Pacientes com câncer protestam por falta de 8 medicamentos na rede pública do Amapá

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Pacientes oncológicos realizaram uma manifestação em frente ao Ministério Público (MP) do Amapá, na Zona Sul de Macapá, nesta segunda-feira (1º). A principal reivindicação foi a disponibilidade de 8 medicamentos na Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) do Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima (HCAL).

O secretário de Saúde, Juan Mendes, declarou que o Estado tem encontrado dificuldades na aquisição de 11 remédios da Unacon.

“Dentro do rol de mais de 80 medicamentos oncológicos, nós estamos tendo dificuldades em acessar 11 medicamentos. Dois são exclusivamente dispensados pelo Ministério da Saúde, e 9 já estão no terceiro emergencial, por uma questão de dificuldades de entrega das empresas, ou logística, nós estamos com dificuldades com 9 desses itens que estão em falta na assistência farmacêutica a esses pacientes”, falou.

De acordo com os manifestantes, os principais remédios em falta no momento são: ácido zoledrônico, bevacizumabe 100 e 400 mg, bleomicina 15UI, carboplatina 150 e 450 mg, ciclofosfamida 1 e 200 mg, epirrubicina 10 e 50 mg, idarrubicina 10 mg, tamoxifeno.

A manifestação foi organizada pela ONG Pacientes Oncológicos Unidos pela Vida (Pouva). A representante, Lea Learte, explicou que o ato teve por objetivo cobrar a efetividade de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que acordou o abastecimento da rede hospitalar que atende os pacientes oncológicos.

O termo foi assinado em setembro de 2020, entre o MP e o governo do Estado, após o pedido de intervenção liderado pela Pouva.

Maria de Lima Moraes, que participou da manifestação, conta que descobriu o câncer de mama no ano passado, ao realizar consulta no Hospital de Amor, unidade filantrópica que oferece serviços de prevenção ao câncer.

Desde o diagnóstico, Maria espera atendimento na Unacon. Na semana passada, começaria o tratamento, mas quando chegou na unidade, não havia medicação.

A paciente relembra o quanto foi doloroso descobrir a existência do câncer de mama, e que mesmo diante da tristeza e da depressão, encontrou forças para procurar tratamento.

“O câncer de mama não é qualquer doença, então eu corri atrás pra ver se eu encontrava essa medicação mais em conta. Fui em uma clínica particular e me cobraram R$ 1,7 mil por uma aplicação. São 6 meses de aplicação, 1 vez por semana, então eu não tenho condições financeiras para comprar essas medicações. Estou desempregada e peço encarecidamente às autoridades que tenham compaixão dos pacientes da Unacon, não somente por mim, mas por todos os pacientes que precisam da medicação”, disse Maria.

O secretário de Saúde acrescentou que a Unacon passará a funcionar em um novo prédio, onde era o Centro de Doenças Transmissíveis, onde também funcionou o primeiro Centro Covid, dentro do complexo do Hcal.

“No que tange a entrega do novo prédio, nós conseguimos e dentro dos próximos 40 dias o novo prédio da Unacon, com uma assistência mais humanizada, vai ser entregue para a assistência desses pacientes. Em relação aos exames especializados, o acesso está ocorrendo normalmente inclusive o paciente oncológico tem prioridade de acesso”, esclareceu.

Fonte: G1

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