Vacinas nacionais esbarram na falta de estrutura

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Cientistas brasileiros que chefiam o desenvolvimento de três vacinas nacionais contra a covid-19, baseadas em proteínas recombinantes, falaram das dificuldades em dar prosseguimento às pesquisas em função da ausência de plantas-piloto no país para a fabricação de lotes para testes. As informações são do jornal Valor Econômico.

Segundo a reportagem, os pesquisadores Célio Lopes (USP de Ribeirão Preto), Ricardo Gazzinelli, da (Fiocruz-MG e UFMG) e Jorge Kalil (USP) defenderam a criação de um ou mais Centros Nacionais de Tecnologia em Vacinas, inshttp://www.abc.org.br/noticias/tituições voltadas à seleção de imunizantes com bom potencial e suporte nas fases pré-clínicas e clínicas durante o seminário promovido pela Academia Brasileira de Ciências (ABC), ocorrido nesta terça-feira (13).

“Desenvolvemos várias vacinas no Brasil, mas elas vão até onde chega o ‘vale da morte’ que, em primeiro lugar, é a falta de uma planta-piloto”, diz Gazzinelli da Fiocruz-MG. As unidades, deveriam ser instaladas próximas, mas ao largo da administração das universidades, para ficarem “próximas à sua massa crítica”, mas escapar à lógica orçamentária e à burocracia das compras estatais.

“O sucesso de Oxford, que desenvolveu a vacina contra o coronavírus, mas também a vacina para o ebola, é ter uma planta para produção de lotes pilotos e um escritório que faça todo o serviço regulatório próximos de cientistas altamente qualificados”, continua Gazinelli.

O professor de medicina da USP de Ribeirão Preto Célio Lopes diz que sua equipe vem construindo uma espécie de ponte sobre o “vale da morte”, ao se associar à iniciativa privada. Para a produção do protótipo e escalonamento industrial, o grupo de pesquisa contou com a farmacêutica brasileira Farmacore e o laboratório americano PDS Biotechnology. A solicitação para testes clínicos em humanos foi protocolada junto à Agência de Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no fim de março.

Sobre a produção massiva dos novos imunizantes, Lopes afirma que será necessário buscar alternativas no mercado privado.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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