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Remédio contra obesidade deve estrear em lista da OMS

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remédio contra obesidade

Um remédio contra obesidade pode fazer a parte da seleta lista de medicamentos essenciais da Organização Mundial da Saúde (OMS). Seria a estreia dessa área terapêutica na relação. As informações são da CNN.

A decisão final caberá a um comitê de especialistas, que se reunirá entre os dias 24 e 28 de abril. Mas a indústria farmacêutica não esconde o otimismo com a inclusão de medicamentos que têm a liraglutida como princípio ativo.

O rol de medicamentos essenciais da OMS tem atualização a cada dois anos e considera remédios consolidados no mercado e que apresentam eficácia comprovada. A presença de um fármaco nessa lista facilita sua aquisição pelas redes públicas de saúde, com possibilidades de ampliação do acesso a toda população.

Remédio contra obesidade perderá patente este ano

O pedido para incorporar o remédio contra obesidade partiu de representantes de instituições de pesquisa dos Estados Unidos. Um dos argumentos favoráveis é a expiração da patente, que vai acontecer ainda este ano. Isso quer dizer que, a partir de junho de 2024, versões genéricas do medicamento poderiam chegar ao mercado.

O mais famoso medicamento à base de liraglutida é o Saxenda, da Novo Nordisk. A aplicação é diária e se dá através de canetas. Mas seu custo em farmácias brasileiras ainda está próximo da casa de R$ 700.

Como age o remédio contra obesidade à base de liraglutida

O remédio contra obesidade que tem liraglutida na formulação limita os efeitos do hormônio regulador do apetite, o GLP-1, e estimula a liberação de insulina no organismo. Com isso, diminui a concentração do açúcar no sangue, retarda o tempo de passagem dos alimentos pelo intestino e ainda ajuda a emagrecer. Desde 2014, os Estados Unidos comercializam o produto com foco em emagrecimento e também para casos envolvendo sobrepeso.

Remédio contra obesidade sofre com carência no Brasil

A presença de um remédio contra obesidade na lista de medicamentos essenciais da OMS atenuaria o cenário desafiador da rede pública de saúde no Brasil.

Segundo informações da Folha de S.Paulo veiculadas em maio do ano passado, o SUS estava sem disponibilidade de medicamentos para obesidade, mesmo com produtos já aprovados pela Anvisa – como sibutramina, orlistate e liraglutida 3 mg.

Os medicamentos para obesidade são prescritos para casos mais graves que podem ocasionar doenças associadas ou demandar, no futuro, cirurgia bariátrica. A obesidade é calculada por meio do IMC (Índice de Massa Corporal), que consiste na divisão do peso pela altura ao quadrado. Quando o valor fica acima de 30, o indivíduo é considerado obeso. Atualmente, estima-se que 22% de brasileiros adultos tenham essa condição.

Uma estimativa indica que em 2030 o país terá 30% da sua população adulta vivendo com a condição. A situação também pode afetar principalmente a população mais pobre que depende mais da saúde pública para utilizar os medicamentos para obesidade em caso de indicação médica.

Conitec avaliou os medicamentos para obesidade

Para que um remédio seja adicionado ao sistema público de saúde, ele precisa passar antes por uma avaliação na Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS).

A comissão analisa diversos aspectos, como as evidências científicas de eficácia e os custos que a incorporação pode representar. Para a sibutramina, por exemplo, o órgão afirmou, em relatório de 2020, que “as evidências trazidas não foram suficientes”.

A Conitec alegou que foi desfavorável à incorporação da sibutramina para casos de obesidade “por considerar existirem incertezas quanto ao benefício atribuído ao medicamento e tendência de recuperação do peso perdido ao longo do tempo”. A comissão também citou os eventos adversos que podem acontecer com o uso do remédio e o impacto orçamentário que ele teria.

Justificativa semelhante foi dada para o orlistate, que também não obteve recomendação para ser incorporado ao SUS. A comissão destacou que ainda não avaliou a liraglutida porque não houve pedidos para análise até o momento.

Enquanto isso, a obesidade convive com sérias barreiras para adesão ao tratamento, criando uma autêntica bomba-relógio na saúde brasileira.

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