Medicamentos para doença de Parkinson podem ser desenvolvidos por IA


Os novos medicamentos para doença de Parkinson podem chegar aos pacientes até dez vezes mais rápido. Isso porque pesquisadores da Universidade de Cambrige estão usando a inteligência artificial para agilizar o processo. As informações são da CNN Brasil.
A tecnologia foi utilizada na pesquisa de compostos que bloqueiam a aglomeração de alfa-sinuclueína. Essa proteína se agrega ao cérebro e é um dos sinais que caracterizam a doença.
Por meio da técnica de machine learning, a IA analisou a biblioteca química de maneira mais ágil e conseguiu identificar cinco compostos que podem apresentar resultados promissores.
Com o uso da inteligência artificial, os pesquisadores não só otimizaram o tempo do processo em dez vezes, como reduziram os custos em mil vezes.
“Para nós, isso (economia de tempo e recursos) significa que podemos começar a trabalhar em vários programas de descoberta de medicamentos – em vez de apenas um”, comemora Michele Vendruscolo, pesquisador italiano que lidera a pesquisa.
Medicamentos para doença de Parkinson mudariam realidade do tratamento
A descoberta de medicamentos para Parkinson representaria uma virada de chave para o tratamento desse mal. Atualmente, não existe uma terapia do gênero para o quadro, que atinge mais de 6 milhões de pessoas em todo o mundo.
Apesar de não existirem remédios aprovados para doença, já existem sim candidatos em fase de ensaios clínicos.
A busca por um tratamento é tão intensa que até medicamentos polvilhados a ouro já foram testados. É o caso do CNM-Au8, que mostrou resultados promissores no aumento do metabolismo energético do cérebro em pacientes com a doença, indicando uma possível nova abordagem terapêutica.