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“Um verme simples pode permitir o estudo de doenças humanas e de novos tratamentos. Ele tem muitas similaridades com os humanos: as vias metabólicas, todos os processos biológicos, como ele responde a estímulos do ambiente e a doenças”, explica Viviane Alves, chefe do Laboratório de Biologia Celular de Microrganismos do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG.

A professora coordena o projeto de extensão Cetoxy, uma ação que tem como um dos objetivos divulgar a aplicabilidade do Verme C. elegans. “Muitas pessoas desconhecem o verme e a utilidade que ele tem para a pesquisa. O Cetoxy tem a função de disseminar como o C. elegans pode ser aplicado na pesquisa”, diz. São usadas redes sociais e uma linguagem acessível, voltada para crianças e adultos.

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CULTIVO E APLICAÇÕES DO VERME

Viviane Alves conta que cultivar o verme é simples e barato. O animal se tornou um importante modelo para o estudo nas áreas da saúde e na indústria farmacêutica desde a década de 1970. Mais de 2 mil laboratórios no mundo utilizam a espécie para pesquisa em diferentes áreas e com diferentes objetivos, como:

  • Eficiência, efeitos e avaliação da toxicidade de novos medicamentos;
  • Avaliação de toxicidade no ambiente;
  • Testes de toxicidade de produtos de nanotecnologia;
  • Estudos sobre envelhecimento;
  • Mecanismos das doenças.

Segundo Viviane, no Brasil são poucos grupos que se dedicam ao trabalho com o C. elegans, e o Laboratório de Biologia Celular de Microrganismos do ICB é um deles. “Hoje a gente faz parceria com uma série de laboratórios que precisam utilizar um modelo barato para entender melhor algumas doenças”, conta. Nesse contexto, o grupo usa o Verme para testes de virulência com amostras de estafilococos multirresistentes, considerados superbactérias. Também trabalham com três potenciais produtos antifúngicos para tratar candidíase e criptococose e estudam micoses de pele.

Fonte: Minas faz Ciência

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