Marcas de fraldas infantis investem em novos modelos

Acompanhe as principais notícias do dia no nosso canal do Whatsapp

Marcas de fraldas infantis
Foto: Freepik

As marcas de fraldas infantis vêm investindo em novos modelos, de olho em fatores como a queda da natalidade impactando no volume de vendas. Seja em tamanhos maiores ou em modelos reutilizáveis, as fabricantes estão se reinventando, segundo reportagem do Valor Econômico.

A indústria vem se apoiando na tendência do uso mais prolongado das fraldas e lançando produtos voltados a um público um pouco mais velho e, portanto, mais abrangente. É o caso das fraldas de vestir, que se assemelham a um ‘shortinho’ e contam com versões extragrandes.

Para Marina Mizumoto, diretora de marketing da Softys, fabricante da Babysec, as vendas dessas fraldas ‘shortinho’ cresceram de 20% a 30% nos últimos anos, puxadas principalmente pela demanda no Nordeste. Segundo a executiva, a categoria tem recuado em volume e a única forma de ganhar participação de mercado é ‘roubando’ fatia dos concorrentes, como as marcas globais Pampers (da P&G) e Huggies (da Kimberly-Clark).

Reutilização no radar das marcas de fraldas infantis

Uma das marcas de fraldas infantis aposta em modelos reutilizáveis. Trata-se da Huggies, que também lançou uma linha de banho para o cuidado dos cabelos das crianças. O Brasil foi o primeiro país da América Latina, entre os que a fabricante está presente, a entrar nesse segmento.

Entre janeiro e maio deste ano, houve queda de 3,1% no volume de fraldas vendidas, para 2,51 bilhões de unidades, e recuo de 2,6% na receita do setor, para R$ 2,86 bilhões, segundo pesquisa da plataforma de inteligência Scanntech. A comparação é com igual período de 2023.

A diretora de marketing da Scanntech, Priscila Ariani, diz que esse fenômeno pode ser explicado pelo aumento da procura por pacotes maiores de fraldas. Esses produtos competem em valor com pacotes premium, mas oferecem um preço unitário menor — de R$ 0,91 a R$ 1,42 por unidade. Essa tendência influencia a categoria de itens mais baratos que também encolheu neste ano.

Assim, as marcas mais caras (acima de R$ 1,42 por unidade), que respondiam por 28,2% do faturamento do mercado em 2023, passaram para 26% em 2024, enquanto as mais baratas (abaixo de R$ 0,91) caíram de 16,3% para 14,4%. Em compensação, as de preço mediano foram de 55,5% para 59,7% nesse intervalo.

Notícias Relacionadas

plugins premium WordPress