Ministério da Saúde admite que chegada de vacinas da Índia pode ter novo atraso

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A empresa indiana que fornecerá vacinas Aztrazeneca/Oxford para o Brasil informou que vai atrasar a entrega de uma nova remessa de imunizantes. O governo Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou neste domingo (21) que o cronograma pode sofrer alterações.

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O Instituto Serum, da Índia, é responsável pela produção de doses fornecidas ao país. Já havia desde a semana passada informações de que haveria atrasos, conforme publicado pela Folha neste domingo.

O fornecimento será adiado para o Brasil, Arábia Saudita e Marrocos, segundo informação publicada pelo jornal Índia Times. Isso ocorreu por causa de pressões para o fornecimento dos imunizantes para as necessidades da Índia.

Estão previstas 8 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca para serem importadas da Índia pela Fiocruz. Nos últimos meses, o governo alterou ao menos duas vezes a previsão de entrega dessas doses.

A data seria entre abril e julho, com 2 milhões de doses já em abril. Em nota, o Ministério da Saúde já admite que atrasos podem ocorrer.

“É importante esclarecer que o cronograma de entregas de doses, enviado pelos laboratórios fabricantes para o ministério, pode sofrer constantes alterações, de acordo com a produção dos insumos”, diz texto deste domingo.

A Folha mostrou que, embora o ministro Eduardo Pazuello (Saúde) tenha anunciado a contratação de 562 milhões de doses de vacinas contra a Covid para este ano, 37% desse total ainda consta apenas como intenção de compra ou enfrenta outros impasses. Falta, inclusive, aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para que possam ser aplicadas.

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) já entregou o primeiro lote com mais de 1 milhão de doses da vacina AstraZeneca/Oxford produzido no Brasil, com matéria-prima (IFA) importada da China. Elas fazem parte da remessa de cerca de 5 milhões de vacinas entregues neste fim de semana a estados e municípios.

Fonte: Diário de Cuiabá

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4 em cada 10 doses de vacinas contra Covid prometidas têm entraves no país

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Embora o ministro Eduardo Pazuello (Saúde) tenha anunciado a contratação de 562 milhões de doses de vacinas contra a Covid para este ano, volume que representaria “mais vacinas que brasileiros”, 37% desse total ainda consta apenas como intenção de compra ou enfrenta outros impasses, como a falta de aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para que possam ser aplicadas.

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O anúncio foi feito pelo ainda ministro no dia em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) indicou o cardiologista Marcelo Queiroga para substituí-lo no comando do Ministério da Saúde.

Na prática, das 562 milhões de doses, 140 milhões ainda precisam resolver pendências de contrato. Entram nesse grupo 110 milhões de doses de vacinas previstas pela Fiocruz para serem produzidas no Brasil no segundo semestre e 30 milhões do Butantan, as quais constam ainda apenas como intenção de compra pelo ministério.

Representantes dos laboratórios dizem esperar que os contratos sejam fechados, mas admitem que o cenário traz incertezas -sobretudo no caso do Butantan, que já teve impasses com a pasta nos últimos meses.

Há ainda outros 68 milhões de doses de vacinas que precisam passar por aval da Anvisa para serem ofertadas no país.

Estão nessa situação imunizantes de três laboratórios: União Química, que prevê entregar 10 milhões de doses importadas da vacina russa Sputnik V a partir de abril; Precisa Medicamentos, que prevê 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin; e Janssen, que fechou acordo para fornecer 38 milhões de doses.

Somados esses dois impasses, são ao menos 208 milhões de doses -ou seja, 4 em cada 10 previstas pelo ministério- que, embora tenham sinalização de entrega, ainda têm pendências a serem resolvidas para que a distribuição se efetive.

O cálculo reflete apenas parte dos desafios para o acesso às vacinas. Outros fatores, como possíveis atrasos na obtenção de insumos e incertezas sobre o plano de entrega, podem ainda alterar o cronograma ao longo deste ano.

É o caso de 8 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca previstas para serem importadas da Índia pela Fiocruz. Nos últimos meses, o governo alterou ao menos duas vezes a previsão de entrega dessas doses.

A data, agora, é entre abril e julho -mas membros da Fiocruz admitem que ela ainda precisa ser confirmada.

“Recebemos comunicação [do Serum Institute, que enviaria as doses] de que não estão conseguindo cumprir compromissos externos, e o governo da Índia deu uma segurada nessas importações. Mas também tivemos informação de que enviarão novo cronograma em abril. Esperamos ter uma boa notícia em um futuro próximo”, afirma o vice-presidente de produção e inovação da Fiocruz, Marco Krieger.

Também está pendente o plano de entrega de 33 milhões de doses da Covax Facility, iniciativa da Organização Mundial de Saúde que prevê, em acordo com o Brasil, 42,5 milhões de doses em 2021.

Em meio às incertezas, a possibilidade de ajustes no cronograma tem sido citada pelo Ministério da Saúde. “Tem mais vacina que brasileiro. Mas essas vacinas se mantêm em validade para 2022, e não podemos contar com 100% das entregas, há oscilações”, disse Pazuello na segunda (15).

Nos últimos dias, o ministério também tem feito vários ajustes e reduções no volume de doses previsto para março.

Laboratórios ouvidos pela Folha de S.Paulo dizem que a oferta tem sido regularizada, mas admitem possibilidade de mudanças nos próximos meses.

Em abril, por exemplo, cronograma da Saúde aponta 30 milhões de doses da Fiocruz -já a fundação prevê 21 milhões. A redução ainda é reflexo do atraso no início da produção e liberação dos lotes, que passam por controles de qualidade.

“Em abril tem uma liberação ainda um pouco menor, mas em maio vamos produzir na mesma escala em que estamos liberando”, afirma Krieger.

A fundação deve receber o restante dos insumos previstos para produção nos próximos dois meses. “É ainda um ponto de atenção, mas estamos mais confortáveis.”

Segundo Krieger, a Fiocruz já deu os primeiros passos para fabricar os insumos no Brasil, o que deve evitar impasses no futuro e assegurar doses 100% nacionais.

A fundação, no entanto, ainda negocia novo contrato com a Saúde para essa etapa. Mesma situação vive o Butantan, que recebeu uma manifestação inicial do governo por mais 30 milhões de doses após as 100 milhões iniciais, mas ainda não teve o contrato fechado na prática.

Questionado, Krieger admite que o contrato para o segundo semestre ainda está pendente, mas diz ver o risco como baixo por já ser uma instituição vinculada à pasta.

Avaliação diferente tem membros do Butantan, segundo os quais a confirmação dependerá dos critérios para o novo acordo nos próximos meses.

Em nota, o instituto diz que já entregou ao ministério 22,6 milhões de doses e que trabalha para cumprir os contratos já firmados até o fim de agosto.

Segundo o laboratório, um novo carregamento de insumos, correspondente a 6 milhões de doses, deve chegar neste mês. Com isso, o Butantan cumpriria uma primeira etapa do seu contrato, de 46 milhões. Já a segunda (54 milhões) “está condicionada ao recebimento de novas remessas [de insumos]”, aponta.

A reportagem procurou o Ministério da Saúde sobre os impasses no cronograma, mas não recebeu resposta. Também questionou os laboratórios Janssen, União Química e Precisa Medicamentos, que ainda precisam de aval da Anvisa.

A Janssen informou que pretende pedir o uso emergencial da vacina no Brasil, mas não deu prazo. O fato de o aval já ter ocorrido em outras agências reconhecidas no mundo, no entanto, indica que não deve haver dificuldades.

A União Química e a Precisa não responderam. Nos últimos meses, os laboratórios já disseram diversas vezes que entregariam documentos à agência -o que não havia ocorrido até a última sexta (19), segundo a Anvisa.

Internamente, membros da Saúde já admitem que a oferta de 8 milhões de doses da Covaxin em março, como era previsto inicialmente, é improvável nesse prazo.

Para a epidemiologista e ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações Carla Domingues a incerteza em pontos do cronograma indica que a campanha de vacinação contra a Covid ainda pode passar por dificuldades nos próximos meses.

“É uma campanha que começou com pouca vacina, desestruturada, com cada município caminhando de um jeito. Vai ser difícil ver impacto a curto prazo, e vamos passar ainda muita dificuldade para ver como vai evoluir”, afirma ela, que cita parte das pendências.

“Por mais que tenha assinado o contrato [com algumas empresas], não tem nada concreto. A vacina da Bharat Biotech não entrou na Anvisa, a Sputnik a mesma coisa. O que podemos contar em curto prazo é com a vacina da Fiocruz e Butantan.”

Para Domingues, a previsão repetida por Pazuello de vacinar toda a população maior de 18 anos ainda em 2021 só é factível se houver aceleração da oferta de doses.

Análise da plataforma MonitoraCovid, da Fiocruz, aponta que, se seguir o ritmo atual, o país levaria mais 2,4 anos para aplicar doses em toda a população adulta. O cálculo pode ser revertido caso haja maior disponibilidade de vacinas nos próximos meses, afirma Diego Xavier, um dos coordenadores do projeto.

“Precisamos lembrar que o PNI [Programa Nacional de Imunizações] é o maior programa de vacinação pública do mundo. O que falta ainda são essas doses de vacinas.”

CRONOGRAMA DE DOSES PREVISTAS PARA 2021

Fiocruz (vacina Covishield/AstraZeneca)

Total de 212,4 milhões

Doses produzidas no Brasil com insumos importados

Março – 3,8 milhões (parte entregue)

Abril – 30 milhões

Maio – 25 milhões

Junho – 25 milhões

Julho – 16,6 milhões

Doses com insumo também produzido no Brasil

Agosto – 22 milhões (contrato pendente)

Setembro – 22 milhões (contrato pendente)

Outubro – 22 milhões (contrato pendente)

Novembro – 22 milhões (contrato pendente)

Dezembro – 22 milhões (contrato pendente)

Doses prontas importadas

Janeiro – 2 milhões (entregue)

Fevereiro – 2 milhões (entregue)

Abril – 2 milhões (cronograma a confirmar)

Maio – 2 milhões (cronograma a confirmar)

Junho – 2 milhões (cronograma a confirmar)

Julho – 2 milhões (cronograma a confirmar)

Butantan (vacina Coronavac/Sinovac)

Total de 130 milhões

Doses prontas importadas

Janeiro – 6 milhões

Doses produzidas no Brasil com insumos

Janeiro – 2,7 milhões (entregue)

Fevereiro – 4,25 milhões (entregue)

Março – 23,3 milhões (parte entregue)

Abril – 15,8 milhões

Maio – 6 milhões

Junho – 6 milhões

Julho – 13,5 milhões

Agosto – 13,5 milhões

Setembro – 8,8 milhões

Outubro – 10 milhões (contrato pendente)

Novembro – 10 milhões (contrato pendente)

Dezembro – 10 milhões (contrato pendente)

Covax Facility (OMS)

Total de 42,5 milhões

Doses importadas – Covishield/AstraZeneca

Março – 3,0 milhões

Até maio – 6,1 milhões

Até dezembro – 33,4 milhões (cronograma a confirmar)

Precisa Medicamentos (vacina Covaxin/Bharat Biotech)

Total de 20 milhões

Doses importadas

Março – 8 milhões (sem aval da Anvisa)

Abril – 8 milhões (sem aval da Anvisa)

Maio – 4 milhões (sem aval da Anvisa)

União Química (vacina SputniK V/Instituto Gamaleya)

Total de 10 milhões

Doses importadas

Abril – 400 mil (sem aval da Anvisa)

Maio – 2 milhões (sem aval da Anvisa)

Junho – 7,6 milhões (sem aval da Anvisa)

Pfizer/Biontech (vacina Comirnaty)

Total de 100 milhões

Doses importadas

Abril – 1 milhão

Maio – 2,5 milhões

Junho – 10 milhões

Julho – 10 milhões

Agosto – 30 milhões

Setembro – 46,5 milhões

Janssen

Total de 38 milhões

Doses importadas

Até agosto – 16,9 milhões (sem aval da Anvisa)

de setembro a dezembro – 21,1 milhão (sem aval da Anvisa)

Fonte:

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Brasileiros podem se vacinar nos EUA? Saiba como alguns famosos conseguiram

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Vacinar nos EUA – A atriz Nivea Stelmann, de 46 anos, a influencer Bella Falconi, de 35, o cantor Kiko, do KLB, de 41, o ator e humorista Leandro Hassum, de 47, e o produtor de teatro Le?o Fuchs, de 38, foram alguns dos brasileiros famosos que já receberam a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus nos Estados Unidos. Todos eles registraram o momento em suas redes sociais. Após muitos questionamentos de leitores da Quem, que moram nos Estados Unidos e alegam que a vacinação para o público geral ainda não foi aberta, fomos atrás de entender quais os critérios da campanha de vacinação americana, esclarecendo como vários turistas brasileiros conseguiram tomar a tão esperada vacina. (leia mais abaixo)

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A vacinação contra a Covid-19 já começou em grande escala nos Estados Unidos e várias pessoas, entre famosos e anônimos, compartilham com orgulho suas fotos nas redes. No entanto, de acordo com as regras oficiais da FDA (Food and Drug Admnistration), a Anvisa deles, confirmamos que a campanha ainda não está aberta para a população geral em todos os estados do país. Mas como eles conseguiram? (leia mais abaixo)

São muitos os motivos que possibilitam que os mais jovens recebam a vacina nos EUA, ainda que não estejam enquadrados na faixa prioritária da vez, que, até o fechamento desta matéria, nesta sexta-feira (19), contempla os maiores de 60 anos, pessoas com comorbidades, profissionais da saúde, residentes ou funcionários de asilos, funcionários de escolas, bombeiros e policiais com mais de 50 anos.

Os motivos

De modo geral, estando fora dos grupos prioritários, se vacina nos EUA quem comprova comorbidades ou tenta a sorte na “xepa”, a sobra de doses dos imunizantes retirados do refrigerador naquele dia e os que também estão perto do prazo de validade. Essa oferta é disputada por pessoas que formam filas enormes do lado de fora dos locais de vacinação.

O presidente americano Joe Biden anunciou que seu governo fechou acordos para adquirir 200 milhões de doses extras de vacinas contra a Covid-19. Seu objetivo inicial é aplicar 100 milhões de doses nos cem primeiros dias de seu mandato, ou seja, até 30 de abril.

No dia 12 de março, o país superou a marca de 100 milhões de doses da vacina anti-Covid aplicadas desde o início da campanha, no dia 14 de dezembro de 2020, segundo dados dos Centros para a Prevenção e o Controle de Doenças (CDC).

Atualmente, mais de 30% dos americanos maiores de 18 anos receberam pelo menos uma dose da vacina contra o novo coronavírus. Vale destacar que, desde o início da pandemia, mais de 300 mil pessoas já morreram e 16,5 milhões foram infectadas nos Estados Unidos.

Vacinação em Orlando, na Florida

A estratégia de distribuição é determinada por cada estado americano e, no caso da Flórida, local de grande concentração de brasileiros, ela está acontecendo em fases. No momento, de acordo com informações publicadas no site oficial sobre a pandemia (oridahealthcovid19.gov), estão qualificadas para receber a vacina somente maiores de 60 anos, pessoas com comorbidades, profissionais da saúde, residentes ou funcionários de asilos, funcionários de escolas, bombeiros e policiais com mais de 50 anos.

Porém, na prática, não é isso que acontece. A vacina é distribuída em grandes supermercados e farmácias como Walmart, Walgreens, CVS e Publix, com horário marcado para quem preenche os pré-requisitos. Após receber a vacina, é necessário permanecer 15 minutos em observação e o processo é superorganizado.

Em alguns lugares, é permitido entrar em uma lista chamada “waste waitlist” e aguardar ser chamado caso haja disponibilidade de vacinas extras. Foi o que aconteceu com o casal Luciana e Cláudio Chaves, brasileiros residentes em Orlando que entraram em contato com vários supermercados da rede Walmart até serem aceitos em uma destas listas, sendo chamados em duas semanas. “A sensação de finalmente receber a vacina é de um alívio muito grande”, conta Luciana Chaves.

Recentemente, aconteceram alguns eventos itinerantes, onde foram disponibilizadas doses da vacina para maiores de 18 anos, apesar de não ser a recomendação oficial do governo. A informação se espalhou rapidamente pela comunidade brasileira em Orlando, atraindo um grande número de pessoas e alguns chegaram a esperar mais de 10 horas para receber a sua dose.

Kiko, do KLB, e Léo Fuchs se vacinaram na “xepa”

Foi por meio da “xepa” que o cantor Kiko, do KLB, e a mulher, Francine Pantaleão, foram vacinados contra a Covid-19, em Orlando, na Flórida, nesta terça-feira (16). O casal ficou 7 horas na fila para receber a vacina. “Vacinados. E Deus, mais uma vez, nos permite desfrutar de todo amor de sua presença em nossas vidas! Foram mais de sete horas de fila que certamente carimba um passaporte de oportunidades de viver mais e mais…. Saúde é o que desejamos as pessoas, nossos amigos, familiares, a cada um de vocês!”, contou ele na rede social.

O produtor de teatro Léo Fuchs e o marido, o fotógrafo Elvis Moreira, moram há um ano e meio em Orlando e foram vacinados em Kissimmee, cidade vizinha, também com as sobras da vacina. “Aqui, estão vacinando os grupos de 62 anos, eu acho. Onde que a gente entra nisso? Por dia, eles sempre vacinam as pessoas da idade e no final, todas as doses que sobram do dia, eles vacinam as pessoas que ficam nas filas”, explicou à Quem.

O casal ficou 12 horas na fila à espera da imunização. “Nós ficamos esperando, acreditando. Fomos em uma cidade que fica a uma hora de Orlando. Mas fomos na fé. O que são 12 horas de espera para quem está esperando há um ano o fim disso tudo? Foi uma loucura, porque a hora que vi a injeção entrando em mim, saltava lágrima do olho, de felicidade, de esperança. Minha mãe tem 70 anos e não foi vacinada no Brasil e estou tendo esse privilégio. Esse privilégio se chama primeiro mundo. Infelizmente, a realidade é essa”, lamentou.

Ex-morena do Tchan, Juliane Almeida mora em Orlando, na Flórida, e também foi vacinada com o marido, Michell Moraes, com as sobras das doses. “Fomos vacinados no domingo (13), na nossa igreja. Primeiro abriram para os idosos e depois foi por agendamento. Agendamos e, duas horas depois, já fomos chamados. Foi tranquilo. Quando acabou o agendamento, deram as vacinas que sobraram para quem estava na fila de espera. Foi bem rápido. Tomamos a Johnson & Johnson, que só precisa de uma dose. É uma alegria poder participar desse marco na história depois do sufoco do último ano. Sinto tristeza pelo Brasil. Meus pais são do grupo de risco e ainda não têm previsão de tomar”, explicou.

Brechas

Com a grande procura e filas quilométricas, as regras foram intensificadas, mas mesmo assim ainda há margem para quem deseja encontrar brechas no sistema. Uma delas é a disponibilidade da vacina somente para moradores da Flórida, mas que, na prática, aceitam como identificação somente o passaporte ou alguma comprovação de residência, o que atraiu quem estava visitando o estado.

Desde esta quinta-feira (18), o Osceola Community Health Services, que havia recebido a maioria dos brasileiros que não se enquadravam em nenhum dos quesitos, mudou o seu posicionamento. Os amigos Ramon Galvão, William Fernandes e Vitor Resende chegaram às 6h da manhã, mas Vitor era o único que se qualificava por ter pressão alta. Seus amigos foram instruídos a deixar o local, mas resolveram esperar e receberam a vacina no final da tarde.

O casal Rodrigo e Carolina Spessotto também chegou às 6h, mas como não se enquadrava, deixou o nome na lista de espera e foi chamado no final do dia. Ao serem questionados sobre a grande quantidade de pessoas que foram vacinadas sem se encaixar em nenhum dos pré-requisitos, o serviço de saúde informou à reportagem que as vacinas foram aplicadas em grande escala, pois estavam próximas ao vencimento.

Comprovação de comorbidade

A lista de comorbidades inclui diabetes, pressão alta, obesidade, asma e até fumantes de longa data. A comprovação é feita por meio de um formulário do Departamento de Saúde da Flórida assinado por um médico. A VIP Clinic, uma clínica médica conhecida pela comunidade brasileira em Orlando, oferece atendimento on-line ou presencial para quem precisa de atestado médico, a um custo de US$ 90.

De acordo com a proprietária Cristina Faria, o número de atendimentos aumentou muito nos últimos dias, chegando a receber mais de 10 ligações por minuto. Cristina explica que para a comprovação de comorbidade, sem ser paciente da clínica, é necessário responder um questionário médico fornecido pelo Departamento de Saúde da Flórida e possuir comprovantes de seu estado clínico. Mas, de acordo com Cristina, o sistema de saúde nos Estados Unidos é rigorosamente fiscalizado e é necessário seguir à risca todos os protocolos estabelecidos pelo governo.

Cansaço e frustração

Para quem não se enquadra nas categorias, resta correr atrás das “xepas”, mas o processo é cansativo e frustrante. Não há unanimidade quanto aos procedimentos e cada local tem suas próprias regras e, às vezes, no mesmo estabelecimento, as informações são desencontradas.

No Supermercado Publix, a informação é de que as sobras são destinadas somente a funcionários da empresa, que recebem a sua dose da vacina, e ainda um gift card no valor de US$ 125, incentivando a vacinação.

No Valencia College, de acordo com os funcionários, não haverá mais doses “extras”

disponíveis para o público. Ainda nesta quinta (18), o Governador da Flórida divulgou que a partir de segunda-feira (22), todas as pessoas maiores de 40 anos serão elegíveis para a vacina, o que inclui a grande maioria da população da Flórida.

Leandro Hassum e Nívea Stelmann

Morador da Flórida desde 2016, Leandro Hassum foi vacinado contra Covid-19 nos Estados Unidos nesta quinta (18). “Estou vivendo um mix de emoções: muita alegria por ter conseguido me vacinar aqui nos EUA (sim, já chegou no meu grupo)”, esclareceu ele no Instagram, manifestando sua revolta pela lentidão do processo de vacinação no Brasil. “Mas muito triste por saber que no meu país que amo e vivo também a minha mãe já poderia vacinar mas não tem vacina. Não dá para ficar feliz por completo sabendo que tantas famílias choram seus familiares. Por incompetência e ineficácia de muitos. Orando muito por todos”.

Quem procurou a assessoria de comunicação de Hassum para entender qual critério foi utilizado para que ele pudesse tomar a primeira dose da vacina e foi informada que o ator e humorista pôde ser vacinado por já ter sido submetido à cirurgia bariátrica e, por isso, é parte do grupo de risco.

Nivea Stelmann, que também mora na Flórida desde 2016, tomou a vacina com o marido, Marcos Rocha, na sexta-feira (12). “Que momento! Obrigada Deus por essa oportunidade! Nossa hora chegou!”, celebrou a atriz na rede social, onde também lamentou pela situação da vacinação no Brasil. “Lamento muito pelos meus pais e minha sogra (e por muitos brasileiros) ainda na?o terem passado por isso no Brasil. Meu pai e minha sogra com 75 anos iriam tomar hoje, mas infelizmente ‘eles’ adiaram por falta de vacina. Mistura de gratida?o por no?s e tristeza por eles”.

Quem também procurou a atriz e sua assessoria de comunicação para entender qual critério foi utilizado para que ela pudesse ser vacinada, mas ela afirmou que tudo o que queria dizer já havia sido publicado no Instagram e não tinha mais nada para acrescentar sobre o assunto.

Bella Falconi e marido

A influencer Bella Falconi e o marido, Ricardo Maguila, foram vacinados há cinco dias em Orlando. Ele está na faixa prioritária, uma vez que tem doença inflamatória intestinal. Na ocasião, ela registrou o momento em que eles foram vacinados e agradeceu. “Toda honra e toda glória a Ti, Senhor!” Bella também repostou o que o marido escreveu a respeito de ter tido a chance de tomar a vacina.

“Nunca imaginei fazer um post celebrando uma vacina. Mas diante do cenário que estamos vivendo, isso é uma grande conquista. Quisera eu que todos estivessem postando essa mesma cena, nesse exato momento. Me coloco no lugar das pessoas e sei a angústia que estamos vivendo. Mas graças a Deus fui 100% elegível para me vacinar aqui nos EUA por conta da minha doença e por ser imunodeprimido e no local de vacinação sugeriram que Bella também se vacinasse, por ser minha esposa e por morar na mesma casa que eu”, explicou Maguila.

O empresário continuou sua explicação: “Não comemoro esse momento porque muitos ainda estão morrendo no mundo todo, especialmente no Brasil. Mas dou graças a Deus porque pude ter essa oportunidade. Primeira dose feita e aguardo ansioso pela segunda. Fiquei internado e muito debilitado uma vez por conta da minha doença e confesso que tenho muito medo da Covid. Faço uso de imunossupressores e isso me torna ainda mais vulnerável ao vírus. Mas Deus está no controle. Espero que logo tudo isso passe e que a Covid seja uma realidade apenas nos livros de história. Que Deus nos proteja!”.

Procurada por Quem, a assessoria de imprensa de Bella, divulgou o comunicado abaixo: “Em resposta à matéria da Quem sobre famosos que já se vacinaram contra a Covid-19, a assessoria de imprensa e comunicação de Bella Falconi esclarece que a artista recebeu a vacina por orientação da equipe que está à frente da vacinação na Universidade Valencia, Orlando, já que o marido de Bella, Maguila, esteve no local e fora vacinado por ser do grupo de risco – ele possui doença inflamatória intestinal, autoimune. Ou seja, Bella apenas atendeu a orientação local que lhe foi dada e tem total ciência e respaldo de que agiu de forma correta e necessária. Importante reforçar ainda que Bella foi ao país para gravar o seu novo programa e apenas quando chegou em Orlando informaram ao seu marido que ele poderia ser vacinado por ser do grupo de risco. Ambos possuem cidadania americana e, com isso, Maguila possui histórico médico no país, tendo inclusive descoberto a doença com médicos de lá”.

Fonte: Revista QUEM

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Laboratório indiano produzirá 200 milhões de doses da vacina anticovid Sputnik V

Moscou, 22 Mar 2021 (AFP) – O Fundo Soberano Russo (RDIF) anunciou nesta segunda-feira (22) um acordo com o grupo farmacêutico indiano Virchow Biotech para produzir 200 milhões de doses da vacina russa Sputnik V contra o coronavírus.

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“A transferência de tecnologia será completada no segundo trimestre de 2021, e será seguida da produção comercial em larga escala”, afirmou o RDIF, que financiou parte do desenvolvimento da vacina e está negociando os acordos de produção no exterior.

O acordo é adicionado ao anunciado na sexta-feira com outra empresa farmacêutica indiana, Stelis, para produzir 200 milhões de doses. Outro, de 100 milhões de doses, foi assinado em novembro com a empresa indiana Hetero.

“As alianças para vacinas são a única maneira de superar a pandemia. O mundo continua sua luta contra o coronavírus e vemos um interesse crescente na Sputnik V”, disse Kirill Dmitriev, que dirige o Fundo Soberano Russo, citado em um comunicado.

De acordo com o RDIF, a vacina russa já foi autorizada em 54 países, que incluem 1,4 bilhão de pessoas. A Sputnik V, no entanto, ainda não foi aprovada na Índia, onde os testes clínicos ainda estão em curso.

Moscou deseja diversificar as fontes de produção para sua vacina. As capacidades do país são limitadas e dedicadas prioritariamente ao abastecimento da população russa.

A Sputnik V foi inicialmente recebida com ceticismo no exterior, mas sua confiabilidade foi validada em fevereiro pela revista científica The Lancet.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) está examinando atualmente o pedido de aprovação.

Fonte: BOL

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Aborto: mulher quer permissão para interromper gravidez após tomar anticoncepcional defeituoso no Chile

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Aborto – A jovem descobriu então que não era a única. Ela e outras 170 mulheres no Chile foram vítimas de um escândalo que afetou fortemente o sistema público de saúde do país: a distribuição, por erro, de anticoncepcionais defeituosos a milhares de mulheres.

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A pílula se chama Anullete CD, do laboratório Silesia S.A. E, até sete meses atrás, era distribuída a mais de 300 mil pessoas atendidas pelo programa de planejamento familiar do governo.

O Instituto de Saúde Pública do Chile alertou sobre a situação em agosto do ano passado, solicitando a retirada desses anticoncepcionais do mercado, mas a medida chegou tarde demais. A pílula esteve em circulação por mais de um ano e as denúncias sobre gestações indesejadas aumentavam todos os dias.

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Apesar de a maioria dessas 170 mulheres terem optado por levar adiante suas gestações, Javiera decidiu requisitar um aborto.

Assim, no dia 17 de dezembro do ano passado, a jovem se dirigiu ao Centro de Saúde da Família (Cesfam) onde era atendida e apresentou seu pedido.

No Chile, a interrupção da gravidez é permitida em três casos: inviabilidade do feto, perigo à vida da mãe, ou estupro. Nos dois primeiros casos, não há limite de semanas de gestação.

Javiera avaliou se encaixar no segundo caso, argumentando que, como resultado da situação pela qual estava passando, estava sofrendo um importante dano psicológico e, por consequência, sua vida estava em perigo.

O Cesfam não respondeu à solicitação e então Javiera decidiu recorrer aos tribunais.

Argumentos do recurso de tutela

Desequilíbrio em sua saúde psíquica, crises de pânico, angústia, falta de apetite, sintomas de desânimo e falta de motivação que a levaram a ter “ideias suicidas” foram parte do quadro de saúde que a mulher relatou à Justiça chilena.

A jovem assegurou ainda que não conta com os recursos econômicos ou a rede de apoio necessária para cuidar de um filho ou filha, pois está dando os primeiros passos na sua profissão técnica.

O recurso de tutela apresentado aos tribunais pela defesa de Javiera, que agora está com 23 semanas de gestação, afirma que o Cesfam onde ela era atendida teve “atuação ilegal e arbitrária” ao se omitir diante da solicitação de aborto. E solicita que seu estado mental seja avaliado a fim de decidir por uma interrupção da gravidez.

Uma decisão ‘significativa’ para os direitos das mulheres no Chile

Nesta quarta-feira (17/3), o Tribunal de Justiça de São Miguel, em Santiago, acatou o pedido da jovem, abrindo um importante precedente para os direitos reprodutivos das mulheres no Chile.

Em uma decisão unânime, a corte afirmou que, no caso de Javiera, houve violação ao direito à vida, integridade física e psíquica da mulher, além de uma violação ao seu direito à igualdade perante à lei.

Além disso, a sentença concluiu que, ao não responder à solicitação inicial da mulher, o Cesfam atuou, de fato, não somente de forma “caprichosa” e “arbitrária”, como também “ilegal”.

O Tribunal de Justiça ordenou que, dentro de um prazo de cinco dias, o Centro de Saúde da Família avalie a jovem, para determinar se é possível ou não aceitar a causa da interrupção da gravidez.

De acordo com a decisão, o Estado do Chile tem uma “obrigação proativa de cuidar da vida e da integridade física e mental das pessoas” e “abandonou essa obrigação ao distribuir anticoncepcionais defeituosos”.

Os juízes também afirmaram que “a falta de meios físicos, espirituais, econômicos e sociais” em uma gravidez indesejada representa um risco à vida por si só, que muitas vezes “perpetua a precariedade das mulheres”.

“Essa decisão é muito significativa na possibilidade de se avançar, tanto em termos judiciais, como sociais, nos direitos reprodutivos das mulheres no Chile”, disse à BBC Mundo a advogada Laura Dragnic, do projeto Corporación Miles, que representou Javiera no requerimento.

A advogada, além disso, afirma que a sentença marca um precedente a respeito da legislação sobre aborto no país.

“A decisão fala da interrupção voluntária da gravidez como um direito legal. E isso é importante porque em geral a interpretação da legislação sobre aborto no Chile é para circunstâncias de extrema necessidade”, destaca.

“Até agora, ele não é compreendido propriamente como um direito. E isso é muito significativo, sobretudo considerando as discussões que se aproximam quanto ao aborto legal dentro do processo constituinte”, afirma.

Para Javiera, no entanto, ainda há um caminho a percorrer. O Cesfam deve se pronunciar sobre seu estado de saúde e, depois, será decidido se ela pode ou não interromper a gravidez.

De todo modo, a demora no processo a prejudicou. Com 23 semanas de gestação, um aborto não é mais recomendado.

Quanto a isso, a advogada Laura Dragnic afirma que a decisão será tomada quando houver uma resolução final por parte do Cesfam.

*A entidade que representa a jovem solicitou que seja mantida a confidencialidade quanto ao verdadeiro nome de Javiera, com objetivo de resguardar sua privacidade.

Fonte: BBC Brasil

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/16/farmacias-sao-joao-alcancam-a-marca-de-800-lojas/

Governo brasileiro diz negociar com EUA compra de excedente de vacinas

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O Ministério das Relações Exteriores informou neste sábado (20) que está negociando com o governo dos Estados Unidos a compra de vacinas excedentes contra o novo coronavírus daquele país.

A informação foi divulgada nas redes sociais do ministério, que afirma estar com a negociação em andamento há uma semana.

“Desde o dia 13/3 o governo brasileiro, através do Itamaraty e da embaixada em Washington, em coordenação com o Ministério da Saúde, está em tratativas com o governo dos EUA para viabilizar a importação pelo Brasil de vacinas do excedente disponível nos Estados Unidos”, afirma o texto divulgado.

Na última quinta, os EUA anunciaram que planejam enviar para o México e o Canadá cerca de 4 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 produzida pela AstraZeneca/Oxford -cuja autorização de uso ainda não foi aprovada no país.

Fontes no governo também afirmam que devem chegar neste domingo as primeiras doses das vacinas previstas pelo consórcio Covax Facility, iniciativa que conta com a adesão do Brasil.

A informação da negociação com os americanos foi divulgada um dia após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), ter enviado ofício à vice-presidente americana, Kamala Harris, com um pedido de “socorro” e um apelo pela importação do excedente das vacinas dos Estados Unidos.

No documento, Pacheco afirma que o Brasil virou o epicentro da pandemia da Covid-19 no mundo e que o rápido avanço do vírus no Brasil representa um risco para todo o hemisfério ocidental.

O presidente do Senado também menciona a “angústia e sofrimento” dos brasileiros com o recrudescimento da pandemia no Brasil.

O senador pede autorização especial para que o Brasil compre doses da vacina da AstraZeneca, que já aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), recebendo o registro definitivo. Pacheco lembra que a já começou a fabricar a imunização em território nacional, mas sofre com a chegada dos ingredientes importados.

A postagem do Itamaraty não menciona o ofício de Pacheco. No entanto, foi vista como uma resposta ao presidente do Senado.

Pacheco vem sendo o principal responsável por evitar a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no Senado para investigar a atuação do governo no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.

O requerimento para a abertura da comissão já conta com as assinaturas suficientes, mas a decisão final cabe exclusivamente a Pacheco. A pressão para a instalação aumentou a partir de quinta-feira, após a morte do senador Major Olímpio (PSL-SP). Ele foi o terceiro senador a morrer vítima da Covid, mas sua morte causou um impacto maior, porque era carismático e se relacionava bem com os demais.

Em uma tentativa de atuar de forma colaborativa com o governo, Pacheco também apresentou uma proposta ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para uma reunião na próxima quarta-feira, que pode evoluir para um comitê de enfrentamento à pandemia, com a participação de Executivo, Legislativo, Judiciário, governadores, prefeitos e demais entes.

Bolsonaro aceitou a ideia e passou a liderar a iniciativa, convidando por telefone também os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux. Parlamentares consideram que essa reunião e o comitê podem ser a “última chance” de Bolsonaro. Caso a iniciativa fracasse, consideram inevitável a abertura da CPI e outras medidas contrárias ao governo.

Fonte: 180 graus

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/22/brasil-e-o-73o-no-ranking-mundial-de-vacinacao-contra-a-covid-19/

Anvisa rebate União Química e nega boicote à vacina

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Representantes do Fundo Soberano de Riqueza da Federação da Rússia, país responsável pela Sputnik V, chegam ao Brasil paraAs acusações de Fernando Marques, presidente da União Química, de um possível boicote da vacina russa Sputnik V no Brasil gerou uma reação dura e contundente da Anvisa.

Na última quinta-feira, dia 18, o Panorama Farmacêutico teve acesso a um áudio do empresário,  enviado ao empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan. O empresário acusa a agência de barrar a liberação da vacina russa por interesses políticos, com a intenção de beneficiar o governador de São Paulo João Doria (PSDB), por meio do Instituto Butantan; e ainda o PT e o PCdoB, que teriam “na mão” a Fiocruz, responsável pela produção do imunizante da AstraZeneca e da Universidade de Oxford. Segundo fontes, a mensagem chegou também ao presidente Jair Bolsonaro.

Na gravação, Marques alega que solicitou a autorização para uso emergencial da vacina no dia 14 de janeiro e afirma ter a comprovação eletrônica do pedido. Mas a agência teria ignorado a farmacêutica e suspendido a análise. O empresário ainda diz que teria sido humilhado em uma reunião com o presidente da autarquia, Antônio Barra Torres.

O que alega a Anvisa?

A agência emitiu a seguinte nota oficial em resposta à União Química.

A Anvisa não tem predileção nem exerce favorecimento a nenhuma empresa. Além disso, o diretor-presidente da Agência, Antonio Barra Torres, preza sempre pela cordialidade e urbanidade ao receber pessoalmente integrantes do setor regulado em reuniões que são publicadas em agenda de trabalho e que possuem ata gravada e escrita. 

Assim aconteceu na reunião com o presidente da empresa União Química, Sr. Fernando Marques, no dia 11/3, quinta-feira. A agenda transcorreu na presença da diretora Meiruze Freitas, da Segunda Diretoria, diretamente responsável, entre outros temas, pelos protocolos de análise de vacinas; Juvenal de Souza Brasil, adjunto da Primeira Diretoria; Alberto Frambach, assessor da Presidência da Anvisa; e Richardson Araújo, assessor técnico da Diretoria.

Em nenhum momento o diretor-presidente tratou o solicitante da reunião com qualquer tipo de hostilidade. A reunião foi solicitada com 24 horas de antecedência e, em face da importância do tema, marcada para o dia seguinte.  

A Anvisa está sempre à disposição para atender o laboratório. Desde o início da pandemia, foram realizadas 15 reuniões da Agência com a União Química.   

Na última quarta-feira, dia 17/3, a Anvisa participou de uma nova reunião com representantes do Fundo Russo de Desenvolvimento, juntamente com a União Química. Foram, mais uma vez, discutidos detalhes sobre a documentação necessária para o pedido de uso emergencial da vacina Sputnik V.   

Em 15 de janeiro de 2021, deu entrada no protocolo da Anvisa um pedido de uso emergencial da vacina Sputnik V. Até o presente momento, o processo não recebeu atualizações decorrentes das exigências da Agência e as discrepâncias apontadas no processo não foram sanadas pelo laboratório.     

Uma nova reunião com o laboratório e o Fundo Soberano Russo deve ocorrer na próxima segunda-feira, dia 22/3.    

Por fim, a Agência esclarece que não exerce nenhum tipo de atividade político-partidária, nem trabalha para favorecer qualquer liderança política. A Anvisa é um órgão de Estado, com a missão de garantir a segurança sanitária da população brasileira.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Amazon quer ampliar a oferta de serviços de saúde

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A Amazon está levando suas ofertas de serviços de saúde a novos patamares. A empresa anunciou planos de lançar o Amazon Care, seu serviço de assistência médica sob demanda para outras empresas nos Estados Unidos neste verão, de acordo com um relatório da consultoria StreetInsider.

O serviço tem dois componentes. O primeiro é o atendimento virtual, que conecta pacientes a profissionais médicos por meio do aplicativo Amazon Care (disponível para Android e iOS). Ele permite que os pacientes conversem ao vivo de forma rápida, conveniente e segura com uma enfermeira ou médico, por meio de mensagens.

O segundo componente é o atendimento presencial, em que a Amazon Care pode enviar um profissional médico à casa do paciente para cuidados adicionais, que vão desde coletas de sangue de rotina até ouvir os pulmões do paciente, e também oferece entrega de prescrição diretamente na porta do paciente.

O Amazon Care permite que os empregadores forneçam aos funcionários acesso a cuidados médicos de alta qualidade em 60 segundos, incluindo opções de atendimento 24 horas por dia por meio de mensagens ou vídeo. Também oferece acesso instantâneo a uma variedade de serviços de cuidados primários e urgentes, incluindo Covid-19 e testes de gripe, vacinações, tratamento de doenças e lesões, cuidados preventivos, saúde sexual, solicitações de prescrição, recargas e entrega e muito mais.

O serviço atende a um amplo espectro de necessidades dos pacientes por meio de suas ofertas de atendimento primário e atendimento de urgência. Os pacientes podem ter acesso a cuidados preventivos, como vacinas anuais, exames de saúde e conselhos sobre estilo de vida. O serviço também oferece suporte às necessidades de bem-estar dos pacientes, incluindo nutrição, planejamento pré-gravidez, saúde sexual, ajuda para parar de fumar e muito mais. Para necessidades imediatas, os pacientes podem usar o Amazon Care para avaliar e tratar doenças e lesões sob demanda.

Os pacientes também têm ferramentas para gerenciar seus cuidados dentro do aplicativo – incluindo agendamento de visitas de acompanhamento com seu médico preferido, conforme sua conveniência. Após as visitas, os pacientes recebem resumos de cuidados e lembretes de acompanhamento. Ao usar a opção presencial, os pacientes também recebem atualizações ao vivo sobre o tempo estimado de chegada do médico à sua casa.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Novas versões de canabidiol chegam às farmácias

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Foto Canabidiol. Assessoria Prati Donaduzzi

As novas apresentações do Canabidiol desenvolvido pela Prati-Donaduzzi já estão disponíveis nas farmácias. A primeira a comercializar os produtos de 20 mg/ml e 50 mg/ml é a rede de Farmácias São João.

Os medicamentos chegam ao mercado com preços menores, o que torna o tratamento mais acessível à população ampliando as alternativas de prescrição para os profissionais médicos e possibilitando tratamentos com menores concentrações para diferentes patologias.

“Hoje, o Canabidiol Prati-Donaduzzi na concentração de 200 mg/ml contém 6.000 mg de Canabidiol por frasco de 30 ml. As novas apresentações oferecem uma solução para quem busca o tratamento em menores concentrações para diferentes patologias e opções mais baratas”, revela o diretor-presidente da Prati-Donaduzzi, Eder Fernando Maffissoni.

Os novos produtos estarão disponíveis em solução oral, na apresentação de 30 ml, o que significa que na concentração de 50 mg/ml haverá 1.500 mg de Canabidiol por frasco e a de 20 mg conterá 600 mg.

Atualmente, a indústria possui mais de 400 apresentações disponíveis à população. Até o fim deste ano, está prevista uma ampliação no portfólio com novos lançamentos indicados para tratar doenças como epilepsia, Parkinson, Alzheimer, ansiedade, depressão, dor neuropática, esquizofrenia, autismo, bipolaridade e insônia.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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P&G quer Brasil como líder de mercado na América Latina

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A P&G Health tem a meta de transformar o Brasil líder de mercado na América Latina até 2025. As informações são do jornal Valor Econômico. De acordo com a reportagem, o México lidera em vendas na região por ter um portfólio mais amplo que o brasileiro. Para atingir o objetivo nesses quatro anos, a companhia deve lançar até dez produtos no Brasil. Em 2021, a P&G vai apresentar três medicamentos, dentre eles um spray nasal da linha Vick. A média normal de lançamento é de um a dois produtos por ano.

Segundo a companhia, apesar do Brasil ser o maior mercado consumidor da região, ainda tem regulações mais restritas para a comercialização de medicamentos isentos de prescrição. Já no México, além do portfólio ser maior e mais próximo aos Estados Unidos, há mais canais de distribuição.

A P&G Health vende no mercado brasileiro medicamentos de quatro classes terapêuticas: respiratória, dor, vitaminas e probióticos, tanto no segmento de OTC como de medicamentos de prescrição. Segundo Costa, os produtos que demandam receituário representam 53% da receita. Já as vendas de OTC respondem por 43% do faturamento, o restante advém de suplementos. O executivo, no entanto, não divulgou a receita do mercado brasileiro ou região.

O Brasil está entre os 10 maiores mercados para a companhia, com meta de crescimento de cerca de 15%. De acordo com a companhia, o objetivo é que o Brasil represente 25% do faturamento da região. Hoje, a receita da operação brasileira é 18% do total da América Latina.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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