A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou, nesta semana, dois novos medicamentos para o tratamento de pacientes com a Covid-19: o anticorpo monoclonal sotrovimabe e o o medicamento baricitinibe.
Veja também: Como funciona o medicamento baricitinibe, recomendado pela OMS contra Covid grave
De acordo com as diretrizes, o anticorpo monoclonal sotrovimabe deve ser utilizado em pacientes com Covid-19 que não apresentam quadros graves. O uso é indicado apenas para pessoas com maior risco de hospitalização, uma vez que foram encontrados poucos benefícios para pacientes de menor risco, segundo a OMS.
Siga nosso Instagram
Como funcionam os anticorpos monoclonais
O anticorpo monoclonal simula a capacidade do sistema imunológico de combater o novo coronavírus. O fármaco, que atua contra a proteína Spike do SARS-CoV-2, é projetado para bloquear a ligação do vírus com a entrada nas células humanas – etapa essencial para o processo de infecção.
O sotrovimabe é indicado para o tratamento de Covid-19 leve a moderada, em pacientes adultos e adolescentes com 12 anos ou mais. A orientação inclui o uso e que estão em risco de progressão para o estágio grave da doença.
Diferentemente de outros tratamentos para a Covid-19, o sotrovimabe não é indicado para uso em pacientes hospitalizados, que necessitem de tratamento com oxigênio.
Aprovação de diferentes agências sanitárias
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial do sotrovimabe no Brasil no dia 9 de setembro. O medicamento é de uso restrito a hospitais e não pode ser vendido em farmácias e drogarias. A dose recomendada é uma dose única de 500 mg, administrada diretamente pela veia (infusão intravenosa).
Além da Anvisa, autorizaram o uso emergencial do medicamento a agência reguladora dos Estados Unidos, Food and Drug Administration (FDA), e a agência canadense Health Canada.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) emitiu parecer científico apoiando o uso do sotrovimabe como opção de tratamento para a Covid-19.
Outros anticorpos monoclonais
A OMS também realizou uma recomendação semelhante para a associação de dois anticorpos monoclonais, chamados de casirivimabe e imdevimabe.
De acordo com o comunicado da OMS, os especialistas observam que não havia dados suficientes para recomendar um tratamento com anticorpos monoclonais em detrimento de outro e apontaram que a eficácia contra novas variantes do coronavírus, como a Ômicron ainda é incerta.
Fonte: CNN Brasil