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Mundipharma deixa a América Latina. A frase pode parecer forte, mas esse tende a ser o futuro da farmacêutica na região. Apenas o Brasil resistiria inicialmente a essa debandada. A decisão seria uma revisão de foco da companhia, que reduzirá sua atuação a apenas 11 mercados. As informações são do Pharmabiz.
Boa parte dessas mudanças decorre da crise dos opioides nos Estados Unidos, que colocou a companhia em xeque. Devido aos graves problemas judiciais que enfrenta, a farmacêutica britânica figura entre as propriedades da família Sackler que devem ser vendidas para ressarcir o poder público.
Por que a Mundipharma deixa a América Latina, mas não o Brasil?
Em março, durante uma reunião interna, o CEO global da farmacêutica, Marc Princen, revelou porque a Mundipharma deixa a América Latina. A decisão da companhia para o futuro era estreitar seu foco para os 11 países responsáveis por 70% de seu faturamento e 80% de seu lucro.
O Brasil é uma dessas nações. Apesar de a decisão não ter sido oficialmente divulgada, os primeiros movimentos para a saída do Cone Sul já foram realizados.
Equipe de vendas é desligada na Argentina
Um dos primeiros países a sentir o impacto da saída da Mundipharma da América Latina foi a Argentina. A força de vendas da farmacêutica foi desmantelada, gerando a demissão de aproximadamente 20 profissionais.
Saída da Argentina expõe escassez de opções
Outro problema apontado com a saída da Mundipharma diz respeito ao Restiva. O analgésico opioide, que é o carro-chefe da farmacêutica, não possui similares no país, e uma saída do laboratório colocaria os pacientes em situação delicada.
O Pharmabiz aponta que existe a possibilidade de, no curto prazo, uma nova empresa entrar neste mercado, mas destaca que essa droga gerou controvérsias no mundo e dores de cabeça para sua fabricante.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico