Procura por medicamentos sem eficácia contra a Covid-19 aumentam até 280% no Pará

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A venda de hidroxicloroquina e ivermectina, remédios sem a eficácia comprovada contra a Covid-19, quase que quadruplicaram no Pará na pandemia. De acordo com dados do Conselho Regional de Farmácia (CRF) durante o ano de 2020, a busca por esses medicamentos cresceu até 280% no estado.

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Segundo o CRF, em 2020 foram vendidos 45.531 unidades de sulfato de hidroxicloroquina. Já em 2019, o número havia sido 17.416. Durante o período houve um aumento de 161% na venda do medicamento.

Já em relação à ivermectina, o aumento foi ainda maior. Em 2019, foram vendidas 546.120 unidades. No ano seguinte, as vendas aumentaram para 2.077.330. Um crescimento de 260%.

A busca pelo medicamento fez com que pacientes com doenças crônicas, que precisam das substâncias para o tratamento, tivesses dificuldades para conseguirem o remédio. Vanessa Nascimento, diagnosticada com Lupus, doença inflamatória autoimune, disse que chegou a comprar 30 comprimidos de hidroxicloroquina por R$ 400.

“Eu me vi em desespero porque eu não encontrava com tanta facilidade que eu tinha antes nas farmácias. A gente só tinha opção de comprar na de manipulação por um preço abusivo”, explica.

“Eu me vi em desespero porque eu não encontrava com tanta facilidade que eu tinha antes nas farmácias. A gente só tinha opção de comprar na de manipulação por um preço abusivo”, explica.

Os medicamentos fazem parte de um kit Covid, voltado ao suposto “tratamento precoce” da doença. No entanto, estudos científicos apontaram que essas substâncias não possuem nenhuma eficácia contra a Covid-19. Os estudos foram referendados por entidades médicas, de pesquisa e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

No entanto, muitos médicos, mesmo contra as recomendações, continuam indicando as substâncias para o tratamento da doença. Sobre a situação, o CRF informou que vem acompanhando as discussões com os profissionais, mas adverte: não há comprovação científica de que a hidroxicoroquina e a ivermectina sejam eficazes no tratamento contra a Covid-19.

Fonte: G1.Globo

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