Com ambiente desafiador no Brasil, Natura se sobressai no exterior

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A Natura (NTCO3), dona das marcas Avon, The Body Shop e Aesol viu seu lucro líquido do quarto trimestre subir quase 300% apesar do recuo de 3% em sua receita (quando comparado a igual período do ano anterior). E este resultado está ligado à integração com a Avon.

Mas apesar de a Natura ser uma empresa brasileira, é no exterior que a companhia vem se sobressaindo. No Brasil, o ambiente vem sendo considerado ‘difícil’, segundo as palavras do CEO e presidente do grupo durante teleconferência de resultados.

Mas não é de hoje que o desempenho no Brasil vem perdendo fôlego. Ainda no final de 2021 com o cenário de inflação mais acelerada, a Natura também foi impactada, porém, não tanto quanto a Avon. Mas conforme apontou a companhia em relatório aos investidores, a queda na receita foi menor do que o registrado em todo o setor. Segundo dados da associação que representa a indústria da beleza e cosméticos, as categorias em que a marca opera recuaram 12,5% em vendas no quarto trimestre, enquanto a Natura caiu 6,4%.

Apesar da queda recente em suas ações mesmo com os resultados sendo considerados fortes pelo mercado, agora – ao que tudo indica – os papéis da companhia voltaram a retomar o fôlego. Em um mês, as ações NTCO3 saíram dos R$ 20,75 para R$ 25,79 (segundo fechamento do dia 13 de abril). Uma alta de 24,2%.

Neste Cafeína, Samy Dana e Dony De Nuccio analisam as ações da Natura, seus fundamentos e o que apontam analistas.

Fonte: InvestNews

Beiersdorf lança primeiro creme facial feito com CO2 reciclado

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A gigante alemã de cosméticos Beiersdorf, controladora de várias marcas de beleza, incluindo a Nivea, anunciou o lançamento do primeiro creme facial feito com CO2 reciclado. O produto, o Hidratante Nivea Men Climate Care, foi desenvolvido graças a uma tecnologia que captura e recicla o dióxido de carbono.

A indústria de cosméticos está gradualmente se tornando verde. Enquanto muitas marcas estão cada vez mais interessadas nas opções de embalagem de seus produtos, bem como em matérias-primas para fórmulas mais amigas da pele e do meio ambiente, outras estão indo ainda mais longe, recorrendo a novas tecnologias. É o caso do grupo alemão Beiersdorf, que desenvolveu um hidratante com CO2 reciclado em sua composição.

Nivea Men será a primeira marca do grupo a se beneficiar desta tecnologia inovadora, com um creme hidratante contendo um ingrediente obtido a partir de dióxido de carbono reciclado. A empresa conseguiu este feito graças a um processo de captura e reciclagem de CO2. Em termos concretos, o dióxido de carbono é primeiramente coletado em diversos locais, como chaminés industriais, depois direcionado para um biorreator onde é transformado em etanol cosmético.

A edição limitada Nivea Men Climate Care Hidratante é formulada com 14% de etanol obtido por métodos alternativos e não contém microplásticos, silicone ou óleo mineral. Da embalagem ao fim da vida útil, o produto foi projetado com o meio ambiente em mente. O grupo Beiersdorf especifica que o produto é neutro para o clima e é fabricado com eletricidade de fontes renováveis. Além disso, a fórmula é quase totalmente biodegradável, enquanto a embalagem é reciclável. Com este lançamento, o grupo alemão dá sequencia aos seus objetivos de reduzir significativamente as suas emissões de carbono até 2025.

Embora este seja o primeiro produto de cuidados com a pele feito com CO2 reciclado, outra indústria – a de perfumaria – também está trabalhando nesse processo. A gigante da beleza Coty anunciou recentemente sua intenção de usar etanol proveniente desse mesmo processo para suas fragrâncias. Em um estilo diferente, a startup californiana Newlight Technologies desenvolveu um biomaterial a partir de gases de efeito estufa com pegada de carbono negativa. Chamado AirCarbon, este é usado principalmente na fabricação de óculos e outros acessórios de moda.

Fonte: Fashion Network 

Presidente da Pfizer cogita vacina anti-Covid eficaz ‘contra tudo’ ainda em 2022

Albert Bourla se referia a uma versão atualizada do imunizante que garanta maior proteção contra todas as variantes existentes

Uma vacina anti-Covid-19 que seja eficaz contra diferentes variantes antes do outono no Hemisfério Norte ‘é uma possibilidade, mas não uma certeza’, afirmou nesta quarta-feira (13) o presidente do gigante farmacêutico americano Pfizer, Albert Bourla.

‘Espero que até o outono [boreal] – mas não é uma certeza – possamos ter uma vacina’ que seja eficaz ‘contra tudo o que se sabe no momento’, disse Bourla, durante entrevista coletiva organizada pela IFPMA (Federação Internacional de Indústria Farmacêutica).

A Pfizer realiza estudos para descobrir qual pode ser a melhor fórmula .

Juntamente com a alemã BioNTech, o gigante farmacêutico desenvolveu uma das primeiras vacinas contra a Covid-19. Ela foi aplicada pela primeira vez no Reino Unido, no fim de 2020, menos de um ano após a doença ter sido detectada pela primeira vez na China.

Essa vacina de RNA mensageiro – como a da Moderna – teve sua eficácia reduzida contra a variante Ômicron do vírus e suas subvariantes, embora ainda ofereça proteção altamente eficaz contra sintomas graves, internações e morte.

A Pfizer está atualmente testando diferentes vacinas e diferentes doses.

‘Assim que soubermos qual é o melhor caminho a seguir, solicitaremos a aprovação’ nos Estados Unidos, na Europa e em outras partes do mundo, declarou.

Fonte: Amazônia Sem Fronteira

Segmento de mercadinhos de bairro cresce durante a pandemia

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Levantamento feito pelo Sebrae aponta que, nos últimos anos, os tradicionais mercadinhos de bairro ganharam mais importância na vida dos brasileiros e um maior espaço na economia. Os números mostram que o comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios – minimercados, mercearias e armazéns – registrou uma alta na abertura de novos negócios no período de 2018 a 2021, com destaque para o período da pandemia, quando o volume de novos empreendimentos cresceu 12 % entre 2020 e o ano passado.

Ao avaliar essas novas empresas abertas, segundo o porte, o destaque ficou para os Microempreendedores Individuais (MEI), que saltaram de pouco mais 38 mil novos empreendimentos formalizados em 2018 para 56.371, em 2021. O número é positivo se comparado aos empreendimentos que fecharam as portas. Em 2018, aproximadamente 40 mil MEI encerraram suas atividades, contra 17.676, em 2021. Hoje são mais de 400 mil mercadinhos registrados em todo o país.

As restrições impostas pela pandemia, principalmente durante as fases de lockdown (confinamento), foram um empurrão para acelerar as mudanças do setor. Segundo o analista do Sebrae, a transformação mais notável foi o advento em massa do delivery. Outra inovação que ganhou força foram os minimercados de condomínio, que permitem compras rápidas de produtos industrializados, em sua maioria, sem a necessidade do atendimento de um funcionário, com o pagamento via caixa eletrônico ou por meio de aplicativo; e os clubes de produtos por assinatura, que agora incluem artigos de minimercados.

Os gastos com alimentação vêm pressionando o bolso dos consumidores brasileiros. Com a percepção de que os preços dos alimentos aumentaram em 42,7% somente em 2022, o Brasil foi o país que mais sentiu a escalada dos preços. É o que revela estudo recém-divulgado pela Dunnhumby na 8ª edição da pesquisa Consumer Pulse, que foi conduzida no mês de fevereiro deste ano e analisou 24 países. Seguido pela Colômbia e Chile, onde os consumidores têm uma percepção da inflação de 34% e 31,6%, respectivamente, 91% dos brasileiros viram os preços dos alimentos subirem, dos quais 70% consideram que o aumento foi muito maior em relação ao ano passado.

Na média geral, os consumidores dos países analisados superestimam a taxa de inflação real em 14 pontos percentuais, enquanto o Brasil lidera a lista com 35 pontos de distância dos dados oficiais – à época do estudo, a inflação estava em 8%; atualmente, as estimativas apontam para 10,5%. Esse sentimento é corroborado pelo fato de 86% da população sentir que a economia do País está fraca e 72% ver insegurança nas finanças pessoais. Se na terceira edição do Consumer Pulse, em maio de 2020, 39% dos brasileiros sentiam que o dinheiro não rendia tanto durante as compras, agora este número saltou para 66%.

O Consumer Pulse categorizou os consumidores em três grupos: os que buscam custo-benefício, que representam 62% dos respondentes, os que não adotam nenhuma estratégia de compras (34%) e os que querem qualidade, totalizando 23%.

Dentre os que fazem parte do primeiro grupo, para driblar o aumento na hora das compras, as estratégias predominantes são pesquisar em canais online as melhores ofertas (52%) e comparar os preços (48%). Além disso, 42% afirmam que adquirem alguns produtos somente caso estejam em promoção, enquanto outros compram apenas o que está na lista de mercado (41%).

Já entre aqueles que priorizam a qualidade, 28% afirmam comprar itens naturais e orgânicos e 26% pagam mais caro para ter acesso aos melhores produtos. Ainda assim, considerando que 1/3 dos consumidores não adotam uma estratégia específica para economizar, os varejistas podem apoiá-los nesse processo.

O nível de preocupação dos brasileiros com a pandemia seguiu a tendência de queda do último estudo, passando de 39% para 29% – uma diferença de 20 pontos percentuais em comparação com a primeira edição, em março de 2020. Além disso, pela primeira vez o Brasil não lidera a lista dos Países mais preocupados com a Covid-19: o Chile ocupa o primeiro lugar, com 33%, e o Japão vem na sequência, com 31%. No entanto, a sensação de retorno à normalidade não é um consenso quando se trata das visitas às lojas físicas: 46% dos consumidores não se sentem seguros durante as compras, uma queda de quatro pontos percentuais em relação a setembro do ano passado e março de 2020.

Os brasileiros estão comprando alimentos com mais frequência, seja nos supermercados, nos restaurantes ou no delivery: em média, mais de uma vez por dia, o maior nível já registrado desde a primeira edição do estudo. A avaliação da experiência na loja e do trabalho dos varejistas se mantiveram estáveis: 30% dos consumidores estão satisfeitos com as experiências de compra e 38% avaliam que os varejistas estejam fazendo um bom trabalho em criar um ambiente de compra seguro do ponto de vista sanitário (em setembro do ano passado esses números eram de 32% e 41%, respectivamente).

Com relação às drogarias, em fevereiro de 2021, 39% dos brasileiros consideravam que os varejistas estavam fazendo um bom trabalho nesse sentido; em setembro este número passou para 32%, e se manteve estável nesta edição em 31%.

Fonte: Monitor Mercantil Online

Operação-padrão represa cargas

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Cargas paradas nos portos há quase três meses. Navios sem espaço para desembarcar mercadorias. A operação-padrão dos auditores da Receita Federal tem travado a importação de insumos e prejudicado a produção de itens que vão do pão ao sabão em pó. Levantamento do Instituto Brasileiro de Comércio Internacional e Investimento (IBCI) mostra que o movimento elevou de cinco para 20 dias o prazo médio para desembaraço de cargas importadas via portos e aeroportos. Os dados estão em carta a ser encaminhada hoje ao ministro da Economia, Paulo Guedes, obtida pelo Estadão/Broadcast .

Apoiado por multinacionais como Nestlé (alimentos e bebidas) e Unilever (alimentos e produtos de higiene), o documento pede que a situação seja tratada “com a devida seriedade” e resolvida para evitar um “efeito dominó” na economia. Também assinam a carta empresas como General Mills (alimentos), Dow (químicos) e Sylvamo (papel) e entidades de setores que incluem higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (Abihpec), café solúvel (Abics) e limpeza (Abipla).

“Todo o setor de comércio internacional está de mãos atadas. Nossa intenção com a carta é trazer para o ministro uma situação que afeta todos os setores, fábricas e plantas, e que pedimos que seja resolvida da forma mais breve possível”, disse o coordenador do instituto, Leandro Barcellos.

Desde o fim do ano, servidores do Fisco fazem paralisações e seguram cargas para pressionar o governo a recompor o orçamento do órgão e regulamentar um bônus de eficiência. O movimento teve início após o presidente Jair Bolsonaro prometer reajustar o salário de policiais federais, o que desencadeou também protestos de outras categorias.

Fonte: Guarulhos Web

Metrô em SP passa a coletar embalagens de cosméticos

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Como descartar corretamente embalagens de produtos de beleza, perfumaria e cosméticos? Para contribuir com a reciclagem pós-consumo, a ViaQuatro, concessionária responsável pela operação da Linha 4-Amarela, instalou, na Estação São Paulo-Morumbi, um posto de coleta especialmente para esse fim. A ação, realizada em parceria com a Reciclo Beleza Sustentável, consiste em armazenar os resíduos descartados até a chegada de uma cooperativa para realizar a devida retirada.

O equipamento ficará à disposição do público até dezembro. A ideia é gerar impacto social por meio da logística reversa, economia circular e da reciclagem de embalagens, além de ajudar na percepção de valor dos passageiros quanto aos compromissos ambientais assumidos pela concessionária.

A ação visa também avaliar impactos ambientais pelos dados e indicadores mensais do volume coletado. Outro objetivo da iniciativa é retirar de aterros sanitários e lixões resíduos provenientes do segmento de beleza.

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A máquina despertou a atenção da influencer da área de cosméticos Isabella Prado. ‘Para quem trabalha com beleza, ter um equipamento como esse nas proximidades de casa, como acontece comigo, é algo muito bom’. Segundo ela, muitas embalagens que a Reciclo Beleza aceita não são possíveis de serem descartadas em outros locais. ‘Saber que elas terão um destino adequado, sem poluir o meio ambiente, é muito tranquilizador para quem trabalha no setor e usa maquiagem diariamente’, diz Isabella.

Paola Tatto, fundadora da loja Banôh Cosmética Consciente, também comemorou a iniciativa. ‘É um projeto de logística reversa realmente incrível e o fato de o posto de coleta estar em uma estação de metrô é um dos aspectos mais positivos, pois atinge muitas pessoas’.

Na sua opinião, outra questão importante é que o equipamento facilita o descarte direto no ponto. ‘Isso faz com que sejam reduzidas etapas do processo de reciclagem, como a de coleta, por exemplo, o que também diminui impactos ambientais que seriam gerados no transporte e nas possíveis perdas desses materiais’, observa. A iniciativa, diz Paola, gera visibilidade e conscientização. ‘Aproxima as pessoas com os materiais e lixos que geram, o que nos faz repensar o consumo e nossas práticas’.

Segundo seus idealizadores, a proposta tem impacto socioeconômico positivo, gerando trabalho e renda por meio da parceria com cooperativas e associações de reciclagem e colabora ainda com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS).

O equipamento é feito com placas provenientes de aparas de tubo de creme dental, sendo que sua composição é 75% plástico e 25% alumínio. O material que for arrecadado será retirado pela cooperativa responsável.

‘Esta iniciativa mostra o compromisso da ViaQuatro com as questões ambientais e vai ao encontro dos nossos objetivos de oferecer aos clientes mais do que um transporte seguro e eficiente. Queremos sensibilizar o público para a importância de cuidar do meio ambiente’, diz Juliana Alcides, gerente de Comunicação e Sustentabilidade da ViaQuatro.

Posto de coletora de embalagens de produtos de beleza

Local: Estação São Paulo-Morumbi da Linha 4-Amarela

Data: Até dezembro de 2022

Fonte: Ciclo Vivo

Promoções têm forte peso no resultado do varejo no início de 2022, diz IBGE

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Campanhas de promoções em segmentos varejistas ajudaram o resultado mais favorável nas vendas no comércio varejista nos dois primeiros meses de 2022, afirmou Cristiano Santos, gerente da Pesquisa Mensal de Comércio no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Houve contribuição também de uma base de comparação fraca, uma vez que as vendas no varejo tiveram desempenho predominantemente fraco no segundo semestre de 2021. Além disso, há um número maior de pessoas trabalhando, e a desvalorização recente do dólar ante o real ameniza a pressão sobre itens importados, enumerou o pesquisador.

Na passagem de janeiro para fevereiro, o volume vendido cresceu 1,1%, melhor desempenho para o mês desde 2016, quando também houve expansão de 1,1%. No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, as vendas aumentaram 2,0% em fevereiro ante janeiro.

‘O resultado foi positivo pelo segundo mês. Esse crescimento nesse momento também vem com uma distribuição bastante grande entre os setores’, observou Santos.

Seis das oito atividades que integram o comércio varejista registraram crescimento nas vendas em fevereiro ante janeiro: livros e papelaria (42,8%), combustíveis (5,3%), móveis e eletrodomésticos (2,3%), tecidos, vestuário e calçados (2,1%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,6%) e supermercados (1,4%). A única queda ocorreu em artigos farmacêuticos e perfumaria (-5,6%). O setor de informática e comunicação ficou estável (0,0%). No comércio varejista ampliado, o segmento de veículos registrou alta de 5,2%, enquanto material de construção caiu 0,4%.

A PMC de fevereiro trouxe uma atualização no modelo de ajuste sazonal, com reflexos sobre a série histórica. O resultado das vendas em janeiro ante dezembro foi revisto de uma alta de 0,8% para um avanço de 2,1%. No varejo ampliado, a taxa passou de queda de 0,3% para elevação de 0,2%.

‘Não há nenhum tipo de quebra metodológica pela atualização que a gente fez’, afirmou Santos, lembrando que a forte revisão sobre o desempenho de janeiro ‘é natural do modelo de ajuste sazonal’.

A melhora no desempenho do varejo em janeiro e fevereiro fez o volume de vendas ficar 1,2% acima do nível de fevereiro de 2020, no pré-pandemia, embora ainda 4,9% abaixo do pico alcançado em outubro de 2020. No varejo ampliado, as vendas operam 0,8% acima do pré-pandemia, mas em nível 5,5% aquém do ápice registrado em agosto de 2012.

‘O patamar de vendas ainda está abaixo do que já esteve em 2020. Nesses primeiros dois meses do ano, não há um cenário de recuperação relativa ao que foi o máximo da série, mas sim em relação ao patamar bastante baixo de dezembro de 2021’, afirmou Santos.

Segundo ele, o fim de ano fraco em 2021 levou empresas de determinados setores a fazerem promoções estratégicas no início de 2022, com peso significativo no resultado das vendas deste início de ano.

‘Nem novembro nem dezembro foram bons para o comércio varejista. Isso fez com que empresas de determinados setores fizessem promoções estratégicas’, contou. ‘Tecidos e vestuário, móveis e eletrodomésticos, e outros artigos de uso pessoal e doméstico foram atividades que fizeram esse tipo de estratégia’, disse ele.

No geral, avalia Santos, a base de comparação baixa ajudou o desempenho do varejo no início de 2022. Apesar da mudança na trajetória neste primeiro bimestre, o setor ainda não recuperou todas as perdas do segundo semestre de 2021. Após um segundo semestre ruim, o varejo chegou a dezembro de 2021 em patamar 7,2% abaixo do registrado em julho daquele ano. Mesmo com a melhora recente, as vendas ainda estão 4,2% abaixo do nível de julho de 2021.

O resultado obtido pela receita nominal de empresas de alguns setores ainda se torna mais modesto quando descontada a inflação do período. Em supermercados, por exemplo, a inflação de alimentos impediu um avanço maior no volume vendido.

Já em combustíveis, a deflação observada em fevereiro dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, também do IBGE, que apurou queda de 0,92% nos preços dos combustíveis em fevereiro) impulsionou o desempenho do volume vendido.

‘Os combustíveis acabam sendo o principal protagonista nesse crescimento de 1,1% no varejo na passagem de janeiro para fevereiro, porque houve diminuição da pressão inflacionária’, disse Santos.

Se por um lado a melhora da pandemia e a maior circulação de pessoas aumenta a receita do setor de combustíveis, a alta de preços em março pode reduzir o volume de vendas. Entre os ingredientes que ajudam o varejo no primeiro bimestre deste ano estão o aumento na ocupação e o câmbio.

‘A massa de renda real tem caído, mas o número de ocupados tem crescido, o que coloca mais gente com possibilidade de consumo de produtos no comércio varejista’, lembrou Santos. ‘O dólar já foi bastante responsável pela queda em alguns setores em 2021, ao longo do segundo semestre. A partir deste ano tem menos pressão sobre produtos importados’, completou.

Fonte: Isto é Dinheiro Online 

Governo Bolsonaro decide dar reajuste de 5% a servidores

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Medida custaria R$ 6,5 bilhões apenas no Executivo federal e exigiria corte de R$ 4,6 bilhões em outras áreas. Percentual proposto está abaixo da inflação em um ano e foi criticado por associações do funcionalismo.O governo Jair Bolsonaro decidiu nesta quarta-feira (14/04) dar um reajuste linear de 5% a todos os servidores do Executivo a partir do mês de junho, que começaria a ser pago no contracheque de julho, menos de quatro meses antes das eleições presidenciais.

A medida terá custo estimado de R$ 6,5 bilhões apenas no Executivo federal, acima da reserva de R$ 1,7 bilhão no Orçamento de 2022 para reajustes aos servidores do governo federal.

Para cobrir a diferença, será necessário realizar cortes no valor de R$ 4,6 bilhões em outras áreas para respeitar o teto de gastos. O governo estuda cortar despesas de custeio e investimento dos ministérios ou de emendas parlamentares de bancada.

Outros R$ 1,6 bilhões serão necessários para pagar o reajuste de 5% às careiras do Judiciário, Legislativo, Ministério Público e Defensoria, mas esses órgãos têm folga nos seus tetos de gastos, o que não exigiria cortes adicionais de outras despesas.

A medida ainda precisa ser enviada pelo governo por meio de projeto de lei e aprovada pelo Congresso, pois depende de modificações no Orçamento.

A lei eleitoral proíbe a concessão de reajustes ao funcionalismo que excedam a recomposição do poder de compra no período de seis meses antes do primeiro turno da disputa presidencial. Como o reajuste proposto seria abaixo da inflação, a regra não seria infringida.

Paralisações e operações padrão

O reajuste de 5% fica abaixo da inflação medida pelo IPCA nos últimos doze meses, que acumula alta de 11,3%. Diversas categorias vinham fazendo nos últimos meses paralisações ou operações padrão em campanha pela recomposição salarial.

Os servidores do Banco Central estão em greve desde 28 de março, o que interrompeu a divulgação de relatórios estatísticos e indicadores econômicos. Servidores da Receita Federal estão em operação padrão desde 27 de dezembro, e nesta quarta-feira auditores do Tesouro Nacional iniciaram uma paralisação. Outras categorias, como servidores da área de Planejamento e Orçamento e analistas de comércio exterior, também organizam paralisações.

O objetivo inicial declarado de Bolsonaro era conceder reajuste somente aos servidores da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e agentes penitenciários, o que provocou a reação das demais categorias.

Servidores criticam percentual

A proposta de reajuste de 5% foi considerada insuficiente por diversas categorias, mas algumas indicaram que o gesto do governo poderia fazer as negociações avançarem.

O presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, afirmou ao jornal Folha de S. Paulo que a proposta de aumento de 5% era ‘inaceitável’ e ‘revoltante’, apontando que a defasagem salarial dos servidores federais estaria entre 30% a 40%.

O presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fabio Faiad, afirmou à CNN Brasil que o reajuste é ‘muito pequeno diante da inflação acumulada’, mas ‘pode significar o início de negociação’.

A Federação dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do MPU (Fenajufe) também criticou o percentual de reajuste de 5% anunciado. ‘A proposta do presidente Jair Bolsonaro (PL) de conceder reajuste salarial de 5% aos servidores públicos federais aprofunda o processo de corrosão da renda da categoria, com o achatamento de salários em momento de crescimento dos preços do aluguel e a inflação dos alimentos e combustíveis’, afirmou Thiago Duarte Gonçalves, diretor da entidade.

Fonte: Isto é Dinheiro Online

Vendas do comércio crescem 1,1% em fevereiro, segunda alta seguida

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As vendas do comércio cresceram 1,1% em fevereiro, na comparação com janeiro, cravando a segunda alta seguida, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com fevereiro de 2021, a alta foi de 1,3%.

“No acumulado no ano, o varejo teve variação de -0,1%. Já o acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 1,3% até janeiro para 1,7% em fevereiro, o setor mostrou aumento de intensidade de crescimento”, destacou o IBGE.

“No acumulado no ano, o varejo teve variação de -0,1%. Já o acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 1,3% até janeiro para 1,7% em fevereiro, o setor mostrou aumento de intensidade de crescimento”, destacou o IBGE.

Com o resultado, o setor está 1,2% acima do patamar pré-pandemia, mas ainda 4,9% abaixo do pico da série, registrado em outubro de 2020.

O IBGE também revisou o resultado de janeiro para uma alta de 2,1%, ante leitura inicial de avanço de 0,8%.

O resultado veio acima do esperado. Pesquisa da Reuters apontou que as expectativas eram de alta de 0,1% na comparação mensal e queda de 1,1% sobre um ano antes.

O que puxou a alta

Seis das 8 atividades pesquisadas tiveram alta na passagem de janeiro para fevereiro.

Embora o setor de livros, jornais, revistas e papelaria tenha crescido 42,8%, os maiores impactos vieram de combustíveis e lubrificantes (5,3%), móveis e eletrodomésticos (2,3%), tecidos, vestuário e calçados (2,1%).

Embora o setor de livros, jornais, revistas e papelaria tenha crescido 42,8%, os maiores impactos vieram de combustíveis e lubrificantes (5,3%), móveis e eletrodomésticos (2,3%), tecidos, vestuário e calçados (2,1%).

Em meio à pressão inflacionária, a venda dos supermercados registrou alta menor, de 1,4%, e foi registrada queda expressiva em artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-5,6%).

‘O que segurava a atividade era o mercado de livros didáticos, que foi bastante afetado pela pandemia com o ensino online e a migração do material impresso para o meio digital. Ocorre que no início deste ano houve uma retomada relacionada, principalmente, com os grandes contratos de livros didáticos. Esse avanço, porém, não foi suficiente para recuperar os níveis anteriores, já que algumas atividades didáticas continuam no ambiente online’, explicou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas cresceu 2% em fevereiro, foi influenciado pelo avanço de veículos, motos, partes e peças (5,2%). Já as vendas de material de construção tiveram variação negativa de -0,4%.

Veja o desempenho de cada um dos segmentos

Perspectivas para o ano

“A economia segue lutando para sair da letargia, mas se tratando de dados de fevereiro quando ainda não estavam claros todos os efeitos do conflito no leste europeu, sugerimos cautela com os dados”, avaliou o economista da Necton, André Perfeito.

Na véspera, o IBGE mostrou que o setor de serviços caiu 0,2% em fevereiro, acumulando perda de 2% nos dois primeiros meses do ano. Já a produção industrial cresceu 0,7% em fevereiro, após recuar 2,2% em janeiro, e segue abaixo do patamar pré-pandemia.

A confiança dos empresários do comércio ficou praticamente estável em março e segue em nível considerado baixo, segundo sondagem da Fundação Getulio Vargas (FGV).

O ritmo de atividade econômica em 2022 segue fraco, prejudicado pela inflação persistente, perda do poder de compra da população, aumento da inadimplência e juros em alta.

Em março, o resultado da inflação veio acima do esperado, com o IPCA atingindo 11,30% em 12 meses, o que colocou em xeque a perspectiva de encerramento do ciclo de aperto monetário em maio, aumentando as apostas de que a taxa básica de juros (Selic) será elevada em 2022 para além de 13% ao ano.

A greve dos funcionários do Banco Central segue atrasando a divulgação de dados como a pesquisa Focus, com as projeções do mercado para inflação, juros, PIB e câmbio. Os analistas já falam em uma inflação acima de 7% no ano. Para o PIB (Produto Interno Bruto), as estimativas são de alta ao redor de 0,50% em 2022.

Fonte: G1.Globo

Alta de preços no país está disseminada e atinge 76% dos itens

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A saúde da economia pode ser medida por índices. A inflação é um deles. Tem outro, que pouco se fala, mas todo mundo tem sentido pesar no bolso: o que mostra se são poucos ou muitos a alta de preços. Em outras palavras, o quanto a inflação está espalhada.

E já faz meses que esse índice, chamado de difusão, tem preocupado os economistas.

E já faz meses que esse índice, chamado de difusão, tem preocupado os economistas.

Antes da pandemia, costumava ficar na faixa que vai de 50% a 60% por mês, algo como metade ou pouco mais dos itens pesquisados pelo IBGE aumentavam de preço. Desde setembro de 2020, a difusão não baixa de 60%.

E hoje já está acima do patamar de 70%, chegando em março ao maior percentual em seis anos: 76%.

‘O índice de difusão de 76% do IPCA indica que 76% de todos os itens que compõem o IPCA sofreram aumento no último mês, tiveram aumento no mês de março. Isso é preocupante. Por quê? Apresenta uma inflação mais generalizada, ou seja, uma inflação que não é focalizada, localizada em um item ou em produto. Uma inflação que tem atingido quase tudo que os brasileiros consomem de produtos e serviços’, afirma Joelson Sampaio, professor de Economia da FGV.

Os economistas dizem que o contágio da inflação tem algumas origens. A mais importante agora é a alta dos combustíveis, que não pesa só no custo do nosso transporte, mas também no do frete.

Os economistas dizem que o contágio da inflação tem algumas origens. A mais importante agora é a alta dos combustíveis, que não pesa só no custo do nosso transporte, mas também no do frete.

No Brasil, a maior parte das mercadorias viaja de um lugar para o outro de caminhão, e esse custo, maior, é repassado para o preço de todo tipo de mercadoria.

‘A gente teve dois grupos agora no caso de março que puxaram mais a inflação, que foram transportes e alimentação e bebidas. São os grupos que têm o maior peso no índice oficial. No entanto, a gente observou também aceleração de preços em outros grupos, como a parte de vestuário, a parte também de saúde e cuidados pessoais. E também tem outro fator que vem desde lá o começo da pandemia, que houve um desarranjo nas cadeias globais de produção’, explica Pedro Kislanov, gerente do IPCA.

‘Quando nós temos uma inflação mais localizada em um produto, em um serviço, é uma inflação mais passageira. Quando a gente tem uma inflação mais espalhada, mais generalizada, que é o que o índice de difusão nos traz, essa é uma inflação mais difícil de ser controlada. Por isso que o governo tem uma política monetária mais firme, restritiva, com o aumento da taxa de juros, para conseguir conter essa inflação e fechar o ano com a inflação pelo menos abaixo de dois dígitos’, diz o professor de Economia da FGV.

Fonte: G1.Globo