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Panvel alerta para impactos da reforma tributária

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A reforma tributária pode gerar um efeito adverso sobre o setor farmacêutico. Na visão de Antônio Napp, CFO da Panvel, a proposta traz o risco de elevação dos impostos sobre medicamentos.

O executivo lançou esse alerta em entrevista ao portal InfoMoney. “As propostas para a reforma tributária, da maneira como estão escritas, partem do princípio de tributar todos os produtos, todas as cadeias, de uma forma mais equilibrada e mais simples. Até aí, ok. Quando nós olhamos para a cadeia de medicamentos, especialmente na parte de impostos federais, não estaduais, uma parcela muito significativa dos medicamentos que são vendidos não são tributados. Na reforma como ela está, existe uma previsão de tributação. Se os medicamentos serão excetuados ou não, isso nós não sabemos”, disse.

Napp também demonstrou preocupação com o recente posicionamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O órgão decidiu excluir os benefícios do ICMS da base de cálculo do Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

Apesar de a medida apresentar baixo impacto para a Panvel, Napp acredita que outas empresas do setor que acessam mais benefícios fiscais podem ser mais afetadas. “O impacto possível se essas mexidas efetivamente acontecerem é pequeno no nosso caso. Existem alguns players que têm mais benefícios do que nós, é verdade, esses talvez sejam mais afetados”, afirmou.

Reforma tributária não altera apostas da Panvel

Embora a reforma tributária seja motivo de incertezas, a Panvel mantém sua aposta no potencial dos mercados de genéricos e não medicamentos, o que inclui investimentos em marca própria. De acordo com Napp, os genéricos vêm sendo determinantes para o aumento da margem bruta da varejista, por permitir maior negociação com fornecedores.

O CFO, porém, ressalta que a estratégia da Panvel para os genéricos não leva a uma canibalização da venda de medicamentos de marca.

“A gente está observando que o cliente de marca continua comprando os seus produtos, a gente tem programas específicos para esses clientes, acompanhamos toda a sua jornada, são clientes com doenças crônicas. Já o genérico tem esse papel de popularizar, atender o bolso e trazer novos clientes”, analisa.

Expansão focará na Região Sul

Napp também reiterou a meta de abrir 60 novas lojas neste ano, mas com foco na Região Sul. O executivo, entretanto, não descarta a expansão em São Paulo. “Em São Paulo, as lojas têm uma venda média muito alta, de aproximadamente R$ 1 milhão, é muito mais do que faturam as unidades no Sul”, concluiu.

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