinação contra a Covid-19 resultará em um maior número de infectados, mais mortes e no prolongamento dos impactos negativos da pandemia na economia. Cada dia que passa sem o início da vacinação os desdobramentos da pandemia se intensificam no território nacional, afetando a vida de milhões de brasileiros.

Por conta das incertezas e dificuldades do governo federal em organizar e colocar de pé um plano nacional de vacinação, governos subnacionais estão buscando alternativas para garantir a administração das primeiras doses com segurança e a maior brevidade possível. O Espírito Santo é um exemplo disso.

No final de dezembro, o governador Renato Casagrande sancionou a lei que autoriza o Estado a adquirir doses de vacina sem registro da Anvisa. Para isso acontecer, o imunizante necessita de registro em autoridade sanitária estrangeira, bem como precisa ter autorização de distribuição na respectiva nação. A Lei Complementar nº 960/2020, de autoria do presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, deputado Erick Musso, também flexibiliza a aquisição de medicamentos, equipamentos e insumos para o controle da Covid-19 no território capixaba.

Diferente do governo federal, o Espírito Santo demonstra responsabilidade, equilíbrio, articulação e mobilização de esforços para salvar vidas. A superação da pandemia depende da vacinação em massa da população. Não podemos perder tempo com questões ideológicas e discussões sem embasamento científico.

Fonte: Gazeta Online ES

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Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/12/16/abrafarma-divulga-plano-de-vacinacao-da-covid-19-em-farmacias/

Itamaraty garante chegada da vacina

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O Ministério das Relações Exteriores (MRE) garantiu, ontem, que não há proibição do governo indiano para que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) importe 2 milhões de doses prontas da vacina contra a covid-19 desenvolvida entre a Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca. As dúvidas sobre a vinda do produto para o Brasil surgiram depois de Adar Poonawalla, CEO do Instituto Serum, da Índia, onde as doses estão sendo fabricadas, afirmar que o governo local impediria exportações de vacinas contra a covid-19.

Cada dose custará ao governo brasileiro US$ 5,25, a um custo total de aproximadamente R$ 55,2 milhões pelo lote. Tanto o Itamaraty quanto a Fiocruz asseguraram que as vacinas devem chegar ainda este mês no Brasil.

Ainda não há, entretanto, um pedido de uso emergencial de qualquer dos fármacos já disponíveis no mercado internacional para fazer parte do Plano Nacional de Imunização. A Fiocruz disse, ontem, que aguarda o recebimento de informações da AstraZeneca e do Instituto Serum sobre a produção e o controle de qualidade da vacina para submeter o pedido de autorização de uso emergencial à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo a fundação, “a expectativa é de que o pedido seja realizado ainda esta semana”.

Enquanto isso, outros países iniciaram a vacinação, incluindo Argentina e Chile. Ontem, o Brasil alcançou a marca de 197.732 mortes e 7.810.400 casos confirmados de covid-19, que voltaram a crescer depois das festividades de fim de ano.

Má interpretação

O temor de que a Índia poderia impedir a exportação das vacinas encomendadas pelo Brasil começou quando o CEO do Instituto Serum, Adar Poonawalla, deu a entender que o governo daquele país não permitiria a remessa do fármaco. O mal-estar, porém, começou a ser desfeito depois que ele publicou uma mensagem no Twitter afirmando que “as exportações de vacinas são permitidas para todos os países e um comunicado conjunto esclarecendo quaisquer mal-entendidos com relação à Bharat Biotech será feito”. Pouco depois, uma nota de esclarecimento dizia que o Serum e o Bharat (laboratório indiano que produz outra vacina contra a covid-19) têm a intenção de “desenvolver, fabricar e fornecer as vacinas covid-19 para a Índia e globalmente”.

Os ministérios da Saúde e das Relações Exteriores e a Fiocruz garantiram que as negociações com o Serum “encontram-se em estágio avançado, com provável data de entrega em meados de janeiro”. Ontem, técnicos da fundação e da AstraZeneca reuniram-se com a cúpula da Anvisa para discutir o pedido de uso emergencial da vacina a ser trazida da Índia. No encontro, foi detalhado quais documentos precisam ser apresentados no momento da submissão.

Na última segunda-feira, o secretário-executivo da Saúde, Elcio Franco, reuniu-se com o embaixador da Índia em Brasília para tratar da importação. Segundo o Itamaraty e o Ministério, a embaixada em Nova Délhi “está em contato com autoridades indianas para reforçar a importância do início da vacinação no Brasil”. A declaração de Poonawalla, levou a Fiocruz a alertar os ministérios para que buscassem uma solução diplomática para o caso.

Pacote completo custará mais de R$ 59 milhões

A vacina Oxford-AstraZeneca a ser importada da Índia sairá mais cara que a produzida pela Fundação Oswaldo Cruz. O valor da dose será US$ 5,25, ou cerca de R$ 27,61, com a cotação do dólar de ontem (R$ 5,26). O lote completo de 2 milhões (que inclui operação, armazenagem, transporte etc.) sairia por volta de R$ 59,4 milhões. O imunizante desenvolvido pela universidade inglesa a ser produzido pela instituição brasileira de pesquisa custa entre US$ 3 e US$ 4, conforme anunciado pela própria Fiocruz. No caso da CoronaVac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, o valor da dose é de US$ 10,30.

Fonte: Correio Braziliense 

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Estoque excedente de injeções será confiscado

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O Ministério da Saúde resolveu, ontem, confiscar os estoques excedentes de agulhas e seringas de fabricantes brasileiros para serem usadas na vacinação contra a covid-19. Sob a justificativa de uma “requisição administrativa”, a decisão da pasta dá-se depois do fracasso no pregão, aberto no fim do ano passado, para obter 331 milhões de unidades do material para injetar os medicamentos, mas conseguiu apenas 7,9 milhões. A intenção é garantir os produtos para o início da imunização, que ainda não tem data para começar.

A decisão será imposta aos fabricantes representados pela Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo). Segundo o ministério, o confisco se dá “enquanto não se conclui o processo licitatório normal, que será realizado o mais breve possível”. “Essa requisição visa a atender às necessidades mais prementes para iniciar o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a covid-19”, informou o ministério.

Na busca de garantir as injeções, o governo federal restringiu a exportação de seringas e agulhas, conforme portaria publicada no dia 31 de dezembro de 2020 pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), órgão do Ministério da Economia. Agora, a exportação de unidades exige uma “licença especial de exportação de produtos para o combate à covid-19”.

Em relação à importação, está em estudo a intenção de zerar o imposto incidente sobre agulhas e seringas. Mas o Ministério da Economia ainda não decidiu. (ST)

Fonte: Correio Braziliense

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UFRN disponibiliza ultrafreezers para acomodação de vacinas

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Como parte das ações de enfrentamento à pandemia da covid-19, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) colocou ultrafreezers à disposição da Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap/RN). Dessa forma, os equipamentos da instituição de ensino poderão ser utilizados para auxiliar a logística do Plano de Vacinação Contra a Covid-19.

A UFRN realizou um levantamento sobre a disponibilidade dos equipamentos que são utilizados nos laboratórios da instituição para a realização de pesquisas científicas – conservação de material genético armazenados a baixíssimas temperaturas, por exemplo. Nessa perspectiva, como parte das ações que vêm sendo desenvolvidas pela UFRN no enfrentamento à pandemia, a Universidade disponibilizará o uso de sete ultrafreezers localizados nos campi de Natal e Caicó.

Ainda conforme foi informado à Sesap, a UFRN se coloca à disposição para planejar o compartilhamento dos equipamentos, que estão na Escola Multicampi de Ciências Médicas (EMCM), no Centro de Ciências da Saúde (CCS), no Centro de Biociências (CB) e no Centro de Tecnologia (CT).

Ações

A UFRN vem desenvolvendo diversas ações no enfrentamento à pandemia da covid-19, como a doação de álcool 70% e de equipamentos de proteção individual (EPIs); realização de testes da covid-19 e de teleatendimento para esclarecer dúvidas sobre a doença; assistência a pacientes com covid-19 nos hospitais universitários; produção de materiais informativos sobre o tema, como cursos, cartilhas, notas técnicas, vídeos, aplicativos ou guias; pesquisas científicas relacionadas ao novo coronavírus sobre medicamentos, modelos de disseminação, monitoramento dos casos, impacto na economia, desafios pedagógicos, entre outros temas; além de diversas parcerias para apoiar órgãos públicos e privados.

Fonte: Tribuna do Norte

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Calor pode melhorar efeito da quimioterapia

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Aquecer as células cancerosas e, ao mesmo tempo, direcioná-las com quimioterapia é uma forma altamente eficaz de matá-las, de acordo com pesquisa liderada por pesquisadores da Universidade College London, na Inglaterra. O estudo, publicado no Journal of Materials Chemistry B, afirma que, enquanto se administra o medicamento, transportar um quimioterápico em minúsculas partículas magnéticas capazes de levar calor ao tumor traz um resultado 34% mais eficaz do que pelos métodos tradicionais.

“Nosso estudo mostra o enorme potencial de combinar quimioterapia com tratamento térmico por meio de nanopartículas magnéticas. Embora essa combinação esteja aprovada para o tratamento de glioblastomas (câncer no cérebro) de crescimento rápido, nossos resultados sugerem que ela tem potencial para ser usada como uma ampla terapia anticâncer”, diz o autor principal do estudo, Nguyen T. K. Thanh. “Essa terapia também tem potencial para reduzir os efeitos colaterais da quimioterapia, garantindo que ela seja mais direcionada às células cancerosas do que ao tecido saudável. Isso precisa ser explorado em outros testes pré-clínicos.”

No estudo, os pesquisadores combinaram as nanopartículas magnéticas com uma droga de quimioterapia comumente usada, a doxorrubicina, e compararam os efeitos desse composto, em vários cenários, em células de câncer de mama humano, células de glioblastoma e de câncer de próstata. No cenário de maior sucesso, eles descobriram que, juntos, o calor e a doxorrubicina mataram 98% das estruturas doentes do cérebro após 48 horas, enquanto o remédio, sem calor, destruiu 73%. No caso do tumor de mama, 89% do tecido canceroso foi eliminado pela combinação com a nanopartícula em 48 horas, sendo que somente o medicamento teve eficácia de 77%.

As células cancerosas são mais suscetíveis ao calor do que as saudáveis — elas sofrem uma morte lenta (apoptose) quando a temperatura atinge 42ºC, enquanto as não doentes são capazes de suportar até 45ºC. Os pesquisadores descobriram que o aquecimento do tumor em apenas alguns graus, a 40ºC, aumentou a eficácia da quimioterapia, o que significa que o tratamento poderia ser eficaz com doses mais baixas de nanopartículas.

Impressão artística de nanopartículas magnéticas levando medicamento para matar células cancerosas

Revestimento

Eles constataram também que a combinação de terapias foi mais eficaz quando as nanopartículas foram absorvidas, ou internalizadas, pelas células cancerosas, mas descobriram que a quimioterapia também foi aprimorada quando as nanopartículas liberaram calor enquanto permaneciam fora das células doentes (o que seria uma forma mais fácil de tratamento). No entanto, os efeitos em temperaturas mais baixas só ocorreram quando as nanopartículas de óxido de ferro foram internalizadas ou firmemente depositadas na superfície das células cancerosas.

As nanopartículas são internalizadas em pequenas bolsas nas células chamadas lisossomas, que têm um pH mais baixo do que o resto do meio celular. Elas têm um revestimento de polímero que evita que o medicamento quimioterápico vaze para o tecido saudável. Esse escudo é sensível ao calor e ao pH e projetado para liberar a droga quando a temperatura sobe.

Essa liberação intracelular do quimioterápico foi particularmente eficaz para as células do câncer de próstata em camundongos, que apresentaram efeito superior e sinérgico de morte celular, principalmente quando a temperatura atingiu 42°C. “Como o calor pode ser gerado por meio do campo magnético alternado, a liberação da droga pode ser altamente localizada nas células cancerosas, reduzindo potencialmente os efeitos colaterais”, destaca um dos coautores, Olivier Sandre, da Universidade de Bordeaux, na França.

Fonte: Correio Braziliense

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Diante da inoperância de Brasília, ES precisa garantir suas vacinas

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China, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Argentina. E não são somente esses países, o planeta entra em 2021 festejando a vacina. O site Our World in Data, da Universidade de Oxford, apontava que, até a última segunda-feira (04), 12,6 milhões de pessoas já tinham sido vacinadas contra a Covid-19 no mundo. Nessa multidão global, há obviamente brasileiros. Mas não os que vivem no Brasil. Por aqui, todos permanecem reféns da inação do governo federal.

Com a autorização do governador Renato Casagrande dada à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) para a retomada da negociação com a indústria farmacêutica para aquisição de doses de vacina contra a Covid-19, o Espírito Santo se mobiliza para abandonar esse compasso de espera que tem causado tanta agonia. Não é um movimento repentino, sem motivo. É uma reação quase que natural à inoperância da União.

A Sesa já estava, inclusive, em negociações avançadas com a Pfizer no ano passado, mas interrompeu o processo quando o Ministério da Saúde anunciou o Plano Nacional de Imunização (PNI), no início de dezembro, impondo-se então na dianteira dos Estados e municípios nesse processo. E é isso que se espera: que o Planalto assuma o papel da coordenação nacional que cabe a ele.

A sinalização de que o governo federal, enfim, se movimentaria nacionalmente para justificar a própria razão de sua existência não durou muito tempo. Naquela ocasião, foi divulgada a assinatura de um memorando de entendimento com a Pfizer, do qual não há notícia de avanço desde então. Mas, nesta terça-feira (05), notícias de uma movimentação federativa causaram algumas reações que ajudam a desenhar o status da vacina no Brasil.

Em uma entrevista à rádio CBN do presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula, ele afirmou que a Pfizer teria procurado o Conass diante das dificuldades para entrar em um acordo com o governo federal. Desmentindo essa afirmação, a Pfizer Brasil afirmou que mantém o diálogo aberto com o governo federal e negou a existência de negociações paralelas com Estados brasileiros.

O esclarecimento contradiz as próprias intempéries noticiadas desde que a Pfizer iniciou a vacinação no Reino Unido, em 8 de dezembro, e o governo federal se viu pressionado a mostrar trabalho. Sem a formalização de compra e sem autorização de uso emergencial pela Anvisa, anúncios infundados por parte do Ministério da Saúde se sucederam, como a chegada de 500 mil doses do imunizante da Pfizer em janeiro. O desconforto da farmacêutica com as negociações ficaram evidentes.

É estranho, portanto, que se posicione publicamente contra a conversa com os Estados. Possivelmente, a Pfizer não estará mais no horizonte do Espírito Santo, em função de algum tipo de compromisso nacional da empresa. Há outras vacinas possíveis, e é importante que o governo estadual destrave essa possibilidade de compra. Casagrande anunciou que R$ 200 milhões estão reservados para a compra.

Além de já ter se preparado e comprado seis milhões de seringas (enquanto o Ministério da Saúde segue patinando na aquisição de insumos), a Sesa tem se posicionado com firmeza na defesa ampla e irrestrita da imunização. E mostrado que a definição de estratégias, como a aplicação de uma ou duas doses na população, não está sendo deixada para a última hora.

Nesta terça-feira, cinco governadores se reuniram por videoconferência com o secretário de vigilância do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, para cobrar um cronograma. Mais uma vez sem resposta. A inoperância se perpetua de uma forma inacreditável, é como se o Brasil vivesse uma realidade paralela, desconectado do mundo. Com os pés no chão, o governo estadual tomou decisão acertada. Mais que um gesto de impaciência com a ineficiência nacional, uma atitude de quem quer que seu povo sobreviva a essa tragédia.

Fonte: Gazeta Online ES

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No exterior, governos bancam doses; no Brasil, clínicas privadas querem negociar

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Dos países que já apresentaram planos ou começaram a vacinar contra a covid-19 nas últimas semanas, a aposta inicial tem sido na oferta de doses gratuitas e não na possibilidade de compra na rede privada. No Brasil, o debate ganhou força nos últimos dias após o setor de clínicas particulares anunciar negociações para a aquisição de um imunizante indiano.

O Reino Unido informa ser impossível se vacinar na rede privada ou em farmácias. Por lá, a vacinação será gratuita e fornecida pelo Serviço Nacional de Saúde da Inglaterra (NHS, em inglês), similar ao SUS brasileiro. A União Europeia também informou que a maioria dos 27 países integrantes do bloco têm intenção de oferecer a vacina gratuitamente, sem detalhar eventuais exceções.

Nos Estados Unidos, que não têm um sistema público e universal de saúde, o governo prometeu oferta gratuita de doses a todos. Na Índia – país de 1,3 bilhão de habitantes que prevê ampla vacinação pública – foi levantada a possibilidade de venda na rede privada, mas a oferta só deve ocorrer após o início da campanha.

Na Índia e no Equador, a participação da rede suplementar de saúde tem sido considerada no apoio logístico e de distribuição das vacinas pelo setor público. Na Índia, ao menos três grandes redes hospitalares privadas já se comprometeram a apoiar o plano de imunização do governo no que fosse necessário, segundo a imprensa local.

Em dezembro, o ministro da Saúde do Equador, Juan Carlos Zeballos, confirmou que a imunização no país andino seria focada nos adultos e envolveria parceria entre redes pública e privada, com previsão de se manter entre março e setembro. “Há uma coalizão que busca integrar vários setores (públicos e privados) para que a compra, distribuição e vacinação sejam seguidas de forma ágil e adequada”, disse à agência Reuters.

As principais farmacêuticas desenvolvedoras de vacinas, como Pfizer e AstraZeneca, já afirmaram que não pretendem negociar venda com empresas, apenas com governos. Nesta semana, a Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC)informou negociar cinco milhões de doses com a farmacêutica indiana Bharat Biotech, responsável pelo produto Covaxin, que ainda não teve os dados de eficácia divulgados.

“O que precisa ficar claro é que na maioria dos países com sistema de saúde como o nosso, o que não inclui os Estados Unidos, é o Estado quem se responsabiliza pela saúde do seu cidadão. Então quem fala qual será a vacina, o início da campanha e as prioridades é o Estado e não cada um por si”, afirma Ana Maria Malik, coordenadora do FGVSaúde.

“A comercialização das vacinas pelo setor privado não está colocada em outros países simplesmente porque o setor público está cumprindo o seu papel”, afirma Deisy Ventura, especialista em saúde global da USP.

“Não acho correto do ponto de vista ético disponibilizar algo no mercado privado sem que o público tenha pelo menos começado. Não seria bom ter agora ter em janeiro, fevereiro a vacina indiana no mercado privado sem o PNI (Plano Nacional de Imunização) ter dado os primeiros passos”, avalia o advogado Paulo Almeida, diretor executivo do Instituto Questão de Ciência. “Não há certo ou errado, mas caminhos intermediários que podem ser trilhados. Aumentar a capacidade de vacinação sem prejudicar ninguém”, acrescenta.

Competição

Outro risco da oferta prematura de vacinas no setor privado é a forma como isso pode aquecer o mercado farmacêutico e prejudicar a comercialização com países a ponto de não haver doses suficientes sequer para as populações prioritárias, dizem especialistas.

“O primeiro aspecto que isso pode gerar é a escassez de doses no momento inicial. A reserva para o sistema privado tem potencial de diminuir essa disponibilidade pela falta do material no sistema público e pela competição que pode despertar no mercado, principalmente porque o sistema privado tem mais poder aquisitivo”, diz Fábio Leal, infectologista da Universidade de São Caetano do Sul.

Clínicas devem seguir plano

Diante das negociações realizadas por clínicas particulares para a compra de vacinas contra a covid-19, o Ministério da Saúde disse no início desta semana que a rede privada também deve seguir a ordem de vacinação de grupos prioritários prevista no plano nacional de imunização. Desta forma, mesmo que possa vender o produto, as clínicas deverão oferecer primeiro a idosos e profissionais específicos.

“Os grupos prioritários, propostos pelo Ministério da Saúde em parceria com Conass e Conasems, devem, a princípio, ser obedecidos mesmo que haja integração de clínicas particulares de vacinação ao processo de imunização”, disse o ministério em nota.

A Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC) informou no domingo, 3, que o setor negocia a compra de cinco milhões de doses da Covaxin, imunizante contra a covid-19 fabricado pela farmacêutica indiana Bharat Biotech. Os dados de eficácia do imunizante ainda não são conhecidos.

Fonte: IstoÉ

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Brasilienses fazem estoque de seringas e presidente do Sincofarma alerta: “Não há necessidade”

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As notícias de que o Brasil poderia ficar sem seringas para a aplicação da vacina contra a Covid-19 provocou uma reação no consumidor. De acordo com informações do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Distrito Federal (Sincofarma-DF), a venda do produto aumentou desde agosto, quando a possibilidade de escassez foi anunciada.

No entanto, o presidente da entidade, Francisco Messias, faz um alerta. “Não há necessidade de estoque ou de corrida por seringa. Estamos acompanhando todas as negociações e o planejamento, inclusive do GDF. Não vai faltar a seringa”, assegurou ao Metrópoles.

Segundo ele, o problema na compra do produto foi para grandes lotes. “As pessoas têm procurado as farmácias para comprar suas seringas e levar na hora de tomar a vacina. Porém, isso não é necessário”, reforçou Messias.

Recentemente, o Metrópoles noticiou que o Ministério da Saúde havia fracassado na primeira tentativa de comprar seringas e agulhas para a vacinação no Brasil.

Para se ter ideia, das 331 milhões de unidades que a pasta tem a intenção de comprar, só conseguiu oferta para adquirir 7,9 milhões, no pregão eletrônico realizado na última terça-feira (29/12). O número corresponde a cerca de 2,4% do total de unidades que a pasta pretendia adquirir.

Com isso, a União corre contra o tempo para realizar novo certame, ainda sem data definida. A compra de seringas e agulhas costuma ser feita por estados e municípios. Durante a pandemia, porém, o ministério decidiu centralizar estes insumos. A previsão do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, é iniciar a vacinação contra Covid-19 no país em fevereiro.

Reação do DF

No primeiro dia de 2021, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou ter iniciado a compra de pelo menos 4,8 milhões de seringas, que serão usadas exclusivamente na campanha de imunização contra a Covid-19 na capital federal. Até então, a pasta havia adquirido 2 milhões de unidades do item necessário para a aplicação da esperada vacina.

O número total do insumo representa mais do que o dobro da população do Distrito Federal, estimada em cerca de 2,75 milhões de pessoas, de acordo com o censo realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar do cenário favorável, o Executivo local ainda não definiu a data do início da campanha distrital de imunização contra o novo coronavírus.

Fonte: Metrópole

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Sebastião Melo adota ‘tratamento precoce’ contra coronavírus em Porto Alegre

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O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), anunciou na segunda-feira, 4, que a rede municipal irá adotar o “tratamento precoce” contra o coronavírus. O município irá oferecer medicamentos como a hidroxicloroquina, ivermectina, vitamina D e zinco, drogas que não têm comprovação científica de eficácia no combate à Covid-19. Além da implantação do tratamento precoce contra a doença, o prefeito também anunciou a flexibilização das medidas de enfrentamento à pandemia no município.

Com o novo decreto, restaurantes, bares, lanchonetes e shoppings não terão horário para o início do funcionamento definido. Serviços de delivery e drive-thru poderão funcionar sem restrição de horário. Comércio essencial de rua, como farmácias e supermercados, irão funcionar sem limite de ocupação. O anúncio foi feito em transmissão ao vivo nas redes sociais. O decreto começa a valer a partir desta terça-feira, 5.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou suas redes sociais nesta manhã para atribuir a baixa mortalidade de em países africanos à ivermectina. “Nota-se a baixíssima taxa de óbitos por Covid em países africanos. No programa, a distribuição em massa da ivermectina pode ser a responsável pela baixa mortalidade da Covid-19 nesses países”, sugeriu Bolsonaro.

Desde o início da pandemia, o presidente vem recomendando o tratamento precoce com hidroxicloroquina e ivermectina no combate à doença. Sebastião Melo não quis comentar sobre a eficácia dos medicamentos. O prefeito da capital do Rio Grande do Sul afirmou que a decisão sobre a prescrição do tratamento deve ser tomada entre médico e paciente. No momento, Porto Alegre registra 78.339 casos e 1.878 óbitos por Covid-19. No Rio Grande do Sul, a taxa de mortalidade está em 2%, segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS). (Jovem Pan)

Fonte: POA 24 horas

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Especialistas em inovação comentam o que esperar do mercado de startups em 2021

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Depois de um susto inicial no começo da pandemia, as startups brasileiras fecharam 2020 fortalecidas: houve recorde de aportes, avanços regulatórios e até novos unicórnios (empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão). Seguindo esse movimento, 2021 promete ventos ainda melhores para as empresas de inovação, segundo especialistas ouvidos pelo Estadão.

Entre as expectativas para o ecossistema estão o crescimento no número de aquisições e fusões e o aumento de aberturas de capital no setor – no ano passado, houve mais de 140 aquisições no setor, segundo dados do hub de inovação Distrito.

Outro ponto que deve avançar, segundo os especialistas, é o aspecto regulatório: o mercado de startups deve continuar colhendo frutos em 2021 de mudanças como a aprovação da telemedicina e destravamentos no setor de fintechs.

Nos serviços financeiros, também há um horizonte de novas possibilidades com a chegada do meio de pagamento instantâneo Pix e do sistema de open banking, que facilita o compartilhamento de informações financeiras de clientes entre as instituições.

Quanto a setores, espera-se crescimento nas áreas que já se destacaram ao longo dos últimos meses de pandemia, como saúde e educação. Abaixo, seis especialistas em inovação comentam a perspectiva para o mercado brasileiro de startups no ano que se inicia.

‘Novas leis são um novo começo’, diz André Barrence, diretor do Google for Startups

“Haverá um número cada vez mais significativo de saídas, seja com startups sendo adquiridas ou fazendo abertura de capital. Na bolsa, empresas como Méliuz e Enjoei ajudaram a romper o teto de saída. Além disso, teremos novidades a partir de mudanças de regulação, pois novas leis representam um novo começo. Novidades, como o Pix ou o open banking, ajudam a destravar o florescimento de novas startups, bem como a entrada de empresas em novas áreas. É uma corrida: não necessariamente as startups que existem hoje são aquelas que vão fazer o melhor uso das novas possibilidades. Quem ganha é o usuário. Os organismos regulatórios têm plena consciência da sua importância para destravar processos e beneficiar os usuários. Organizações, como o Banco Central, são sólidas e têm a dimensão que as novidades são marcos sem retorno. Sou otimista nesse aspecto.”

‘Toda empresa será fintech em potencial’, diz Rafael Assunção, sócio da consultoria Questum

“Três temas principais serão destaques. O primeiro deles é a “fintechização”. Antigamente, falávamos sobre o software “comer tudo”. Agora, as fintechs é que vão comer tudo. Toda compra ou conta de usuário vai virar uma conta digital. E isso se deve muito às ações do Banco Central, que abriu espaço com o Pix e o open banking. O resultado é que não será mais perceptível a diferença entre, por exemplo, uma empresa de educação e de crédito. Nos EUA, só um terço do crédito vem dos bancos. No Brasil, isso é o futuro. Além disso, veremos mais aberturas de capital do setor e mais fusões e aquisições de startups. Para startups, essa área vai ser o melhor momento de todos os tempos, porque as empresas vão comprar tecnologia para fazer sua transformação digital. Outra palavra fundamental é o 5G: ele vai mudar nossa vida de forma relevante, mas o Brasil precisa resolver isso.”

‘Otimismo com o Marco Legal das Startups’, diz Livia Brando, diretora do hub de inovação Wayra Brasil, da Vivo

“Estamos bastante otimistas em relação ao ecossistema de empreendedorismo e venture capital em 2021. Entendemos que o comportamento do consumidor mudou muito em 2020, e há algumas áreas com um potencial especial de oportunidade, como saúde, educação e serviços financeiros. A forma como a gente busca conteúdo para educação mudou. Também não somos mais atendidos pela medicina do mesmo jeito. Além disso, do lado dos serviços financeiros, houve transformações relevantes como o Pix. Continuaremos colhendo os efeitos dessas mudanças neste ano. Um ponto importante é a evolução do Marco Legal das Startups: esperamos que isso traga benefícios para o ecossistema. Na Wayra, continuaremos buscando startups em fase de tração, para que possamos apoiar e gerar negócios de fato, trazendo soluções não só para a Vivo mas para os clientes da Vivo.”

‘Nova safra de empresas é ótima’ , diz Dennis Wang, diretor do fundo Igah Ventures

“2021 será melhor que o ano passado. Primeiro, porque as empresas já se adaptaram para trabalhar num cenário de pandemia. Segundo, porque com a vacina chegando, a economia tradicional vai ser retomada. E terceiro porque há muita liquidez no mercado. Os fundos captaram nos últimos anos e ainda há muitos capitalizando. E isso bate de frente com uma ótima safra de empreendedores nas empresas que estão em fase inicial de investimento. Há muitos setores com potencial de avançar: saúde e seguros vão ser dois temas importantes. E software também: com as empresas se digitalizando e precisando atender clientes, softwares serão essenciais. Se a economia continuar como está, a janela continua aberta para IPOs de empresas. Acho que vai ser um ano bem agitado para o setor e, mais importante, as empresas vão focar em resolver dores do cliente.”

‘Startups vão querer quem pensa diferente’, diz Luís Gustavo Lima, diretor da empresa de inovação ACE

“Antigamente, toda empresa queria um cara que vestisse a camisa. Agora, toda empresa vai querer um colaborador empreendedor. Aquele que pensa diferente, que não se contenta com o status quo e cria problemas de forma positiva. A competência de inovação vai ser fortíssima com uso de metodologias ágeis. É uma palavra que virou chavão, mas que vai ter de ser vivida na prática, com o cliente no foco. Outra coisa que foi muito falada e a partir de agora vai passar a existir de fato é que as pessoas vão ter outras prioridades no trabalho. Há uma busca por conciliar propósito, impacto e segurança, seja ela financeira ou psicológica. A transição da liderança de comando e controle para uma liderança sensível e empática vai ser muito sentida. Por outro lado, as startups que crescem vão ter que olhar mais para governança, para as coisas chatas, com processos e rituais.”

‘Conexões serão essenciais em 2021’, diz Dani Junco, CEO da aceleradora B2Mamy, focada em mães empreendedoras

“Estamos vindo de um ano em que as mulheres sofreram demais com a pandemia, sobrecarregadas dentro de casa. O sentimento foi de enxugar gelo para nós que estamos liderando essa batalha de diversidade, desigualdade de gênero e impacto social. Porém, estamos otimistas com 2021. Com a promessa da vacina e quando for possível o retorno das escolas, começaremos a respirar novamente e a nos encher de energia. O ano é promissor e esperamos um crescimento em V para negócios de mulheres – principalmente para aqueles que estão conectados a comunidades como aceleradoras, porque nunca fez tanto sentido querer se unir novamente. Vamos precisar de intuição e colaboração como nunca. Aspectos como liderança horizontal e pensamento focado na experiência do usuário serão mais valorizados. Prevejo bonança e abundância para quem souber se conectar de verdade.”

Fonte: MSN

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