Médico da Itália é acusado de matar pacientes com Covid para liberar leitos

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O médico Carlo Angelo Mosca, de 47 anos de idade, está sendo investigado por aplicar doses mortais de remédios inapropriados em pacientes internados com sintomas graves da Covid-19.

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Enquanto a Itália vivia o auge da primeira onda da pandemia, em março, funcionários do hospital de Montichiari, na província de Bréscia, no norte do país, notaram que o médico responsável pelo pronto-socorro adotava uma conduta fora dos protocolos.

Porém, o caso só veio à tona na segunda-feira (25), depois que Carlo recebeu ordem de prisão preventiva domiciliar.

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Interrogado por duas horas, Carlo negou as acusações. No entanto, a juíza responsável pelo caso, Angela Corvi, reconheceu que existem ‘graves indícios’ de que o médico comeu homicídio doloso qualificado em ao menos dois pacientes.

Durante a investigação que teve início em maio, a morte de Natale Bassi, de 61 anos e Angelo Paletto, de 79, foram causadas pelas doses fatais aplicadas pelo médico entre 20 e 22 de março.

Proporfol e succinilcolina, um anestésico e um bloqueador neuromuscular, respectivamente, eram os remédios usados na prática.

De acordo com o relato dos enfermeiros, diante de casos graves que entravam no pronto-socorro, Mosca pedia que alguém buscasse um ou os dois medicamentos e os aplicava quando estava sozinho. No caso do paciente Bassi, ele pediu que a equipe saísse da sala de emergência.

“Poucos minutos depois, a funcionária voltou, percebendo a morte de Bassi, naquele momento desacompanhado de membros da equipe. O óbito foi declarado pela doutora [nome omitido], que indicou no prontuário ‘repentina parada cardio-circulatória'”, diz o documento assinado pela juíza, com base na investigação.

A investigação teve como ponto de partida a denúncia anônima de um dos enfermeiros, no fim de abril. Em princípio, foram alistadas quatro vítimas. Três corpos foram exumados -o quarto paciente foi cremado.

A Itália está entre os mais atingidos e soma 87 mil mortos, sexto lugar em números absolutos.

A primeira onda foi marcada pela escassez de leitos, equipamentos, máscaras cirúrgicas e testes.

Segundo o próprio Mosca declarou em junho, em entrevista ao jornal Corriere della Sera, o hospital de Montichiari, cidade com pouco mais de 25 mil habitantes, chegou a ter 570 pacientes de Covid-19 internados na fase 1, o que exigiu a ocupação de um refeitório com 30 leitos.

Fonte: Diário do Pará Online

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