Rede de farmácias reduz previsão de novas lojas
por Leandro Luize em
Uma grande rede de farmácias anunciou uma redução drástica na previsão de crescimento para 2024. Em Fato Relevante divulgado ao mercado e a acionistas, a Pague Menos revisou de 120 para 30 a previsão de novas lojas para o próximo ano.
Promessa de tempos desafiadores para Jonas Marques, novo CEO da empresa, que assume o cargo em janeiro e encerra o ciclo de liderança da família Queirós.
As projeções consideram apenas as aberturas brutas, isto é, não levam em conta eventuais fechamentos de lojas. Segundo a varejista, a decisão teria sido motivada pelo “contexto de priorização de redução da alavancagem financeira da Companhia e foco na fidelização da integração exitosa da Extrafarma”.
A rede também apresentou como justificativa o cenário atual da economia, com taxas de juros ainda elevadas. O comunicado na íntegra pode ser acessado aqui.
A Pague Menos pondera que antecipou seu plano de expansão a partir da aquisição da Extrafarma, concluída em agosto de 2022. Contabilizando lojas abertas e adquiridas entre os anos de 2021 e 2023 e a nova projeção para 2024, a o portfólio de PDVs foi incrementado em 647 unidades (média de 162 lojas por ano), o que representa crescimento anual médio de mais de 10% no período.
Mas nem tudo são flores, pois não é a primeira vez que a Pague Menos revê suas metas de expansão. O mesmo aconteceu em maio passado, quando a empresa diminuiu de 60 para 20 a previsão de novas farmácias em 2023.
Rede de farmácias convive com oscilações nos cofres
Terceira maior rede de farmácias do país, a Pague Menos contabilizou receita bruta de R$ 8,9 bilhões de janeiro a setembro deste ano – o que representou avanço de 27,6% sobre o mesmo período de 2022. No entanto, o balanço do terceiro trimestre apontou um prejuízo de R$ 48,6 milhões, na contramão do lucro líquido de R$ 107,8 milhões de um ano antes.
A compra da Extrafarma ainda pesa nos cofres da companhia. A Pague Menos anunciou em novembro o fechamento de 20 unidades da Extrafarma. Do total de 400 lojas desta empresa, oito foram fechadas em razão de condições concorrenciais do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e outras 35 foram encerradas desde a aquisição, por razões operacionais.