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Novo estudo sugere que intervalo ideal entre as duas doses da vacina da Pfizer é de oito semanas

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Atualmente preconizado pelo Ministério da Saúde, o intervalo de 12 semanas entre as duas doses da vacina contra o coronavírus produzida pela farmacêutica norte-americana Pfizer não é o ideal. A conclusão é de um novo estudo da Universidade de Oxford (Inglaterra), realizado junto a mais de 50o profissionais de saúde e que sugere oito semanas.

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A pesquisa indica que essa redução para um hiato equivalente a dois meses, em vez dos três já em uso, melhora a proteção proporcionada ao indivíduo pelo imunizante. Os resultados da pesquisa ainda precisam passar por revisão, ressalvam os cientistas envolvidos.

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Além de Oxford, eles acompanharam grupos de voluntários nas cidades inglesas de Birmingham, Liverpool, Newcastle e Sheffield. A comparação teve por base profissionais que receberam vacinação em esquema de dosagem de curto intervalo (média de três a quatro semanas entre a primeira e a segunda injeção) ou longo (dez semanas).

O intervalo mais longo de aplicação da vacina da Pfizer foi relacionado a níveis de anticorpos neutralizantes duas vezes mais altos do que seriam com a interrupção mais curta. Isso considerando todas as variantes do Sars-CoV-2, incluindo a Delta – detectada inicialmente na Índia e que já avança em mais de 100 países, incluindo o Brasil.

A nova pesquisa revelou que o regime prolongado de 10 semanas também melhora a resposta das células ‘T’ auxiliares, que trabalham na memória imunológica e ajudam na produção de anticorpos. Além do mais, o critério aumentaria o número de pessoas totalmente imunizadas mais rapidamente.

Por outro lado, o intervalo mais longo também trouxe uma desvantagem: os cientistas registraram que houve um declínio nos níveis de anticorpos entre uma dose e a outra, o que deixou os participantes menos protegidos durante essa pausa.

De acordo com Susanna Dunachie, a principal pesquisadora do estudo, ‘oito semanas é provavelmente o ponto ideal’ para a segunda dose, para conseguir o equilíbrio entre obter o máximo de pessoas totalmente vacinadas o mais rápido possível e com os níveis mais elevados de anticorpos.

Ela também chama a atenção para a importância de seguir o esquema de vacinação completo. ‘Está claro a partir de nossas descobertas que, para maximizar sua proteção individual, é muito importante receber duas doses da vacina contra Covid-19 quando oferecida’, sublinhou a equipe de Oxford, por meio de um comunicado.

Estudos anteriores mostraram que só com as duas doses a vacina da Pfizer tem efeito protetor significativo contra a variante Delta. Por isso o Reino Unido anunciou que passaria a vacinar seus cidadãos em intervalo de 8 semanas, e não mais 12, como no Brasil, afim de oferecer a mais pessoas proteção alta contra a Delta. O estudo de Oxford indica que a estratégia é correta.

Brasil

A bula hoje registrada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) preconiza um intervalo de 21 dias entre as duas doses da Pfizer, preferencialmente.

Na avaliação da farmacêutica norte-americana, a segurança e eficácia da vacina não foram avaliadas em esquemas de dosagem diferentes, mas ‘as indicações sobre regimes de dosagem ficam a critério das autoridades de saúde e podem incluir recomendações seguindo os princípios locais de saúde pública.

Fonte: O Sul

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