A vacina contra a Covid-19 fabricada pela AstraZeneca não será mais distribuída e fabricada em todo o mundo. Segundo a companhia, a pausa é devida a um “excedente de vacinas disponíveis”. As informações são do portal da Band.
A farmacêutica afirma que, como várias vacinas surgiram de 2020 para cá, a procura pelo imunizante diminuiu. Em 5 de março, ela já havia feito um pedido de retirada voluntária, que entrou em vigor na última terça-feira, dia 7.
Desde junho de 2021, quem produz a vacina no Brasil é o Fiocruz, que firmou um acordo de transferência de tecnologia com a multinacional. Por aqui, mais de 190 milhões de doses foram aplicadas.
Vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca salvou mais de 6,5 milhões de vidas
De acordo com a AstraZeneca, estimativas independentes apontam que, apenas no primeiro ano de uso da vacina, 6,5 milhões de vidas foram salvas. O imunizante foi desenvolvido em 2020, por meio de uma parceria com a Universidade de Oxford.
A vacina foi uma das primeiras a chegar ao mercado, ainda em janeiro de 2021. Ao todo, mais de três bilhões de doses foram distribuídas.
Apesar do sucesso inicial, US$ 4 bilhões (cerca de R$ 22,3 bilhões na cotação da época) em vendas no primeiro ano, em 2023, esse total caiu para apenas US$ 12 milhões (cerca de R$ 58,2 milhões na cotação da época).
Queda na demanda já finalizou outros projetos
Apesar da AstraZeneca ser o player mais significativo a encerrar a produção de uma vacina contra o novo coronavírus devido à baixa demanda, a empresa não foi a primeira a tomar tal decisão.
Considerado o maior produtor de imunizantes no mundo, o Instituto Serum da Índia interrompeu seu projeto ainda em 2022.
Recuo da pandemia afetou toda a indústria
O lucro das maiores indústrias farmacêuticas do mundo caiu no ano passado. Em 2023, as principais empresas do setor lucraram 27% menos do que em 2022, totalizando US$ 99 bilhões (cerca de R$ 480,1 bilhões na cotação da época).
A principal responsável por tal queda foi exatamente a diminuição nas vendas de medicamentos e vacinas contra a Covid-19, baixa demanda que levou ao encerramento das atividades da AstraZeneca na área.
Outras companhias que sofreram foram a Merck e a Pfizer, cujos ganhos caíram 90% no período.
