Logística 4.0 assegura mais produtividade e economia
Entenda como implementação de automações e robotização
pode lapidar gestão de entregas e controle de estoque
por César Ferro em
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A tecnologia está cada vez mais presente na operação do varejo farmacêutico. Nos centros de distribuição (CDs) não é diferente, e a logística 4.0 ganha destaque como aliada no aumento de produtividade e na redução de custos.
Essa nova fase do sistema logístico consiste na aplicação de tecnologias avançadas na rotina do negócio, tornando os processos mais inteligentes, conectados e eficientes. O objetivo é otimizar todas as etapas, desde a armazenagem até o transporte.
Segundo Mauricio Rodrigues, product owner de WMS da Procfit, a digitalização da logística pode ser dividida em duas etapas – a automação e a robotização. “A primeira pode começar com melhorias como linhas de esteiras automatizadas, que reduzem a movimentação do operador. Já a robótica, por exemplo, pode ser usada em tarefas mais pesadas, como a movimentação de um palete”, exemplifica.
Como implementar a logística 4.0?
Para um gestor que deseja modernizar por completo a operação logística, o executivo recomenda iniciar esse movimento por uma das áreas mais delicadas – a separação. Usando tecnologias como esteiras automatizadas, pick by light ou pick by voice, já é possível identificar os primeiros ganhos em produtividade.
Seguindo a trilha, ele indica soluções para o recebimento de pedidos e ressuprimento de picking, que é o processo responsável por reabastecer as áreas de separação. A robotização também pode entrar no radar do empreendedor, mas exige uma avaliação criteriosa. “O gestor pode considerar a robotização, mas é preciso entender se haverá a necessidade de grandes remodelações na operação”, aconselha o especialista.
Rodrigues também afirma que contar com um sistema de WMS (Warehouse Management System) é essencial para dar suporte à operação logística 4.0. Esse software será o responsável por centralizar a comunicação entre todos os outros programas que controlam as automações e robotizações.
Modernização exige paciência e estratégia
Projetos de automação e robotização costumam exigir investimentos robustos. Por isso, o executivo enfatiza que é necessário levar em conta o cálculo do Retorno sobre o Investimento (ROI) para estimar o payback, ou seja, quando aquele aporte “irá se pagar”.
“O payback de um projeto de automação pode variar de médio a longo prazo. Em algumas automações, pode se estender por uma década. Mas é preciso sempre ter em mente que o reflexo será duradouro, garantindo a sustentabilidade e competitividade do negócio por um longo período”, aconselha. Ele também afirma que é preciso analisar a relação entre os custos da implementação da tecnologia e os gastos atuais com a operação manual.
Em um dos cases em que atuou recentemente, Rodrigues relata um ganho de produtividade substancial. “Atuamos na implementação de linhas automatizadas com pick by light em um de nossos clientes. Antes da implantação, a média de pedidos separados por dia era de 8 mil. Agora, esse montante já supera 14 mil”, finaliza.