As farmacêuticas Moderna e Merck, MSD no Brasil, divulgaram os resultados da segunda fase de testes com uma vacina contra o câncer de pele mais letal, o melanoma. O imunizante utiliza a mesma tecnologia da vacina contra a Covid-19 e os testes mostraram redução de 44% nos casos de tumor ou morte pela doença entre os pacientes. As informações são da Reuters.
A combinação da vacina mRNA com o medicamento Keytruda, da MSD, reduziu o risco de recorrência ou morte por melanoma em 44% em comparação com o Keytruda sozinho em um teste intermediário, disseram as empresas nesta terça-feira, dia 13.
“É um tremendo passo à frente na imunoterapia”, disse Eliav Barr, chefe de desenvolvimento clínico global e diretor médico da Merck.
Paul Burton, diretor médico da Moderna, afirmou que a combinação “tem a capacidade de ser um novo paradigma no tratamento do câncer”.
Em outubro, a MSD decidiu desenvolver e comercializar em conjunto o tratamento, conhecido como mRNA-4157/V940, dividindo igualmente os custos e eventuais lucros. As farmacêuticas planejam discutir os resultados com as autoridades reguladoras e iniciar um grande estudo de Fase III em pacientes com melanoma em 2023.
A colaboração MSD/Moderna é uma das várias combinações de drogas poderosas que liberam o sistema imunológico para atingir o câncer com tecnologia de vacina mRNA. Eles são projetados para atingir tumores altamente mutantes.
As empresas pretendem estudar a abordagem em outros cânceres altamente mutantes, como o de pulmão, bexiga e alguns cânceres de mama.
Outros testes de vacina contra o câncer
A BioNTech tem vários testes de vacina contra o câncer em andamento, incluindo um com o Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Nova York, testando uma vacina personalizada em combinação com o Tecentriq, da Roche, em pacientes com câncer pancreático.
A Gritstone está testando uma vacina de mRNA personalizada em combinação com as imunoterapias Opdivo e Yervoy, da Bristol Myers Squibb.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
