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Pesquisadora da UFMG utiliza software para tentar encontrar medicamento contra a Covid-19

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Noites em claro atrás de um medicamento capaz de inibir a ação do coronavírus no organismo. Desde o início da pandemia, a pesquisadora do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ludmila Ferreira, se debruça horas por dia sobre um computador na tentativa de encontrar respostas para o combate à doença.

“Para fazer este trabalho, fiquei noites sem dormir, tentando fazer análises para terminar o mais rápido possível. Os dados de pesquisas sobre o vírus vão aparecendo, mudando muito rápido. E também tem a questão do pesquisador querer ser o primeiro a fazer a descoberta para chegar à fase dos testes pré-clínicos e clínicos logo”, falou.

Ludmila utiliza um software, com um grande banco de dados, que é capaz fazer estudos de possibilidades e combinações de medicamentos para detectar, antes de iniciar testes em animais e em pessoas, os efeitos positivos e negativos no organismo.

“Desde 2010, eu uso um software que tem banco de dados imenso. E é um banco de dados que vai sendo alimentado. Se eu quero saber de alguma infecção viral, por exemplo, consigo construir redes de interação entre as drogas possíveis e a reação das moléculas do nosso organismo. Todo achado no software, o programa calcula estatisticamente o que é possível de acontecer”, explicou.

“Desde 2010, eu uso um software que tem banco de dados imenso. E é um banco de dados que vai sendo alimentado. Se eu quero saber de alguma infecção viral, por exemplo, consigo construir redes de interação entre as drogas possíveis e a reação das moléculas do nosso organismo. Todo achado no software, o programa calcula estatisticamente o que é possível de acontecer”, explicou.

A partir deste programa, ela conseguiu descobrir quatro drogas promissoras para o tratamento da Covid-19, que já apresentaram bons resultados e poucos efeitos colaterais. “Com o software, consigo ver a rede de interação entre estes compostos e as moléculas do corpo humano, para tentar predizer o que vai acontecer se a pessoa tomar estas drogas”, falou.

O passo seguinte da pesquisa é dado em parceria com Lúcio Freitas Junior, professor do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade do Estado de São Paulo. Células infectadas pelo vírus receberam dosagens das drogas selecionadas por Ludmila e, com um equipamento, o pesquisador conseguiu verificar o comportamento de células infectadas e também do vírus.

“Os resultados dos testes in-vitro foram dentro do esperado. Quando for passar para pré-clínico em animais, por exemplo, já vai ser possível saber o mecanismo de ação da droga”, comemorou Ludmila.

“Os resultados dos testes in-vitro foram dentro do esperado. Quando for passar para pré-clínico em animais, por exemplo, já vai ser possível saber o mecanismo de ação da droga”, comemorou Ludmila.

A próxima etapa é o teste em animais de laboratório, que é chamada a fase pré-clínica. Depois deste estágio, apresentando boas respostas, as drogas são liberadas para testes em humanos. Só quando os resultados são positivos nesta última etapa é que podem ser direcionadas para o tratamento da doença.

Dos quatro medicamentos que tiveram melhores respostas, três já existem no mercado, o que pode contribuir para acelerar a finalização de todas estas etapas, segundo a pesquisadora.

“Como todos são remédios que já são aprovados para tratar alguma doença, este processo agora é de reposicionamento de drogas. Se funcionar, o processo de reposicionamento é mais rápido, porque já passou por todos os testes de segurança”, afirmou.

Fonte: G1 

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