Os resíduos da indústria farmacêutica agora podem ajudar a reflorestar áreas devastadas. O engenheiro ambiental Gabriel Estevam Domingos usou cápsulas de colágeno descartadas para acomodar sementes, que podem ser distribuídas em larga escala. As informações são do G1.
Além de dar um destino correto para as cápsulas, o projeto também facilita o reflorestamento de áreas devastadas por queimadas ou erosão, ou então que ficam em regiões de difícil acesso.
“Nós trazemos essas cápsulas para o laboratório, colocamos sementes. Essas sementes que estão aqui, elas vieram do Pará, do bioma Amazônico. Todas são árvores nativas”, comenta o engenheiro, que atua como diretor de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Ambipar.
“Em contato com a água, (a cápsula) fica basicamente como nosso organismo. Ela rapidamente acaba sendo derretida, dissolvida, fazendo com o que está aqui dentro seja disperso”, completa.
Resíduos da indústria farmacêutica são espalhados por drones
Com o auxílio de drones semeadores, as biocápsulas, que uma vez foram resíduos da indústria farmacêutica, são plantadas de forma remota. Segundo o pesquisador, cada drone consegue transportar quase 3 mil cápsulas em um único voo.
A própria aeronave registra imagens e coordenadas para observar o avanço da iniciativa. Mais de 500 mil unidades foram plantadas em áreas da Amazônia e da Mata Atlântica.
“São resíduos que antes eram inutilizados. Eles voltam para a cadeia produtiva, transformando resíduo em árvore”, destaca Domingos.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico