Um estudo da Fierce Pharma elencou os dez milionários da indústria farmacêutica. As remunerações desses executivos, somadas, chegam a US$ 376 milhões e incluem salários e bonificações. Em reais, essa fortuna ultrapassa R$ 1,8 bilhão.
Segundo os indicadores, compilados dos demonstrativos de resultados dos laboratórios referentes ao ano passado, os medicamentos inovadores e os investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novas terapias por conta da pandemia valorizaram os rendimentos das lideranças do setor.
Só o primeiro colocado deteve mais de um terço (36%) do montante acumulado pelos dez milionários. Leonard Schleifer, que comanda a biofarmacêutica norte-americana Regeneron, teve direito a US$ 135,35 milhões, dos quais US$ 130 milhões correspondem a prêmios em ações.
Milionários da indústria farmacêutica tiveram impulso da Covid
A descoberta do coronavírus estimulou os milionários da indústria farmacêutica até mesmo em laboratórios de médio porte, a exemplo da Regeneron, antes reconhecida somente por acordos de cooperação com a Sanofi.
Ao contrário de farmacêuticas que iniciaram a corrida por vacinas, o laboratório voltou sua atenção para terapias com anticorpos. Como resultado, teve faturamento recorde de US$ 9,2 bilhões e uma lucratividade de US$ 4 bilhões. E decidiu distribuir aos seus principais executivos cinco anos de prêmios de ações antecipados. Até o cientista-chefe George Yancopoulos foi contemplado com a bagatela de US$ 134 milhões.
Segundo lugar na lista, Stanley Erck, da também norte-americana Novavax, recebeu US$ 48,07 milhões. O laboratório mirou todos os seus esforços na vacina do consórcio Covax-Facility, da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Nenhuma executiva mulher integra essa relação. A mais bem paga foi Reshma Kewalramani, da Vertex, que faturou US$ 9,11 milhões, cerca da metade dos ganhos do antecessor. Já Emma Walmsley, da GSK, viu seu salário cair de US$ 11,25 milhões para US$ 9,7 milhões.