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Risco de inflamações no coração após vacinação contra Covid-19 é raro, aponta estudo

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O risco geral de miopericardite, uma inflamação conjunta do músculo cardíaco e do pericárdio (a membrana que envolve o coração), é muito baixo em pessoas que foram vacinadas contra a Covid-19. Isso é o que aponta um novo estudo divulgado nesta segunda (11) pela revista científica The Lancet Respiratory Medicine.

Na pesquisa, os cientistas analisaram mais de 400 milhões de doses de vacinação em bancos de dados internacionais para comparar o risco de desenvolvimento da doença após a vacinação contra a Covid-19 versus a imunização contra outras doenças, como a gripe e a varíola.

A análise mostrou então nenhuma diferença estática de relevância. No caso da imunização contra Covid, a incidência geral de miopericardite foi de 18 casos por milhão de doses, enquanto para outras vacinas, como a da gripe, o índice foi maior: 56 casos por milhão.

‘O risco de eventos tão raros deve ser equilibrado com o risco de miopericardite por infecção e esses achados devem reforçar a confiança do público na segurança das vacinas contra a Covid-19’, disse Kollengode Ramanathan, intensivista cardíaco do National University Hospital, em Cingapura, e um dos autores do estudo.

‘O risco de eventos tão raros deve ser equilibrado com o risco de miopericardite por infecção e esses achados devem reforçar a confiança do público na segurança das vacinas contra a Covid-19’, disse Kollengode Ramanathan, intensivista cardíaco do National University Hospital, em Cingapura, e um dos autores do estudo.

No ano passado, até o mês de agosto, os Estados Unidos reportaram cerca de 2.600 casos da inflamação conjunta do coração após a vacinação contra a Covid, principalmente em homens mais jovens, após a 2ª dose de uma vacina de mRNA, como a da Pfizer.

De acordo com um relatório sobre o tema divulgado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, os dados mostram que a maioria dos pacientes se recuperou dos sintomas logo após o relato dos casos ou durante a fase de acompanhamento (cerca de 77%).

Também segundo a Organização Mundial da Saúde, a OMS, a maioria das pessoas se recupera totalmente após esses episódios, sem a necessidade de tratamento ou apresentação de sintomas duradouros. Por isso, a entidade ressalta que os benefícios das vacinas que utilizam essa tecnologia ‘superam em muito’ o risco de miocardite e pericardite, prevenindo mortes e hospitalizações.

De acordo com Jyoti Somani, especialista em doenças infecciosas do National University Hospital, e coautora do estuda da Lancet, essa ocorrência de miopericardite após a vacinação contra outras doenças pode sugerir que essa condição é um efeito colateral dos processos inflamatórios induzidos por qualquer vacinação, não somente contra a Covid.

‘Isso também destaca que os riscos de eventos adversos infrequentes devem ser compensados ??pelos benefícios da vacinação, que incluem um menor risco de infecção, hospitalização, doença grave e morte por COVID-19‘, disse a pesquisadora.

‘Isso também destaca que os riscos de eventos adversos infrequentes devem ser compensados ??pelos benefícios da vacinação, que incluem um menor risco de infecção, hospitalização, doença grave e morte por COVID-19’, disse a pesquisadora.

No Brasil, seguindo as orientações da OMS, a Anvisa mantém a recomendação de continuidade da vacinação com a vacina da Pfizer.

Fonte: G1.Globo

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