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Surto de coceira causado por mariposa já afetou outras regiões do país; veja quais

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A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) emitiu uma nota técnica, nesta quarta-feira (8), confirmando a hipótese de que a mariposa do gênero Hylesia causou o surto de lesões que causam coceira, registradas em ao menos 21 cidades pernambucanas. Além do estado, as mariposas já foram apontadas como causas de outros surtos semelhantes pelo país.

Um dos pesquisadores que auxiliou na descoberta da causa do surto em Pernambuco foi o professor da Universidade Estadual Paulista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Toxinologia Vidal Haddad Junior.

Segundo ele, não há motivos específicos para o aparecimento de surtos e essa mariposa é presente em todo o território brasileiro e, mesmo assim, os casos são bastante incomuns.

“Isso acontece esporadicamente, na época da reprodução dessas mariposas. Isso pode ou não pode acontecer em qualquer lugar do Brasil. Além disso, esse período de reprodução dura muito tempo. Mas o que pode acontecer é de o contato com as cerdas ocorrer muito tempo depois”, o professor.

Em 2019, moradores de Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, relataram lesões e coceira, assim como o que aconteceu em Pernambuco (veja vídeo acima).

Na época, houve suspeita de dengue, mas os médicos apontaram relação com a mariposa, mesma conclusão a que chegaram em 2012, quando houve registros de casos de coceira intensa e lesões na mesma cidade e em Mirabela, também no Norte de Minas.

A mariposa também foi apontada como causa de alergia intensa em quase 200 moradores de Jundiaí, no interior de São Paulo, em 2017.

No mesmo ano, Paranaguá, no litoral do Paraná, registrou mais de 500 casos de pessoas com os mesmos sintomas provocados pelo contato com esses insetos. Na época, o governo do Paraná apontou que houve quase 5 mil casos de alergia ligados a mariposas entre 2010 e 2011 no litoral do estado.

Na Bahia, em 2015, houve uma “invasão” de mariposas no município de Prado, no extremo Sul do estado. Na época, também tiveram pessoas relatando coceira.

“Ela é comum na América toda. Às vezes dá surto na Venezuela. Em 2006, descrevi um caso em que havia uma infestação dessa mariposa dentro de um navio que chegou à Bahia. Os trabalhadores estavam todos arrebentados, porque, no meio do mar, elas não tinham para onde voar”, afirmou o professor.

O caso ao qual Vidal Haddad Junior chegou a ser notificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e foi descrito em um artigo científico. Havia 22 tripulantes no navio, que tinha bandeira filipina. Todos eles foram afetados por dermatites.

Explicação da coceira

A SBD explicou, na nota técnica, que foi comprovada a existência de cerdas liberadas pelas mariposas do gênero Hylesia nos exames feitos em pacientes com lesões e coceira em Pernambuco. Esse material, segundo a nota técnica, pode permanecer na pele por dias e até semanas, causando a dermatite.

As cerdas são liberadas pelas mariposas durante o voo e, assim, entram em contato com a pele, provocando uma reação alérgica com bastante irritação e muita coceira, disse a SBD. Não é necessário o contato direto com o inseto para ser afetado. Basta o voo, que pode liberar as cerdas, levadas pelo ar, ressaltaram os especialistas que assinam a nota.

Outro fator que ajudou os pesquisadores a fecharem o diagnóstico é o fato de não haver sintomas associados à coceira, como ocorre em quadros virais e de infecção. Não há dor de cabeça e mal estar, mas apenas a coceira, que pode durar entre sete e 20 dias, a depender da intensidade das erupções.

Fonte: G1


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