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Vacina contra a Covid-19 é esperança para 2021

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O ano de 2020 foi de uma corrida contra o tempo em busca de uma vacina que barrasse a transmissão da Covid-19, vírus que desde dezembro de 2019 deixou o mundo em alerta. A rápida disseminação do novo coronavírus e a alta taxa de mortalidade fez com que cientistas se empenhassem, mais do que nunca, em encontrar maneiras de tratar a doença e, também, de impedir que ela se disseminasse, fosse através de medicamentos ou de pesquisas que buscassem desenvolver uma vacina eficaz e segura à população.

Em um ano atípico de enfrentamento mundial à pandemia, pelo menos 1,6 milhão de pessoas perderam a vida em decorrência da doença. Somente no Brasil, foram mais de 182 mil óbitos. Neste meio tempo, mais de 100 projetos de desenvolvimento de vacinas chegaram à Organização Mundial da Saúde (OMS), dos quais 44 evoluíram para a fase de experimentação em humanos. E foi o Reino Unido que saiu na frente, no dia 8 de dezembro, se tornando o primeiro país ocidental a começar uma imunização em massa da população, utilizando a vacina da farmacêutica norte-americana Pfizer em parceria com a alemã BioNTech. Das 44 promessas de cura para a Covid-19, quatro foram testadas no Brasil, gerando também esperança de imunização já para o ano de 2021. Por aqui, o Ministério da Saúde prometeu começar a imunização no primeiro trimestre de 2021.

Os potenciais imunizantes testados no País – vacina da Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca; Coronavac, do laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan – testado em território gaúcho por meio de parceria com o Hospital São Lucas da Pucrs -; a da Pfizer/BioNTech; e a do laboratório belga Janssen – encontram-se na fase final dos testes clínicos (a fase 3) e alguns resultados já foram submetidos à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pela regulamentação no Brasil. No último dia 10, o órgão aprovou resolução com regras para o uso emergencial de vacinas contra a Covid-19. O Jornal do Comércio separou em detalhes as potenciais vacinas que poderão ser aplicadas já em 2021.

Oxford

An illustration picture shows vials with Covid-19 Vaccine stickers attached and syringes, with the logo of the University of Oxford and its partner British pharmaceutical company AstraZeneca, on November 17, 2020. (Photo by JUSTIN TALLIS / AFP)

/JUSTIN TALLIS/AFP/JC

Produzida pela farmacêutica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, a vacina está em testes no Brasil desde junho e conta com a parceria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ao todo, a vacina criada no Reino Unido conta com pelo menos 10 mil voluntários brasileiros e será fabricada no Brasil pela Fiocruz.

De acordo com a Anvisa, a tecnologia utilizada por essa farmacêutica trabalha com o vetor viral recombinante, que emprega um adenovírus não replicante e não infeccioso, isto é, que não pode causar doenças. Até o momento, o imunizante mostrou uma eficácia que varia entre 62% e 90%. Além disso, a vacina de Oxford é a mais barata e fácil de armazenar.

Conforme o Ministério da Saúde, o País deve receber, entre janeiro e fevereiro, pelo menos 15 milhões de doses desta farmacêutica, sendo que até o final do primeiro semestre, a expectativa é de que o número chegue a 100 milhões.

Coronavac

INTER – vacina, coronavírus, coronavac, china An illustration picture shows vials with Covid-19 Vaccine stickers attached, and syringes, with the national flag of China, on November 17, 2020. (Photo by JUSTIN TALLIS / AFP)

/JUSTIN TALLIS/AFP/JC

Produzida pela empresa chinesa Sinovac, a vacina Coronavac é testada no Brasil pelo Instituto Butantan, o qual deverá assumir a produção do imunizante em território nacional. Ao todo, 13 mil voluntários brasileiros, inclusive gaúchos, fizeram parte do estudo, que está em fase final e aguarda o registro da Anvisa para ser utilizado.

Segundo o Butantan, o imunizante é produzido com fragmentos inativados do coronavírus para inserção no corpo humano. Assim, o vírus fica incapaz de se reproduzir. Ao receber a dose, o sistema imunológico começa a produzir anticorpos para combater a doença. No dia 9 de dezembro, o governo de São Paulo deu início a produção do imunizante. Para isso, contratou 120 técnicos para auxiliar na produção da vacina, que será feita “24 horas por dia e 7 dias por semana”, aumentando sua capacidade de produção para 1,5 milhão de doses por dia.

Pelo acordo firmado entre o laboratório chinês e o Butantan, a Sinovac deve enviar cerca de 6 milhões de doses prontas para uso no próximo ano e o instituto vai formular e envasar outras 40 milhões de doses. Os estudos de fase 3, que medem eficácia do imunizante ainda estão em fase final e devem ser divulgados em breve.

Pfizer/BioNtech

Com pouco mais de 3 mil voluntários brasileiros, a vacina produzida pela farmacêutica Pfizer em parceria com a BioNtech, começou a ser testada no Brasil ainda em junho. O imunizante é considerado, até o momento, um dos mais modernos, pois o seu objetivo é fazer com que o próprio corpo produza a proteína do vírus. Para isso, os pesquisadores identificaram o código genético viral que carrega as instruções para a fabricação dessa proteína. Assim, depois que material é injetado, ele instrui o organismo para que produza as proteínas necessárias para a criação de anticorpos.

Conforme os resultados até então divulgados, a eficácia da vacina chegou a 95%. Apesar de ter apresentado um dos melhores resultados, ela implica questões complementares para ser utilizada no Brasil, bem como local de armazenamento apropriado com temperatura de -70ºC e transporte, por exemplo.

Janssen

Desenvolvida pela farmacêutica belga Janssen, do grupo Johnson & Johnson, a vacina contra a Covid-19 está sendo testada em ao menos 11 estados brasileiros. Ao todo, são 7 mil voluntários no País.

Segundo a Janssen, a tecnologia utilizada é a de vetores de adenovírus, que causam o resfriado comum, que são modificados para o desenvolvimento da vacina. Assim, eles não conseguem se multiplicar e não provocam doenças em seus voluntários. O imunizante da Johnson & Johnson utiliza ainda parte da proteína da vírus da Covid-19, que é colocada dentro do adenovírus (que serve como transportador). Dessa forma, quando uma pessoa recebe a dose, o corpo já começa a se defender e produzir anticorpos contra o invasor.

Fonte: Jornal do Comércio

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Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/11/06/fiocruz-desenvolve-vacina-contra-a-covid-19-inteiramente-nacional/

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