Na visão dos leitores que participaram da última enquete do Panorama Farmacêutico, um possível advento da telessaúde na farmácia esbarra principalmente em obstáculos regulatórios e na qualidade de atendimento.
Do total de 3.114 profissionais que manifestaram sua opinião, 32% (1.001) apontaram a regulamentação como principal trava, enquanto 24% (739) acreditam que falta excelência dos profissionais para absorver esse trabalho no varejo farmacêutico. Outros 20% (638) enxergam restrições tecnológicas, 12% (371) avaliam que há barreiras culturais e 12% (365) atribuem dificuldades à segurança dos dados.
Cassyano Correr, fundador da plataforma Clinicarx e especialista em assistência farmacêutica, procura analisar o tema sob duas óticas – a telemedicina e a telessaúde. “A primeira diz respeito à teleconsulta em farmácia, que ainda convive com a falta de uma regulação específica, abrindo espaço para diferentes interpretações por parte das Vigilâncias Sanitárias e autoridades de fiscalização. Mas entendo que a adoção desse serviço é um caminho sem volta”, destaca.
Já a telessaúde representa outro universo e bem mais abrangente, por envolver emissões de laudo remoto, múltiplas interações entre paciente, médico e farmacêutico, exames feitos na farmácia com avaliação de um especialista a distância. “A qualidade de atendimento não é uma barreira nesse caso, mas a expansão desse modelo depende do uso intensivo e consciente de várias ferramentas tecnológicas de comunicação”, acrescenta.
Já na parte de cima do mapa…
Nos Estados Unidos, o grande varejo farmacêutico vem reforçando sua participação como hubs de saúde sem enfrentar entraves na legislação. A CVS Health, por exemplo, introduziu ao seu rol de serviços o sistema de alerta médico para auxiliar no monitoramento remoto de pacientes idosos. Um dispositivo ativado por voz permite chamadas 24 horas para cuidadores ou serviços de emergência sem a necessidade de uso das mãos. Os pacientes também podem contar com um aplicativo gratuito, que fornece alertas para quedas ou outras emergências, além de monitorar movimentos, índices de temperatura e qualidade do ar dentro da residência.
A Walgreens vai além e investe nos consultórios médicos como estratégia para fidelizar seus clientes. A rede planeja abrir 40 clínicas em suas lojas até o fim de 2021, em parceria com a Village Medical e em estados relevantes como Arizona e Flórida. Até 2025, o objetivo é contar com 500 a 700 espaços do gênero. O projeto de expansão foi impulsionado pelo sucesso dos cinco primeiros consultórios em funcionamento na cidade de Houston.
Com áreas que variam de 300 m² a 800 m², as clínicas asseguram, além das consultas, serviços como medição de pressão, testes de glicemia e vacinação. Aceitam uma ampla gama de opções de seguros de saúde e os pacientes ainda podem usufruir de atendimento por telemedicina e visitas domiciliares, 24 horas por dia por meio da plataforma Walgreens Find Care.
Nova enquete
A nova enquete que está no ar quer saber como sua empresa projeta uma eventual retomada dos eventos e convenções presenciais, movimento que tende a ganhar força a partir do avanço da vacinação e da redução de ocupação nas UTIs por conta da Covid-19.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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