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Seis insights da NRF 2021 para o varejo farmacêutico

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Seis tendências fundamentais para sobrevivência do varejo farmacêutico, segundo a Deloitte

Covid-19, resiliência produtividade, inteligência artificial, transparência de dados, tecnologia, ESG e as mudanças na jornada do consumidor. Essas foram algumas das pautas do Seminário Digital pós-NRF, realizado na última sexta-feira, dia 5, pela BTR-Varese, e extraídas do evento promovido pela National Retail Federation.

Em função da pandemia da Covid-19, pela primeira vez, a maior feira de varejo do mundo ocorreu de forma online em janeiro e foi denominada NRF 2021 – Retail´s Big Show – Chapter One. Os sócios da BTR-Varese, Alberto Serrentino e Eduardo Terra, elencaram seis macrotendências, reflexões e desafios para o varejo brasileiro e mundial.

 

1 – Aceleração digital do varejo (vários anos em poucos meses)

Catalisado pela pandemia, o movimento de transformação digital que já vem sendo discutido há pelo menos cinco anos em todos os eventos do varejo, teve uma aceleração radical. “Assistimos em 2020 a uma inovação saindo da teoria e indo para a prática em empresas de todos os segmentos, desde supermercado a farmácias, se digitalizando de maneira rápida e relevante e trazendo resultados para os seus negócios”, ressalta Terra.

Dados da Nielsen/ E-bit e do Ipsos revelam:

– 7 milhões de novos consumidores digitais em 6 meses (janeiro a junho/2020)

– 17 milhões em 18 meses (janeiro/2019 a junho/2020)

– 41 milhões de consumidores digitais brasileiros até junho de 2020

– 57% dos brasileiros dizem comprar mais online agora do que antes da pandemia

 

2 – Mudanças na jornada de compra do consumidor

– Pesquisa realizada pela Accenture em parceria com o Facebook, em agosto de 2020, revelou que 83% dos brasileiros utilizam o WhatsApp em alguma parte da jornada de compras de produtos e serviços

– Segundo o estudo Panorama Mobile Time/ Opinion Box, o WhatsApp é o aplicativo no qual o brasileiro passa mais tempo ao longo do dia (29%), seguido pelo Instagram (24%) e Facebook (20%).

– Levantamento realizado pelo banco Goldman Sachs revelou um crescimento de 84% no volume de downloads de aplicativos de varejo por consumidores brasileiros

– 48% dos consumidores descobriram novas marcas via redes sociais, segundo estudo da Oracle

“Um conceito bastante discutido nas palestras da NRF foi a expressão “proteja a experiência”, destaca Terra. “Ou seja, evidencie aqueles atributos ligados à Covid-19 que são relevantes para os consumidores na experiência de compra na loja física – uso de máscara, esforços de limpeza visíveis, limites de ocupação e auto checkout”, acrescenta.

 

3 – Novos modelos de planejamento de demanda e supply chain

Alguns elementos chaves dessa transformação são:

– A necessidade de uma espinha dorsal de tecnologia e dados para sustentar um diferencial competitivo na cadeia de abastecimento e logística

– Inteligência artificial, machine learning e blockchain são elementos que podem trazer, de fato, a inteligência e o diferencial competitivo

– A omnicanalidade traz um aumento de complexidade nessa agenda

 

4 – Novos canais e inovações em modelos de venda

“As novas jornadas de compra passam pela aceleração na maturidade digital do consumidor e pelos novos canais e modalidades de venda”, explica Serrentino.

Fenômenos que ganharam relevância na pandemia:

– Social selling: redes sociais tornam-se marketplaces

– Crowdselling: influenciadores e captadores de clientes

– Entrega local: compra por proximidade e ultraconveniência

– Assinaturas: serviços e recorrência

– Livestreaming/ liveshopping: conteúdo, mídia, entretenimento e compras

– Marketplaces, plataformas e ecossistemas: evolução dos modelos de negócio

– 78% das vendas online no Brasil no primeiro semestre de 2020 foram realizadas por operadores com marketplaces

– Os cinco maiores varejistas online do Brasil operam marketplaces (Magazine Luiza, B2W/ Americanas, Dafiti, Via Varejo e Carrefour)

 

5 – O novo papel da loja física

“Mesmo durante a pandemia, não se abandonou a visão de que a loja tem e terá um papel relevante e estratégico, desde que ela seja reinterpretada e   tenha uma forma diferente de ser medida”, observa Serrentino.

– A loja tem que ser centrada no cliente e orientada por dados

– O PDV deve funciinar como um hub logístico (compre online e retire na loja) e de serviços (grande ferramenta de fidelização como o Minute Clinic, da CVS, o Village Medical da Walgreens e o Walmart Healht. No Brasil, as grandes redes de farmácia também contam com salas de assistência farmacêutica)

– Novo papel da equipe, menos vendedora e mais consultiva

– Loja sem atrito e sem contato

– Varejo proativo: não é mais o cliente que vai à loja, é a loja que vai ao cliente

 

6 – ESG/ Ambiental, Social e Governança

Pauta obrigatória nas estratégias das companhias, as empresas baseadas em propósitos fortalecem seus negócios e viram exemplos pela postura de liderança. E essa cultura leva ao chamado negócio orientado aos stakeholders.

O ESG nunca foi tão importante quanto na pandemia, com a necessidade de tomar decisões rápidas e muito difíceis. Ou as empresas priorizariam o acionista, protegendo o caixa de maneira radical e rompendo contratos. Ou teriam uma visão mais ampla, de entender o impacto em todos os seus stakeholders e proteger não só a sua resiliência econômica e financeira, mas a sustentabilidade de longo prazo e todo o ambiente que a cerca.

“Essa segunda postura foi muito premiada, pois levou as companhias a uma capacidade de reação e de retorno muito mais consistente. Isso molda uma nova visão de negócio, que concilia os interesses do cliente com os das demais partes envolvidas na operação”, finaliza Serrentino.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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