Depois do sucesso dos remédios à base de semaglutida, os medicamentos com inteligência artificial são a nova aposta da Novo Nordisk. As informações são do Terra.
A indústria farmacêutica dinamarquesa irá investir US$ 600 milhões (cerca de R$ 3 bilhões) em um contrato com a Flagship Pioneering.
A empresa que recebe o aporte é a dona da startup Metaphore Biotechnologies, cuja atuação é focada em pesquisas biotecnológicas, com especial foco na produção de novas fórmulas farmacológicas.
O objetivo da indústria é acelerar o processo de pesquisa de novos candidatos a medicamentos, por meio do uso de algoritmos de machine learning. Com esses recursos, a solução consegue replicar como um medicamento funciona e otimizar suas propriedades.
Medicamentos com inteligência artificial e foco na obesidade
Segundo a Reuters, a Novo Nordisk quer que os medicamentos com inteligência artificial repliquem o sucesso do Ozempic.
Para tanto, a indústria planeja descobrir dois novos medicamentos destinados ao emagrecimento (uso off-label do Ozempic) com o auxílio da tecnologia.
O porquê é simples de entender. As vendas da caneta para o controle do diabetes tornaram a farmacêutica a empresa mais valiosa da Europa e inúmeros laboratórios tentam surfar na onda desses fármacos.
Inteligência artificial é a bola da vez
A possibilidade de desenvolver medicamentos com inteligência artificial também vem atraindo a academia. A Universidade de Cambrige, por exemplo, está estudando um remédio para a doença de Parkinson.
Segundo os pesquisadores da instituição de ensino, os novos fármacos para a condição podem ser disponibilizados até dez vezes mais rápido com o uso da tecnologia.
Por meio da técnica de machine learning, a IA analisou a biblioteca química de maneira mais ágil e conseguiu identificar cinco compostos que podem apresentar resultados promissores.