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Ministério da Saúde diz que 65 milhões de brasileiros não tomaram a dose de reforço contra a Covid

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Em um momento em que a curva de mortes por Covid se mantém alta, milhões de brasileiros ainda não foram aos postos de vacinação para tomar o reforço contra o vírus.

Com 48 anos, a auxiliar de limpeza Macione Santos poderia ter tomado a segunda dose de reforço contra a Covid há um mês. Mesmo atrasada, ela veio completar o esquema de vacinação.

‘Agora vou fechar o ciclo e se sair mais, tomo mais e trago os meninos para tomar também’, afirma.

Dados do Ministério da Saúde mostram que muitos brasileiros não voltaram aos postos de saúde para receber as doses adicionais contra a Covid. Quase 65 milhões ainda não tomaram o primeiro reforço e 36 milhões estão com a segunda dose do reforço em atraso.

A pensionista Eliana Maria Campos estava no meio de um tratamento contra um câncer. Assim que foi liberada pelo médico, veio tomar a segunda dose de reforço para atualizar a carteirinha. ‘No meu caso, principalmente, é muito importante. Eu me sinto bem mais segura’, relata.

Os médicos lembram que aqueles que não tomaram todas as doses correm um risco desnecessário.

‘Mesmo que tenha passado do tempo, você não precisa se preocupar com isso, faça a dose que estiver disponível para a sua faixa etária e, com isso, garanta essa proteção, principalmente nesse momento onde o vírus está circulando livremente’, explica a infectologista e epidemiologista Luana Araújo.

Na semana passada, a Anvisa aprovou o uso emergencial da CoronaVac para as crianças de 3 a 5 anos de idade. Só que nem todos os estados e municípios têm doses no estoque.

Na capital paulista, o município diz que não tem quantidade suficiente da CoronaVac para essa nova faixa etária de crianças. Por isso, os postos só estão vacinando somente aquelas que fazem parte dos grupos de risco e também as crianças indígenas.

O Instituto Butantan diz que vai importar o insumo farmacêutico ativo, o IFA, da China para produzir inicialmente 10 milhões de doses da CoronaVac.

‘As crianças precisam estar com o seu esquema completo, incluindo nos adolescentes a terceira dose, incluindo a segunda dose nas crianças de cinco a onze anos. Isto é fundamental para que a gente possa obter das vacinas aquilo que de mais importante elas podem nos oferecer neste momento, ou seja, prevenir formas graves e complicações da Covid-19’, afirma Marco Aurélio Sáfadi, presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Os filhos da Daiana estão com todas as doses em dia. Nesta quinta (21), foi a vez da mãe se proteger mais uma vez.

‘Eu vou falar para você, essa vacina quantas doses tiver eu estou aqui e trago eles’, diz a dona de casa Daiana Silva Menezes.

O Ministério da Saúde afirmou que segue negociando com o Instituto Butantan e com o consórcio Covax a aquisição de novas doses, e que recomenda que seja utilizado os estoques existentes nos estados e municípios.

Fonte: G1

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