QUAIS OS PREJUÍZOS DE TOMAR REMÉDIOS PARA DORMIR SEM PRECISAR

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Há diversos remédios que provocam sedação e podem ser utilizados como indutores de sono: descongestionantes nasais, anti-histamínicos, antidepressivos e antieméticos estão entre eles. No entanto, não há dúvida de que os mais eficazes são os benzodiazepínicos (alprazolam, clonazepam, diazepam, lorazepam, etc). Esses medicamentos agem principalmente como ansiolíticos, mas são frequentemente usados no tratamento de insônia, já que a ansiedade geralmente é o que mais atrapalha uma pessoa a cair no sono.

Apesar dos benefícios, os prejuízos dos benzodiazepínicos são ainda maiores. Quer descobrir quais são eles? Continue com a leitura!

Efeitos colaterais imediatos

Os efeitos mais comuns são pela permanência dos efeitos hipnóticos durante o dia, como a sedação, a sonolência, a sensação de ressaca, a lentificação mental e dos reflexos. Em idosos, esse estado pode provocar quedas e fraturas ósseas, gerando consequências graves.

Maior risco de morte

Um estudo demonstrou que o uso de medicamentos para dormir aumenta em até cinco vezes o risco de morte. Esse aumento era praticamente independente da dose, com quatro comprimidos por ano já sendo suficiente para aumentar a chance de morte em três vezes.

Maior risco de câncer

O risco de desenvolvimento de câncer de pulmão, cérebro, intestino, mama e bexiga já foi considerado maior em indivíduos que consomem benzodiazepínicos com frequência. No entanto, outras pesquisas mostraram que não há relação entre essas doenças e o medicamento. A associação então se mantém controversa e aguarda o resultado de novas pesquisas.

Dependência

Após alguns meses de uso, os pacientes se tornam dependentes dos benzodiazepínicos e não conseguem mais dormir sem a ajuda desses medicamentos. A crise de abstinência se caracteriza por uma ansiedade elevada, crises de psicose e distúrbios do sono. O risco de dependência é maior em mulheres e aumenta com a dose, com o tempo de tratamento e em pacientes com história de abuso de drogas.

Tolerância

Comumente acompanhando a dependência, a tolerância consiste na necessidade de doses maiores para obter o mesmo efeito. Isso significa que se duas gotas de Rivotril eram suficientes para uma boa noite de sono, após algum tempo, cinco gotas serão necessárias. Esse efeito também é mais comum em mulheres.

Declínio cognitivo

O uso de benzodiazepínicos por mais de três meses já foi associado à aceleração do declínio cognitivo e instalação de um quadro de demência mais cedo, com sintomas de confusão mental, agitação, perda de memória e mudanças de personalidade.

Maior risco de suicídio

Com a dependência e todos os outros efeitos colaterais, o uso prolongado de benzodiazepínicos gera um aumento do comportamento de risco, seja em relação ao consumo de álcool e outras drogas ou a tentativas de suicídio. O uso desse medicamento por pacientes com risco de suicídio, portanto, deve ser feito criteriosamente.

Overdose

A overdose de benzodiazepínicos em uso isolado é rara, mas quando esses medicamentos são combinados com outros depressores do sistema nervoso central, como o álcool, o efeito pode ser fatal.

Como mais de 20% da população apresenta algum distúrbio do sono, esses medicamentos são extremamente comuns. O rivotril (clonazepam) é um dos medicamentos mais vendidos no Brasil, ficando entre os dez mais consumidos. Os casos de overdose, embora raros, superaram os 30 mil em 2012. Desse ano para o seguinte, as vendas de benzodiazepínicos tiveram uma alta de 22%, uma diferença de R$2,5 bilhões.

Devido à dificuldade de um uso racional, os benzodiazepínicos e outros hipnóticos estão sempre dentre as pesquisas de grandes centros mundiais. Recomenda-se sempre que a insônia seja vista em sua totalidade e tratada por meio comportamentais e psicoterápicos de forma a limitar o uso de benzodiazepínicos a um curto período de tempo e reduzir seus efeitos colaterais.

E então, está preparado para solucionar as dúvidas dos seus clientes sobre os prejuízos gerados pelo uso de remédios para dormir sem necessidade? Se você ficou com alguma dúvida escreva para nós através dos comentários!

Fonte: Hipolabor

Qual é o preço da faculdade de Farmácia?

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Por ser uma área com grande empregabilidade e ter amplo campo de atuação, o curso de Farmácia é um dos mais procurados. Esse setor está em alta devido à expansão de pesquisas fármaco-químicas e a comercialização crescente de medicamentos entre os consumidores.

Nesse sentido, a pessoa que atua nesse ramo tem um leque de oportunidades de trabalho. Para isso, saber qual é o preço da faculdade de Farmácia é um dos passos para conquistar a tão sonhada vaga em uma graduação. Afinal, adquirir uma formação de qualidade é essencial para conseguir se destacar na carreira, não é mesmo?

Se você deseja saber quanto custa a faculdade de Farmácia aqui da Unopar e quais são as principais áreas de atuação para o profissional, continue a leitura do post!

1 Quanto custa o curso de Farmácia?
2 Quanto tempo dura o curso?
3 Qual é o conteúdo estudado?
4 Qual é o perfil do estudante de Farmácia?
5 Quais são as oportunidades de atuação em Farmácia?
6 Como é o mercado de trabalho para Farmácia?
7 Como se destacar na carreira?
8 Quais são as tendências para o futuro de Farmácia?
Quanto custa o curso de Farmácia?
A mensalidade do curso de Farmácia aqui na Unopar começa em R$ 399*, e o aluno conta com duas possibilidades para a graduação: presencial e semipresencial –– modalidade a distância, com atividades presenciais.

Outros custos durante essa trajetória são os materiais utilizados nas aulas práticas, que envolvem o dia a dia do profissional. Eles incluem, sobretudo, os EPIs: equipamentos de proteção individual. Luvas, jaleco, touca e máscara são bons exemplos.

Quem opta por essa graduação deve saber que a graduação exige muita atividade em laboratório, mão de obra especializada e equipamentos especiais. Por isso, não costuma ser tão barato. Nesse sentido, saiba que o curso de Farmácia semipresencial é bom e oferece um diploma tão reconhecido quanto o do presencial, porém, com valores mais em conta.

Quanto tempo dura o curso?
A faculdade de Farmácia tem duração de 5 anos e é do tipo Bacharelado, preparando o estudante para trabalhar no ramo de cosméticos, fármacos e medicamentos. Na graduação da Unopar, você aprende questões ligadas às áreas da Saúde, Ciências Biológicas e Química. Porém, também é preciso ter acesso a conhecimentos das Ciências Humanas e Sociais.

Esse conjunto de informações que envolvem o desenvolvimento humano e técnico do aluno tem o objetivo de formar profissionais que saibam a importância de trabalhar de modo responsável e ético. O campo de atuação é bem amplo. Ele pode realizar análises clínicas e toxicológicas, pesquisar sobre novos medicamentos, atender o público em drogarias etc.

Qual é o conteúdo estudado?
Nos primeiros anos do curso, são vistas disciplinas básicas nas áreas da Saúde e Ciências Biológicas. Depois, o aluno conta com matérias mais específicas sobre a prática profissional. Elas o auxiliam a compreender o funcionamento da seleção, manipulação e produção de medicamentos.

As aulas apresentam uma grade extensa e contêm muitas atividades práticas, feitas em laboratórios. Aqui na Unopar, algumas matérias do curso de Farmácia são:

Genética;
Fitoterapia;
Toxicologia;
Bioquímica;
Homeopatia;
Farmacologia;
Cosmetologia;
Saúde Coletiva
Química Analítica;
Microbiologia Básica;
Assistência Farmacêutica;
Psicologia Aplicada à Saúde;
Ciências Morfofuncionais dos Sistemas Imune e Hematológico;
Ciências Morfofuncionais dos Sistemas Nervoso e Cardiorrespiratório.
Qual é o perfil do estudante de Farmácia?
Uma característica que você precisa ter para cursar essa faculdade é gostar de ambientes de pesquisa. Para se tornar um profissional de sucesso, é necessário ser capaz de atuar de maneira ética em tempo integral, agindo de modo responsável nas decisões. Muitos estudantes se encantam com as oportunidades de emprego que a graduação proporciona.

Veja, logo abaixo, algumas características que compõem o perfil do estudante de Farmácia.

Familiaridade com matérias da área de saúde
Uma coisa é certa para quem se interessa pela área de saúde: é preciso estudar para trabalhar em Farmácia. Isso significa que, além de graduação, o profissional precisa aperfeiçoar técnicas, conhecer as tendências do seu segmento e investir em novas capacitações se quiser manter seus serviços relevantes para o mercado.

O primeiro passo é entrar na faculdade de Farmácia. A familiaridade com Biologia, Química e Física já garante uma base para aprender assuntos mais complexos, como Toxiologia, Homeopatia e Farmácia hospitalar.

Ou seja, se você se deu bem com as Ciências da Natureza durante o ensino médio, já tem uma habilidade importante para o curso de Farmácia.

Desenvolvimento da empatia e boa comunicação
Quem entra no curso de Farmácia exercita desde as primeiras atividades práticas o uso da linguagem mais adequada de acordo com o público. Isso porque os profissionais de saúde, no dia a dia de trabalho, precisam desenvolver a troca de diálogo e estabelecer uma confiança para orientar as pessoas.

Só assim é possível ser plenamente compreendido por quem busca serviços de saúde, independentemente do grau de escolaridade ou experiência de vida. Nos estágios supervisionados, a empatia e a boa comunicação são algumas das habilidades desenvolvidas para que o aluno tenha a sensibilidade de entender a situação de cada um.

Gosto pelo trabalho em grupo
Uma das atribuições de um farmacêutico é se engajar em iniciativas para promover e reabilitar e a saúde dos pacientes sob o seu acompanhamento. O profissional pode fazer parte de grupos com vários especialistas da área de saúde, que procuram planejar soluções em conjunto, como grupos de pesquisa e equipes de atendimento.

O farmacêutico também pode ficar responsável por ministrar treinamentos com funcionários. Em decorrência disso, são necessárias as habilidades de motivação e capacidade de liderança.

Antes mesmo de entrar no mercado de trabalho, o graduando em Farmácia precisa se engajar em grupos para realizar as atividades práticas das disciplinas. Nos estágios supervisionados, não é raro fazer parte de equipes de atendimento para lidar com os problemas e desafios do setor.

Então, podemos dizer que o trabalho em grupo é uma realidade comum tanto na atuação do farmacêutico quanto nos seus anos de formação acadêmica.

Quais são as oportunidades de atuação em Farmácia?
O farmacêutico pode exercer a sua profissão em vários segmentos. O mercado de trabalho é amplo e oferece muitas oportunidades, que chamam a atenção principalmente pelas boas remunerações. A média salarial do profissional é de R$ 3.508,57*.

É importante conhecer as principais áreas da Farmácia mais bem-pagas para que você possa ter uma visão ampla sobre as atividades. Confira, a seguir, quais são.

Farmácia hospitalar
A Farmácia hospitalar é uma especialidade que acompanha os quadros evolutivos dos pacientes que são tratados com medicamentos. O profissional deve supervisionar os técnicos e enfermeiros, para que as aplicações e combinações sejam realizadas nos horários corretos.

É fundamental que, antes de prescrever qualquer remédio, os médicos consultem o farmacêutico hospitalar, que orientarão sobre interações e reações medicamentosas que podem acontecer. O salário médio é de R$ 3.682,49*.

Farmácia clínica
O profissional de Farmácia clínica atua diretamente com as pessoas, conciliando e acompanhando tratamentos farmacológicos. Também realiza pequenas conferências e consultas, garantindo que o medicamento indicado seja usado de modo correto.

O campo de atuação é amplo, e esse farmacêutico pode encontrar emprego em qualquer parte do país. A média salarial é de R$ 3.682,49*. É fundamental que ele tenha conhecimentos sobre Fisiologia e Patologia, além de dominar o inglês para entender os textos técnicos da área.

Farmácia fitoterápica
O farmacêutico que deseja atuar nesse ramo precisa cursar uma pós-graduação em Fitoterapia. Também deve adquirir o conhecimento necessário para trabalhar em laboratórios que são dedicados à produção e à pesquisa de medicamentos naturais.

Essa área está em alta, já que muitos têm interesse na Fitoterapia. O salário médio para as atribuições nesse campo é de R$ 3.670,42*.

Saúde pública
Desde 1973, com a aprovação da lei n° 5.991, o farmacêutico integra a saúde pública, pois a nova legislação determinou que os farmacêuticos ficassem responsáveis pelas farmácias dos municípios. Mas só em 2013, quando o Conselho Federal de Farmácia publicou a resolução n° 578, foram regulamentadas as atribuições do farmacêutico no SUS.

No Sistema Único de Saúde, o farmacêutico fica responsável por organizar ações de educação sobre saúde para a comunidade, desenvolver iniciativas para a redução de erros de medicação, fazer orientação e acompanhamento farmacoterapêutico, entre outras atribuições. O salário médio no ramo é de R$ 4.710,63*.

Farmácia nuclear
Para quem procura uma carreira desafiadora e com muitas ofertas dentro da área de saúde, a Farmácia nuclear é uma ótima opção. O farmacêutico é especializado em radiofármacos e tem grande valorização no mercado. Atua em centros de Medicina Nuclear de hospitais e nas empresas privadas que demandam esse serviço.

O farmacêutico da área fica responsável por:

acompanhar pacientes que fazem uso de radiofármacos;
elaborar protocolos clínicos de radiofármacos com outros profissionais da sua equipe;
garantir o descarte adequado de resíduos e rejeitos radioativos;
desenvolver novos radiofármacos, entre outras atribuições.
Por conta do grau de especialidade exigido pela carreira, há uma carência de farmacêuticos especialistas em Radiofarmácia no país. O salário médio na área é R$ 3.682,49*.

Como é o mercado de trabalho para Farmácia?
Profissionais graduados em Farmácia entram em um mercado de trabalho com boa empregabilidade. A área de saúde, de modo geral, é uma das que mais cresce em relação à oferta de novas vagas de trabalho. Em março de 2020, houve um aumento de 281% no número de anúncios com novas vagas nesse segmento.

O dado é de um levantamento feito pelo site de empregos Catho, a pedido do portal BBC News Brasil. Aliado a isso, a indústria farmacêutica cresceu bastante na última década, tornando-se um dos setores com as melhores perspectivas em termos de mercado. Tudo isso mostra que um farmacêutico com boa formação dificilmente fica sem emprego no país.

De toda forma, quem deseja seguir no ramo farmacêutico precisa prestar atenção em vários fatores que garantem a diferenciação profissional. Assim como acontece em outras profissões, o mercado é competitivo e disputado, sendo importante se esforçar para se destacar e conquistar bons cargos.

Para você ter uma ideia, são mais de 221 mil profissionais em atividade no mercado, espalhados por um número superior a 160 mil empresas no país.

Como se destacar na carreira?
Algumas dicas para ter um diferencial na carreira incluem:

invista em capacitação;
especialize-se em uma área;
faça um bom networking;
atente às novidades do mercado;
domine outras línguas.
Aqui na Unopar, você encontra uma faculdade que o prepara para ser um profissional de excelência. Com um sistema de ensino diferenciado e de qualidade, é possível aprender na prática com casos reais da profissão.

Outro diferencial é o Canal Conecta, um portal gratuito e exclusivo de vagas de emprego e estágio, que faz a ligação entre você e várias empresas em todo o país. Além disso, encontra formas de ingresso facilitadas, que incluem vestibular online, nota do Enem, transferência e assim por diante.

Quais são as tendências para o futuro de Farmácia?
A área de saúde é bastante dinâmica, com novas ferramentas e técnicas sendo produzidas a todo instante. Os farmacêuticos podem acompanhar as tendências do mercado para saber, por exemplo, áreas proveitosas para investir em uma pós-graduação, ingressar no mercado de trabalho ou mudar de área.

Para ajudar você a ficar por dentro do futuro de Farmácia, vamos explicar algumas tendências da formação. Confira!

Atuação na saúde estética
A indústria de cosméticos vem crescendo cada vez mais com a venda de produtor para resolver rugas, acnes, estrias, celulites, linhas de expressão e mercas de envelhecimento. É um mercado que movimentou R$ 4,6 bilhões no início de 2019, só para você ter uma noção. Dentre os profissionais que atuam nele, precisa dos conhecimentos técnicos dos farmacêuticos.

Além de atuar na execução de procedimentos estéticos para melhorar a saúde estética de pacientes, o farmacêutico da área pode atuar em estabelecimentos para fins estéticos com procedimentos não cirúrgicos. Isso sem falar da assistência farmacêutica de dermocosméticos e de nutricosméticos em drogarias.

Para ingressar na área, o farmacêutico precisa, além da graduação em Farmácia, de um curso de pós-graduação em saúde estética.

Farmácia clínica
Desde 2014, após a aprovação da Lei nº 13.021, os farmacêuticos passaram a ser responsáveis por exercer funções clínicas. A Farmácia deixou de ser apenas um estabelecimento comercial e passou a atuar como prestadoras de serviços de saúde. Em um contexto de envelhecimento da população, essa é uma tendência cada vez mais presente.

A Farmácia clínica, como vimos, torna o farmacêutico um profissional ainda mais relevante para a saúde das pessoas. E a tendência para o futuro é que as atividades da área fiquem ainda mais em evidência, na medida em que a população cuida mais da própria saúde, realizando exames e fazendo tratamentos com medicamentos.

Fonte; unopar 

Tudo que você precisa saber sobre Sinusite

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É a inflamação dos seios paranasais decorrente de infecções virais, bacterianas ou fúngicas ou reações alérgicas. Os sintomas incluem obstrução e congestão nasal, rinorreia purulenta, dor ou pressão facial; às vezes, há mal-estar, cefaleia e/ou febre. O tratamento empírico da rinite aguda viral é feito por inalação e vasoconstritores tópicos ou sistêmicos. O tratamento da infecção bacteriana suspeita é com antibióticos, como amoxicilina/clavulanato ou doxiciclina, administrados por 5 a 7 dias para sinusites agudas e por até 6 semanas para sinusites crônicas. O uso de descongestionantes, sprays nasais de corticoides e a aplicação local de calor e umidade podem ajudar a aliviar os sintomas e melhorar a drenagem dos seios. A sinusite recorrente pode requerer cirurgia para melhorar a drenagem dos seios.

 

A sinusite pode ser classificada como aguda (com resolução completa em < 30 dias); subaguda (resolução completa em 30 a 90 dias); recorrente (≥ 4 episódios discretos agudos por ano, cada um desaparecendo completamente em < 30 dias, mas recorrendo em ciclos, com, no mínimo, 10 dias entre a resolução completa dos sintomas e o início de um novo episódio); e crônica (com duração > 90 dias).

A sinusite aguda em pacientes imunocompetentes na comunidade é quase sempre viral (p. ex., rinovírus, influenza, parainfluenza). Uma pequena porcentagem desenvolve infecção bacteriana secundária por estreptococos, pneumococos, Haemophilus influenzaeMoraxella catarrhalis, ou estafilococos. Ocasionalmente, um abcesso dentário periapical de um dente maxilar se espalha para os seios sobrepostos. Infecções agudas adquiridas em hospital são mais frequentemente bacterianas, geralmente por Staphylococcus aureusKlebsiella pneumoniaePseudomonas aeruginosaProteus mirabilis e Enterobacter. Pacientes imunocomprometidos podem ter sinusite fúngica invasiva aguda ( Sinusite invasiva em pacientes imunocomprometidos).

 

Sinusite crônica envolve muitos fatores que se combinam para produzir uma inflamação crônica. Alergias crônicas, anomalias estruturais (p. ex., pólipos nasais), irritantes ambientais (p. ex., poluição do ar, fumaça de tabaco), disfunção mucociliar e outros fatores interagem com organismos infecciosos para causar sinusite crônica. Os organismos costuma ser bacterianos (possivelmente como parte de um biofilme na superfície da mucosa), mas podem ser fúngicos. Muitas bactérias foram envolvidas, incluindo bacilos gram-negativos e microrganismos anaeróbios orofaríngeos; infecção polimicrobiana é comum. Em alguns casos, sinusite maxilar crônica é secundária à infecção dentária. Infeções fúngicas (AspergillusSporothrixPseudallescheria) podem ser crônicas e tendem a atacar pacientes idosos e imunocomprometidos.

 

Sinusite fúngica alérgica é uma forma de sinusite crônica caracterizada por congestão nasal difusa, secreção nasal caracteristicamente viscosa e, quase sempre, pólipos nasais. É reação alérgica à presença de fungos na mucosa, frequentemente Aspergillus, e não é causada por infecção invasiva.

 

Sinusite fúngica invasiva é uma infecção agressiva, às vezes fatal, em pacientes imunocomprometidos, geralmente causada por espécimes Aspergillus ou Mucor.

Fatores de risco

Fatores de risco comuns para sinusite incluem aqueles que obstruem a drenagem sinusal normal (p. ex., rinite alérgica, pólipos nasais, tubos nasogástricos nasotraqueais) e estados imunocomprometidos (p. ex., diabetes, infecção por HIV). Outros fatores incluem estadias prolongadas em unidade de terapia intensiva, queimaduras graves, fibrose cística e discinesia ciliar.

Fisiopatologia

Em infecções do trato respiratório superior (ITRS), a membrana da mucosa nasal inchada obstrui o óstio de um dos seios paranasais, e o oxigênio no seio é absorvida pelos vasos sanguíneos da mucosa. A pressão negativa relativa resultante no seio (sinusite por vácuo) é dolorosa. Ocasionalmente, um abcesso dentário periapical de um dente maxilar se espalha para o seio sobrejacente. Infecções hospitalares agudas são mais frequentemente bacterianas, geralmente envolvendo Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa, Proteus mirabilis e Enterobacter. Pacientes imunocomprometidos podem ter sinusite fúngica invasiva aguda.

Complicações

A principal complicação da sinusite é a disseminação local de infecção bacteriana, causando celulite periorbital ou orbital, trombose do seio cavernoso ou abscesso epidural ou cerebral.

Sinais e sintomas

Sinusites agudas e crônicas ocasionam sinais e sintomas similares, incluindo rinorreia purulenta, dor e pressão facial, congestão e obstrução nasal, hiposmia, halitose e tosse produtiva (especialmente noturna). Com frequência, a dor é mais intensa na sinusite aguda. A área sobre o seio acometido pode ficar sensível, inchada e eritematosa.

 

  • Sinusites maxilares causam dor na região maxilar, dor dentária e cefaleia frontal.

  • A sinusite frontal provoca dor na região frontal e cefaleia frontal.

  • A sinusite etmoidal causa dor atrás e entre os olhos, cefaleia frontal geralmente descrita como lancinante, celulite periorbitária e lacrimejamento.

  • Sinusite esfenoidal causa dor referida menos bem localizada na região frontal ou occipital.

Sinusite

Pode haver mal-estar. Febre e calafrios sugerem extensão da infecção além dos seios paranasais.

 

A mucosa nasal é avermelhada e túrgida; pode haver rinorreia purulenta amarelada ou esverdeada. Exsudato sero ou mucopurulento pode ser identificado no meato médio quando há sinusite maxilar, etmoidal anterior, ou frontal e na área medial à concha média na sinusite etmoidal posterior ou esfenoidal.

 

As manifestações das complicações são rubor e edema periorbitais, proptose, oftalmoplegia, confusão ou diminuição do nível de consciência e forte cefaleia.

Diagnóstico

  • Avaliação clínica

  • Às vezes, TC

As infecções sinusais são quase sempre diagnosticadas clinicamente. Exames com imagem não são indicados na sinusite aguda a menos que haja resultados que sugerem complicações, caso em que TC é feita. Na sinusite crônica, realiza-se TC com mais frequência, e radiografias dos ápices dentais podem ser necessárias na sinusite maxilar crônica para excluir abscesso periapical.

 

Culturas microbianas são raramente feitas porque uma cultura válida requer uma amostra obtida por endoscopia sinusal ou punção do seio; coletar cultura das secreções nasais com um cotonete é inadequado. As culturas são tipicamente só são obtidas quando o tratamento empírico falha e em pacientes imunocomprometidos e algumas causas de sinusite adquirida em hospitais.

Pediatria

Inicialmente pode ser difícil distinguir a sinusite em crianças causada por uma ITRS. Suspeita-se de sinusite bacteriana quando a rinorreia purulenta persiste por mais de 10 dias juntamente com fadiga e tosse. Febre é incomum. Dor facial local ou desconforto pode estar presente. O exame nasal revela drenagem purulenta e deve descartar corpo estranho.

 

O diagnóstico da sinusite aguda em crianças é clínico. Evita-se a TC por causa de questões sobre a exposição à radiação, a menos que haja sinais de complicações orbitais ou intracranianas (p. ex., edema periorbital, perda da visão, diplopia ou oftalmoplegia), sinusite crônica sem resposta ao tratamento ou possibilidade de câncer nasofaríngeo raro (p. ex., na obstrução nasal unilateral, dor, epistaxe, edema de face ou, particularmente preocupante, diminuição da visão). Edema periorbital em uma criança exige uma avaliação rápida para celulite orbital e uma possível intervenção cirúrgica para prevenir deficiência visual e infecção intracraniana.

Tratamento

 

  • Medidas locais para melhorar a drenagem sinusal (p. ex., nebulização, vasoconstritores tópicos)

  • Às vezes, antibióticos (p. ex., amoxicilina/clavulanato, doxiciclina)

Na sinusite aguda, a melhora da drenagem sinusal e o controle da infecção são os alvos da terapia. Nebulização, compressas mornas e úmidas sobre os seios afetados e bebidas quentes ajudam a aliviar a vasoconstrição e favorecem a drenagem.

 

Vasoconstritores tópicos, como fenilefrina spray 0,25% a cada 3 horas ou oximetazolina a cada 8 a 12 h, são eficazes, mas devem ser usados no máximo por 5 dias e, posteriormente, alternados em ciclos de 3 dias sim, 3 dias não, até a resolução do quadro. Vasoconstritores sistêmicos, como pseudoefedrina, 30 mg, VO, (para adultos) a cada 4 a 6 horas, são menos eficazes.

 

Irrigação salina nasal pode ajudar um pouco os sintomas, mas é incômoda e desconfortável, e é necessário ensinar os pacientes como executá-la adequadamente; assim, ela pode ser melhor para pacientes com sinusite recorrente que são mais propensos a dominar (e tolerar) a técnica.

 

Sprays nasais de corticoides podem ajudar a aliviar os sintomas, mas geralmente demoram pelo menos 10 dias para serem eficazes.

Tratamento com antibióticos

Embora a maioria dos casos de sinusite aguda adquirida na comunidade seja viral e desapareça de forma espontânea, anteriormente muitos pacientes recebiam antibióticos por causa da dificuldade de distinguir clinicamente infecção viral de bacteriana. Mas preocupações atuais sobre a criação de organismos resistentes a antibióticos levaram a uma utilização mais seletiva dos antibióticos. A Infectious Diseases Society of America sugere que as seguintes características ajudam a identificar pacientes que devem receber antibióticos:

 

  • Sintomas de sinusite leves a moderados persistindo por ≥ 10 dias

  • Sintomas graves (p. ex., febre ≥ 39 °, dor severa) por ≥ 3 a 4 dias

  • Agravamento dos sintomas de sinusite depois de melhora inicial de uma típica ITRS viral (doença reincidente ou bifásica)

 

Como muitos organismos causadores são resistentes aos fármacos anteriormente utilizados, amoxicilina/clavulanato, 875 mg VO a cada 12 horas (25 mg/kg VO a cada 12 horas em crianças) é atualmente o fármaco de primeira linha. Pacientes com risco de resistência a antibióticos recebem uma dose mais elevada de 2 g VO a cada 12 horas (45 mg/kg VO a cada 12 horas em crianças). Pacientes com risco de resistência incluem aqueles com menos de 2 anos de idade ou acima de 65 anos que receberam antibióticos no mês anterior, que foram hospitalizados nos últimos 5 dias e aqueles imunocomprometidos.

 

Adultos com alergia à penicilina podem receber doxiciclina ou uma fluoroquinolona respiratória (p. ex., levofloxacina, moxifloxacina). Crianças com alergia à penicilina podem receber levofloxacina ou clindamicina mais uma cefalosporina oral de 3ª geração (cefixima ou cefpodoxime).

 

Se houver melhora em 3 a 5 dias, o fármaco é continuado. Adultos sem fatores de risco da resistência são tratados durante 5 a 7 dias no total; outros adultos são tratados por 7 a 10 dias. Crianças são tratadas durante 10 a 14 dias. Se não houver melhora em 3 a 5 dias, um fármaco diferente é usado. Macrolídios, sulfametoxazol/trimetoprima e monoterapia com uma cefalosporina não mais são recomendados devido à resistência bacteriana. Cirurgia de emergência é necessária se houver perda de visão ou uma possibilidade iminente de perda de visão.

 

Algoritmo para uso de antibióticos na sinusite aguda

Adaptado de Chow AW, Benninger MS, Brook I, et al: IDSA clinical practice guideline for acute bacterial rhinosinusitis in children and adults. Clinical Infectious Diseases 54 (8):1041–5 (2012).

 

Nas exacerbações da sinusite crônica em crianças ou adultos, os mesmos antibióticos são usados, mas o tratamento é dado por 4 a 6 semanas. A sensibilidade dos patógenos isolados das secreções sinusais e a resposta do paciente ao tratamento orientam as terapias subsequentes.

 

Sinusite não responsiva à terapia antibiótica pode requerer cirurgia (sinusotomia maxilar, etmoidectomia ou esfenotomia) para melhorar a ventilação e a drenagem sinusal e remover material mucopurulento espessado, debris epiteliais e mucosa hipertrofiada. Esses procedimentos são feitos via transnasal, com o auxílio de endoscópio. A sinusite frontal crônica pode ser conduzida com obliteração osteoplástica dos seios frontais ou via endoscópica, em pacientes selecionados. O uso de navegador computadorizado intraoperatório, para melhor localização da doença e prevenção de lesão às estruturas contíguas (como a órbita e o crânio) vem sendo cada vez mais comum. Obstrução nasal que contribui para má drenagem também pode exigir cirurgia.

Pontos-chave

  • A maioria das sinusites agudas em pacientes imunocompetentes é viral.

  • Pacientes imunocomprometidos têm risco maior de infecção fúngica ou bacteriana agressiva.

  • O diagnóstico é clínico; TC e culturas (obtidas por via endoscópica ou por meio de punção do seio) são feitas principalmente para casos crônicos, refratários ou atípicos.

  • Antibióticos podem ser interrompidos até uma avaliação do tratamento sintomático, cuja duração depende da gravidade e momento dos sintomas.

  • O antibiótico de primeira linha é amoxicilina/clavulanato, com doxiciclina ou fluoroquinolonas respiratórias como alternativas.

     

Informações adicionais

  • Orlandi RR, Kingdom TT, Hwang PH, et al: International consensus statement on allergy and rhinology: Rhinosinusitis. Int Forum Allergy Rhinol 6(Supl 1): S22–209, 2016. doi: 10.1002/alr.21695.

Sinusite invasiva em pacientes imunocomprometidos

Sinusites fúngicas ou bacterianas agressivas fatais podem ocorrer em pacientes imunocomprometidos por causa de diabetes não controlado adequadamente, neutropenia ou infecção por HIV.

 

Mucormicose

Mucormicose (zigomicose, às vezes também chamada ficomicose) é uma micose devido a fungos do tipo Mucorales, incluindo espécies de MucorAbsidia e Rhizopus. Esse tipo de micose pode se desenvolver em pacientes com diabetes mal controlada. É caracterizada por tecido enegrecido e desvitalizado na cavidade nasal, e sinais neurológicos secundários à tromboarterite retrógrada no sistema carotídeo.

 

O diagnóstico baseia-se no achado histopatológico de hifas no tecido desvascularizado. Biópsia imediata de mucosa nasal para estudo histológico e cultura é preconizada.

 

O tratamento requer controle da condição subjacente (como a reversão da cetoacidose diabética), desbridamento cirúrgico do tecido necrótico e terapia intravenosa com anfotericina B.

Aspergilose e candidíase

 

Aspergillus e Candida spp podem infectar as cavidades paranasais de pacientes imunocomprometidos secundariamente à terapia com fármacos citotóxicos ou doenças imunosupressoras, como leucemialinfomamieloma múltiplo e aids. Essas infecções podem se manifestar como tecido polipoide na cavidade nasal, bem como mucosa espessada; a análise histológica é necessária para o diagnóstico.

 

Cirurgia sinusal agressiva e terapia intravenosa com anfotericina B são requeridas para o controle dessas infecções frequentemente fatais. Se mucormicose for excluída, voriconazol, com ou sem equinocandina (p. ex., caspofungina, micafungina, anidulafungina), pode ser usada em vez de anfotericina.

Fonte: https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/dist%C3%BArbios-de-nariz-e-seios-paranasais/sinusite

Consultório e Serviços Farmacêuticos

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A partir das Resoluções 585 e 586 de 2013, do Conselho Federal de Farmácia (CFF), e da Lei nº 13.021/14, começou a surgiu um movimento para consolidação de espaço destinado ao atendimento personalizado do paciente. No Consultório Farmacêutico, o profissional pode avaliar o conjunto de medicamentos que o paciente está tomando e suas possíveis interações, orientar sobre a melhor forma de tomar a medicação, ouvir o paciente sobre sua evolução clínica, fazer contato com o médico ou outros profissionais da saúde que acompanham o paciente para discutir o tratamento e indicar medicamentos isentos de prescrição.

Quatro anos após sua definição, segundo dados do é Censo Demográfico Farmacêutico do ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para Farmacêuticos, já são mais de 1.500 Consultórios Farmacêuticos em funcionamento no Brasil, sendo que 135 estão sediados no estado do Paraná. Apesar de ser uma área de atuação farmacêutica que ainda está buscando seu espaço no mercado, já são nítidos os resultados que a orientação de um profissional qualificado pode contribuir para a saúde da população.

O conceito de consultório farmacêutico foi definido em duas portarias do Conselho Federal de Farmácia (CFF) publicadas em 2013 (resoluções abaixo) e a existência desse espaço é também apoiada pela Lei 13.021, de agosto de 2014, que dispõe sobre o exercício das atividades farmacêuticas.

Com a Lei 13.021/14, a farmácia é classificada como um espaço prestador de serviços, destinado a promover assistência farmacêutica e orientação em saúde. O Consultório Farmacêutico passa a fazer parte desse novo layout como estabelecimento de saúde, funcionando como um espaço para atendimento individualizado.

 

Que atendimentos podem ser feitos nos consultórios farmacêuticos?

  • Orientação do paciente sobre como usar medicamentos prescritos
  • Avaliação do conjunto de medicamentos usados pelo paciente quanto à dosagem, horário de consumo e possíveis interações
  • Comunicação com outros profissionais da saúde que atendam o paciente para emitir parecer farmacêutico e discutir tratamentos de forma integrada
  • Encaminhamento de paciente a profissionais de saúde
  • Conversa com paciente sobre sintomas e evolução da doença
  • Caso necessário, pedido de exames laboratoriais e realização de medidas como as de pressão e temperatura
  • Registro de ações em prontuário do paciente
  • Prescrição de medicamentos que sejam isentos de prescrição médica

Que atendimentos NÃO podem ser feitos nos consultórios farmacêuticos?

  • Receita de medicamentos que exigem prescrição médica
  • Mudança de medicamentos indicados por médico
  • Procedimentos de execução exclusiva por médicos

Fonte: CRF

HIPOLABOR EXPLICA: DIFERENÇAS ENTRE DIPIRONA E PARACETAMOL

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Você provavelmente já ouviu falar sobre dipirona e paracetamol, não é mesmo? Esses dois fármacos são medicamentos bastante conhecidos e muitas vezes usados da maneira errada. Isso geralmente acontece porque nós ainda temos o mau hábito da automedicação, por mais que saibamos o quanto pode ser prejudicial para a saúde.

Mesmo que o medicamento seja prescrito por um médico (a forma correta de usar qualquer medicamento), é sempre bom sabermos um pouco mais sobre determinadas substâncias. Dessa maneira, ficamos mais bem informados sobre aquilo que colocamos para dentro do nosso organismo, bem como a ação de tais substâncias.

Criamos este post para ajudar você a saber mais sobre esses dois remédios tão comuns e parar tirar as principais dúvidas sobre as medicações que, quando bem utilizadas, podem fazer maravilhas para reduzir sintomas desagradáveis e melhorar a nossa qualidade de vida. Acompanhe!

O que são a dipirona e o paracetamol?

A dipirona é um fármaco de fórmula um tanto quanto complexa: 2,3-diidro-1,5-dimetil-3-oxo-2-fenil-1H-pirazol-4-ilmetilamino. Ela foi sintetizada pela primeira vez na Alemanha, por volta dos anos 20. Essa substância, também conhecida como metamizol, hoje é uma das mais populares de todo o planeta.

De modo geral, ela pode ser ministrada tanto de forma oral (como estamos habituados) quanto por via intravenosa. A excreção do remédio ocorre pelos rins e a sua ação está diretamente relacionada à inibição de certas enzimas que, quando ativadas, causam a reação de dor.

Já o paracetamol, chamado de acetaminofeno, tem uma fórmula um tanto quanto mais simples (N-(4-hidroxifenil)etanamida). O fármaco começou a ser comercializado na década de 50.

Na maioria das vezes ele é vendido juntamente a outros compostos, que ajudam a potencializar os seus efeitos ou servem para tratar vários sintomas de maneira simultânea.

Ao contrário da dipirona, o paracetamol não atua como anti-inflamatório, sendo utilizado exclusivamente para o controle da dor e para a redução da febre. A metabolização dessa substância é feita pelo fígado e a excreção do fármaco também ocorre por via renal.

Quais são as indicações desses dois medicamentos?

Tanto o paracetamol quanto a dipirona são prescritos pelos médicos em casos de dor. Os dois fármacos são, portanto, analgésicos que atuam diretamente nessa sensação, reduzindo o desconforto de problemas bastante comuns como:

  • dores de cabeça;
  • dores de dente;
  • dores nas articulações;
  • dores musculares;
  • dores causadas por resfriados ou gripes;
  • cólicas menstruais;
  • febre.

Além de diminuir a dor, a dipirona e o paracetamol têm um efeito antipirético, ou seja, ajudam na redução da febre e do mal-estar decorrente desse problema. Esse é um efeito muito importante, já que febres altas (e o aumento da temperatura decorrente dessa resposta imunológica) podem contribuir para a desnaturação de proteínas do nosso organismo e causar danos algumas vezes irreparáveis.

Como agente anti-inflamatório, por sua vez, a dipirona não costuma ser indicada porque tem um efeito muito reduzido — existem melhores opções no mercado. O paracetamol não apresenta essa redução de efeito, sendo normalmente mais utilizado para a diminuição do processo inflamatório no organismo.

Quais são os riscos do consumo do paracetamol?

O paracetamol é bastante usado quando o paciente apresenta dor ou febre. Como há uma grande quantidade de médicos que prescrevem esse medicamento para diversas patologias, o uso se tornou mais popular e as pessoas passaram a associar o remédio a determinados sinais e sintomas, administrando-os por conta própria.

O grande problema é o fato do paracetamol ter um efeito analgésico não muito eficiente, e como consequência, as pessoas acabam ingerindo mais do que o permitido, chegando a uma superdosagem (4.000 mg ao dia, ou seja, cerca de 5 ou 6 comprimidos de 750 mg cada). Essa superdosagem pode levar a uma lesão hepática que, dependendo da gravidade, só se resolve com um transplante do fígado.

Quando utilizado em doses altas, o paracetamol pode levar um paciente a óbito. Isso, é claro, depende de uma série de fatores ambientais e fisiológicos, e não é algo que ocorre com muita frequência. No entanto, o risco existe, então todo cuidado é pouco.

A seguir, listamos as principais contraindicações dessa medicação. Se você faz parte de algum dos grupos a seguir, sempre consulte o seu médico para que ele libere ou não a ingestão desse fármaco. Observe:

  • hipersensibilidade ao paracetamol ou a outros componentes da fórmula;
  • crianças menores de 12 anos.

Como podemos observar, esse é um medicamento relativamente seguro e que não costuma causar danos à saúde — desde que utilizado adequadamente. Por isso, não deixe de perguntar ao seu médico de confiança se você pode tomar o paracetamol.

Quais são os riscos do consumo da dipirona?

Ela tem ficado em segundo lugar na escolha dos profissionais quando se trata febre e dores. Isso acontece porque a dipirona apresenta mais efeitos colaterais, como a sensação de fraqueza e a redução rápida da temperatura corporal.

Com isso, ao ser utilizada de maneira inadequada, ela pode até mesmo prejudicar o processo de cicatrização, não sendo indicada para pessoas diabéticas. Outro fator que faz a dipirona ser prejudicial aos diabéticos é o fato de conter açúcar.

A dipirona tem reações adversas do tipo B, ou seja, reações graves, muitas vezes irreversíveis, que apresentam alto índice de mortalidade. Além disso, enquanto grande parte das reações adversas do paracetamol ocorrem em superdosagens, na dipirona podem ocorrer na dosagem terapêutica — aquela que é indicada como a normal e ideal para cada caso.

Por isso, é sempre necessário tomar muito cuidado na hora de ingerir esse medicamento. As principais contraindicações para o seu uso incluem os seguintes grupos:

  • pessoas com alergia à dipirona;
  • mulheres grávidas e lactantes;
  • pessoas com problemas renais e hepáticos;
  • pessoas com problemas na medula óssea;
  • existência de espasmos nos brônquios.

Além disso, a dipirona é contraindicada para crianças muito pequenas (que tenham menos de 3 meses ou pesem menos de 5 quilos). Por isso, sempre consulte um médico antes de se medicar ou oferecer medicações ao seu bebê.

Há efeitos colaterais na ingestão desses fármacos?

A dipirona e o paracetamol são fármacos considerados bastante seguros e com poucos efeitos colaterais. De modo geral, eles não geram reações adversas graves, mas há, na literatura, evidências de que alguns sinais possam ser emitidos por pessoas mais sensíveis às substâncias. Eles incluem:

  • dores de barriga;
  • enjoos e náuseas;
  • vômitos;
  • coceiras pelo corpo;
  • queda na pressão arterial;
  • diarreia ou alterações variadas no trânsito intestinal.

Crianças, idosos e gestantes podem utilizar esses medicamentos, desde que respeitem a prescrição médica para tal. Grávidas no início e no final da gestação, por exemplo, precisam utilizar doses reduzidas da dipirona. Pessoas com insuficiência renal, hepática e outros tipos de problemas crônicos também necessitam de doses ajustadas para evitar consequências e efeitos adversos.

Por fim, para os tutores de animais de estimação, vale a pena ressaltar que nem sempre os medicamentos são seguros para os pets. Portanto, nada de medicar os bichinhos sem antes consultar um médico veterinário. Algumas substâncias seguras para os humanos podem ser completamente letais para cães, gatos e outros animais.

Como é feita a administração dessas substâncias?

Há várias maneiras diferentes de se administrar a dipirona. A principal e mais comum de todas elas é a via oral, por meio da ingestão do composto em gotas ou em comprimidos (simples ou efervescente). Há, além disso, a possibilidade de administrar a substância por via retal, com o uso de supositórios.

Outra forma de administrar essas substâncias é por meio de soluções injetáveis, que devem ser aplicadas por um profissional da área da saúde devidamente capacitado. A razão para isso é a velocidade da administração, com o objetivo de evitar reações indesejáveis ou problemas de saúde para o paciente.

O paracetamol, assim como a dipirona, é apresentado tanto em solução (ou seja, da forma líquida) quanto em comprimidos de dosagens variadas. Além disso, os supositórios também existem para esses casos, sendo mais indicados para crianças pequenas.

Em caso de dengue, qual dos dois medicamentos usar?

Há controvérsias sobre o assunto. De acordo com o Ministério da Saúde, os dois medicamentos podem ser prescritos quando o paciente apresenta a dengue clássica, excluindo, nesse caso, o tipo hemorrágico.

No entanto, alguns médicos não concordam com o uso do paracetamol. Segundo eles, esse medicamento aumenta as chances de uma insuficiência hepática, podendo levar o paciente a óbito. Também há controvérsias sobre o paracetamol desenvolver ou não problemas no fígado.

Em casos de dengue, dipirona e paracetamol podem ser prescritos pelo profissional e você deve seguir as dosagens indicadas por ele. Caso os sintomas persistam, não é recomendado aumentar a dosagem por conta própria — a melhor opção é voltar ao consultório médico.

Como podemos observar, tanto a dipirona quanto o paracetamol são fármacos seguros, desde que usados com a devida precaução e sempre com a indicação médica. Apesar de simples, os dois podem gerar efeitos indesejados quando utilizados de maneira inadequada. Por isso, sempre consulte um médico de confiança e evite ao máximo a automedicação!

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Fonte: Hipolabor

Havia pessoas fardadas na reunião da bula da cloroquina, diz Mandetta

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O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta deu mais detalhes em entrevista ao Poder360 sobre o “aconselhamento paralelo” do Palácio do Planalto para que mudasse a bula da cloroquina, indicando o medicamento como tratamento para covid-19.

“Eu estava em uma reunião, me lembro bem até a data, dia 6 de abril, porque era o dia que eu seria exonerado, mas resolveram não me exonerar. Quando terminei, me pediram para subir no quarto andar. Eles já estavam lá e trabalhando nisso. Que médico chega com um decreto presidencial? Médico não tem formação para escrever minuta de decreto presidencial. E nesse papel que estava lá, entre outras coisas, estava que a Anvisa deveria concordar de colocar na bula porque não tem prescrição. Eu perguntei ao senhor Barra Torres  [presidente da Anvisa] se ele estava de acordo e ele foi veementemente contra. O ministro Jorge Oliveira estava ao meu lado, recolheu todos os papéis e disse que estava fora de contexto”, disse.

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Mandetta disse que essa foi a primeira vez em que viu o presidente da Anvisa tomando uma posição firme em relação às decisões do governo federal. O médico disse também que não conhecia a médica oncologista Nise Yamaguchi, e que pessoas fardadas compareceram àquela reunião.

“Não conhecia essa médica… talvez se ela tivesse ido ao meu gabinete para se apresentar. Perguntei o nome dela e qual a formação. Tinha um outro médico do lado que eu nunca o vi antes e nem depois, esse aí nem guardei o nome […] E tinham mais pessoas lá [na reunião]… tinha o ministro Braga Netto, pessoas fardadas também”, afirmou.

DEM

O ex-ministro falou também sobre a saída de nomes do DEM, seu atual partido. De acordo com Mandetta, apesar das fugas da sigla, “está muito satisfeito” com o partido.

“Eu lamento muito a saída tanto do Rodrigo Maia [que pediu desfiliação do partido na Justiça Eleitoral]  quanto do Eduardo Paes [que foi para o PSD], mas respeito. Acho que eles devem ter tido os motivos pessoais deles. Muito mais ligados às suas lógicas estaduais, principalmente o Rodrigo, que teve que sair a reboque do Eduardo Paes que hoje é o seu padrinho político. E o Eduardo porque está vendo dentro da eleição estadual o caminho mais ligado a outras candidaturas que não sejam aquelas [da polarização]”

Disse, portanto, que não há uma debandada no partido e que as saídas não abalam a identidade da sigla “O DEM já ultrapassou essa questão de ter identidade em função de nomes”.

Mandetta falou ao Poder360 que um dos principais nomes da sigla, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), não pensa em sair do partido.

 

 

“Ele sabe muito bem o trabalho que foi feito por todos os partidos para que ele pudesse presidir uma Casa tão importante como o Senado da República. Isso tem um equilíbrio lá dentro, esse equilíbrio demanda muita responsabilidade e gestão para que ele não se coloque numa posição de desequilibrar as estruturas. Não vejo ele desconfortável dentro do partido, pelo contrário, vejo sempre participando de todas as discussões internas com uma voz ponderada e olhar muito sereno. Mas é uma leitura que às vezes pode acontecer em decorrência de uma possível pré-candidatura a presidente ou ao governo de Minas Gerais, que é de foro íntimo dele”, disse.

ELEIÇÕES 2022
Sobre ser pré-candidato à Presidência da República, Mandetta disse que é contrário à definição e que no momento costura pré-alianças. Disse que conversou com o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), o presidente do PSD, Gilberto Kassab e com os ex-presidentes da República Michel Temer (MDB), José Sarney (MDB) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), além de outros nomes.

“A candidatura só é real quando você passa na convenção partidária, que acontece no final do primeiro semestre do ano que vem. A gente está agora iniciando antecipadamente processos de pré candidatura por conta da polarização que alimenta dois pólos que se nutre dela […] Como existe esse parasitismo, em que um se nutre do outro, acaba fazendo com que a gente tenha que antecipar essa questão de pré candidaturas para poder existir. Eu sou contrário a pré candidatura, já que vamos ter que existir, eu sou favorável a pré alianças para que os partidos façam essa discussão interna, e os nomes que a gente vê no decorrer do tempo”, falou.

O ex-ministro disse que somente os nomes da terceira via serão capazes de apontar futuro, mas pondera a importância da não fragmentação. “Um é jogar para o passado [Lula] e o outro é esse presente amargo que a gente está [Bolsonaro]”.

Perguntado sobre um posicionamento em relação a um possível segundo turno entre Lula e Jair Bolsonaro, disse “vou lutar muito para que esse pesadelo não se torne realidade. Muito. E eu vou lutar muito para que o sonho de um país novo, sem esses dois monstros do pesadelo, estejam presentes”.

VOTO IMPRESSO
Mandetta disse que considera a proposta sobre a implementação do voto impresso auditável para as eleições de 2022 “dúbia”:

“Ela começa de gente que quer botar em dúvida a própria democracia, e eu tenho muito receio do que está por trás dessa proposta. Será que é uma proposta para colocar em dúvida a democracia e justificar e não respeitar o resultado eleitoral. Se essa for a motivação, eu a abomino. Depois tem pessoas que falam para manter a urna eletrônica e imprimir o papel [voto] que vai cair dentro da urna para saber se o resultado da urna eletrônica é igual ao resultado do papel para se fazer uma contagem de votos. Ou seja, a democracia vai ficar mais forte […] Se for conversa para dizer depois que a urna é causa de derrota, que vai ter e que está muito clara que vai existir, nós temos que condená-la desde já”, disse.

Fonte: Poder 360

Principais normas para consultório farmacêutico e sala de vacinação

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Alegislação brasileira que regula a farmácia e a profissão farmacêutica evoluiu bastante nos últimos anos, inclusive no que diz respeito ao consultório farmacêutico e à vacinação. Atualmente, desde que estruturadas para isso, a farmácia e a drogaria podem oferecer os serviços de vacinação.

No entanto, essa evolução sacramentou o vínculo entre farmácia e farmacêutico: um não existe sem o outro. O estabelecimento, que passou a ser considerado como de saúde a partir de Lei Federal 13.021, de 2014, somente tem autorização para montar um consultório farmacêutico se nele dispuser de farmacêutico para realização das atividades.

Claro que se trata de um investimento a mais, porém com retornos significativos, principalmente de imagem. Quem hoje em dia não gosta de ser bem atendido, de ter com quem conversar e ter confiança no profissional de saúde? Quase todo mundo. A população é órfã de um sistema público de saúde eficiente, e nisso tem-se uma grande oportunidade para a farmácia.

Por isso, no Dia Nacional do Farmacêutico, 20 de janeiro, é importante que cada farmácia repense seu papel. Dois renomados profissionais, Cassyano Correr e Betânia Alhan, especialistas em legislação sanitária para consultório farmacêutico e salas de vacinação, relacionaram as principais normas que regulamentam essas atividades. Quem sabe não é um novo começo para 2020?

Leia também: Prescrição digital é caminho sem volta

Farmacêutico da Drogaria Búzios em atendimento dentro do consultório | Foto: Ponto Care
Normas exigidas pelas órgãos reguladores
– Lei Federal 13.021/2014: Dispõe sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas. Vale destacar o artigo 7º, segundo o qual as farmácias de qualquer natureza podem dispor, para atendimento imediato à população, de medicamentos, vacinas e soros que atendam ao perfil epidemiológico de sua região demográfica.

– RDC 197/2017, da Anvisa: Dispõe sobre os requisitos mínimos para o funcionamento dos serviços de vacinação humana.

– Nota Técnica GRECS/GGTES 01/2018, da Anvisa: Perguntas e respostas sobre a RDC 197/2017, que trata dos serviços de vacinação.

– RDC 50/2002, da Anvisa: Dispõe sobre o regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.

– RDC 44/2009, da Anvisa: Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias.

Leia também: Conheça as normas sanitárias para a venda de produtos à base de Cannabis

– RDC 63/2011, da Anvisa: Dispõe sobre os Requisitos de Boas Práticas de Funcionamento para os Serviços de Saúde.

Resoluções do CFF sobre consultório farmacêutico e vacinação
– Resolução 585/2013, do Conselho Federal de Farmácia (CFF): Regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico.

– Resolução 586/2013, do CFF: Regula a prescrição farmacêutica.

– Resolução 654/2018, do CFF: Dispõe sobre os requisitos necessários à prestação do serviço de vacinação pelo farmacêutico.

– RDC 222/2018, da Anvisa: Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde. Vale destacar o artigo 5º, segundo o qual todo estabelecimento farmacêutico deve dispor de um Plano de Gerenciamento de RSS (PGRSS), observando as regulamentações federais, estaduais, municipais ou do Distrito Federal.

Fonte: Revista da Farmácia

INSTITUTO DA CICATRIZ – CUIDADOS COM A CICATRIZAÇÃO

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O Instituto André Venturelli tem protocolos especializados aos cuidados com a cicatrização, seja para previnir ou para o tratamento das principais alterações inestéticas das cicatrizes do rosto e do corpo, decorrentes de acidente, cirurgia geral ou cirurgia plástica.

A aparência final da cicatriz de cirurgia plástica depende basicamente de dois fatores: como seu corpo cicatriza e como a cicatriz foi tratata pelo profissional.

Cicatriz
Sempre que ocorre uma lesão da pele ou qualquer outro tecido do corpo, acidental ou cirúrgico, haverá uma cicatriz, devido aos mecanismos próprios da cicatrização. Por isso, uma cicatriz é uma marca definitiva. No entanto, o que pode variar é a qualidade da cicatriz. Uma cicatriz de boa qualidade deve ser fina, plana, com coloração semelhante ao local em que está e bem posicionada, ou seja, ficando “escondida” ou quase imperceptível no convívio social.

Além da preocupação com o resultado final de quem pretende fazer uma cirurgia plástica, a cicatrização da pele sempre é uma preocupação a mais. Afinal, a formação de uma cicatriz não agradável pode comprometer o resultado final da operação.

Existem basicamente dois tipos de cicatrizes patológicas (queloides e hipertróficas) e outras classificadas como cicatrizes inestéticas (alargadas, deprimidas, discrômicas, alçapão, mistas).

Os dois tipos de cicatrizes patológicas são com frequência confundidos pelos pacientes e também pelos médicos em geral, pois são muito parecidos na fase inicial.

As cicatrizes patológicas podem causar dor importante e/ou coceira tão intensa a ponto de interferir no convívio social da pessoa. Portanto, o tratamento desse tipo de cicatriz não é um procedimento apenas estético.

Os outros tipos de cicatrizes que não chegam a ser patológicas, mas sim inestéticas (não estéticas ou não agradáveis – alargadas, discrômicas, retraídas, mistas, em alçapão) quase não apresentam sintomas físicos, mas de certo modo interferem no convívio social da pessoa que de alguma forma apresenta algum preconceito em expor a aparência daquela cicatriz.

Cicatriz Normal
A cicatrização é um processo natural de cura de qualquer ferimento na pele decorrente de um acidente, cirurgia ou doença, que deixa no final um sinal físico chamado cicatriz.

Uma cicatriz aceita como agradável, estética ou normal, deve ser fina, sem relevo na pele, de coloração semelhante a da pele local e, às vezes, torna-se quase imperceptível. Mas existe um período de evolução onde a aparência da cicatriz sofre alterações físicas típicas de cada fase.

Assim existem aparências não agradáveis, mas consideradas normais para a fase de amadurecimento.

Ação do tempo (Amadurecimento da cicatriz)

Geralmente, a cicatriz torna-se menos notável com o passar do tempo. Muitas cicatrizes, inicialmente inestéticas, tornam-se aceitáveis após um período variável de três a 18 meses ou mais. Isso é um processo natural de evolução da cicatriz.

Cicatrizes Patológicas e Inestéticas
A pele jovem por comumente produzir colágeno de forma mais acelerada que sua degradação tende a determinar uma cicatriz evidente (queloide ou cicatriz hipertrófica) isto é, maiores, mais elevada e espessa do que aquela que ocorre na pele de pessoas idosas. Quando a quantidade de colágeno depositada na cicatriz é menor do que devia, a cicatriz final pode aparecer deprimida, ou atrófica, em relação à pele ao redor. Essas cicatrizes são em parte devido a fatores individuais da paciente como no quelóide, mas na maioria são decorrentes da técnica cirúrgica aplicada durante a cirurgia.

Quelóide
É uma cicatriz espessa e elevada. Essa cicatriz em alto-relevo, geralmente, é limitada à pele, embora se estenda para os lados em relação ao ponto, ferimento ou incisão cirúrgica de origem. Devido ao fato de crescer e invadir pele vizinha, o quelóide é considerado por pesquisadores como um tumor benigno cicatricial. O quelóide ocorre na pele, e é um distúrbio que somente existe em humano.

Algumas regiões são acometidas com mais freqüência como os lóbulos auriculares, ombros e região torácica anterior, mas pode aparecer em qualquer região da pele em quem tem propensão a desenvolver.

 

Cicatrizes Hipertróficas
É uma cicatriz elevada decorrente de uma resposta exagerada da pele a uma intervenção cirúrgica ou ferimento, cicatriz essa que não ultrapassa os limites ou a extensão da incisão ou ferimento inicial. Apresenta tendência à regressão; distingue-se, assim, do quelóide, que geralmente estende-se espacialmente em relação ao tamanho original da incisão cirúrgica ou ferimento. Entretanto, é usualmente confundida com o quelóide; por isso, a cicatriz hipertrófica é também conhecida como “pseudoquelóide” ou quelóide falso ou não verdadero. A frequência de cicatriz hipertrófica é maior que de quelóide.

 

Cicatriz nasal hipertrófica

Cicatrizes Retraidas
Cicatriz retrátil (ou cicatriz contrátil) é aquela que se apresenta tensa e repuxando, causando contratura entre os segmentos corporais envolvidos. Pode resultar de um ferimento que provoque a perda de uma área de pele, por intervenção cirúrgica, acidente ou queimadura, podendo assim formar uma cicatriz que traciona as margens da pele. Essa tração causa um processo chamado de contração. A retração resultante, além de causar dor, pode afetar um músculo e tendões vizinhos e restringir o movimento normal. Pode ainda ocasionar um transtorno maior do sistema esquelético, como um desvio do crescimento ósseo ou da coluna vertebral. Assim, a cicatriz retrátil não é somente inestética, podendo ser também, frequentemente, considerada uma cicatriz patológica.

Cicatriz retraída de abdómen

Cicatriz Alargada
Cicatriz Alargada apresenta-se mais rasa, frouxa e esparramada. Pode resultar de cicatrizes em pele mais fina que ficaram sujeitas a tensão nas margens, ou em casos onde houve ruptura de pontos de sutura internos ou externos, e houve, a seguir, cicatrização de uma ferida aberta (cicatriz por segunda intenção).

A Cicatriz Alargada pode acontecer normalmente, em áreas de articulação, onde a cicatriz, durante o processo de cicatrização, sofre forte tensão. É um tipo de cicatriz comum, pois em alguns casos cirúrgicos a pele é esticada ao máximo para a realização do procedimento.

Cicatriz alargada de abdómen

Cicatriz alargada de cirurgia cardíaca

Cicatriz Atrófica ou Afundada
Cicatriz mais profunda (afundada) que o relevo da pele ao redor. Pode ser causada por cicatrização em pele muito fina (como de pessoa idosa), em sutura ou ferimento que evoluiu com tração nas margens ou infecção; também pode decorrer em pessoas com distúrbios de cicatrização decorrente de diabete ou qualquer outra doença metabólica, pessoas com carências nutricionais ou em regiões corporais com alterações neurológicas sensitivas como, por exemplo, as decorrentes de paraplegia por lesão medular ou ainda decorrente de uso excessivo de infiltração de corticoide para tratamento de uma cicatriz hipertrofia.

Cicatriz atrófica de plástica no abdómen

Cicatriz Discrômica
Cicatriz mais escura ou clara que a pele ao redor; pode resultar, mais comumente, em pessoas com cor de pele parda (mulatos), em cicatrizes que ficaram submetidas precocemente aos raios ultra-violetas do sol, ou em cicatrizes tratadas previamente com determinados fármacos, como ácidos e corticoides ou pela técnica cirúrgica aplicada pelo cirurgião. (ver exemplo abaixo)

 

Cicatriz Mista
Cicatriz que intercala em seu trajeto mais de um tipo cicatricial pode resultar da associação de um ou mais dos tipos de cicatrizes acima citados, ou inclusive, em combinação com uma cicatriz patológica, como o quelóide ou cicatriz hipertrófica, ou até ambas simultaneamente.

Cicatriz mista com áreas discrômica, alargada e hipertrófica

Cicatriz “em alçapão”
Cicatriz de trajeto curvo (em forma da letra “C” ou “U”), que por isso acumula líquido linfático em sua região central, o que faz que mais tarde o centro fique mais saliente que a cicatriz propriamente dita pode resultar em consequência de ferimentos onde porções de pele foram levantadas (retalhos cutâneos) por fragmentos de vidro ou por queda acidental.

Cicatriz em alçapão

Cicatriz em alçapão

Cicatrizes por queimadura
As queimaduras, assim como outros ferimentos que resultem em perda de uma grande área de pele, podem formar uma cicatriz que repuxa as margens da pele ao redor, causando um processo chamado de contração. Assim, é comum que o resultado final de uma cicatriz por queimadura seja uma cicatriz contrátil, ou também chamada de cicatriz retrátil. A contratura resultante pode afetar os músculos e os tendões vizinhos, restringindo o movimento normal (capacidade funcional) dos mesmos e, por conseguinte, da região do corpo acometida. Após algum tempo, esse fato pode ocasionar, inclusive, deformidade óssea e/ou articular.

Corrigir uma contratura envolve, geralmente, substituí-la por retalho ou enxertos de pele (transplantes de pele com irrigação sanguínea própria ou a partir do leito receptor, respectivamente). Em alguns casos um procedimento conhecido como Z-plastia pode ser usado. Novas técnicas, como a utilização de expansor de tecido (pele) vizinho à lesão, tem sido cada vez mais utilizadas. Se a contratura não for recente, o paciente pode necessitar de fisioterapia após a cirurgia para restaurar os movimentos.

Fatores que influenciam na cicatriz
O aspecto da cicatriz depende de vários outros fatores como a localização no corpo, sentido da cicatriz em relação a linhas naturais da pele, comprimento, largura, profundidade, formato da cicatriz, características genéticas de cada individuo. Por exemplo, pacientes com cor de pele escura ou de origem oriental apresentam, probabilidade, maior de risco de desenvolver cicatrizes discrômicas e/ou hipertróficas e, em contrapartida, pacientes idosos possuem maior chance de terem cicatrizes finas e mais estéticas.

Técnica cirúrgica
A qualidade de uma cicatriz é determinada pelos fatores genéticos, fatores da lesão (localização, sentido,….) e também pela técnica cirúrgica empregada pelo cirurgião. Desde o momento da incisão até o fechamento da ferida cirúrgica existe uma série de fatores que influenciam no resultado estético, no tratamento e no prognóstico da cicatriz.

Cuidados pós-cirúrgicos
O processo de cicatrização da pele leva vários meses para definir o aspecto final da cicatriz, mas durante esse processo podemos atuar para que o resultado final seja o melhor possível.

Cicatrização escura ou dolorida?
Existem muitas dúvidas sobre a cicatrização da pele, como a cicatrização escura ou dolorida. Após o procedimento operatório, alguns cuidados devem ser levados em consideração, já que o processo de cicatrização da pele leva vários meses até chegar ao seu aspecto final.

Além de uma boa técnica de sutura, usada pelo médico cirurgião, os cuidados para não ficar com uma cicatriz escura, e também para não ter uma cicatriz doendo durante o processo de recuperação, devem receber atenção. É através de curativos que funcionam como pontos falsos que se consegue proteger melhor as áreas de cicatrizes doloridas, pois os curativos diminuem a tensão do local.

Os cuidados com a alimentação, por exemplo, ajudam muito no processo de cicatrização. A vitamina C é importante para a produção de colágeno. É necessário ficar atento ainda quando se tem uma cicatriz dolorida, dura ou que esteja coçando bastante, ou até mesmo com elevação ou vermelhidão. Se esses sintomas surgirem, uma má evolução da cicatriz está sendo revelada.

Como forma de auxiliar na redução das coceiras, por exemplo, a hidratação da cicatriz com cremes à base de cremes de silicones e óleos é recomendada.

Cicatriz Avermelhada
Após o processo operatório, normalmente nos três primeiros meses, a cicatriz vermelha, assim chamada por muitos, é natural, tendo a necessidade, por parte do paciente, em atentar-se ao contato direto com o sol, o que pode ocasionar também no escurecimento da cicatriz. Para tentar evitar ainda mais que o processo de cicatrização piore, o uso de curativos em fita é uma boa opção.

Neste caso, como a cicatriz será recente, não se deve arranhar em casos de coceiras extremas, isso pode prejudicar todo o processo de cicatrização, causando dores futuras e, até mesmo, problemas mais graves.

Cicatriz Ardendo
No começo, após o processo cirúrgico e no início da cicatrização, pode ser normal sentir ardência. No entanto, se após a cicatrização completa da lesão, o local começa a arder, é o momento de procurar o cirurgião responsável para que sejam realizadas ações necessárias. É recomendável que se procure o quanto antes para evitar problemas maiores.

Tratamento de Cicatrizes
O tratamento adequado das cicatrizes, fundamental após qualquer cirurgia plástica, pode ajudar a evitar o aparecimento de cicatrizes hipertróficas e quelóides. Atualmente, os mais recentes desenvolvimentos tecnológicos se tornaram valiosas ferramentas de auxílio a técnicas consagradas como a realização de massagens com cremes específicos e a utilização de placas de silicone, usadas para acelerar o amadurecimento das cicatrizes.

Mas indiscutivelmente a técnica utilizada pelo cirurgião ao realizar a sutura (dar pontos) é o fator mais importante no resultado final da aparência da cicatriz, assim a técnica apurada (delicada), sem machucar a pele, a escolha de fios de sutura apropriados e agulhas delicadas, evitar tensão na cicatriz, são preceitos básicos para o cirurgião plástico obter uma boa cicatrização.

O objetivo final é sempre utilizar as técnicas e materiais mais refinados na tentativa de obter cicatrizes finas e praticamente imperceptíveis.

Probabilidade de formar uma cicatriz inestética
O aparecimento de um quelóide ou cicatriz hipertrófica tem sido um desafio constante (ou melhor, um tormento) no pós-operatório de qualquer tipo de intervenção cirúrgica. Porém, é na Cirurgia Plástica que esse transtorno assume proporções mais angustiantes ao paciente e, principalmente, em cirurgias estéticas. As pessoas com quelóide ou cicatrizes hipertróficas por intervenções cirúrgicas estéticas, infelizmente, sabem muito bem disso.

Entretanto, se você tem vontade de realizar uma cirurgia plástica estética e é portador(a) de quelóide ou de cicatriz hipertrófica, ou já teve essas cicatrizes patológicas no passado, mantenha o ânimo. A prevenção de um quelóide ou cicatriz hipertrófica tem sido possível e cada vez mais frequente.

Hoje conseguimos prever o risco potencial de desenvolvimento de uma cicatriz patológica ou inestética, considerando os fatores antes citados, e assim, agir para favorecer uma melhor evolução cicatricial. Para isso, o cirurgião plástico deve realizar o melhor planejamento possível na escolha das melhores medidas para esse fim. Deve examinar o tipo de pele, assim como os antecedentes cirúrgicos do paciente, para avaliar o risco do mesmo desenvolver uma cicatriz inestética, cicatriz hipertrófica ou quelóide. Para uma cirurgia plástica, assim como para qualquer outra, possuímos recursos para prevenir e reduzir, ao mínimo possível, o aparecimento de um quelóide ou cicatriz hipertrófica.

Fonte: Andre Venturelli

Sangramento de Escape – Porque Acontece?

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Sabe quando você tem um sangramento de surpresa, completamente fora da data que sua menstruação deveria vir? Normalmente é um sangramento mais leve, que dura poucos dias e parece que vem só para sujar a calcinha, não é? Esses podem ser os sangramentos de escapes, e na verdade eles podem te dizer muito sobre o seu corpo!

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Sangramento de escape é o nome que se dá a um sangramento minimo que pode ocorrer ao decorrer do ciclo menstrual ou também conhecido como escape menstrual.  Tende a ser menor do que o sangramento menstrual e em algumas vezes pode apresentar uma cor diferenciada da menstruação com sangue vivo. Aí no meio da cartela do anticoncepcional o sangue aparece do nada e isso é considerado um sangramento de escape bem característico.

Causas do Escape Menstrual
Mas você sabe o que causa e o que fazer quando o escape menstrual acontece? Também chamado de sangramento inter menstrual, o sangramento de escape pode ser causado por alguns motivos e não só por uso da pílula. Porém este sangramento pode acontecer em algumas outras situações como na gravidez, por exemplo. Porém, na gravidez a luz amarela deve-se acender com esses sangramentos pois pode apresentar alguns riscos a gestação. Mas como identificar um sangramento de escape sem estar grávida?

O sangramento de escape menstrual é caracterizado tipicamente com uso de anticoncepcionais. No meio da cartela de anticoncepcional, um sangramento aparece e pode preocupar a mulher. Isso acontece porque algumas pílulas têm maiores chances de oferecer esse risco de sangramento dependendo do organismo da usuária com determinada pílula.

Se a quantidade hormonal da pílula for menor do que o organismo da mulher necessita, o escape menstrual pode acontecer com frequência e nesses casos a recorrer ao médico é essencial para cessar o sangramento de escape.

Um sangramento de escape menstrual amarronzado com aspecto de borra de café pode acontecer devido aos hormônios da pílula. Algumas pílulas de baixa dosagem hormonal são campeões de escape, portanto ficar alerta é muito importante. O sangramento de escape pode ser equivalente há 2 colheres de sangue enquanto a menstruação equivalem até 8 colheres de sangue.

Outros Fatores Para Acontecer o Sangramento de Escape
Mulheres que tomam anticoncepcionais há muito tempo podem também ter sangramento de escape menstrual devido ao organismo “acostumar” com a pílula, e quando isso passa a acontecer com frequência, é hora de conversar com o médico ginecologista para aumentar a dose ou mesmo trocar o medicamento.

A pílula do dia seguinte é a vilã dos escapes, ela proporciona mesmo o escape menstrual para mostrar a sua eficácia. Portanto, se você tomou a pílula do dia seguinte e teve um escape marrom ou avermelhado é sinal de que a pílula funcionou como previsto para evitar a gravidez.

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Se virar rotina em mais de 2 ciclos, o sangramento deve ser investigado por um médico para serem descartados problemas tais como endometriose, síndrome dos ovários policísticos e até mesmo gravidez já que um dos tipos de escapes que podem acontecer pode ser o sangramento de nidação.

IMPORTANTE: É importante saber que mesmo tendo sangramento de escape pode engravidar, já que o ciclo menstrual continua naturalmente.

Sangramento de Escape na Gravidez
O sangramento de escape menstrual mais perigoso é o que acontece na gravidez, esse pode acontecer por deficiência hormonal ou mesmo outros fatores como descolamento da placenta, ruptura da prematura ou não da bolsa e até mesmo infecção urinária ou placenta prévia. Gestações de risco também podem ter sangramentos de escape com esforços ou relação sexual.

Sangramento de Escape Repetitivo
O importante é investigar o sangramento de escape menstrual persistente, um simples sangramento pode se tornar dor de cabeça e muito inconvenientes, pois se tornam repetitivos e em diversos dias do mesmo ciclo fazendo a mulher sangrar por muito tempo além do que de costume. Descartar a hipótese do sangramento ser da uretra ou ânus é muito importante, com um exame simples, o médico pode detectar o local exato do sangramento.

Uma medicação apropriada e tratamentos simples podem ajudar a conter esses sangramentos de escape menstrual e tornar a vida muito mais fácil sem os inconvenientes sangramentos de escape. Então resumindo: sangramento de escape pode acontecer por conta da pílula anticoncepcional, em outros casos por conta da pílula do dia seguinte, mas se você está grávida tem que ficar alerta a esses sangramentos e em qualquer um dos casos uma visita ao ginecologista fará muito bem.

Dúvidas das Leitoras:
Como parar o sangramento de escape menstrual?
Normalmente o sangramento de escape para naturalmente com o passar dos dias, mas se for algo recorrente o ginecologista pode recomendar a troca do anticoncepcional utilizado ou até mesmo a mudança de certos hábitos como o tabagismo. O uso de cigarro aumenta as chances de sangramentos de escapes e o problema pode ser sanado deixando o uso.

Como diferenciar menstruação do sangramento de escape?
A grande diferença da menstruação para o sangramento de escape menstrual está na quantidade do sangue. O sangramento de escape normalmente não é prolongado e quase sempre vem somente para sujar a calcinha, muitas vezes nem precisando de absorvente para conter.

Tem como engravidar tendo sangramento de escape?
Se você usa anticoncepcional corretamente e o sangramento de escape menstrual ocorre as chances de você engravidar são quase nulas, mas se não usa nenhuma contraceptivo com certeza existem chances.

Há outras causas para sangramento de escape?
Apesar do sangramento de escape ser mais comum entre as usuárias de anticoncepcionais, ele também pode ser sinal de outros problemas de saúde. Algumas condições que podem causar sangramentos incluem pólipos no colo do útero, miomas no útero e síndrome do ovário policístico. Se você não costuma ter sangramentos de escape e começar a apresentar sangramentos de escape repetitivos, converse com seu médico.

Qual é a cor do sangramento de escape?
Normalmente o sangramento de escape tem cor escura na cor marrom podendo ser comparada com a borra de café.

Fonte: Trocando Fraldas

MENSTRUAÇÃO PROLONGADA: CONHEÇA POSSÍVEIS CAUSAS E TRATAMENTOS

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Menstruação prolongada é quando o período menstrual ultrapassa 7 dias. O sangramento saudável, segundo o ginecologista Alexandre Rossi deve durar entre 2 e 7 dias, qualquer período diferente disso já deve levantar suspeitas. O fluxo menstrual longo é um sintoma de algumas doenças ginecológicas, como os miomas uterinos ou a síndrome do ovário policístico. E além das causas que representam quadros perigosos, o fluxo longo pode ainda ser um efeito do método contraceptivo. Saiba mais:

 

Miomas podem ser responsáveis por prolongar a menstruação

 

Quando a menstruação dura mais tempo que o normal, as primeiras suspeitas, de acordo com o ginecologista, são miomas e pólipos, tumores benignos que se desenvolvem no útero ou se fixam na parede interna do órgão. Sem uma causa bem explicitada, esses são dois tipos de tumores que provocam fluxo irregular, sangramento entre dois períodos menstruais e dores locais, principalmente na região abdominal. Além disso, também é comum a menstruação prolongada com coágulos. Isso acontece porque o sangramento mais intenso faz com que o organismo produzir os coágulos. Os tratamentos envolvem o uso de medicamentos hormonais e possivelmente cirurgia para retirar o mioma ou o pólipo.
“Não sendo estas as causas, devemos pesquisar as hormonais, que podem levar a distúrbios de ovulação, como a síndrome dos ovários policísticos e hiperprolactinemia”, acrescenta o especialista. A síndrome do ovário policístico é um distúrbio hormonal que causa um aumento no tamanho dos ovários e a presença de pequenos cistos na parte exterior deles. O tratamento é feito com a reposição hormonal, principalmente por meio do uso de pílulas anticoncepcionais.

Já a hiperprolactinemia é um quadro de excesso de produção prolactina (responsável pela produção de leite), normalmente associado a um tumor benigno na hipófise, o prolactinoma. Para tratar o problema, é possível eliminar os tumores por meio de medicamentos. Por fim, distúrbios na coagulação também podem provocar um período de sangramento maior do que o normal.

 

Menstruação prolongada e anticoncepcional

 

A pílula do dia seguinte é um método de emergência que pode provocar alterações no ciclo menstrual e tornar a menstruação mais longa. Esse contraceptivo possui uma alta dose de carga hormonal, impedindo a ovulação e alterando o muco cervical da mulher. Quando isso acontece, o organismo precisa “processar” os novos níveis de hormônios presentes no corpo e isso pode acabar alterando o momento do ciclo em que a mulher está. Com o isso, o fluxo menstrual pode ficar um pouco maior, tendo uma duração acima do normal.

 

Um outro quadro de menstruação prolongada que envolve métodos contraceptivos é com o dispositivo intra-uterino sem hormônios, o DIU de cobre. O método não apresenta hormônios, mas para que os efeitos contraceptivos entrem em ação, sua haste revestida de cobre torna o ambiente hostil aos espermatozóides e provoca alterações no endométrio, a camada que reveste o útero e é descamada durante a menstruação. Com mudanças nesse tecido, portanto, o período menstrual pode durar mais dias, principalmente nos primeiros meses de adaptação com o DIU.

 

Menstruação prolongada: como parar?

 

Segundo Alexandre, todos os casos de período menstrual acima de 7 dias devem ser investigadas por um ginecologista. Depois disso, o tratamento deve ser voltado para qualquer diagnóstico de doença, se houver, somado de medicações adicionais. “No tratamento geral podemos usar os anti-inflamatórios não hormonais no período menstrual como o piroxicam ou antifibrinolíticos como o ácido tranexâmico. Os contraceptivos hormonais também são indicados no tratamento, podendo ter efeito de até cessação da menstruação”, finaliza o profissional.

Fonte: So Delas