O número de mortes decorrentes da covid-19 no Brasil chegou a 2.798 em 24 horas, novo recorde da pandemia, segundo dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa. A quantidade equivale a 116 óbitos a cada hora no País, que atravessa o pior momento desde o início da pandemia. No total, já são 282.400 vítimas do novo coronavírus.
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Diante da crise, o presidente Jair Bolsonaro confirmou ontem que substituirá o comando do Ministério da Saúde. O general Eduardo Pazuello, que está à frente da pasta desde maio do ano passado, dará lugar ao médico Marcelo Queiroga O cardiologista recomendou ontem uso de máscara, mas não prometeu ruptura com bandeiras do presidente como o uso da cloroquina, remédio sem eficácia contra a covid-19.
A quantidade de óbitos ontem ultrapassou o recorde anterior, de 2.349 da quarta-feira da semana passada. A média móvel diária de mortes, que leva em consideração dados dos últimos sete dias, foi recorde pelo 18º dia consecutivo, chegando a 1.976 . Na prática, o número representa 13.832 mortes pela covid-19 na última semana, a maior quantidade para um período assim desde o início da pandemia.
A curva de mortes pela doença segue acelerando a um ritmo sem precedentes no País. Há 14 dias, a média móvel estava em 1.274 óbitos por dia. O número atual é 55,1% maior na comparação com duas semanas atrás. O Brasil é hoje o país do mundo onde o novo coronavírus causa mais mortes diariamente, em números absolutos. No total, nove Estados estão hoje com a maior média móvel diária de óbitos da pandemia: Acre (10), Goiás (125), Mato Grosso (55), Mato Grosso do Sul (25), Paraíba (41), Rio Grande do Sul (253), São Paulo (400) e Tocantins (16).
Os registros ontem sofreram influência do peso das mortes em São Paulo, que também foi recorde da pandemia, com 679 vítimas em 24 horas. O pico de mortes anterior em São Paulo havia sido registrado na sexta-feira, 12, com 521 mortes. Os dados mostram que a pandemia está atingindo um momento crítico no Estado, que já tem um recorde de 24.992 internados, sendo 10 756 em UTI e 14.236 em enfermaria.
Número acima da média também foi visto no Rio Grande do Sul, que reportou 501 óbitos ao longo do último dia. Os números ontem ainda podem sofrer variações em razão de eventuais registros represados do fim de semana. No Paraná, a quantidade de vítimas chegou a 307.
Vacinação contra coronavírus chega a 4,9% da população
A quantidade de pessoas vacinadas contra a covid-19 com ao menos uma dose no Brasil chegou nesta terça-feira, 16, a 10.389 077, o que representa 4,91% da população total do País. Nas últimas 24 horas, 307.306 receberam a primeira dose, segundo dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa com secretarias de 24 Estados.
Entre os 10,39 milhões de vacinados, 3.791.197 receberam a segunda dose, o que representa 1,79% da população com a vacinação completa. Nas últimas 24 horas, 118.775 pessoas receberam essa dose de reforço. Somando pessoas que receberam a primeira e pessoas que receberam a segunda dose, o Brasil aplicou 426 mil doses da vacina nesta terça-feira.
O Estado do Amazonas é onde a população mais foi vacinada proporcionalmente: 8,57% dos habitantes já receberam ao menos uma dose. No Pará, essa porcentagem está em 3,06%, a menor do País até aqui. Em números absolutos, mais pessoas foram vacinadas em São Paulo (2,9 milhões), em Minas (875 mil) e no Rio (773 mil).
Fiocruz afirma que vacina de Oxford é segura e eficaz
Após países europeus suspenderem o uso da vacina de Oxford/AstraZeneca para investigar a ocorrência de coágulos entre pessoas vacinadas, a Fiocruz, que produz o imunizante contra a covid-19 no Brasil, afirmou nesta terça-feira, 16, que a formulação tem de se demonstrado, até o momento, “extremamente segura e eficaz”.
“Mais de 17 milhões de pessoas, na União Europeia e no Reino Unido, e cerca de 3 milhões de pessoas no Brasil já foram vacinadas com esse imunizante sem que houvesse, até o momento, evidência de aumento de risco de formação de coágulos sanguíneos em qualquer faixa etária”, afirmou a fundação, em nota.
O posicionamento se segue a outros feitos pela própria AstraZeneca e também pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Na segunda-feira, a Anvisa informou que não há relatos no Brasil de embolismo ou trombose comprovadamente ligados aos imunizantes contra a covid-19.
O órgão, porém, disse monitorar cinco ocorrências suspeitas de tromboembolismo entre os quase 3 milhões de brasileiros que receberam a vacina de Oxford, mas ressaltou que não foi estabelecida até agora uma ligação de causalidade entre a vacina e os eventos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) também recomendam o uso e dizem que os benefícios do produto são maiores do que eventuais riscos. A Fiocruz citou informações atribuídas à AstraZeneca de que foram relatados, até 8 de março, “15 eventos de trombose venosa profunda e 22 eventos de embolismo pulmonar” dentro de um universo de mais de 17 milhões de pessoas vacinadas na União Europeia e Reino Unido. Segundo o instituto brasileiro, apesar desses relatos, não foi demonstrada “evidência de aumento do risco de eventos trombólicos para qualquer faixa etária, gênero ou lote de vacina de determinado país”.
Na nota, a fundação afirma ainda que sua área de farmacovigilância, que é responsável pelo monitoramento da eficácia e segurança dos medicamentos e vacinas registrados, está em contato com a Anvisa e com o Programa Nacional de Imunizações para monitorar e analisar notificações de eventos adversos.
Fonte: Tribuna do Norte
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