A Anvisa, aprovou, na última segunda-feira, dia 2, um dos medicamentos mais caros do Brasil. Com um custo de R$ 17 milhões por aplicação, o Elevidys (delandistrogeno moxeparvoveque), da Roche, é destinado ao tratamento da distrofia muscular de Duchenne em crianças de 4 a 7 anos. As informações são da Veja.
A aprovação foi realizada em caráter excepcional, uma vez que há uma escassez de tratamentos disponíveis e a doença é grave. O remédio é a primeira terapia gênica aprovada para a população infantil infectada por essa distrofia, que é genética.
O fármaco, segundo a agência, é contraindicado para pacientes com perdas de parte do cromossomo “nos éxons” 8 e/ou 9 do gene DMD. Aqueles com títulos elevados de anticorpos contra o vetor viral também não deve realizar o tratamento com esta droga.
Medicamentos mais caros do Brasil motivam ações na justiça
O Elevidys, devido a seu alto custo, foi alvo de algumas ações judiciais para garantir seu fornecimento por meio do SUS. Em agosto, inclusive, o STF chegou a determinar a suspenção das decisões pela compra do medicamento.
Na ocasião, tramitavam 55 processos, dos quais 13 já haviam recebido decisões favoráveis e outros 11 aguardavam apenas a aquisição do remédio. Segundo cálculos preliminares, para suprir tal demanda, o poder público teria que desembolsar cerca de R$ 250 milhões.
Agora, aprovada pela Anvisa, a terapia será submetida ao crivo do CMED, que definirá o preço a ser praticado no país. “A Roche está empenhada em dialogar e colaborar com as autoridades para que esta e demais terapias avançadas estejam disponíveis, de forma sustentável, em nosso país”, declarou o laboratório.