Procura por suplementos e ivermectina cresce com nona onda de covid

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Vitamina C, vitamina D, extrato de própolis e ivermectina. Essa é a lista de medicamentos que os farmacêuticos de Salvador se acostumaram a ouvir na pandemia do novo coronavírus e que, com o aumento do número de casos positivos e o pré-colapso nos sistemas público e privado de saúde, tem sido solicitada ainda mais vezes no balcão das farmácias espalhadas ao redor da cidade.

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O grupo de medicamentos que, além de não ter comprovação científica de eficácia contra a covid-19, dispensa a necessidade de receituário na compra, virou o queridinho dos cidadãos que têm a expectativa de diminuir a possibilidade de ser infectado com tratamento precoce, mais uma hipótese descartada por autoridades médicas como a Organização Mundial da Saúde (OMS), que já reafirmou que a única forma de se precaver para o vírus é a prevenção, com a utilização de máscaras, lavagem constante das mãos e o distanciamento social.

No entanto, justamente por não precisarem de receitas para adquirir esses medicamentos e pelo fato desses artigos serem conhecidos pelo fortalecimento da imunidade no caso das vitaminas e do própolis e combatentes de vermes no caso da ivermectina, soteropolitanos têm ido às farmácias em busca deste grupo de remédios. Sem arriscar uma porcentagem de crescimento, farmacêuticos e gerentes ouvidos pelo CORREIO afirmaram que, nas últimas semanas, é clara a existência de uma demanda ainda maior pelo grupo, que já havia superado, em procura, remédios para dor e febre – antes líderes em buscas na farmácia – e que, com o aumento massivo de casos, chegam a estar em falta no estoque de alguns estabelecimentos.

Pedidos sem fim

Jaime Neves é farmacêutico da Ultra Econômica, localizada no bairro de Brotas afirma, e afirma que os polivitamínicos, o própolis e a ivermectina nunca foram tão procurados nas últimas semanas. Segundo ele, mesmo tendo efeitos desmentidos pelas autoridades em saúde, os remédios acompanham os números de casos positivos. Quanto mais gente contaminada, mais esse grupo de remédios é solicitado.

“A gente percebeu que, por conta desses boatos e fake news, a procura por vitamínicos e extrato de própolis cresceu muito por estarem relacionados com o sistema imunológico. Ivermectina e cloroquina seguiram o mesmo caminho. Nas últimas semanas, houve um novo disparo na procura por esses remédios. Eles nunca deixaram de ser procurados, mas agora estão saindo como nunca”, relata.

O farmacêutico afirmou que não consegue mensurar o tamanho da crescente na procura por esses remédios, mas diz que é seguro dizer que nenhum dos outros medicamentos conseguem superá-los em vendas: “Eu não consigo dizer qual é a taxa de crescimento na saída deles aqui, não posso precisar porque teria que analisar em um gráfico para ser mais exato. Porém, é fácil dizer que eles são os mais vendidos, com uma diferença grande”, diz.

Outro que não se arrisca para pôr em números o crescimento da procura é Uelinton Ferreira, gerente da da farmácia Super Ideal, localizada em Nazaré. Mas ele garante que o grupo é, de fato, o mais procurado pelos clientes. “O que a gente tinha percebido é que esses remédios estavam sendo bem procurados, mas de uma maneira que é comum à pandemia. Agora, a demanda por eles cresceu bastante ultimamente. Os remédios como as vitaminas, que são receitados por alguns médicos para aumentar a imunidade contra a covid-19, saem muito. Estes estão no mesmo patamar da procura por antigripais e também da ivermectina”, garante.

Compras não param

Se seguir o ritmo do número de novos casos de covid-19, a venda desses remédios tende a aumentar. Até porque pessoas como Ramon Andrade, 39, que tem nos polivitamínicos uma de suas maiores esperanças para evitar a covid-19. “Se fortalece a imunidade, logo vai me servir pra ficar longe do vírus e poder trabalhar em paz, sem chance de pegar o vírus. Como é que ele fortalece a imunidade, mas não é bom contra o vírus?”, afirmou o cidadão após ser questionado pela reportagem do CORREIO sobre o fato das vitaminas não terem eficácia comprovada pela ciência para evitar a contaminação pelo vírus.

Outra cliente, que não quis se identificar, também vai pelo mesmo caminho de Ramon. Ela, que estava comprando Ivermectina, acredita que, se o remédio é um vermífugo, ele pode ser importante também para barrar a entrada do vírus em seu organismo. “Por que não pode ser eficiente? A Ivermectina é boa para matar verme no organismo da gente e pode sim ser um tratamento pra covid-19 não pegar a gente. Tem até médico que receita ela”, disse a cliente, que discorda dos posicionamentos de autoridades em saúde que já reafirmaram a inutilidade da Ivermectina no combate ao vírus.

Um levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Para Fins Especiais e Congêneres (Abiad) apontou que 48% dos consumidores de suplementos aumentaram o uso durante a pandemia. Chefe de nutrologia do Instituto Dante Pazzaneseo, Daniel Magnoni afirma que a demanda de vitaminas cresceu bastante em seu consultório.

‘As pesquisas mostram que a pandemia impulsionou a busca por suplementos, não só visando à imunidade, mas também à prevenção de doenças e dores crônicas, mobilidade e falta de disposição. É importante separar o que realmente tem comprovação científica das fake news’, afirma Dr. Magnoni.

O uso das vitaminas e similares também é acompanhado de tentativas mais naturais. A dona de casa Renildes Fernandes testou positivo para o coronavírus em outubro de 2020 – pouco tempo depois de fazer uma bateria de exames que apontaram um grande déficit vitamínico em seu corpo. Ela passou todo o período da doença isolada em casa.

Durante esse período, tomou vitamina C e D, além dos mais diversos sucos: de abacaxi com hortelã, ou uma vitamina batendo couve, laranja, limão, maçã, cenoura e um pedacinho de gengibre. Seu filho, Igor, também é obrigado a tomar.

“Eu sou diabética e hipertensa. Tinha uma alimentação daquele jeitinho brasileiro que não liga pra nada. Depois da pancada, eu vim acordar e perceber que precisava viver mais um pouco. Então a gente vai se cuidando como pode”, disse Dinha.

É possível encontrar pessoas que aliam remédios sem receitas às fórmulas naturais em todo canto da cidade. Dona Dinha mora no Engenho Velho da Federação. Em Brotas, a corretora Suzana Soares, 63, também faz os seus chás, toma vitamina C e convida, delicadamente, que as duas filhas façam o mesmo. Já no bairro de São Marcos, a massoterapeuta Nadjane Santana segue pelo mesmo caminho, e tem a companhia do maridão.

É sempre bom reforçar que nenhuma dessas medidas, naturais ou não, possuem eficácia comprovada contra o coronavírus. A médica nutróloga Mariana Sampaio afirma, no entanto, que um estilo de vida saudável, uma boa alimentação e uso de substâncias indicadas por um profissionail de saúde para melhorar a imunidade são bem-vindos. Desta maneira, os anticorpos da pessoa ficam mais preparados para combater todo tipo de infecção e pode diminuir eventuais debilidades que o vírus deixa no organismo.

Para o infectologista Matheus Todt, a compra desses medicamentos pode, inclusive, desviar o foco do que é mais importante. “Não existe medicamento que trate ou previna a covid-19, não há eficácia comprovada que justifique o uso em nenhuma substância farmacológica para o vírus. Além disso, têm efeitos colaterais e podem terminar iludindo as pessoas, que começam a achar que não pegam a doença e passam a ter mais displicência nos cuidados básicos como o uso de máscara e distanciamento que são as maneiras eficientes de se proteger contra a covid-19”, afirma.

Risco à saúde

A automedicação pode causar sérios problemas de saúde, como o noticiado pelo CORREIO, dos casos de hepatite causados por Ivermectina que assustam hepatologistas em Salvador. Houve caso de profissionais que em mais de três décadas de trabalho como hepatologista, havia atendido dois pacientes com lesões no fígado provocadas por Ivermectina e nos últimos cinco meses receberam quase dez pessoas. Todas ingeriram doses excessivas do remédio – cinco delas com prescrição médica.

É justamente esse uso excessivo dos medicamentos que preocupa os farmacêuticos. Magno Teixeira, presidente do Sindicato dos Farmacêuticos da Bahia (Sindifarma), acredita que quem toma muitas doses dessas substâncias em um curto espaço de tempo, o que não é recomendado, principalmente, no caso da Ivermectina, pode sofrer com efeitos colaterais. “As pessoas usam o polivitamínico com a ideia de fortalecer o sistema imunológico, mas a questão é que esse fortalecimento não é rápido. Isso vem com o tempo, aos poucos, junto com atividades físicas e alimentação saudável regular. No caso, a Ivermectina, além de não ter efeito, pode causar efeitos colaterais porque, ao invés de usar uma vez a cada 15 dias, as pessoas usam diariamente, o que pode causar um efeito colateral significativo”, afirma.

Procurado pela reportagem do CORREIO, o Conselho Regional de Farmácia (CRF), endossou a não existência de substâncias farmacológicas que sejam eficazes contra a covid-19. “Até o momento, não há nenhum tipo de medicamento que previna a infecção causada pelo novo coronavírus, com exceção da vacinação. Medidas individuais não farmacológicas são muito importantes para prevenir a covid-19, como o uso de máscara, distanciamento social e boa higiene das mãos”, escreve.

Fonte: Correio 24 Horas Online

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Precisa Medicamentos pede autorização para uso emergencial da Covaxin no Brasil

A Precisa Medicamentos, representante da Bharat Biotech no país, apresentou documentação à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o pedido de uso emergencial da vacina Covaxin, contra COvid-19 no Brasil.

Segundo comunicado da companhia, estudos de Fase 3 mostram que a vacina é 81% eficaz, e os anticorpos induzidos pela aplicação podem neutralizar cepas variantes.

Em fevereiro, o Ministério da Saúde anunciou a assinatura de contrato com a Precisa Medicamentos para a entrega de 20 milhões de doses da vacina contra Covid-19 entre março e maio. A concretização do uso do imunizante do país só poderá ocorrer, no entanto, a partir da autorização da Anvisa.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Geneticista que usa supercomputador para estudar coronavírus é pioneira da bioinformática no país

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O Brasil tem três supercomputadores entre os 500 mais potentes do mundo. Dois são da Petrobras – Atlas e Fênix. O terceiro, o Santos Dumont, localizado no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis (RJ), desde o ano passado tem sido usado nos esforços para combater a pandemia de covid-19 no Brasil.

Veja também: Quem tomou as duas doses da vacina pode se reunir sem máscara, diz CDC

Entre outras atribuições, ele é utilizado no sequenciamento genético de amostras do vírus que chegam de diferentes regiões do país.

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Foi com a ajuda dele que a equipe coordenada pela bióloga Ana Tereza Ribeiro de Vasconcelos, responsável pelo Laboratório de Bioinformática do LNCC, identificou em dezembro uma variante nova do coronavírus no Rio de Janeiro, posteriormente batizada de P.2.

A cientista trabalha no laboratório há quase 40 anos. Ela é uma das pioneiras no país da bioinformática – ciência que usa computação, matemática e estatística para processar e interpretar dados da biologia e responder questões em aberto na Ciência.

Essa é uma área muito recente do conhecimento, ampliada exponencialmente nas últimas décadas graças ao avanço da tecnologia.

Isso porque, quando se fala em genética – um dos campos que têm se beneficiado da bioinformática e a especialidade de Ana Tereza -, existe a necessidade de processamento de um oceano de dados. O DNA, apesar de microscópico, guarda um volume imenso de informação.

No caso do genoma humano, o “receituário” de todas as nossas características físicas está descrito em três bilhões de pares de bases nitrogenadas, estas representadas por quatro letras – C (citosina), G (guanina), A (adenina) e T (timina), os blocos que compõem a fita do DNA.

Entender o genoma e a função dos genes (uma sequência específica do DNA que contém a informação para fabricação de uma proteína ou uma molécula de RNA – o que os biólogos chamam de “produto funcional específico”) pode auxiliar na prevenção de doenças, no desenvolvimento de medicamentos e terapias.

Também tem uma larga aplicação na agricultura e pecuária, no melhoramento genético de plantas e animais, e tem se mostrado um ingrediente fundamental no combate à pandemia. O “retrato” do vírus obtido pelo sequenciamento genético permite entender como ele funciona e como se propaga – informações fundamentais para subsidiarem a tomada de decisão das autoridades de saúde.

‘Ciência do século 21’

Ana Tereza começou a trabalhar no LNCC em 1984, um ano depois de se formar em Ciências Biológicas, para atuar com modelagem matemática. Nessa época, o laboratório ainda estava na cidade do Rio – desde 1998 ele funciona em Petrópolis (RJ).

O trabalho naquela época era completamente diferente, já que a Ciência nem havia codificado o primeiro genoma completo ainda, apenas fragmentos sequenciais de DNA.

O primeiro genoma completo viria em1995, o da bactéria Haemophilus influenzae, sequenciado nos Estados Unidos. Relativamente pequeno, tinha pouco mais de 5% do tamanho do genoma humano, que seria decodificado cinco anos mais tarde, no ano 2000, pelo geneticista americano Craig Venter.

A bióloga entrou nesse mundo pouco depois de ingressar no LNCC, quando seu caminho se cruzou com o do cientista Darcy Fontoura de Almeida, precursor na área de genética no país e àquela altura um nome conhecido na comunidade científica brasileira.

Formado em Medicina, ele fora orientado por Carlos Chagas Filho, fundador do Instituto de Biofísica da UFRJ (à época, Universidade do Brasil) e um dos que contribuíram para institucionalizar a pesquisa científica no país.

Em uma entrevista em 2009 à revista Ciência Hoje, Almeida, falecido em 2014, explica como foi parar no LNCC:

“Por volta de 1989, concluí que a análise de DNA ia evoluir e explodir. Era lógico, óbvio. No IB [Instituto de Biofísica] não poderíamos fazer isso, pois precisaríamos de uma computação poderosa. Lembrei-me então do LNCC e fui falar com o Antônio Olinto, que à época era o diretor. Expliquei o que estava acontecendo na biologia e disse que achava um absurdo não haver ali uma única linha de pesquisa em biologia, ‘a ciência do século 21’. Ele quis saber então o que poderia ser feito. Disse que queria conversar com o pessoal jovem do LNCC.”

O “pessoal jovem” era Ana Tereza. Ela e Darcy passaram então a trabalhar juntos. O cientista foi seu orientador no mestrado em biofísica e no doutorado em genética.

Naquela época, a internet não havia chegado ainda ao Brasil. O computador que a dupla usava era um mainframe, uma máquina de grande porte, e as informações eram compartilhadas entre os cientistas por meio de disquetes.

“O professor Darcy tinha assinatura do GenBank [banco de dados público de sequências criado em 1982 nos EUA] e, como não tinha internet, a gente recebia tudo pelo correio, naqueles disquetes grandes. E o arquivo não vinha em texto, tinha que programar pra extrair as informações.”

Por volta de 1998, ela conta, começaram a chegar ao país sequenciadores genéticos mais potentes, capazes de sequenciar fragmentos maiores de genoma.

Foi aí que teve início o primeiro projeto nacional de sequenciamento de genoma de um organismo, em que Ana Tereza organizou a formação de uma “rede do genoma nacional”, com a capacitação de 25 laboratórios em 15 Estados.

O primeiro organismo sequenciado foi a Chromobacterium violaceum, bactéria encontrada em regiões tropicais e subtropicais e que vive nas águas ácidas do rio Negro, no Amazonas. Ela é até hoje estudada no Brasil e lá fora por seu potencial biotecnológico, com possíveis aplicações em medicamentos e cosméticos.

O projeto genoma nacional ajudou a capacitar grupos em diferentes regiões do país e a formar recursos humanos que contribuiriam para descentralizar a pesquisa em bioinformática no país.

A primeira pós-graduação na área foi criada pela Capes em 2003. Hoje há cursos em instituições como Fiocruz, Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e, mais recentemente, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Força-tarefa contra o Sars-CoV-2

Desde então, os cientistas trabalham em rede e compartilham informações entre si, o que tem ajudado na atual crise sanitária. Um estudo publicado em setembro do ano passado na revista Science analisando a evolução da pandemia de covid-19 no Brasil é assinado por pesquisadores das mais diversas instituições, inclusive do LNCC.

A bioinformática e a genética têm tido papel importante nos esforços contra o novo coronavírus.

Graças aos avanços nessas áreas, cientistas de todo o mundo já compartilharam mais de 700 mil genomas do Sars-Cov-2, disponíveis na plataforma pública Gisaid.

Essa escala sem precedentes tem permitido ao planeta entender a disseminação do vírus e acompanhar as mutações que ele tem acumulado à medida que se espalha pelo globo. É quase como assistir à evolução em tempo real.

Algumas dessas variantes, como a encontrada em janeiro em Manaus e batizada de P.1, preocupam porque podem estar ligadas a um aumento da transmissibilidade do vírus. A cepa identificada no Amazonas tem duas mutações – a N501Y e E484K – localizadas em genes que codificam a espícula, a proteína responsável por interagir com a célula do hospedeiro, e que, na prática, facilita a entrada do coronavírus nas células humanas.

A P.2, encontrada no Rio de Janeiro pela equipe coordenada por Ana Tereza, que conta com cerca de 25 pessoas, também apresenta a mutação E484K – estudos têm apontado que ela pode driblar a ação de anticorpos.

Antes de ser aplicado nos esforços contra a covid-19, o supercomputador Santos Dumont já foi usado para estudar os vírus que causam a dengue e a zika. Ele é utilizado não apenas pelo laboratório de bioinformática, mas também por outras especialidades – e está aberto a toda a comunidade científica brasileira.

Ana Tereza diz que seu laboratório tem hoje entre 15 e 20 projetos simultâneos em andamento. Um deles, mais recente, visa entender porque algumas pessoas têm manifestações mais graves da covid-19. Para isso, a equipe vai começar a sequenciar DNA de pacientes, e não apenas o material genético do vírus.

“Precisamos entender a resposta imune do hospedeiro, a carga genética do paciente.”

“A gente vê casos em que um casal vive junto, mas apenas um desenvolve a doença”, exemplifica.

Fazer Ciência no Brasil

Ana Tereza participou da criação e foi a primeira presidente da Associação Brasileira de Bioinformática e Biologia Computacional (AB3C) e foi membro do conselho da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência entre 2015 e 2019.

Para ela, um dos aspectos mais difíceis de ser pesquisador no Brasil são os repentinos e frequentes cortes no financiamento da Ciência no país.

“É um horror a gente não ter continuidade de trabalho, não saber se no próximo ano vai ter o mesmo edital para pedir financiamento para a pesquisa. As coisas são muito instáveis”, afirma.

“Tem picos em que há investimentos em laboratório, mas depois não tem material de consumo, de bancada. Ou não tem aluno porque as bolsas estão cortadas. Quem sobrevive na pesquisa no Brasil são heróis, estão ali por uma causa em que acreditam.”

Desde 2016, segundo ela, a área de genômica vem sofrendo sucessivas restrições de recursos. E os cortes recentes no orçamento da Ciência e Tecnologia só agravaram o problema.

Como o Brasil não produz os insumos usados na pesquisa (os reagentes usados no sequenciamento genético, por exemplo, são todos importados), fica refém das flutuações cambiais – em um momento como o atual, em que o dólar custa cerca de R$ 5,60, fazer ciência custa ainda mais caro.

O quadro é agravado pela redução de bolsas de pesquisa, de mestrado e doutorado, de concursos para novos professores, o que tem cada vez mais estimulado cientistas brasileiros a buscarem melhores condições de trabalho em outros países, a famosa “fuga de cérebros”.

“O Brasil investe muito na formação, tem uma formação de recursos humanos muito boa, e depois não cria condições propícias para que os alunos fiquem aqui.”

Fonte:  

Pazuello estima receber até 28 milhões de doses de vacinas neste mês

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O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse hoje (8) que espera ter, neste mês, de 25 milhões até 28 milhões de doses entregues aos estados para cumprir o Plano Nacional de Imunização (PNI). Pazuello apresentou a estimativa após uma reunião na Fundação Oswaldo Cruz, da qual participaram o governador do Piauí, Wellington Dias, e representantes da Fiocruz e do Itamaraty.

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Outros governadores participaram da reunião por videoconferência, assim como a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, que está de quarentena por ter tido contato com uma pessoa diagnosticada com covid-19.

Segundo Pazuello, o objetivo do encontro era discutir com a Fiocruz todas as demandas relacionadas à vacina da AstraZeneca/Oxford. Ele citou os imunizantes produzidos com ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado da China, as doses prontas vindas do laboratório Serum da Índia, a produção do IFA nacional com assimilação da tecnologia no contrato com a farmacêutica e, ainda, a vacina pronta importada de um laboratório da Coreia, por intermédio do consórcio Covax Facility, formado por vários países para o desenvolvimento de imunizantes.

Na reunião, foi feito um acompanhamento da linha de produção para ver com clareza um cronograma de entregas semanais e também se discutiu o que pode ser antecipado, contando com a participação do Fórum de Governadores, do governo federal, da Fiocruz e do Congresso Nacional. ‘Com ações junto à OMS [Organização Mundial da Saúde], junto a outros governos e laboratórios para que possamos acelerar todas as fases e trazer a vacina, o mais rápido possível, para complementar as demais vacinas que estamos entregando semanalmente’, afirmou o ministro.

Pazuello destacou que, nesta segunda-feira, o ministério está recebendo 2,5 milhões de doses do Instituto Butantan, que serão distribuídos aos estados durante a semana. O ministro disse que conta ainda com uma entrega da Fiocruz de vacinas AstraZeneca/Oxford. ‘A nossa previsão é que a Anvisa e a Fiocruz ajustem os processos nesta semana, para que, a partir da próxima, ou no máximo na outra semana, já tenhamos também entregas da Fiocruz, somadas semanalmente com as do Butantan.’

O ministro informou que já vinha mantendo contato com o governador Wellington Dias e que chegaram à conclusão de que era preciso ir à Fiocruz para discutir as questões da vacina pessoalmente. De acordo com Dias, que é representante do Fórum Nacional de Governadores, isso foi importante para definir o cronograma de entrega de vacinas para março e ter a sinalização do que está previsto a partir de abril.

Segundo o governador, no encontro, também foi explicada a dificuldade causada pela falta de remessa das doses da AstraZeneca, que viriam da Índia. De acordo com Dias, a justificativa do governo da Índia é que, lá, a situação se agravou perante a população. Para o governador, isso alterou o calendário feito pelos estados.

Estava prevista, em contrato com o Ministério da Saúde, por meio da Fiocruz, a entrega de uma quantidade de IFA que permitiria produzir 15 milhões de doses em janeiro, o que não ocorreu. Pazuello disse que a AstraZeneca resolveu, então, fornecer ao Brasil 12 milhões de doses prontas da vacina que viriam do laboratório indiano, mas ressaltou que o Serum vem postergando a entrega. ‘Até agora, só vieram 4 milhões, e ainda faltam 8 milhões.’

O ministro destacou que ficou acertado no encontro de hoje que é preciso fazer pressão política, diplomática e até pessoal junto à AstraZeneca para que a farmacêutica cobre do laboratório Serum o cumprimento da entrega dos 8 milhões de doses que faltam. ‘Neste momento, a Índia, como país, dificultou o processo porque proibiu a exportação. Os países estão variando suas posições diplomáticas e comerciais porque o troço, realmente é instável’, afirmou.

Para o ministro, este é o motivo para buscar a produção nacional das vacinas de modo a avançar no Programa Nacional de Imunização. ‘Se não tivermos produção como temos hoje no Butantan e na Fiocruz, não vamos ter condição de vacinar em massa no nosso país.’

Wellington Dias lembrou que houve rompimento do contrato de entrega do laboratório Serum e que, nas pressões diplomáticas, haverá destaque para o momento da crise da pandemia no Brasil. ‘O Brasil vive um momento especial. Como diz a própria Organização Mundial da Saúde, é o epicentro da pandemia no mundo, e ainda com o risco de muitas variantes que se espalham. Este é o argumento que queremos tratar para garantir as condições do cumprimento’, observou.

Dias informou que, na reunião de hoje, foi feito um pedido para que a Fiocruz, em entendimento com a Anvisa, amplie a capacidade de produção para 250 mil a 300 mil doses por dia. ‘Nessa primeira fase, a notícia boa é que se amplia. A partir de abril, há condições de chegar a até 1 milhão de doses por dia ou 30 milhões por mês, o que é uma ótima notícia. Fizemos aqui um apelo, dada a gravidade [da situação] do Brasil, dada a gravidade [do número] de óbitos e de internações., para poder contar com essa ampliação.’

‘Assim como nos alegra o recebimento de 2,5 milhões de doses do Butantan, que vão ser entregues para todo o Brasil na quarta e quinta-feiras, é importante também ter semanalmente entregas da CoronaVac Butantan e da AstraZeneca, produção nacional e produção a partir de vacina pronta de outros países’, completou o governador.

Dias reforçou que os governadores estão dispostos a partir para a compra de vacinas se os entendimentos do Ministério da Saúde não avançarem, mas destacou que tudo ficaria sob a coordenação da pasta. ‘Se não tiver, nós estamos prontos para comprar. Nós queremos, e é importante para o país a coordenação do ministério, até para que a gente tenha um calendário de entrega nacional.’

Ainda na área diplomática, o governador piauiense adiantou que o Brasil tentará a liberação de cerca de 10 milhões de doses da AstraZeneca que foram produzidas nos Estados Unidos. “O que sabemos é que há vacinas prontas em estoque, e como não está sendo utilizada a AstraZeneca nos Estados Unidos , que se possa, com essa conjuntura brasileira, ceder a vinda para o Brasil”, afirmou Dias. Segundo ele, os Estados Unidos também adotaram a proibição de exportação de imunizantes.

Fonte: A Crítica de Campo Grande

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Governo finalmente fecha com a Pfizer

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Depois de muita relutância e acusações à farmacêutica de querer jogar para o governo federal o ônus das eventuais ações judiciais relativas a efeitos colaterais, o Palácio do Planalto acertou um acordo com a Pfizer para obtenção de 14 milhões de doses da vacina contra a covid-19. De acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, os imunizantes serão entregues até o mês de junho, sendo que uma remessa com 5 milhões de doses chegaria ao país antes desse prazo. A assinatura do contrato, contudo, ainda não aconteceu. A vacina é a única que possui registro definitivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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De acordo com os dados colhidos pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que são reproduzidos pelo Ministério da Saúde, pela primeira vez o número de mortos pela covid-19, em 24 horas, ficou abaixo de mil: 987 óbitos. O total de vidas perdidas no Brasil, porém, está em 266.398, com uma taxa de mortalidade de 126,8 por 100 mil habitantes. A taxa de letalidade no país é de 2,4%.

Depois de reunião com a cúpula mundial do laboratório, ontem, que contou com presença do presidente Jair Bolsonaro, de ministros e do CEO do laboratório, Albert Bourla, Guedes afirmou que “a vacinação em massa é a primeira prioridade do governo”. Ele acrescentou, ainda, que o governo está empenhado em “vacinar e manter a economia em movimento”.

“A solução para o Brasil é vacinar para manter imunidade da população e preservar sinais vitais da economia. O presidente da Pfizer disse que o Brasil é muito importante, são 200 milhões de brasileiros. Ele se comprometeu a olhar para essa expansão potencial e vai olhar com carinho futuros aumentos na produção do Brasil”, disse o ministro da Economia, acrescentando que a Pfizer informou ao governo brasileiro que vai aumentar a produção diária de 1,5 milhão para 5 milhões de doses.

Segundo Guedes, houve “problemas de escala” na negociação com a Pfizer. “Os dois lados demoraram um pouco com as negociações, mas temos que olhar pra frente”, completou. A decisão do governo brasileiro pela compra da vacina da Pfizer só veio semana passada, depois de meses rejeitando propostas feitas pela empresa, que foi o primeiro dos grandes laboratórios a procurar o Ministério da Saúde para oferecer o fármaco, em 2020.

Em agosto passado, o governo federal recusou uma oferta de aquisição de 70 milhões de doses do imunizante. E, em dezembro passado, em reunião com governadores, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, chegou a dizer que “se houver demanda e houver preço, nós vamos comprar” — em resposta ao governador João Doria, sujeitando a aquisição de imunizantes à quantidade e ao valor a ser cobrado pelas doses.

A mudança de postura do governo federal deve-se ao fato de que o presidente Jair Bolsonaro ordenou a Pazuello que negocie todos os contratos possíveis para a obtenção de vacinas, antes que estados e municípios consigam formar consórcios entre eles para a obtenção de imunizantes. Ele teria sido “taxativo” na ordem que deu ao ministro, pois não admite que o governo federal perca a primazia na compra de fármacos. Nos últimos dias, Pazuello negociou contratos com a Pfizer, a Johnson & Johnson e a Moderna, que ainda não se materializaram em medicamentos.

Doses a menos

Paralelamente à reunião com a Pfizer, Pazuello garantiu que o país terá disponível entre 25 milhões e 28 milhões de dose de vacinas até o fim de março. Esse volume de imunizantes inclui as produções da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio da Bio-Manguinhos, e do Instituto Butantan. O número é menor do que os 30 milhões de doses anunciados no último sábado. Quase que diariamente o governo vem reduzindo as previsões de ofertas de vacina.

A afirmação de Pazuello foi dada depois de encontro com governadores e integrantes da Fiocruz, no Rio de Janeiro. Segundo o ministro, a fundação e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estão acertando os últimos detalhes para regulamentar o processo de produção da fundação.

A meta é que a Fiocruz produza 1 milhão de doses por dia da vacina desenvolvida pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford nas próximas duas semanas. A instituição enfrentou problemas na produção.

No encontro, também foi discutida a necessidade de se fazer um esforço diplomático para destravar a importação de vacinas da Índia e de insumos da China. Segundo representantes da Fiocruz e o governador do Piauí, Wellingon Dias, representante do Fórum dos Governadores, há muitos entraves para que o Brasil receba os imunizantes e a matéria-prima necessária, o ingrediente farmacêutico ativo (IFA), para que as vacinas possam ser produzidas no país.

Há a possibilidade de o Brasil recorrer ao Reino Unido, aos Estados Unidos e à Coreia do Sul para importar vacinas e insumos, como forma de reduzir a dependência da China e da Índia. Espera-se, ainda, que o país receba, de imediato, 2,8 milhões de doses de imunizantes da Covishield, desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca, por meio do consórcio Covax Facility, administrado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Lotes semanais da CoronaVac

O governador do Ceará, Camilo Santana, afirmou que o Ministério da Saúde prevê envios semanais de lotes da vacina da CoronaVac para os estados. Após reunião, ontem, com o ministro Eduardo Pazuello, a presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, e 22 governadores, ele disse que foi solicitada maior rapidez na aquisição e distribuição de vacinas às regiões. No Twitter, o governador afirmou que Pazuello garantiu “que os estados receberão novo lote da CoronaVac/Butantan na próxima quarta (amanhã)”. O ministro teria informado ainda que o novo cronograma de vacinação da Saúde “prevê envios semanais de lotes de vacinas”. Já a Fiocruz afirmou que o novo lote do imunizante da AstraZeneca deve ser remetido aos estados até 24 de março. Segundo Santana, a fundação afirmou que dará entrada hoje com a documentação na Anvisa para o registro definitivo da vacina para produção no Brasil.

Fonte: Correio Braziliense

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/02/18/basf-cria-plataforma-para-pequenas-farmaceuticas/

Grupo Tapajós implementa cartão de crédito próprio

mulher em luz sentando com cartao credito em tabela com laptop 23 2148056180Um dos líderes do varejo farmacêutico na Região Norte, o Grupo Tapajós inicia operações com cartão de crédito próprio. A nova modalidade será exclusiva para clientes das três redes farmacêuticas da companhia – FarmaBem, Flexfarma e Santo Remédio.

Em parceria com a DM Card, os cartões serão personalizados com a identidade de cada bandeira do Grupo. A aquisição pode ser feita por meio de ferramentas como WhatsApp e pré-aprovação automática do CPF na loja física.

“Queremos aprimorar o atendimento, oferecendo uma facilidade em liberação de crédito, com um formato diferente do que é praticado pela maioria dos bancos”, comenta Fernando Ferreira, diretor de marketing, vendas e consumer experience do Grupo Tapajós.

Por meio de aplicativos exclusivos, o cliente preenche uma proposta e envia para análise de crédito o RG, CPF e a biometria facial. Em seguida, o sistema compartilha essas informações com a equipe de vendas, que fará a checagem dos dados junto à instituição financeira. “Em média, o processo gira em torno de cinco minutos e o consumidor poderá ter até 45 dias para pagar sua fatura, de acordo com a data de compra”, destaca Moisés Lanziloti Junior, diretor comercial da DM Card.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Seis entre 10 idosos evitam remédios por falta de dinheiro

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como organizar medicamentos de idosos veja 5 dicas

Indicadores para estimular reflexões no varejo farmacêutico nacional. A falta de dinheiro já fez com que 59% dos consumidores idosos deixassem de comprar medicamentos no Brasil. As conclusões são de um estudo do Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa (IFEPEC), vinculado à Febrafar.

O levantamento ouviu 2.200 consumidores de mais de 50 anos em todo o país e 300 cuidadores de idosos, por meio de entrevistas online ou por telefone. Para 91% dos entrevistados, o preço é o principal fator para a definição de compra em uma farmácia. O percentual é muito superior aos 64% que apontam a localização como obstáculo.

A pesquisa ainda indicou que 67% desse público costuma pagar os medicamentos que compram. Já 29% retiram no SUS, posto de saúde ou Farmácia Popular e só para 4% os medicamentos são pagos por parentes.

Ainda como impacto dos preços, se observa que medicamentos genéricos, por serem geralmente mais baratos, foram os produtos mais adquirido pelos consumidores, com 66%, seguido por medicamentos de marcas (42%) e não medicamentos (27%).

Também se observa uma relutância desse público em utilizar serviços farmacêuticos, sendo que apenas 17% dos entrevistados afirmaram ter utilizado algum serviço do tipo nos últimos 90 dias.

Além disso, mesmo com a necessidade de isolamento social, 91% desses consumidores afirmaram que realizam compras de forma presencial. Já compras por WhatsApp ou apps são utilizadas por 16% dos participantes, enquanto 4% usam telefones e apenas 4% recorrem a sites.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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STF antecipa julgamento sobre prazo de patentes

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A Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) antecipou para o dia 7 de abril o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5529, ajuizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o artigo 40, parágrafo único, da Lei 9.279/1996, conhecida como Lei de Propriedade Industrial. Segundo a PGR, o dispositivo possibilita a abertura de prazo indeterminado para a vigência de patentes de invenção e de modelos de utilidade em caso de demora na apreciação do pedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

Covid-19

A análise do processo estava prevista para ocorrer na sessão do dia 26 de maio, mas o relator do processo, ministro Dias Toffoli, solicitou à Presidência do STF que o julgamento fosse antecipado. Segundo o ministro, isso seria necessário em razão de um pedido de medida cautelar apresentado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras.

Em petição apresentada nos autos do processo, o procurador-geral argumentou que, embora não tenha sido formulado na ação pedido de liminar, “a atual conjuntura sanitária, decorrente da epidemia de Covid-19, constitui fato superveniente que reclama e justifica a imediata concessão da tutela provisória de urgência para o fim de serem suspensos os efeitos da norma impugnada”.

Proteção patentária

De acordo com o artigo 40, parágrafo único, da norma, o prazo de vigência da patente de invenção não poderá ser inferior a dez anos e, o da patente de modelo de utilidade, não poderá ser inferior a sete anos, a contar da data de concessão, ressalvada a hipótese de o INPI estar impedido de proceder ao exame de mérito do pedido, por pendência judicial comprovada ou por motivo de força maior.

A PGR argumenta que o dispositivo afronta diversos artigos da Constituição Federal, entre eles, o princípio da temporariedade da proteção patentária, previsto no inciso XXIX do artigo 5º. Essa regra constitucional assegura aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País.

Para a PGR, ao deixar indeterminado o prazo da patente, o dispositivo questionado gera “forte lesão a direitos sociais e à ordem econômica” por não permitir aos demais interessados na exploração da criação industrial prever e programar o início de suas atividades. O dispositivo também torna o consumidor “refém de preços e produtos definidos pelo detentor do monopólio, sem perspectiva de quando terá acesso a novas possibilidades”.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/08/raio-x-das-mulheres-no-mercado-farmaceutico/

Doenças e sofrimentos no pós-pandemia preocupam população

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O isolamento social impôs a várias pessoas uma mudança radical no estilo de vida. Muitos somaram o isolamento ocasionado pela Covid-19 ao medo extremo da doença, de ser contaminado e ter o mínimo contato físico com outras pessoas. Essa situação, entre outros fatores, acaba trazendo transtornos também à saúde mental da população.

São diferentes tipos de sofrimento que as pessoas que permanecem isoladas passam e poderão passar, mas destacam os grupos dos que tiveram perdas econômicas decorrentes da pandemia e as que foram internadas durante este período.

Isso porque, no caso do primeiro grupo, a pessoa que passou por consideráveis perdas financeiras e fechou as portas de algum empreendimento, por exemplo, pode passar por um baque tão grande que torne difícil recomeçar e ter esperanças em um futuro melhor e com as coisas dando certo.

“Neste caso, a pessoa tende a ficar confusa e desesperançosa, e passa a ver o isolamento até como refúgio para não encarar o mundo lá fora e passar por dificuldades novamente, que se intensificaram com a pandemia da Covid-19”, afirma o psiquiatra Bruno Brandão.

As pessoas que foram internadas, em sua maioria, passaram por experiências traumáticas, principalmente as que foram intubadas ou passaram por um tratamento intensivo. “Elas têm uma experiência próxima da morte, o que pode ocasionar sequelas. A depressão e risco de suicídio são um dos principais, além do desenvolvimento posterior de um estresse pós-traumático”, completa Brandão.

Esse tipo de dano do isolamento é como se fosse um isolamento psicológico, porque por mais que a pessoa já tenha passado pela situação mais difícil e esteja bem fisicamente, ela pode ainda ter medo do que a espera lá fora, e opta por permanecer em casa e em reclusão a maior parte do tempo possível.

Muitas pessoas se encontram em completa atividade remota, como o trabalho, as aulas e os cursos independentes. Neste caso, a dica é tentar desligar um pouco do online fora dos momentos que seja a sua obrigação. Encontrar outra atividade como ler um livro, pintar, tentar fazer você mesmo alguma reforma em casa, cozinhar, falar ao telefone, podem ser tarefas feitas dentro de casa sem necessitar a todo tempo de uma tela na sua frente, deixando até mesmo uma dor de cabeça ocasionada por elas de lado.

Tenho um amigo que está em depressão. Qual é a melhor forma de ajudar?

Neste caso, a melhor forma é abrir o jogo, explicar sobre o que está acontecendo e não deixar a depressão se aprofundar. O maior obstáculo é o preconceito e a falta de informação. É muito importante alertar que a pessoa não está bem e que precisa buscar ajuda profissional qualificada. É um período que precisamos de humildade para ter sabedoria em nossas decisões. Depois desta crise, o país não vai mais ser o mesmo.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Leia também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/08/farmaceuticas-conquistam-espaco-no-poder-publico/

Quem tomou as duas doses da vacina pode se reunir sem máscara, diz CDC

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Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos pessoas que já completaram todo o ciclo de vacinação contra a Covid-19 podem se reunir com outras pessoas na mesma situação sem usar máscaras ou manter o distanciamento social. As informações são do G1.

 

De acordo com a agência de notícias Associated Press, as recomendações divulgadas nesta segunda-feira (8) ainda apontam que pessoas já vacinadas podem também se encontrar sem máscaras e sem distanciamento com pessoas consideradas de baixo risco para formas graves da doença, como no caso de avós vacinados que visitam filhos e netos. “Sabemos que as pessoas querem ser vacinadas voltar a fazer as coisas que gostam com as pessoas que amam”, disse a diretora do CDC, Dra. Rochelle Walensky.

O CDC manteve a recomendação para que as pessoas totalmente vacinadas continuem a usar máscaras bem ajustadas, evitem aglomerações e mantenham distância física de outras pessoas quando estiverem em público. O CDC também aconselhou que façam o teste se desenvolverem sintomas que possam estar relacionados com a Covid-19. Nos EUA, de acordo com a Associated Press, cerca de 30 milhões de americanos – ou apenas cerca de 9% da população dos EUA – completaram o ciclo de vacinação contra a Covid.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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