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Parceria paranaense para testar vacina russa não sai do papel

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A parceria entre o governo do Paraná e os russos para o desenvolvimento e a fabricação da vacina Sputnik V, do Fundo Direto de Investimento Russo/Instituto Gamaleya, através de parceria com a Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná), se tornou uma grande indefinição. Enquanto o governo russo anunciou eficácia de 91,4%, segundo relatório final da fase 3 do estudo do imunizante, nesta segunda-feira (14), os deputados estaduais do Paraná, membros da Frente Parlamentar do Coronavírus, apresentaram e aprovaram relatório em que aponta que houve uma revisão da estratégia dos estrangeiros, que formalizaram parceria com uma indústria farmacêutica privada, o que paralisou as tratativas com o Tecpar. O tema segue indefinido, apesar de o governo não parecer querer entregar os pontos.

Em entrevista ao canal Globonews, o governador Ratinho Junior (PSD) falou que não depende do Estado o prosseguimento dos trabalhos. “Quem vai dizer a data para o início da fase 3 é a Anvisa. O Tecpar só vai tomar alguma medida e alguma ação se tiver todos os dados cientificamente comprovados para ter algum avanço. Eu não vou fazer do paranaense um povo cobaia”, afirmou. O chefe do Executivo ainda ressaltou que somente com imunizantes de várias empresas será possível atuar em escala mundial. Em nota, a Tecpar afirma que “o governo do Paraná definiu como estratégia para iniciar os procedimentos da fase 3 dos estudos clínicos da Sputnik V no Brasil a finalização da terceira fase de testes na Rússia”.

O retrato apontado pelos deputados, no entanto, mostra uma situação bem mais complexa. O documento coordenado por Michele Caputo (PSDB) afirma que, após reunião e visita ao Tecpar em 20 de novembro, ficou informado que “fundo russo está avaliando qual a função de cada parceiro, e o governo do Estado irá avaliar se será pertinente a continuidade da parceria”. O acordo ainda inclui transferência de tecnologia e a produção local, mas a estrutura da instituição paranaense precisaria de investimentos para operar tamanha empreitada. “Seria necessária a construção de uma nova planta, multivacinas, cujo anteprojeto já foi protocolado junto ao Ministério da Saúde em busca de recursos para sua execução. A estimativa de custo desta obra giraria em torno de R$ 1,2 bilhão”, aponta o relatório. O investimento traria o Tecpar para o patamar de instituições nacionais como o Butantan e a Biomanguinhos, da Fiocruz.

Fonte: Bonde

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Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/10/29/vacina-russa-fabricada-no-brasil-sera-vendida-por-ate-us-5-em-toda-a-america-latina/

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