As vendas no varejo farmacêutico totalizaram R$ 201,9 bilhões nos últimos 12 meses até fevereiro, segundo dados da IQVIA. E quem segue liderando o mercado, com grande vantagem, são as redes.
De acordo com o estudo, elas detêm 57,3% do total comercializado, somando R$ 115,7 bilhões em vendas no período. Na sequência vêm as associativistas, com R$ 47,6 bi e as drogarias independentes totalizaram R$ 38,6 bilhões.
“Além da estrutura mais robusta, as redes já se consolidaram com o modelo omnichannel. Temos exemplos em que o e-commerce já é responsável por cerca de 15% das vendas”, analisa Leandro Ruggero, consultor especialista no canal farma.
Vendas no varejo farmacêutico: redes e associativistas cresceram mais
Em comparação com os 12 meses que antecederam fevereiro de 2023, as vendas no varejo farmacêutico cresceram 8,71%. Esse aumento só não foi maior justamente por conta das farmácias independentes.
Esse segmento avançou tímidos 4,1%, bem abaixo dos 7,7% registrados no mesmo período anterior. “As grandes redes e o associativismo estão lapidando seus processos por meio da digitalização. Enquanto isso, os independentes ainda são reféns de ‘vícios’ na gestão e acabam não modernizando sua atuação”, opina Ruggero.
RX ainda domina, mas não medicamentos ganham espaço
Independentemente do nicho, os medicamentos RX ainda são os carros-chefes do varejo farmacêutico. Mas outra categoria começa a pedir passagem.
Os não medicamentos ganharam relevância no período, principalmente nas redes. Nesses estabelecimentos, a categoria já representa 39% das vendas, contra 49,8% dos medicamentos de RX.
Para Ruggero, esse ganho de representatividade passa por dois pilares. “Em primeiro lugar temos a estrutura. As grandes redes conseguem trabalhar com um mix mais amplo e também dão vazão a esses itens por meio de suas plataformas de vendas digitais”, aponta.
“Ao mesmo tempo, itens como os multivitamínicos vêm ganhando tração nos últimos anos, seja por uma maior conscientização sobre sua necessidade, seja por um maior esforço publicitário das fabricantes”, completa o especialista.
