O Brasil está enfrentando a maior epidemia de dengue dos últimos 24 anos. O número de casos atingiu 4,2 milhões, o que já supera a previsão para todo o ano de 2024m, segundo o Painel de Monitoramento de Arboviroses, do Ministério da Saúde.
Essa quantidade representa mais que o dobro dos casos prováveis da doença identificados ao longo de todo o ano passado, que foram 1,6 milhões. O cenário de constantes ondas de calor e chuvas é ideal para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor do vírus da dengue.
Como a vacina ainda não está disponível em larga escala, é crucial utilizar outras estratégias para prevenir as picadas do mosquito, como barreiras físicas (telas, mosquiteiros) e métodos químicos, como inseticidas, repelentes elétricos e repelentes tópicos.
Como escolher o repelente certo para prevenir a dengue
Para escolher o repelente correto, é importante considerar algumas recomendações específicas:
- Substâncias eficazes: Para a proteção contra a dengue, existem três substâncias comprovadamente eficazes: Icaridina, DEET (N-Dietil-m-toluamida) e IR3535.
- Registro na Anvisa: Verifique se o repelente escolhido possui registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Produtos registrados garantem eficácia e segurança na aplicação. Você pode consultar diretamente o site da autarquia para verificar os produtos registrados.
- Formulação dermatologicamente testada: Dê preferência a produtos que passaram por testes dermatológicos. Isso garante que o repelente é seguro para uso na pele, minimizando o risco de reações adversas.
- Composição livre de certos componentes: Evite produtos que contenham parabenos, ftalatos ou álcool em sua composição. Esses componentes podem ser irritantes para a pele ou apresentar outros efeitos indesejados.
- Instruções de uso: Siga sempre as instruções de uso do fabricante quanto à frequência e forma de aplicação. Essas informações são cruciais para garantir a eficácia do produto e a proteção contra picadas de mosquitos.
Repelente faz mal á saúde
Os repelentes de insetos geralmente não causam danos à saúde da maioria das pessoas que seguem todas as recomendações. No entanto, em alguns casos, esses produtos químicos podem desencadear reações adversas, tais como:
- Coceira, vermelhidão e alergias na pele
- Tosse
- Espirros
- Dor de cabeça
- Crises alérgicas, especialmente em indivíduos com problemas respiratórios, como asma
Para reduzir o risco de efeitos indesejados, é importante aplicar o repelente com cuidado e evitar o uso excessivo. Geralmente, as crianças são mais suscetíveis a esses problemas.
Portanto, sempre que possível, a melhor forma de proteger as crianças contra o mosquito da dengue é utilizando repelentes de tomada, mantendo uma distância de pelo menos 2 metros do aparelho com o produto.
Como utilizar repelente contra mosquitos
- Aplique o repelente apenas nas áreas do corpo que estão potencialmente expostas ao mosquito da dengue. As partes cobertas por roupa não precisam ser protegidas. Em média, a área de proteção contra insetos é limitada a 4 cm do ponto em que o produto é aplicado.
- Para crianças, evite aplicar o repelente nas palmas das mãos, pois elas podem levar o produto à boca inadvertidamente. Em adultos, é importante lavar as mãos após a aplicação.
Posso reaplicar o repelente
Cada fórmula de repelente contra a dengue possui um tempo de duração específico, descrito na bula. Portanto, ao longo do dia, pode ser necessário reaplicar o produto.
Quando a pessoa se molha, toma banho, pratica atividade física intensa ou transpira excessivamente, é importante reaplicar a barreira protetora que afasta o mosquito da dengue.
O repelente NexRepel com DEET protege por até 6 horas, enquanto a versão em spray protege por até 2 horas. O produto é eficaz contra o mosquito da dengue, zika vírus e febre Chikungunya, além de atuar contra o Anopheles aquasalis, pernilongos e muriçocas.
Este conteúdo é meramente informativo e não substitui a consulta médica. Para esclarecimento de dúvidas adicionais sobre uma patologia, medicamento ou tratamento, converse com um profissional de saúde de sua confiança. Evite sempre a automedicação