A vacina da Covid-19 da Pfizer, em parceria com a BioNTech, pode ter um “efeito colateral” para as duas empresas. Isso porque a GSK alega que as fabricantes romperam patentes de sua propriedade. As informações são da Folha de S. Paulo.
A farmacêutica britânica entrou com uma ação na justiça na última quinta-feira, dia 25, no tribunal federal de Delaware, nos Estados Unidos. Ela argumenta possuir patentes sobre a tecnologia de vacinas de mRNA há “mais de uma década antes” da pandemia do novo coronavírus, que teve início em 2020.
Pfizer se diz “confiante” em processo sobre vacina da Covid-19
Por meio de um porta-voz, a Pfizer se posicionou afirmando estar “confiante” de que detém a propriedade intelectual e que se defenderá “vigorosamente” das acusações movidas pela GSK.
Já a GlaxoSmithKline afirma que, sem suas patentes, o projeto não seria desenvolvido, mas se diz aberta a licenciá-las para que o imunizante siga no mercado. A BioNTech preferiu não comentar.
Esse não é o primeiro embate
GSK e Pfizer já se estranharam por causa de uma outra vacina, no caso a destinada a proteção contra a bronquiolite em bebês. Novamente, os britânicos afirmam que a tecnologia empregada na Abrysvo é de sua propriedade intelectual, ao que os norte-americanos negam.
Vendas de imunizante foram grande negócio
Apesar ter vendido US$ 11,2 bilhões (cerca de R$ 54,3 bilhões segundo a cotação dá época) em 2023, a Pfizer viu a comercialização da vacina contra o novo coronavírus cair no ano passado em comparação com 2022.
Essa queda nos negócios foi uma das principais razões para o lucro da farmacêutica despencar no último ano. Depois do recorde de US$ 31 bilhões (cerca de R$ 163 bilhões na cotação da época) em 2022, a companhia não reteve nem 10% desse total, fechando em US$ 2 bilhões (cerca de R$ 9,7 bilhões).