Um levantamento do Instituto Locomotiva, encomendado pelo Itaú Empresas, jogou luz sobre um dado alarmante. Mais da metade dos pequenos e médios empreendedores já sofreram com algum problema de saúde ligado ao trabalho. As informações são da Você S/A.
A pesquisa apontou que 52% dos entrevistados revelou ter comprometido seu bem-estar por causa da alta demanda de trabalho. O estresse e a sobrecarga são dois dos grandes vilões. Na análise por gênero, 53% das empreendedoras apontaram conviver com o estresse e o cansaço afeta 46%. Já entre os homens, a porcentagem é de, respectivamente, 47% e 42%
A sobrecarga não é para menos. Afinal, 98% dos entrevistados disseram ser os responsáveis pelas decisões de cinco áreas diferentes da empresa. E deste total, 37% indicaram que assumem sozinhos essa responsabilidade. “Essas estatísticas reforçam como os gestores estão sobrecarregados e o tamanho do desafio de manter suas empresas progredindo em um ambiente cada vez mais competitivo”, analisa o diretor de estratégias e produtos para PMES do banco, Cadu Peyser.
A pesquisa entrevistou 1.001 empreendedores que administram negócios com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 50 milhões. A pesquisa foi realizada entre julho e agosto deste ano.
Pequenos e médios empreendedores sacrificam tempo com a família e finanças
Outras duas queixas dos pequenos e médios empreendedores chamaram atenção no questionário – a falta de tempo com a família e o efeito de crises empresariais na vida financeira pessoal. Segundo a pesquisa, 62% dos entrevistados gostariam de passar mais horas ao lado de seus familiares e 60% admitem que já misturaram as finanças pessoais com as do negócio.
Apesar dos desafios, o empreendedor brasileiro tem sim motivos para ser otimista. O estudo apontou que, até 2025, cerca de 60% dos gestores deseja expandir seus negócios. E 79% dos respondentes enxergam com bons olhos o momento atual da empresa. A dúvida que fica é se o sentimento positivo com os negócios poderá reverberar na vida pessoal.