A queda nas vendas da P&G, registrada no quarto trimestre do período fiscal, surpreendeu executivos da companhia. Durante o último ano a empresa adotou uma estratégia de elevar os preços lentamente para manter os clientes preocupados com a alta dos custos. As informações são da Investing.com.
Rivais diretos da P&G, como Nestlé e Unilever, também têm sofrido com os preços elevados. As duas companhias divulgaram, na semana passada, um balanço com um crescimento de vendas inferior às estimativas.
“Há um buraco no setor de consumo, no qual está ficando mais difícil repassar os aumentos de preços”, afirma Don Nesbitt, gerente sênior de portfólio da F/m Investments, que tem participação na P&G. As vendas líquidas da companhia caíram para U$ 20,53 bilhões (R$ 115,70 bilhões), valor inferior aos U$ 20,74 bilhões (R$ 116,88 bilhões) esperados.
Baixa demanda é principal responsável por queda nas vendas da P&G
Apontadas como grandes responsáveis pela queda nas comercializações, as linhas de papel higiênico Charmin e fraldas Pampers apresentaram uma demanda abaixo do esperado.
“O consumidor está se tornando mais criterioso em suas compras, especialmente os de baixa renda”, complementa o executivo.
Adaptações da P&G no mercado
Para retomar o caminho do crescimento a P&G busca se adaptar ao momento do mercado. A realização de diversas promoções e o lançamento de novas linhas de uso diário com baixo custo, como o detergente Tide Evo e as fraldas Luvs Platinum Protection são as principais medidas da companhia para iniciar a retomada.