Queiroga quer que farmácias orientem sobre autoteste

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quarta-feira (12) que espera que as farmácias orientem os compradores a aplicarem o autoteste para covid-10 da forma correta. Também disse que a nota técnica da pasta sobre os exames pode sair nesta semana, segundo reportagem da Folha de S.Paulo.

“O autoteste, desde que a farmácia que venda ele apoie os que compram na realização do teste, orientando-os a realizar o teste de forma correta, e para que seja informado os dados em caso positivo ao Ministério da Saúde, é uma iniciativa que pode se somar ao esforço do Ministério da Saúde e do poder público de uma maneira geral.”

Atualmente, não é permitida no Brasil a venda de exames de antígeno para serem feitos em casa. O exame é feito com a coleta de material no nariz com o cotonete ou por saliva. O autoteste, porém, tem sensibilidade menor do que outros exames (como o PCR) e está sujeito ao erro do paciente não treinado.

França adota autotestes para evitar lotação em farmácias

Com a chegada da ômicron à França, em dezembro, o número de contaminações explodiu: quase 370 mil em 24 horas, de acordo com um balanço da Santé Publique France, a Agência Nacional de Saúde Pública francesa. Essa situação levou o governo francês a mudar sua estratégia para identificar os novos casos de Covid-19. Segundo Martial Fraysse, membro da Academia Francesa de Farmácia, cerca de um milhão de testes são realizados diariamente na França e 300 mil são positivos.

O país produz autotestes, mas importa o restante da China, dos Estados Unidos e da Alemanha para suprir a demanda. “Estamos sobrecarregados e a única solução é a utilização do dispositivo. É uma maneira individual e familiar de gerenciar a epidemia dentro da comunidade”, reitera Fraysse. O produto pode ser encontrado nas farmácias e, desde o início do ano, nos supermercados franceses.

O membro da Academia Francesa de Farmácia concorda com a estratégia adotada pelo Ministério da Educação francês. A margem de erro, diz, é de cerca de 20% de falsos negativos, o que é “aceitável” em um contexto de propagação viral acelerada, como é o caso atual. Hoje, explica o especialista, há tanta demora na confirmação da cepa envolvida na contaminação que essa informação perde sua utilidade na gestão epidêmica.

De acordo com Fraysse, a Noruega foi pioneira na adoção do autoteste na Europa há alguns meses, distribuindo kits para as famílias. Muitas vivem isoladas, longe de farmácias ou laboratório, e o teste caseiro foi uma escolha evidente para o governo na gestão epidêmica. Em seguida, o Reino Unido, atingido em cheio pela ômicron, seguiu o exemplo norueguês.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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