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Proteção contra febre amarela está acima do receio da vacina

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uldade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, e que, em meio a alguns temores das pessoas em se tomar ou não a vacina, adverte que “é muito mais perigoso não estar imunizado”.

De acordo com o especialista, a vacina deve ser tomada por todas as pessoas vulneráveis (que nunca tiveram febre amarela ou que não tenham tomado a vacina anteriormente), devendo ser excluídas pessoas em extremos de idade, com imunodeficiência permanente ou transitória e as que têm alergia a ovo.

Em relação aos tipos de doses ofertadas, a padrão ou a fracionada, Fernando Ruiz explica que as duas estratégias são passíveis de se atingir a eficácia esperada. Ele lembra que no Brasil não houve aplicação de dose fracionada no passado, portanto quem já tomou a vacina não precisa tomar novamente.

Mas diante das incertezas sobre quem deve ou não se imunizar contra a febre amarela, Fernando Ruiz orienta ser muito importante que cada pessoa, com dúvida sobre a sua situação, recorra ao seu médico ou equipe, para esclarecimentos que se façam necessários. Isso serve também para as pessoas que fazem uso de drogas imunossupressoras, que com frequência devem ser interrompidas antes da aplicação da vacina.

E embora cada pessoa deva recorrer à orientação médica para saber se pode ou não tomar a vacina contra a febre amarela, o infectologista cita que as pessoas que vivem com o HIV/aids e possuem carga viral indetectável e CD4 acima de 350 células, devem ser imunizadas.

Fernando Ruiz enfatiza que a única contraindicação é de alergia a ovo de galinha, que é utilizado na produção da vacina, para atenuação do vírus selvagem. Reações no local da injeção, como dor discreta, vão ocorrer em até 4% dos casos. Outra reações mais graves só ocorrem muito raramente.

Apesar das contraindicações, tomar a vacina é o melhor a se fazer, como explica o infectologista ao afirmar que “o benefício é estar protegido de uma doença que está cada vez mais próxima das pessoas, e que precisa ser contida antes que modifique o seu padrão de transmissão, coisa que todos já sabemos”.

Apesar da importância da imunização, Fernando Ruiz atenta para não se agir com emoção, se referindo assim às grandes filas que se formaram no início da imunização na cidade. Ele comenta ser muito comum pessoas acima da idade preconizada (a idade recomendada é até os 60 anos) quererem tomar a vacina, mas salienta que nesses casos é preciso uma recomendação médica.

Fernando Ruiz também observa a situação oposta, quando o indivíduo, que pode tomar a vacina, tem receio de alguma reação. “Creio que aquelas pessoas que formavam filas já se imunizaram, e agora precisamos convencer os susceptíveis a ajudar no combate à febre amarela. Nossos índices de cobertura vacinal, segundo a Saúde Pública, estão muito abaixo do que se necessita para atingir o bloqueio vacinal que permita impedir o padrão de transmissão da doença”, destacou.

Dia D é neste sábado 

Com a finalidade de ampliar o acesso de pessoas à vacina, que por diversas razões, como trabalho e estudo, não conseguem comparecer durante a semana nas unidades de saúde, a Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria de Saúde (SES), realiza no sábado (24) o “Dia D” de vacinação contra febre amarela, das 8h às 14h, em seis Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade.

A vacinação neste sábado ocorrerá nas UBSs Laranjeiras, Maria do Carmo, Sorocaba 1, Rodrigo, Barcelona e Éden. Serão aplicadas doses fracionadas aos moradores de Sorocaba e para quem viajar para cidades com área de recomendação da vacina. Para os viajantes com destino aos países que exigem a comprovação da imunização contra a doença, será aplicada a dose padrão. O viajante deverá levar documento de identificação com foto, carteirinha de vacinação e comprovação da viagem para o exterior.

Fonte: Cruzeiro do Sul

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