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Vacinação contra meningite em adolescentes é fundamental para quebrar o ciclo de transmissão no Brasil 

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O mês de abril, entre outras datas relevantes no calendário nacional, também é marcado pelo Dia Mundial da Meningite, data que tem por objetivo reforçar a importância da prevenção e diagnóstico ágil para evitar as complicações dessa grave doença, que é fatal em 5 a 15% dos casos e deixa sequelas irreversíveis em até 20% dos pacientes.

A meningite meningocócica é caracterizada pela inflamação da membrana que recobre o cérebro e a medula espinhal (meninge), sendo causada pela bactéria Neisseria meningitidis (meningococo). Considerada uma doença endêmica grave no Brasil, a enfermidade pode ser assintomática ou provocar sintomas graves, com rápida evolução. A vacinação é a forma mais recomendada e eficaz para evitar a doença.

Na década de 70, a população brasileira enfrentou a maior epidemia de meningite de sua história. O avanço dos casos foi contido graças a imunização de 90 milhões de pessoas em tempo recorde por meio de vacinas que protegeram os cidadãos contra a doença. Quase 50 anos depois, o cenário atual gera preocupação em especialistas. Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 50% dos casos de meningite no Brasil entre 2015 e 2019 ocorreram em indivíduos maiores de 15 anos. Em 2020, de acordo com o número de casos notificados do DataSUS, esse índice chega a 55%.

Essa tendência de contágio está diretamente ligada ao perfil do público adolescente, que pode chegar a 20% dos portadores assintomáticos do meningococo e, por não manifestar sintomas, acaba infectando outras pessoas e representando uma ameaça para a proteção de populações mais vulneráveis ou que ainda não completaram o esquema vacinal, ou não fizeram a dose de reforço.

Os hábitos dessa faixa etária, como o compartilhamento de copos e narguilés, o contato próximo entre amigos e até mesmo o beijo e a respiração, facilitam a transmissão da bactéria”, explica o presidente do Departamento Científico de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Marco Aurélio Sáfadi.

Segundo ele, a vacinação na adolescência propicia a proteção não só dos indivíduos dessa idade, como também crianças mais novas e pessoas mais velhas que tem contato esses adolescentes.

Incorporada ao PNI (Programa Nacional de Imunizações) brasileiro no ano de 2020, para adolescentes de 11 a 12 anos, a vacina ACWY protege contra quatro diferentes sorogrupos de meningococo. O imunizante funciona como uma proteção estendida para evitar novos casos de meningite, complementando a vacinação contra o sorogrupo C que é administrada na primeira infância (aos 3, 5 e 12 meses). A mudança representa uma grande conquista para o combate à meningite no País.

“Estamos falando de uma inclusão que deve propiciar a diminuição significativa da circulação dessa doença grave no Brasil. Por isso é tão importante que as famílias dos adolescentes busquem pela vacina nos postos de saúde. Nós temos acesso a um dos maiores Programas de imunização do mundo e precisamos fazer proveito disso mantenho a carteira de vacinação em dia”, conclui o especialista.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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