A onda de pedidos de recuperação judicial no setor farmacêutico segue a todo vapor, atingindo especialmente as distribuidoras de medicamentos.
Mais duas empresas desse setor tiveram pedidos deferidos pela Justiça na última semana.
Uma delas foi a Oncofarma, com sede na capital paulista e que recebeu a aprovação na sexta-feira, dia 17. A empresa tem 27 anos de operações com foco na distribuição de medicamentos de especialidades, em especial voltados à oncologia, e abastece clínicas, hospitais e farmácias de especialidades com produtos de players como Blau, Pfizer e Novartis.
Já a Stock Med, distribuidora com base em Santa Cruz do Sul (RS), teve atendida a solicitação de recuperação judicial no dia 16..
Com operações logísticas em todo o Brasil, conta com um catálogo vasto, que inclui produtos hospitalares, diagnósticos e estéticos, além de medicamentos gerais e de oncologia. O acordo de recuperação da Stock Med prevê o pagamento de um montante superior a R$ 51 milhões.
Recuperação judicial no setor farmacêutico: o que explica?
Esses dois pedidos de recuperação judicial no setor farmacêutico somam-se a pelo menos outros 6 processos registrados nos últimos 2 anos.
Fontes ouvidas pelo Panorama Farmacêutico afirmam que a onda de recuperações judiciais, envolvendo tanto distribuidoras regionais como players de grande porte, aponta uma fragilidade do setor – marcado pela elevada concorrência, alta nos custos e estreitamento das margens.
Além disso, praticamente todo o segmento vem sofrendo com a redução de crédito por parte das indústrias e do mercado financeiro.