O setor de supermercados dá exemplo para outros segmentos e iniciou o processo de formação de um marketplace do varejo. A iniciativa tem a liderança da Abras, já foi aprovada em assembleia e prevê até a criação de um banco digital e um fundo imobiliário.
O projeto tem potencial para beneficiar os 90 mil PDVs associados à entidade, que concentram mais de R$ 550 bilhões em vendas e detêm 7,5% do PIB nacional. A Abras já vem apresentando a ideia em roadshows para investidores e projeta movimentar R$ 8 bilhões em um primeiro momento. German Quiroga, executivo com passagem pelas Americanas, entrará como sócio minoritário da plataforma.
Como funcionará o marketplace do varejo supermercadista?
Os supermercadistas atuarão como vendedores no marketplace e terão acesso aos serviços de distribuição, um braço financeiro e outro imobiliário. Entre as cadeias associadas, 100 redes manifestaram interesse de ingressar na plataforma.
Outra possibilidade é a concepção de uma plataforma educacional e um hub de inovação. As companhias manteriam seus negócios independentes, mas compartilhariam estruturas e serviços em comum no marketplace.
“A união é uma resposta ao ritmo forte de mudanças que passamos após a pandemia. A ideia é criar uma estrutura integrada que permeie várias atividades, como logística e produtos financeiros, reduzindo custos”, enfatizou Rodrigo Segurado, vice-presidente de ativos setorias da Abras, em entrevista ao Valor Econômico.
Por ritmo forte de mudanças, entenda-se avanço da concorrência, motivada por players como Amazon, que até pouco tempo atrás não se enquadravam na lista de competidores.
Marketplace no varejo farmacêutico
Nas farmácias e drogarias, a possibilidade de um marketplace do varejo setorial parece distante da realidade, mas o setor vem se destacando nas vendas por esse modelo de negócio. O varejo farmacêutico está à frente de setores tradicionais na cesta de compras do consumidor de marketplaces, entre as quais os de brinquedos e pet shops, segundo pesquisa da consultoria Driven CX, com apoio das empresas de tecnologia Conecta Lá, Mind Miners e Stibo Systems.
O levantamento reuniu mais de 3,5 mil consumidores e indicou que o varejo farmacêutico já ocupa a sexta posição nas intenções de compras nessas plataformas.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico