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OMS critica ideia de deixar o Sars-CoV-2 circular

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Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), deixar o coronavírus circular a fim de alcançar imunidade coletiva “não é uma opção”. O posicionamento da agência das Nações Unidas, anunciado ontem, é uma resposta aos defensores do fim do isolamento social. A organização defende que a estratégia está fora de cogitação porque ainda não se sabe a duração dos anticorpos produzidos por quem foi infectado pelo Sars-CoV-2. Segundo os especialistas, a imunidade de rebanho só será eficaz quando for obtida por meio da vacinação das pessoas.

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“Nunca na história da saúde pública a imunidade coletiva foi usada como estratégia para responder a uma epidemia, muito menos a uma pandemia. É científica e eticamente problemático”, declarou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, em coletiva de imprensa. “Deixar o caminho livre para um vírus perigoso, do qual não entendemos tudo, é simplesmente antiético. Não é uma opção”, completou.

Ghebreyesus ressaltou que a maioria das pessoas ainda está em alto risco. “As pesquisas de soroprevalência sugerem que, na maioria dos países, menos de 10% da população foram infectadas”, detalhou. Ele também ressaltou que faltam informações sobre o que acontece depois que as pessoas são curadas e que há casos de indivíduos que foram infectados novamente. “A maioria das pessoas desenvolve uma resposta imunológica nas primeiras semanas, mas não sabemos se essa resposta é forte ou durável ou se difere de pessoa para pessoa”, afirmou.

Vacinação

O diretor-geral da OMS esclareceu que o conceito de imunidade de rebanho é utilizado nas campanhas de vacinação e lembrou que, para a varíola, é necessário que 95% da população sejam vacinadas, o que garante a proteção dos 5% restantes. No caso da poliomielite, a taxa é de 80%.

Quanto ao surgimento da fórmula que protegerá a população do Sars-CoV-2, a OMS é otimista. Diretora científica da agência, Soumya Swaminathan afirmou que há cerca de 40 potenciais vacinas em ensaios clínicos. Dessas, 10 estão na fase três de análises, a etapa final, que permitirá “conhecer sua eficácia e segurança”. Swaminathan considerou que alguns grupos farmacêuticos poderão ter “dados suficientes” desses testes a partir de dezembro.

» Remédio para úlcera tem efeito antiviral

Um medicamento antimicrobiano usado para tratar úlceras estomacais gerou resultados promissores no combate à covid-19. Pesquisadores chineses testaram metalofármacos, compostos contendo metais comumente usados contra bactérias, em hamsters infectados pelo novo coronavírus. Uma das drogas, o citrato de bismuto ranitidina (RBC), mostrou-se um poderoso agente contra o Sars-CoV-2. “O RBC reduziu a carga viral no pulmão de hamsters (…) Nossa descoberta mostra que ele é um possível antiviral contra a covid-19”, afirma, em comunicado, Runming Wang, pesquisador da Universidade de Hong Kong e autor do estudo. Ele lembra que não é possível garantir que o efeito nas cobaias será o mesmo em humanos, sendo necessária a realização de mais análises.

Fonte: Correio Braziliense

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/10/13/industria-critica-lentidao-nas-patentes-e-governo-acena-com-fim-do-backlog/

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