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Rio é a capital brasileira com o maior número de gestantes mortas pela Covid, diz estudo

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O Rio de Janeiro é a capital brasileira com o maior número de gestantes mortas pela Covid-19. Ao todo, 76 grávidas morreram na cidade por conta da doença desde o início da pandemia.

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O levantamento feito pelo Observatório Obstetrício Brasileiro apontou ainda que a taxa de mortalidade de gestantes em todo o Estado do Rio de Janeiro é de 20,88%.

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Ou seja, a cada cinco casos de Covid entre mulheres grávidas ou que acabaram de dar à luz, uma morreu.

A taxa de mortalidade no estado é mais do que o dobro da relação de óbitos no Estado de São Paulo, por exemplo.

Sem acesso à UTI

Além do alto número de óbitos de gestantes com Covid no Rio de janeiro, o estudo também indicou que o estado não conseguiu oferecer um atendimento médico adequado para todas essas mulheres.

Uma a cada três gestantes que morreram por Covid no Rio não teve acesso a um leito UTI. Desse total, 47,62% das grávidas não chegaram a ser intubadas.

Ana Carolina estava grávida de oito meses quando foi internada com a Covid-19. Ela fez um parto de emergência e Nicolas nasceu prematuro. Contudo, ela não resistiu à doença.

“Infelizmente não foi possível. Eu fiquei com meus três filhos, um de três meses agora”, comentou o pai Anderson.

“Infelizmente não foi possível. Eu fiquei com meus três filhos, um de três meses agora”, comentou o pai Anderson.

A doença também foi fatal para Elizangela e os dois bebês que ela carregava na barriga.

Alisson e Bernardo morreram junto com a mãe antes do parto. Erinaldo, o pai dos gêmeos, perdeu a família para a Covid.

“É realmente difícil esse momento no qual ainda estou passando. Eu sinto muita saudade pela perda da minha esposa, dos meus filhos, e realmente esse Covid veio para acabar com muitas famílias, como acabou com a minha, minha esposa, meus filhos gêmeos, que seriam meus primeiros filhos’, disseram Erinaldo.

Vacinação de gestantes

A Prefeitura do Rio autorizou nesta terça-feira (29) que grávidas que tomaram a vacina da AstraZeneca contra a Covid na primeira dose recebam a da Pfizer na segunda aplicação.

É a primeira capital brasileira a adotar a combinação de imunizantes. A AstraZeneca foi suspensa para gestantes em maio, por ‘reação adversa’.

“As gravidas estão expostas à Covid-19, a mortalidade foi muito mais alta e na avaliação do nosso comitê científico é correto a gente liberar essa opção para os médicos e para as gestantes tomarem se assim desejarem”, disse secretário Daniel Soranz.

“As gravidas estão expostas à Covid-19, a mortalidade foi muito mais alta e na avaliação do nosso comitê científico é correto a gente liberar essa opção para os médicos e para as gestantes tomarem se assim desejarem”, disse secretário Daniel Soranz.

Resultados preliminares de estudos internacionais, citados pelo comitê científico do município, dizem que a mistura das doses traz resultados eficazes contra o coronavírus.

Para receber a vacina, cada grávida terá de procurar seu obstetra e levar um atestado para que receba a dose de reforço – respeitando a janela de três meses.

Grávidas tinham que esperar

Desde maio, segundo recomendação da Anvisa, a vacinação com doses da AstraZeneca para grávidas foi suspensa. A agência explicou que o próprio fabricante a alertou sobre uma ‘suspeita de evento adverso grave de AVC’ que matou uma gestante e o bebê.

A partir de então, futuras mamães estavam sendo imunizadas, na primeira dose, apenas com CoronaVac ou Pfizer.

Para as grávidas que já tinham tomado uma AstraZeneca, a recomendação do Ministério da Saúde era esperar o fim da gestação e do puerpério – um mês e meio após o parto – para receber a segunda dose do mesmo imunizante.

“A gente tem a segurança de que não há nenhum problema grave em fazer a intercambialidade dessas vacinas. Ou seja, é seguro em fazer e também não há nenhuma perda de eficácia. Pode ser até que exista um ganho de eficácia, a gente ainda precisa de mais dados. Mas com certeza não há perda de eficácia. Então elas podem ser intercambiadas com segurança” comentou o infectologista Alberto Chebabo.

Fonte: G1.Globo

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