Fique por dentro dos principais FATOS e TENDÊNCIAS que movimentam o setor

UFMG expõe macacos a variantes para verificar eficácia de nova vacina

Acompanhe as principais notícias do dia no nosso canal do Whatsapp

Nas próximas duas semanas, devem sair os primeiros resultados da eficácia da candidata a vacina contra a Covid desenvolvida pela UFMG contra as principais variantes que circulam pelo país. O imunizante, neste momento, está sendo testado em primatas, que foram expostos aos vírus que passaram por mutações.

Veja também: Saiba os argumentos da Anvisa para rejeitar a vacina Sputnik V

A informação foi divulgada por Ana Paula Fernandes, pesquisadora do Centro de Tecnologia em Vacinas e Diagnóstico da UFMG (CT Vacinas), durante live realizada na tarde desta segunda-feira (26) com o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Agostinho Patrus.

Siga nosso Instagram

‘Vacinamos os animais e vamos desafiá-los com as novas variantes. A nossa expectativa é de que vai funcionar contra os diferentes tipos do coronavírus’, afirmou Ana Paula sobre o Spintec, como o imunizante foi chamado pelos pesquisadores. ‘Na semana que vem ou na outra já devemos ter uma avaliação dos resultados’.

A intenção dos pesquisadores é verificar se a nova vacina é eficaz frente a variantes como a P1, identificada inicialmente em Manaus, e a P2, que poderia ter origem no Rio de Janeiro.

De acordo com a reitora da UFMG, Sandra Goulart Almeida, qua também participou da live, a expectativa é que a candidata a vacina tenha os testes clínicos em humanos realizados até o fim de 2021, para que a fase três (que evidencia eficácia) possa ser desenvolvida em 2022. ‘O CT Vacinas trabalha incansavelmente desde o momento em que começou a pandemia’, disse.

A reitora adiantou que já foi iniciado um diálogo entre pesquisadores da UFMG e da Fundação Ezequiel Dias (Funed) para que, no momento em que o imunizante for aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), possa ser fabricado em Belo Horizonte.

Ana Paula explicou que a vacina 100% brasileira poderá ser produzida facilmente, pois o país já possui plantas industriais capazes de fabricá-la. ‘Ela tem um custo benefício muito bom, é barata de ser produzida’, argumentou a pesquisadora, acrescentando que esse imunizante poderá ser seguro para grupos ainda não contemplados pelas outras vacinas, como crianças e jovens.

Os primeiros testes foram realizados em camundongos e 100% deles se mostraram imunizados (não adoeceram ao serem expostos ao vírus). O segundo passo, em primatas, é obrigatório porque os macacos são os animais mais próximos dos seres humanos. Os resultados testam a segurança e a imunogenicidade da vacina.

Fonte:  

Notícias mais lidas

Notícias Relacionadas

plugins premium WordPress