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Projeto de saúde completa 10 anos de atuação com ampliação do serviço

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Prestar assistência oftalmológica, por meio de consultas, aos professores e estudantes das escolas da rede estadual de ensino, oferecendo oportunidades e dando acesso aos alunos como maneira de fomentar o avanço educacional e a inclusão social. Esse é o objetivo do Projeto Boa Visão, iniciativa intersetorial entre as Secretarias Estaduais de Saúde (SES-PE), Educação (SEE) e o Laboratório Farmacêutico de Pernambuco (Lafepe) que completa dez anos de atuação. Criado em 2012, o programa já ofertou 114.375 mil consultas oftalmológicas e 65.292 mil óculos corretivos confeccionados pelo Lafepe.

Instituído pela Lei Estadual nº 14.511, o projeto celebra os dez anos de existência com ampliação do serviço prestado à população. Agora, o Boa Visão contemplará a I Região de Saúde, composta por 20 municípios localizados na Região Metropolitana do Recife (RMR). ‘Inauguramos recentemente o projeto no Hospital Geral de Areias (HGA). Os alunos que forem triados com indicativo de possível erro refrativo, são encaminhados para a UPAE de referência mais próxima e agora também para o HGA’, pontua a analista em saúde do Projeto Boa Visão, Beatriz Andrade.

Além de ofertar consultas oftalmológicas e, constatando a necessidade, entregar óculos corretivos, o Boa Visão tem outra premissa: reduzir as taxas de evasão e repetência, bem como fortalecer o desenvolvimento profissional de docentes e funcionários da rede. ‘Promover o acesso a consultas oftalmológicas para as escolas estaduais, possibilitando fazer grandes triagens populacionais e resolvendo casos de doenças como baixa visão, por exemplo, é fundamental para melhorar a qualidade de vida das crianças e oferecer garantia a sua permanência no sistema educacional. Muitas vezes o desinteresse do aluno na sala de aula é causado por não conseguir enxergar. São dez anos de muito trabalho e emoção constante. Lembro de um mutirão que fizemos em Arcoverde, em que uma criança tinha seis anos e um grau 13 de miopia. Quando a criança recebeu os óculos, ninguém se conteve, nem a própria criança que teve uma crise de riso com tanta felicidade em poder enxergar direito pela primeira vez’, comenta a diretora de Políticas Estratégicas da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), Mayra Ramos.

O Projeto ainda ressalta a importância na oportunidade de descobrir doenças congênitas no momento da consulta, já que muitos dos alunos têm acesso a consulta oftalmológica pela primeira vez por conta da iniciativa. ‘Já nos deparamos com casos graves de catarata congênita e glaucoma, onde foi detectado e o paciente direcionado para tratamento adequado. É muito bom você conseguir, com uma equipe qualificada, e por meio de um projeto do Sistema Único de Saúde (SUS), detectar pela primeira vez uma doença que muitas vezes é reversível. Promover esse acesso é evitar a cegueira desse aluno no futuro’, reforça a diretora de Políticas Estratégicas.

PANDEMIA – Em decorrência da pandemia da Covid-19, o Boa Visão precisou ser suspenso em 2020, retornando às suas atividades em agosto de 2021. ‘Para o retorno, precisamos fazer uma adaptação nos atendimentos e, agora, eles são feitos todos de forma escalonada, com horário específico de agendamento, reduzindo o atendimento por turno para não causar aglomeração’, pontua Beatriz Andrade.

ATENDIMENTOS – Ao longo dos dez anos de projeto, foram feitos quatro mutirões de atendimento, contemplando os municípios de Caruaru e Garanhuns, no Agreste pernambucano, e Arcoverde e Salgueiro, no Sertão do Estado. Foram feitas 12.874 consultas e 7.769 óculos doados pelo Lafepe. Atualmente, o projeto realiza mais de 1 mil atendimentos mensais nas Unidades Pernambucanas de Atendimento Especializado (UPAEs) nas cidades de Afogados da Ingazeira, Arcoverde, Belo Jardim, Caruaru, Garanhuns, Limoeiro, Petrolina, Serra Talhada e Recife. O projeto também se estende ao sistema prisional de Pernambuco. De 2018 até março de 2022, já foram ofertadas mais de 200 consultas oftalmológicas e 178 óculos corretivos na rede.

Fonte: Tribuna Nordeste

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